Lição 3
13 a 20 de janeiro
Deus ou Mamom?
Sábado à tarde
Ano Bíblico: Gn 40-42
Verso para memorizar: “Deus O exaltou sobremaneira e Lhe deu o nome que está acima de todo nome, para que ao nome de Jesus se dobre todo joelho, nos céus, na terra e debaixo da terra, e toda língua confesse que Jesus Cristo é o Senhor, para glória de Deus Pai” (Fp 2:9-11).
Leituras da semana: Sl 33:6-9; Mt 19:16-22; 1Pe 1:18; Hb 2:14, 15; Êx 9:14; Sl 50:10

Deus não desperdiça palavras explicando o que pensa sobre o amor ao dinheiro e às coisas materiais. Em uma parábola, as palavras de Cristo a um rico ganancioso que, embora abençoado pelo Senhor, agiu com avareza, devem colocar em todos nós o temor de Deus: “‘Insensato! Esta mesma noite a sua vida lhe será exigida. Então, quem ficará com o que você preparou?’ Assim acontece com quem guarda para si riquezas, mas não é rico para com Deus” (Lc 12:20, 21, NVI).

Servir a Deus e ao dinheiro são ações que se excluem. É um ou outro, Deus ou Mamom. É uma ilusão pensar que podemos fazer as duas coisas, pois, mais cedo ou mais tarde, seremos apanhados numa vida dupla. Podemos enganar aos outros, talvez a nós mesmos, mas não ao Senhor, a quem um dia teremos que prestar contas.

Temos que fazer uma escolha, e quanto mais tempo hesitamos, arrumamos desculpas ou adiamos, mais forte é a influência que o dinheiro e o amor a ele exercem em nossa vida. A fé exige uma decisão.

Ao nos concentrarmos no caráter de Deus, no que Ele fez por nós e no que devemos a Ele, nossa decisão se torna muito mais fácil.


De 22 de fevereiro a 3 de março teremos Dez Dias de Oração e momentos para jejuar. Prepare sua família e sua igreja para os milagres de Deus!

Domingo, 14 de janeiro
Ano Bíblico: Gn 43-45
Cristo, o Criador

1. Leia Gênesis 1:1; Salmos 33:6-9; Isaías 45:11, 12; Jeremias 51:15 e João 1:3. O que esses textos nos revelam sobre o valor do mundo material? Assinale a alternativa correta:

A.( ) Tudo o que há no mundo material é obra de Satanás.

B.( ) Jesus criou o mundo perfeito e excelente. O pecado corrompeu tudo.

Foi Cristo que estendeu os céus, e lançou os fundamentos da Terra. Foi Sua mão que suspendeu os mundos no espaço e deu forma às flores do campo. ‘Ele converteu o mar em terra firme’ (Sl 66:6). ‘Seu é o mar, pois Ele o fez’ (Sl 95:5). Foi Ele quem encheu a Terra de beleza, e de cânticos o ar. E sobre todas as coisas na terra, no ar e no firmamento, escreveu a mensagem do amor do Pai” (Ellen G. White, O Desejado de Todas as Nações, p. 20).

As coisas materiais não são ruins em si mesmas. Diferentemente de algumas religiões, que ensinam que o mundo material e a matéria, em si, são maus e apenas as coisas espirituais são boas, a Bíblia valoriza o mundo material.

Afinal, o próprio Jesus o criou. Como, então, o mundo poderia ser mau? Infelizmente, assim como ocorre com todos os dons de Deus, o mundo material pode ser pervertido e usado para o mal, mas isso não torna mau o dom original. A Bíblia nos adverte contra o abuso e a perversão das coisas que Deus criou neste mundo, mas não contra as próprias coisas.

Ao contrário, Deus criou o mundo material. Seu desejo era que Seu povo também se beneficiasse dos frutos e benefícios desse mundo: “Vocês e os levitas e os estrangeiros que estiverem no meio de vocês se alegrarão com todas as coisas boas que o Senhor, o seu Deus, dá a vocês e às suas famílias” (Dt 26:11, NVI; veja também Dt 14:26).

Jesus é o Criador (Jo 1:1-3), e a Terra é apenas uma amostra da Sua criação. Sua capacidade criativa dá a Ele uma perspectiva singular a respeito da vida e daqueles que vivem na Terra. Cristo conhece o valor das coisas materiais e nos presenteou com elas para nosso benefício e felicidade. Ele também sabe o que acontece quando a humanidade perverte essas dádivas, ou faz delas um fim em si mesmas. Assim como todas as coisas, essas dádivas devem ser usadas para a glória de Deus.

Observe as dádivas maravilhosas do mundo criado. Mesmo depois da devastação do pecado, ainda podemos ver o bem inerente em muitas partes da criação. O que a natureza, em sua excelência, revela sobre a bondade de seu Criador?

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Segunda-feira, 15 de janeiro
Ano Bíblico: Gn 46, 47
Filho de Deus/Filho do Homem

Como cristãos, acreditamos que Jesus era plenamente Deus e plenamente humano. Essa união da divindade com a humanidade torna Sua perspectiva singular em relação ao que é importante na Terra e importante para a eternidade. O fato de que não compreendemos como Cristo pode ter uma natureza divina/humana não anula essa verdade, assim como nossa falta de conhecimento sobre aerodinâmica não impede que um avião voe.

