Sábado
13 de dezembro
BENDITA SEGURANÇA
Bendirei ao Senhor em todo o tempo! O Seu louvor estará sempre nos meus lábios. Salmo 34:1

Francis Jane Crosby, conhecida como Fanny, nasceu em março de 1820, em Putnam, Nova York. Com apenas seis semanas de vida, ficou cega devido ao erro trágico de um médico, que receitou a aplicação de cataplasmas de mostarda quente em seus olhinhos doentes. Parecia que aquele acidente havia destruído a vida dela. Mas não foi o que aconteceu.

Aos oito anos, a pequena Fanny escreveu um poema que demonstrava a forma como ela encarava sua cegueira: “Ah, que alma feliz sou eu. / Embora eu não possa ver, / Estou decidida que, neste mundo, / Satisfeita eu serei. / Quantas bênçãos eu desfruto, / Que outras pessoas não têm. / Chorar e suspirar por ser cega, / Eu não posso, nem vou.” Essa devoção a Deus a acompanhou por toda a vida.

Quando adulta, Fanny se tornou compositora de hinos cristãos. Não sabemos ao certo quantos hinos ela compôs. Os historiadores mais conservadores falam de 4 mil canções. Outros afirmam que esse número pode ter chegado a 9 mil, o que certamente a torna a maior compositora de hinos cristãos da história.

Fanny acreditava que sua cegueira era uma bênção de Deus. Sobre o médico que a pôs nessa condição, ela escreveu que, se pudesse encontrá-lo, diria: “Grata, grata! – repetidas vezes – por me fazer cega!” Isso pode parecer absurdo, mas ela mesma explica: “Se visão terrestre perfeita me fosse concedida amanhã, eu não a aceitaria, […] pois, depois que eu morrer, o primeiro rosto que verei […] será o do meu bendito Salvador.” Incrivelmente, para Fanny Crosby, a perda da visão não significava um prejuízo.

Para nós, isso pode parecer loucura, e muitos dirão que ela estava romantizando sua dor. Mas, ao olhar para sua história de luta e fé, penso que talvez estejamos romantizando demasiadamente nosso conforto.

Fanny tinha razões para louvar a Deus, as quais manifestou em seus hinos. No Novo Hinário Adventista, encontramos o hino “Bendita Segurança”, número 212, que expressa um pouco da gratidão que Ela sentia, a despeito de sua condição.

Hoje, convido você a parar e pensar em todos os motivos para ser grato a Deus.