O surgimento do pecado no coração de Lúcifer é um mistério. Ele estava no Céu, desfrutando da presença e do amor de Deus, mas resolveu subverter a paz que lá existia. E o que o levou a isso foi o orgulho, o desejo de grandeza. Conforme escreveu o profeta Isaías, Lúcifer “dizia no seu coração: ‘Subirei aos céus, erguerei o meu trono acima das estrelas de Deus; eu me assentarei no monte da assembleia, no ponto mais elevado do monte santo. Subirei acima das mais altas nuvens; serei como o Altíssimo’”(Is 14:13, 14).
Adão e Eva estavam em uma situação semelhante à de Lúcifer no Céu antes de pecar. O primeiro casal também vivia em um lugar perfeito. Eles desfrutavam diariamente da presença de Deus. Nada lhes faltava. Contudo, foram enredados pelo mesmo desejo que impeliu Lúcifer a trazer desordem ao Universo: o anseio de ser semelhante a Deus. A proposta do Tentador para eles foi: “Deus sabe que, no dia em que comerem dele [do fruto], os seus olhos se abrirão, e vocês serão como Deus, conhecedores do bem e do mal” (Gn 3:5). Ao que parece, para seres perfeitos, a única tentação possível é alcançar um estado de existência superior, ou seja, divino.
Satanás levou os pais da humanidade a trilharem o mesmo caminho de orgulho e autossuficiência que ele já conhecia muito bem. Ele os tentou a desejarem ser como Deus.
Cristo seguiu um caminho oposto para resgatar a humanidade imersa em sua altivez desenfreada. Mesmo sendo Deus, Ele Se esvaziou ao assumir a forma humana, vindo para este mundo entregue à miséria de milênios de pecado. Cristo desceu ao nível mais baixo a que um ser humano pode chegar: a sepultura. Ele combateu o orgulho com a humildade, e o desejo de independência absoluta com a submissão total à vontade do Pai.
Se, por um lado, a morte e a miséria chegaram até nós pelo caminho do orgulho de Lúcifer, por outro, a vida e a salvação nos alcançaram por meio da estrada da humildade de Cristo. Você deseja seguir o exemplo do Salvador?