“Eis aqui dois mistérios em um: a pluralidade de pessoas na unidade divina, e a união da divindade e humanidade na pessoa de Jesus […]. Nada na ficção é tão maravilhoso quanto essa verdade da encarnação” (J. I. Packer, Knowing God [Conhecendo Deus], Downers Grove, Illinois: InterVarsity Press, 1973, p. 53).

Uma das razões pelas quais Jesus veio ao mundo foi mostrar quanto Deus é amoroso e quanto Ele cuida de cada um de nós. Embora alguns acreditassem que a divindade fosse fria e distante, Jesus revelou o verdadeiro caráter do nosso Pai celestial.

Entretanto, Satanás tem tentado separar de Deus os seres humanos. Ele tem tentado despersonalizá-Lo, caracterizando-O como alguém que não se importa conosco. Ele faz tudo o que pode, mediante todos os meios possíveis, para que não conheçamos nem experimentemos a realidade da bondade e da graça de Deus.
O amor excessivo pelas coisas materiais é uma das artimanhas de Satanás para alcançar esse objetivo, e isso tem dado certo!

2. Leia Mateus 19:16-22. Como Satanás pode usar nosso amor pelas coisas materiais para nos manter distantes do Senhor?

Imagine Jesus, o Deus encarnado, falando a esse jovem que obviamente sabia que Ele era alguém especial. Porém, o que aconteceu? O jovem permitiu que sua grande riqueza e seu amor pelas coisas materiais o separasse do próprio Deus em pessoa! O amor pelo mundo e pelas coisas materiais o cegou tanto que, embora ele estivesse triste, sua tristeza não foi suficiente para fazê-lo realizar a coisa certa. Ele não estava triste porque estava perdendo suas posses, pois ele não estava. Na verdade, ele estava triste porque estava perdendo a vida eterna por causa dessas coisas.

Sendo ricos ou pobres, como podemos nos relacionar corretamente com as coisas materiais?


Terça-feira, 16 de janeiro
Ano Bíblico: Gn 48-50
Cristo, o Redentor

Dívida não é um princípio do Céu. Contudo, Adão e Eva pecaram, e a transgressão da lei significava morte. Portanto, a humanidade passou a dever à justiça divina. Estávamos falidos, espiritualmente inadimplentes de uma dívida que jamais poderíamos pagar.

O amor de Deus por nós colocou em ação o plano da redenção. Jesus tornou-Se nosso “fiador” (Hb 7:22). A identidade de Cristo como Redentor revela a transação mais importante já feita. Somente o sacrifício de Sua vida poderia realizar o pagamento exigido pela justiça divina. Jesus pagou a dívida do nosso pecado quando a justiça e a misericórdia se beijaram na cruz. O Universo nunca tinha visto nem testemunhado tamanha riqueza como no pagamento pela redenção da humanidade (Ef 5:2).

“Derramando toda a riqueza do Céu neste mundo, dando-nos todo o Céu em Cristo, Deus adquiriu a vontade, as afeições e a mente de todo ser humano” (Ellen G. White, Parábolas de Jesus, p. 326).

3. Do que Cristo nos salvou? Leia cada um dos textos e assinale “V” para verdadeiro ou “F” para falso: Cl 1:13; 1Ts 1:10; 1Pe 1:18; Hb 2:14, 15; Gl 3:13; Ap 1:5

A.( ) Do dinheiro e de todas as coisas materiais.

B.( ) Da morte, da maldição da lei e dos nossos pecados.

A palavra grega tetelestai, em João 19:30, tem sido considerada a palavra mais importante já proferida. Ela significa “está consumado”, e foi a última declaração de Jesus na cruz. Essa declaração final significa que Sua missão foi cumprida e nossa dívida foi “paga integralmente”. Ele não a proferiu como alguém sem esperança, mas como Aquele que conseguiu redimir o mundo perdido. A cruz é um acontecimento passado com um efeito presente e uma esperança futura. Jesus deu a vida para destruir, de uma vez por todas, o pecado, a morte e as obras do diabo. Isso significa que, embora não mereçamos, somos redimidos (Ef 1:7). Vislumbrar as maravilhas da salvação é pisar em terreno sagrado.

Cristo como Redentor é a imagem mais sublime de Deus. Seu interesse supremo é nos redimir. Isso revela Sua perspectiva para com a humanidade e especialmente como Ele valoriza o relacionamento conosco. Tendo a justiça sido satisfeita, Cristo volta Sua atenção para nossa resposta a Seu sacrifício.

Pense nisto: Cristo pagou a dívida, completa e integralmente, por todo o mal que você já fez. Qual deve ser sua resposta? (Veja Jó 42: 5, 6).


Quarta-feira, 17 de janeiro
Ano Bíblico: Êx 1-4
Um Deus zeloso

Ao confrontar Faraó, Deus declarou: “Esta vez enviarei todas as Minhas pragas sobre o teu coração, e sobre os teus oficiais, e sobre o teu povo, para que saibas que não há quem Me seja semelhante em toda a Terra” (Êx 9:14).

4. O que o Senhor quis dizer quando afirmou: “Não há quem Me seja semelhante em toda a Terra”?

“Para a finita mente humana, é impossível compreender plenamente o caráter ou as obras do Infinito. Para o intelecto mais perspicaz, para o espírito mais poderoso e mais altamente educado, aquele santo Ser tem que permanecer para sempre envolto em mistério” (Ellen G. White, Testemunhos Para a Igreja, v. 5, p. 698, 699).

