Atualmente, podemos acessar mais informações do que em qualquer outra época. Um celular com internet tem mais dados do que a maior biblioteca física do mundo. Paradoxalmente, isso não tornou a verdade mais óbvia. Se antes tínhamos que decidir entre dois caminhos, hoje há tantas vias que achar a verdade é como encontrar uma agulha no palheiro.

À medida que a “informação” se torna ideologia, os “fatos” deixam de arbitrar entre as divergências. Para muitos, não há verdades, mas versões. No entanto, esse não é o ensinamento bíblico. A Palavra de Deus confirma a verdade e a centraliza em Cristo (cf. Jo 14:6; 17:17).

Por que a verdade não está mudando as pessoas? Elas sabem que algo está errado e, mesmo assim, continuam suas práticas. A vontade de viver segundo as próprias regras, silenciando a voz da consciência, cria um mundo personalizado a partir dos fatos que cada um elege como verdadeiros.

Outro problema está com os pregadores da Bíblia. Sem a sensibilidade do Espírito, correm o risco de falar verdades vazias que não comunicam graça nem transformam ninguém. Uma parábola ilustra isso.

Certo paraquedista pulou de um avião militar e ficou enroscado no galho de uma árvore. Sem poder fazer nada, sua esperança reacendeu quando viu um cristão passando embaixo dele, carregando uma Bíblia:

– Ei, amigo, poderia me ajudar a descer?

– Ah, disse o religioso, você é um paraquedista, não é mesmo?

– Sou, disse o homem. Ajude-me a descer.

– Sim! Ah, e percebo que é um major, pois vejo sua patente no uniforme.

– Sim, eu sou um major. Ajude-me, por favor!

– E vejo que você pulou de um avião militar que passou agora há pouco.

Já impaciente, o paraquedista replicou:

– Vejo que você é um pregador.

– Sim, eu sou! Como o senhor percebeu? Pelo livro que carrego?

– Não. É pelo fato de você estar há um tempão dizendo verdades que não me servem para nada.

“Verdades que libertam.” Por mais verdadeira que seja nossa pregação, se nossa mensagem não for marcada por ação prática, não estaremos colaborando com o reino de Deus.