A chegada do Natal é um momento carregado de expectativas. Já percebeu como tudo o que acontece nesta data parece potencializado? Sofrer um acidente, estar hospitalizado, perder um ente querido… Essas coisas sempre são ruins, mas, se ocorrerem no Natal, o golpe será ainda mais doloroso.
No Natal, espera-se harmonia, confraternização, reunião de família e troca de presentes. Mas para aqueles que sentem que a vida lhes tirou tudo isso, o momento deixa de ser festivo para se tornar um feriado vazio, sem “glória a Deus nas alturas” e muito menos com “paz na Terra entre
os homens”.
No entanto, eu preciso insistir que, apesar da dor ou da falta de algo, este ainda é um dia para agradecer, mesmo para quem acha que não tem motivos para isso. Quer ver? Você já pensou quantos cadeirantes queriam suas pernas? Quantos cegos queriam seus olhos? Quantos surdos queriam seus ouvidos e quantos mudos queriam sua língua?
E mesmo que você seja cadeirante, cego, surdo ou mudo, já pensou quantos famintos queriam o que você comeu hoje? Quantos desabrigados queriam sua casa? E mesmo que você seja um sem-teto, só de ter uma mente para entender esse texto e reagir a ele, você continua na lista
dos privilegiados.
Seja qual for sua vida, há milhões que dariam tudo para estar na sua condição e ter o que você tem. E ainda que sua situação seja tão trágica que não permita nada além de lágrimas, tenha fé, pois as coisas ruins passarão e as boas são apenas uma amostra do que está porvir. Essa vida não é tudo que lhe resta; existe uma eternidade à sua espera.
Sim, mais um Natal chegou e com ele a certeza de que estamos um pouco mais próximos da volta de Jesus, pois o menino de Belém, Aquele que nasceu do ventre de Maria, voltará como Rei dos reis e Senhor dos senhores. Imagine o dia em que estaremos todos juntos para sempre com o Senhor. Somente essa expectativa faz tudo valer a pena. É somente por isso que, a despeito de qualquer circunstância, podemos realmente dizer: Feliz Natal!