Não há ninguém igual a Deus (1Rs 8:60). Ele pensa, lembra e age de maneiras que não compreendemos. Não importam nossas tentativas de transformá-Lo em nossa própria imagem, Deus continua sendo Deus. Foi Ele quem criou, de maneira singular, cada floco de neve, cérebro, rosto e característica individual, e “não há outro” além dEle (1R 8:60). Afinal, Deus é o Criador, e como Criador Ele é certamente distinto de Sua criação.

5. O que estes textos revelam sobre como Deus é diferente de Sua criação? 1Sm 2:2; Sl 86:8; Is 55:8, 9; Jr 10:10; Tt 1:2

Quando consideramos tudo o que Deus é, tudo o que Ele possui, e tudo o que Ele faz, é surpreendente que Ele possa ter competidores! Mas Ele tem, no sentido de que precisa “competir” pelo amor e afeição humanos. Talvez seja por isso que Ele afirma ser “zeloso” (Êx 34:14, que também pode ser traduzido como “ciumento”). Deus criou os seres humanos para que sejam livres, o que significa que temos a opção de servi-Lo ou servir a qualquer outra coisa. Em muitos aspectos, esse tem sido o problema humano fundamental: escolher servir a outros deuses, independentemente da forma em que eles se apresentem, em vez de servir ao único Deus que vale a pena servir, Aquele que criou e é o dono de todo o Universo. Por isso Ele é, de fato, um Deus zeloso.

Em sua vida, existe algo competindo com Deus por suas afeições?


Quinta-feira, 18 de janeiro
Ano Bíblico: Êx 5-8
Propriedade verdadeira

Pertencemos a Deus, tanto pela criação como pela redenção. E não apenas pertencemos ao Senhor, mas todas as nossas posses também pertencem a Ele. Não possuímos nada além de nossas próprias escolhas.

Em contraste com isso, um princípio central do mundanismo é a ideia de que somos donos de nossas posses. Isso é um engano, pois o pensamento de que os cristãos são os proprietários finais dos seus bens é um conceito contrário ao que a Palavra de Deus ensina.

É Deus quem possui todas as coisas (Jó 38:4-11). Somos apenas estrangeiros e inquilinos (Lv 25:23), assim como os israelitas na Terra Prometida. Dependemos de Deus até mesmo para respirar (At 17:25). O que julgamos possuir, pertence a Ele. Somos apenas Seus mordomos e, como tais, devemos administrar posses tangíveis e até intangíveis para a glória de Deus.

6. De acordo com Deuteronômio 10:14; Salmo 50:10; 104:16; Ezequiel 18:4; Ageu 2:8 e 1 Coríntios 6:19, 20, quais coisas Deus possui? Como devemos ver as coisas materiais que estão em nossa posse? Assinale a alternativa correta:

A.( ) Somente as coisas espirituais são propriedade divina. As coisas materiais pertencem aos seres humanos.

B.( ) O céu, a Terra e tudo o que neles há; animais, árvores, seres humanos, prata, ouro e o nosso corpo.

“Todas as coisas pertencem a Deus. Podem os homens ignorar Seus reclamos. Enquanto o Senhor derrama abundantemente Suas bênçãos sobre eles, talvez estejam usando tais bênçãos para satisfação egoísta, mas por certo serão chamados a prestar contas de sua mordomia” (Ellen G. White, Testemunhos Para a Igreja,
v. 9, p. 246).

Deus como dono e nós como mordomos devemos ter um relacionamento mediante o qual Ele possa nos usar de maneiras que nos preparem para o Céu e que beneficiem e abençoem os outros. Porém, os mordomos infiéis podem restringir o acesso do Proprietário às Suas próprias posses. Como vimos ontem, Deus não nos força a realizar Sua vontade. Ele nos criou e nos concedeu bens materiais para serem administrados para Ele até Seu retorno. O que fazemos com essas coisas reflete o tipo de relacionamento que temos com o Senhor.

Não somos donos de nada. Tudo pertence a Deus. Como devemos nos relacionar com os bens materiais?


Sexta-feira, 19 de janeiro
Ano Bíblico: Êx 9-11
Estudo adicional

A mordomia teve início quando Deus colocou Adão e Eva em um lindo jardim do qual eles deveriam cuidar e administrar (Gn 2:15). Nesse ambiente perfeito, era tarefa deles tornar o jardim habitável, e isso não deve ter sido difícil. Deus deu autoridade ao casal em sua função e os ensinou sobre sua responsabilidade. Cuidar do Éden daria sentido e traria felicidade a eles.

O verbo hebraico para “domínio” (Gn 1:26, 28) significa “colocar sob controle e governo”. Dado o contexto, esse não era um domínio severo, mas um governo benevolente no cuidado para com a criação. A responsabilidade de cuidar da criação ainda não terminou. No paraíso, Adão e Eva deviam aprender que Deus era o
Proprietário, e eles, Seus administradores ou mordomos. Desde o início, Deus tinha a intenção de que eles tivessem posições de responsabilidade e confiança, mas não como proprietários. Eles deveriam demonstrar a Deus que eram fiéis às suas tarefas.

