Em 18 de junho de 2018, a seleção da Bélgica enfrentou a do Panamá em sua estreia na Copa do Mundo de futebol na Rússia. A defesa panamenha não resistiu ao implacável ataque belga, que venceu a partida por 3 a 0. Todavia, a cena que viralizou nas redes sociais, à época, estava relacionada a algo que aconteceu exatamente após o apito final.

No centro do campo estavam dois jogadores. De um lado, vestindo a camisa 9 da seleção belga, estava Romelu Lukaku, atacante e autor de dois gols naquela partida. Do outro, o zagueiro Fidel Escobar, camisa 4 do time panamenho. Embora a câmera tenha capturado ambos nitidamente, eles não estavam se vendo. Mesmo assim, protagonizaram aquela que foi, em minha opinião, uma das mais belas cenas da Copa do Mundo de 2018.

Quase que simultaneamente, eles se ajoelharam para orar e terminaram suas preces praticamente ao mesmo tempo. Parecia que tinham combinado. Depois, cada atleta seguiu seu caminho, sem se darem conta de que, bem ao lado, alguém também estava falando com Deus. Em situações distintas, esses jogadores entregaram a Deus o que tinham em seu coração naquele momento. O vencedor e o vencido se prostraram perante o Único capaz de torná-los mais que vencedores.

Esse episódio nos ensina que a fé genuína é sempre atuante, independentemente das circunstâncias. O discípulo de Cristo cultiva um espírito de gratidão constante. Ele anseia pelo colo do Pai na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, na riqueza e na pobreza. Lukaku e Escobar ensinaram a mim, Diego, que nem a glória da vitória nem a humilhação da derrota podem ofuscar o brilho da face de Deus. No fim das contas, se Deus está conosco, nossa posição na tabela do campeonato não importa, pois o relacionamento com Ele é o mais importante.

Se, neste momento, você está no lugar mais alto do pódio ou na zona de rebaixamento, não deixe de se aproximar de Deus e de louvar o Seu nome. Saiba que Ele não nos vê como vencedores ou perdedores. Ele nos enxerga apenas como filhos.