Segunda-feira
22 de dezembro
BONECOS DE BARRO
Depois de dizer isso, cuspiu no chão, misturou terra com saliva e colocou-a nos olhos do cego. Então, disse-lhe: – Vá lavar-se no tanque de Siloé, que significa “Enviado”. O homem foi, lavou-se e voltou vendo. João 9:6, 7

Em João 9, encontramos o relato de Jesus curando um cego de nascença. Ele misturou pó da terra com saliva e aplicou a mistura nos olhos do homem, que, após se lavar no tanque de Siloé, passou a enxergar. Esse é um milagre diferente, pois relembra a atuação do Filho de Deus na Criação. O Criador novamente tomou a terra e fez barro. Dessa vez, porém, não foi para criar, mas para restaurar uma de Suas criaturas.

Eu, Diego, nasci na cidade de Caruaru, onde há o maior centro de artes figurativas de barro das Américas. Lá é comum ver artesãos consertando bonequinhos de barro. Quando leio a história da cura do cego no tanque de Siloé, sempre me lembro do trabalho artesanal que via pelas ruas durante minha infância. Como o Artesão supremo, Cristo tomou a Sua bela obra, feita em cacos pela queda no pecado, e a reconstruiu.

Todo ser humano precisa retornar à oficina celestial para ser restaurado. Os que não necessitam de reparos externos não podem se esquecer de que há uma grande obra a ser feita no coração, uma obra na qual temos uma parte a desempenhar. O cego do qual o verso de hoje fala precisou se dirigir até o tanque para fazer a parte que Cristo lhe incumbiu. Ele teve que exercer fé naquilo que estava sendo feito em seu favor, seguindo as instruções de Jesus.

Precisamos também estar conscientes de que os reparos podem exigir diferentes níveis de intervenção do Artesão celestial. Às vezes, Ele terá que nos remodelar completamente, até que atinjamos a forma desejada. Esse não é um processo muito agradável, mas é necessário.

Cristo nos assegura que, se entrarmos em Sua olaria, sairemos em um estado muito melhor do que quando entramos, pois, ao final do trabalho, estaremos mais parecidos com Ele.

Você deseja se submeter aos reparos do Criador?