“Adão e Eva receberam a missão de cuidar do jardim do Éden. Eles deveriam cultivá-lo e guardá-lo (Gn 2:15). Estavam felizes em seu trabalho. Sua mente, coração e vontade atuavam em perfeita harmonia. Não encontravam, em seu trabalho, cansaço nem tarefa difícil. Suas horas eram preenchidas com trabalho útil e comunhão um com o outro. A ocupação deles era agradável. Deus e Cristo os visitavam e falavam com eles. Eles receberam a perfeita liberdade […]. Deus era o dono de sua casa no Éden. Eles a mantinham sob Seu domínio” (Ellen G. White,
Manuscript Releases, v. 10, p. 327).

Perguntas para discussão

1. Deus é o dono do mundo. O que isso nos ensina sobre nossa responsabilidade com o meio ambiente? Embora tenhamos que evitar o fanatismo político de alguns ambientalistas que adoram a própria criação, qual deve ser a nossa atitude em relação ao cuidado para com a natureza?

2. Pense na ideia de que Deus é “zeloso” ou “ciumento”. Não é fácil entender esse conceito, porque entendemos o ciúme como algo ruim. Dá para aplicar essa ideia a Deus sem os sentidos negativos dessa palavra?

3. Como distinguir a alegria e o uso apropriado das coisas físicas criadas por Deus do abuso dessas coisas? Por que essa distinção é tão importante?

Respostas e atividades da semana: 1. B. 2. Peça que os alunos deem exemplos de situações em que isso acontece em sua vida. 3. F; V. 4. Peça aos alunos que discutam essa questão em duplas e construam juntos uma resposta. 5. Distribua os textos entre as duplas. Cada dupla deve ficar responsável por um texto e destacar pelo menos um aspecto da diferença entre o Criador e Suas criaturas. 6. B.


#PrimeiroDeus – Receba o 3o sábado do ano na alegria do Senhor. Leia com a família a Meditação Pôr do Sol na Janela 10/40.

Resumo da Lição 3
Deus ou Mamom?

TEXTO-CHAVE: Filipenses 2:9-11

O ALUNO DEVERÁ

Saber: Que Deus é o Criador e que somente Ele deve ser adorado à parte e acima da criação.

Sentir: O maravilhoso amor de Deus manifestado por meio de Suas funções como Criador e Mantenedor.

Fazer: Adorar o Criador/Redentor celestial, que manifesta continuamente Seu amor para com a humanidade mediante Sua provisão diária.

ESBOÇO

I. Saber: Os atributos divinos

A. Quem é Deus, de acordo com a descrição divina revelada nas Escrituras?

B. Quais funções específicas Cristo assumiu?

C. Por que Deus pode reivindicar o senhorio sobre nossa vida?

II. Sentir: Jesus Cristo, Senhor e Amigo

A. A dupla função de Cristo como nosso Senhor e Amigo fortalece nosso relacionamento com Ele?

B. O fato de que Jesus criou o mundo influencia nossa compreensão do Universo criado e de seus componentes materiais?

C. Como podemos desfrutar de uma experiência mais profunda e íntima com ­nosso Criador?

III. Fazer: Jesus, objeto de adoração

A. Como podemos demonstrar nossa adoração a Deus de uma forma criativa e que reflita Seu poder criador?

B. Como podemos compartilhar efetivamente nossa devoção a Cristo com pessoas que não acreditam na criação?

C. Se não há um Criador, quais opções de adoração as pessoas têm?

RESUMO: A humanidade foi criada para adorar. Essa adoração pode ser direcionada ao eu, às coisas criadas ou ao Criador. Somente a última opção traz satisfação duradoura, um verdadeiro sentimento de pertencimento no Universo e um profundo senso de propósito.

Ciclo do aprendizado

Motivação

Focalizando as Escrituras: Filipenses 2:9-11

Conceito-chave para o crescimento espiritual: O ser humano foi criado para adorar. Esse impulso é atendido de maneira satisfatória quando a adoração é dirigida a Deus, e não às coisas que Ele criou.

Para o professor: A escolha é clara: não se pode servir a Deus e a Mamom. O significado dessa palavra não é maligno. Ela não é sinônimo de Satanás ou do diabo, como alguns pensam. É um termo aramaico, tomado emprestado no texto grego do Novo Testamento, e denota propriedade ou riqueza. Muitas traduções modernas usam a palavra “dinheiro” em seu lugar.

Servir a Mamom, no entanto, é maligno. Etta James, cantora popular do século 20, gravou uma música de autoria do cantor Bob Dylan, intitulada “Gotta Serve Somebody” [Você precisa servir a alguém]. Portanto, servimos a um amoroso Pai celestial que diariamente supre nossas necessidades e muitos de nossos desejos, ou escolhemos servir à pedra, papel ou metal? Muitos acumulam bens, pensando que são os senhores, apenas para descobrir que manter, reparar e armazenar exigem tanto tempo que, na verdade, eles é quem são os servos! Nossas propriedades e riquezas, no entanto, são coisas maravilhosas quando as reconhecemos pelo que são: bênçãos materiais concedidas por um Criador amoroso, dadas para que possamos distribuí-las aos outros.

Atividade inicial: Mostre aos alunos diferentes tipos de moedas e notas de dinheiro. Para tornar mais interessante e sugerir a aplicação universal da ilustração, inclua moedas de outros países, dependendo da disponibilidade. Fale sobre a renda média em seu país e discuta o que podemos comprar com esse valor em termos de comida, roupas, moradia, transporte e outros gastos. Concentre-se nas limitações dessa renda:

• Existem desejos que o dinheiro não pode satisfazer?

• O que as pessoas que ganham menos do que a média salarial fazem para suprir suas necessidades básicas?

• O dinheiro pode satisfazer as necessidades emocionais de amor, pertencimento, propósito, esperança, aventura, satisfação e plenitude?

Considerando essas coisas, qual é o sentido de adorar Mamom? Por outro lado, considere Deus. Peça aos alunos que leiam os seguintes textos: Salmo 50:10 e 11; Ageu 2:8; Mateus 6:31 a 34; 7:7 a 11; João 3:16. Então, discuta com a classe sobre as “limitações” de Deus, bem como Sua generosidade para com o ser humano. Compare os bens e recursos de Deus com nossos rendimentos limitados. Pergunte aos alunos sobre as necessidades emocionais que Deus pode satisfazer e que o dinheiro não pode. À luz dessa discussão, de um ponto de vista prático, por que tem mais sentido adorar a Deus do que a Mamom?

Compreensão

Para o professor: Em debates formais, duas equipes adversárias apresentam seus melhores argumentos para sustentar suas posições e procuram descreditar os argumentos da oposição. Os oradores mais bem-sucedidos não só conhecem suas posições, mas conhecem tão bem as opiniões da oposição que compreendem tanto seus pontos fortes quanto os fracos.

A lição desta semana examina as posições ou declarações bíblicas sobre quem é Deus. Ela afirma que Seus atributos convidam o ser humano à adoração. O lado oposto oferece as seguintes opções: adorar a si mesmo, a Mamom ou a Satanás (ou qualquer coisa que desvie a adoração do Criador). Quais pontos mais importantes da posição cristã sustentam a afirmação de que Deus deve ser adorado exclusivamente? Quais atributos divinos reforçam essa afirmação?

Comentário bíblico

I. Criador

(Recapitule com a classe Gn 1:1; Sl 33:6-9; Is 45:11, 12; Jr 51:15; Cl 1:13-18.)

Muitos comentaristas reconhecem que a Cristologia mais desenvolvida de Paulo aparece em sua Epístola aos Colossenses, onde ele apresentou os aspectos criativos e redentivos de ­Cristo. Muitos estudiosos acreditam que Paulo estivesse escrevendo para combater uma heresia em ascensão que continha muitos aspectos de um sistema de crenças chamado gnosticismo.

O dicionário bíblico HarperCollins descreve o gnosticismo como “um termo genérico para uma variedade de movimentos religiosos dos primeiros séculos da era cristã. Embora a teologia, a prática ritual e a ética desses grupos diferissem consideravelmente, todos pretendiam oferecer a salvação da opressão da existência material por meio da gnose ou ‘conhecimento’” (Paul ­Achtemeier, ed., The HarperCollins Dictionary, 1996, p. 380 [itálico acrescentado]).

Os gnósticos alegavam que o mundo material era inerentemente mau. Essa afirmação apresentou grandes desafios ao ensino ortodoxo cristão. Por exemplo, Deus não poderia ser o ­Criador de algo tão maligno como o mundo material porque Ele é perfeito e espiritual. Visto que Cristo era sem pecado, logo, Ele não poderia encarnar (ter um corpo carnal), pois a carne – o corpo físico e material – é mau.

As Escrituras, entretanto, ensinam que o mundo material é bom (Gn 1), pois ele procede da mão de Deus. A Bíblia repetidamente confirma que Deus, por meio de Cristo, criou todas as coisas. Por essa razão, o Senhor reivindica o direito à nossa adoração. Com base na criação divina, não considerando o pecado, as Escrituras ensinam que o mundo material é essencialmente bom.

Pense nisto: O que a Bíblia ensina sobre o mundo material e como esse ensino influencia ­nosso estilo de vida e práticas? Por outro lado, como a ideia errônea de que o mundo material é inerentemente mau influencia nosso estilo de vida e práticas cristãos?

II. Redentor

(Recapitule com a classe 1Ts 1:10; 1Pe 1:18; Hb 2:14, 15; Gl 3:13.)

O direito de Deus à adoração como Criador está fortemente ligado ao mundo material. Visto que Ele nos criou (como criaturas físicas) e proporcionou o mundo material para nosso prazer, devemos a Ele nossa fidelidade e adoração. Semelhantemente, o direito de Deus à adoração como Redentor está fortemente ligado aos aspectos emocionais e espirituais do nosso ser. O livro de Hebreus sugere que a característica de Cristo encarnado – que Lhe permitiu ­identificar-Se plenamente com a humanidade, adotando um corpo real de carne e osso – é essencial para a redenção. O autor não vê essencialmente nenhum conflito entre os domínios material e espiritual. O verdadeiro conflito é entre o bem e o mal, entre o culto autêntico e o culto ao próprio eu.

No primeiro capítulo de Apocalipse, João proclamou, fundamentado na obra redentora de Cristo, que Jesus é digno de glória: “Àquele que nos ama, e, pelo Seu sangue, nos libertou dos nossos pecados, e nos constituiu reino, sacerdotes para o Seu Deus e Pai, a Ele a glória e o domínio pelos séculos dos séculos” (Ap 1:5, 6, ênfase nossa). O direito de Deus à adoração é, portanto, duplo (pela criação e redenção).

Certa vez, Jesus disse a um fariseu chamado Simão: “Certo credor tinha dois devedores: um lhe devia quinhentos denários, e o outro, cinquenta. Não tendo nenhum dos dois com que pagar, perdoou-lhes a ambos. Qual deles, portanto, o amará mais? Respondeu-lhe Simão: Suponho que aquele a quem mais perdoou” (Lc 7:41-43). Jesus confirmou a avaliação dele. O raciocínio é que aquele que mais deve é quem mais ama. Nós, cristãos, temos uma dívida impagável com Deus simplesmente porque Ele nos criou. Mas quanto mais devemos ao Pai pela redenção em Cristo? E, além disso, o Senhor diariamente sustenta aqueles a quem Ele não deve nada. Que Deus maravilhoso adoramos!

Considere isto: No que está fundamentado o direito de Deus à adoração? Visto que adoração é mais do que cantar e estudar a Bíblia na igreja uma vez por semana, como o cristão pode adorar a Deus por meio de suas decisões financeiras ao longo da semana?

Aplicação

Para o professor: Enfatize que o senhorio de Cristo se estende a todos os aspectos do nosso ser. Introduza as seguintes perguntas para encorajá-los a entregar todos os aspectos de sua vida cotidiana ao senhorio de Cristo.

Perguntas para aplicação

1. Paulo declarou: “Vocês não são de si mesmos [...]. Vocês foram comprados por alto preço” (1Co 6:19, 20, NVI). Como o princípio apresentado nesse texto influencia nossas decisões e escolhas?

2. A adoração a Deus estende Seu domínio sobre tudo o que possuímos. Portanto, quais ajustes devemos fazer em nossas atitudes?

3. Visto que honrar a Deus envolve cuidar do mundo natural que Ele criou, quais hábitos devem ser mudados?

4. Como podemos avaliar se estamos em perigo de amar mais os dons do que o Doador? De que maneira devemos evitar o erro de dedicar aos dons materiais o amor que apenas Deus deve receber?

5. Como as pessoas podem ser encorajadas a adotar um estilo de vida altruísta que canalize os dons materiais de Deus para Seus propósitos divinos?

Criatividade e atividades práticas

Para o professor: Embora não possamos servir a Deus e a Mamom, podemos usar Mamom para servir a Deus. Na verdade, Deus nos chama a fazer exatamente isso. Se não o fizermos, nós O desonraremos. Em Mateus 25:14 a 30, Jesus contou uma história sobre três servos que receberam várias quantias em dinheiro. Um recebeu cinco unidades, outro duas, e o terceiro, uma. O proprietário foi embora, mas ao retornar, exigiu um acerto de contas do dinheiro que ele havia investido com aqueles homens. Dois servos duplicaram o valor que haviam recebido, mas o terceiro não havia conseguido nada. Como resultado, ele foi banido. O verdadeiro serviço cristão exige que multipliquemos os dons que nos foram confiados.

Atividades

A. Faça um projeto que honre a Deus e beneficie outras pessoas com dinheiro (recursos) proveniente apenas dos participantes. Consulte a seção “Criatividade e atividades práticas” da lição da semana passada para obter sugestões específicas, mas não se limite a elas.

B. Escreva e/ou cante músicas que falem de Jesus como Criador e Redentor. Planeje uma reunião e prepare um local para que elas sejam cantadas, como um culto de pôr do sol na igreja ou em um pequeno grupo, em uma casa de repouso, etc.

Planejando atividades: O que sua classe pode fazer na próxima semana como resposta ao estudo da lição?


Condecorada pela rainha e pelo Rei

O dia mais emocionante na vida de Letícia foi quando a mãe dela a enviou para a Guatemala, a fim de morar com a avó em Belize, país vizinho. Os pais de Letícia eram fiéis guardadores do domingo e ela estava cansada de ser criticada por agir como as outras garotas.

“Quando me mudei, pensei: ‘estou livre!’”, disse Letícia. Então, começou a frequentar danceterias e festas. Finalmente, se sentiu livre. Mas, quase todos os dias, preocupava-se com o seguinte pensamento: “O que acontecerá comigo se eu morrer hoje à noite?”

Depois de algum tempo, alguns adventistas começaram a visitar a casa de Letícia, para estudar a Bíblia com seu tio. Ela, na época com 17 anos, escutava do quarto e pensava com indignação: “Isso não é o que a Bíblia ensina!”

Os adventistas estavam falando sobre o dom de línguas. Eles leram no livro de Atos que as pessoas entendiam em sua própria língua o que os discípulos pregavam. Letícia aprendeu que falar em línguas produzia sons incompreensíveis que ninguém podia entender. Irritada, Letícia saiu do quarto e disse aos adventistas: “O que vocês estão ensinando não está certo.” Ela tentou apresentar seu modo de pensar. Mas, a partir daquela discussão, Letícia começou a estudar a Bíblia com os adventistas. Depois, começou a frequentar a igreja e quis ser batizada.

Mas os parentes consideravam a Igreja Adventista uma seita. Eles disseram: “Se você decidir ser batizada, esqueça que você tem uma família!”

O batismo foi uma verdadeira luta. Ela não compareceu no dia marcado, foi para uma festa e desistiu do batismo. “Mas o Senhor não me abandonou até eu decidir pelo batismo”, disse. “O pastor perguntou: ‘você tem certeza?’ Eu estava segura da minha decisão e até agora sei que fiz a escolha correta. Louvo a Deus por Sua misericórdia e por ter me dado uma segunda chance!”

Os familiares de Letícia ficaram furiosos e passaram a pressioná-la a renunciar à sua fé. Colocavam carne de porco ou banha de porco na comida para que ela não pudesse comer. Letícia se alimentou com biscoitos e leite durante semanas. Ela tomava uma refeição completa somente aos sábados, quando os membros da igreja a convidavam para almoçar na casa deles. “Foi quando aprendi que devemos abrir nossos lares aos recém-batizados porque nunca sabemos o que está acontecendo com eles”, diz Letícia. “Conheça-os, e os ame!”

Logo, Letícia voltou para a casa da mãe na Guatemala. Essa mudança foi uma bênção de Deus. Pouco depois, ela conheceu seu futuro marido e eles se casaram. Com o esposo, ela se tornou enfermeira, e juntos construíram três igrejas na Guatemala e em Belize. O casal conduziu aproximadamente mil pessoas ao batismo.

O marido de Letícia já faleceu, mas ela, aos 60 anos, continua ativa na igreja em Belize, onde mora atualmente. Em 2016, a Rainha Elizabeth II da Grã-Bretanha a condecorou como Membro da Mais Excelente Ordem do Império Britânico em reconhecimento pelo seu serviço à comunidade.

“Alguém sugeriu meu nome”, disse Letícia, modestamente. “Mas o que realmente me inspira a continuar não é o reconhecimento das pessoas. Eu sempre imagino que Deus nos ordena: ‘Vá, faça isso por Mim’. Nós somos Seus servos. Ele diz: ‘Faça!’ Um dia, quero ouvi-Lo dizer: “Bem está, servo bom e fiel.”

“Sei que Deus me chamou para um propósito”, ela diz. “Já são 43 anos desde que fui chamada para a igreja, e Seu amor se torna cada vez mais profundo.”

Em 2015, Belize recebeu parte da oferta do trimestre para construir um acampamento para reuniões evangelísticas da igreja. Agradecemos muito por seu apoio ao trabalho realizado em Belize e outros países da Divisão Interamericana por meio da sua generosa oferta missionária.

Assista a um pequeno vídeo no YouTube de Letícia cantando no link: bit.ly/leticia-august

Resumo missionário

  • O inglês é o idioma oficial de Belize. O crioulo belizense é o idioma não oficial, embora o espanhol seja a segunda língua mais falada.
  • De acordo com o último censo nacional, 40,1% dos belizenses são católicos romanos e 31,8% são protestantes.
  • Belize tem 92 igrejas, 40 grupos e 43.500 membros. Com uma população de 388 mil habitantes, 11% são adventistas.
  • Embora Belize seja um país independente, a rainha da Grã-Bretanha ainda é chefe simbólica de Estado e detém o título de “Rainha de Belize”.
  • Embora Belize seja a maior cidade do país, depois que um furacão quase a destruiu em 1961, Belmopan se tornou a capital.
  • O edifício da Assembleia Nacional em Belmopan foi desenhado para assemelhar-se a um templo maia.

Comentário da Lição da Escola Sabatina – 1º trimestre de 2018

Tema geral: Mordomia cristã: motivos do coração

Lição 3: 13 a 20 de janeiro

Deus ou Mamom?

 

Autor: Heber Toth Armí

Editor: André Oliveira Santos: andre.oliveira@cpb.com.br

Revisora: Josiéli Nóbrega

Em meu TCC (Tese de Conclusão de Curso), fiquei impressionado durante a pesquisa que fiz. Descobri que Jesus foi o Criador direto do mundo. Deus, o Pai, foi o idealizador; e, o Espírito Santo, o Colaborador (Jo 1:1-3; Cl 1:13-17; Jó 33:4; Sl 33:6-9). Essa verdade se torna mais impactante quando entendemos que o Criador Se tornou o Redentor (Jo 1:14). Através de Maria, Ele nasceu como um bebê neste mundo contaminado pelo pecado para morrer pelo pecador.

Por amor, Jesus pagou nossa dívida. Depois ensinou qual é a filosofia de vida do pecador cuja dívida foi perdoada. Dentre Seus mais valiosos ensinos, o de mordomia é contundente e exige uma resposta:

“Ninguém pode servir a dois senhores; porque ou há de aborrecer-se de um e amar o outro, ou se devotará a um e desprezará ao outro. Não podeis servir a Deus e às riquezas” (Lc 16:13). Ou como diz a NVI: “Vocês não podem servir a Deus e ao dinheiro”. Ou, como está na versão Corrigida e Revisada Fiel: “Não podeis servir a Deus e a Mamom”.

O Dicionário da Bíblia Almeida define Mamom como “palavra aramaica que significa ‘riquezas’, as quais podem tornar-se um deus para as pessoas”. O Diccionario Biblico Adventista del Séptimo Día afirma que Mamom vem do hebraico mâmôn ou do aramaico mâmônâ, que significa riquezas, propriedade, dinheiro. E, então, acrescenta que mamom é “objeto ou pessoa em que se coloca a confiança (Lc 16:6, 11-13). O termo aparece como uma personificação em Mateus 6:24 e Lucas 16:13”.

Assim, com base nessas definições, as palavras de Cristo mostram que “a riqueza requer o coração e o serviço do indivíduo; consequentemente não se pode servir a ambos, a Deus e à riqueza” (Dicionário Bíblico Wycliffe, p. 1204).

Não há meio-termo: Servimos a Deus ou às riquezas, confiamos no Criador ou nas coisas criadas, nos entregamos ao Salvador ou aos bens materiais. Não há como servir a ambos, embora seja exatamente isso que nosso coração ganancioso almeja muitas vezes. Contudo, pelas palavras de Jesus, é necessário entender que a fé exige uma decisão. O cristão salvo pela graça rejeita o serviço às riquezas para servir ao dono de toda riqueza.

Caso vocês tenham dificuldades em servir ao Deus que, “segundo a Sua riqueza em glória, há de suprir, em Cristo Jesus, tudo aquilo de que vocês precisam” (Fp 4:19, NAA), há, pelo menos, cinco motivações que auxiliarão em sua decisão:

  1. Cristo é o Criador do mundo.
  2. Jesus, o Filho de Deus, veio ao mundo para revelar o amor do Pai.
  3. Cristo é o Redentor da humanidade.
  4. Deus é incomparável em tudo.
  5. Deus é o Dono de todo o Universo.

Ao obter uma visão mais abrangente desses cinco pontos, será mais fácil entender por que é importante servir a Deus, não às riquezas; ser dedicado a Deus e às coisas espirituais, não aos bens materiais.

  1. O mundo foi criado por Cristo. Ele é tão divino quanto o Pai (Hb 1:1-3; Cl 1:15-17). Tudo o que o Pai planejou, Jesus criou. O poderoso Criador considerou o mundo material muito bom (Gn 1:31). Em Sua avaliação nada havia de errado com o mundo material, o qual deveria ser útil para a humanidade (Gn 1:27-30), mesmo após a entrada do pecado (Dt 26:11). O problema está em usar equivocadamente os dons de Deus na natureza. Perverter as dádivas divinas nos fará perder o caminho da vida, da felicidade e da salvação. Por outro lado, ao usar sabiamente as coisas criadas por Cristo para glorificar a Deus em tudo, contemplando o poder e a bondade do Criador na beleza da natureza, seremos motivados a servir ao Senhor, não às riquezas. Substituir Deus pelas obras de Suas mãos significa adulterar o propósito pelo qual fomos criados.
  2. O Filho de Deus feito Filho do Homem nos mostra o Criador Se doando para salvar o pecador. Ao Se doar, Jesus estava revelando o caráter amoroso e generoso do Pai celestial. Além disso, Ele veio restaurar os seres humanos que se tornaram escravos do pecado. Isso implica uma mudança de confiança: Em vez de confiar nas riquezas ou em coisas criadas, eles passam a confiar no Criador das coisas e das riquezas. O amor por bens materiais mais do que pelo Criador das riquezas impede a libertação do pecador, por mais religioso que ele seja (Mt 19:16-26). O amor ao Salvador e a confiança Nele libertam o pecador de tudo aquilo que promove a condenação.
  3. O Redentor pagou um preço infinitamente mais elevado que prata e ouro para saldar a dívida dos pecadores em consequência de suas transgressões. Ele liberta o condenado de todos os resultados do pecado (Cl 1:13, 14). Foi na cruz que Jesus derramou Seu precioso sangue, entregou Sua vida impecável pelo pecador miserável e ofereceu-lhe uma herança (1Pe 1:3, 4, 13-18), enchendo assim de esperança o coração desesperado (Hb 2:14, 15). Isso não deveria facilitar a nossa decisão de servir a esse Deus que age assim? Há incentivos para rejeitar nossa pretensão de proprietários e aceitar a condição de mordomo.
  4. O Criador não compartilha espaço em nosso coração com ninguém, nem com qualquer outra coisa. Ele é incomparável no Universo (1Rs 8:60). Ele é infinitamente maior que Sua criação. A matéria é inferior a Ele e não pode ser nem fazer o que Ele faz. Trocar Deus pelas coisas menos importantes do que Ele é uma afronta cruel, pois, sendo quem Ele é, o Senhor não aceita corações divididos. Para que o Criador de fato seja Deus em nossa vida, não pode ser somente o primeiro, mas o único que ocupa o coração (Êx 34:14). A natureza e os bens materiais não são dignos de adoração, mas somente o Criador; e Ele nos fez com capacidade de decidir a quem vamos servir e adorar.
  5. Quem somos e o que está sob nossa responsabilidade pertencem exclusivamente a Deus (Dt 10:14). Toda a riqueza do Universo Lhe pertence (Ag 2:8). Quando nos apropriamos de algo que não nos pertence como se fosse nosso estamos sendo desonestos e egoístas. Porém, quando administramos as posses de Deus para Sua glória e para beneficiar e abençoar Seus filhos na Terra, estaremos em harmonia com o Criador e viveremos de acordo com o propósito para o qual fomos criados (1Co 6:19-20).

Assim como cuidar do jardim promovia satisfação plena a Adão e Eva, administrar os recursos de Deus no mundo resultará em nossa satisfação. Portanto, em lugar de servir às riquezas, vale a pena optar por servir a Deus e administrar as riquezas Dele para Sua honra e glória, conforme a Sua vontade expressa na Bíblia Sagrada. Isso é ser mordomo!

Concluo com o apelo de Ellen G. White: “Vocês não podem servir a Deus e a Mamom. Ou colocam o coração e a vontade ao lado de Deus, ou empregam as suas energias no serviço do mundo. Deus não aceitará serviço dividido” (Ellen G. White. Conselhos Sobre Mordomia, p. 217, 218).