Domingo
09 de dezembro
Biscoitos
A nossa cidadania, porém, está nos Céus, de onde esperamos ansiosamente o Salvador, o Senhor Jesus Cristo. Filipenses 3:20

Sempre agradeço por eu ter me casado e passado a fazer parte de uma família bondosa e amável. Eu admirava minha sogra, que sabia fazer os melhores biscoitos! Cada biscoito era modelado individualmente, com perfeição. Meu esposo e eu aguardávamos ansiosamente o momento de ir até lá para saborear aqueles biscoitos grandes, macios, servidos com creme. Pouco depois de nos mudarmos para o nosso primeiro apartamento, decidi fazer para o meu esposo alguns biscoitos que fossem tão bons como os da mãe dele. Eu os sovei até ter certeza de que estavam perfeitos. Quando tirei do forno a primeira assadeira, eles pareciam anêmicos e cheios de nós, mas o aroma era delicioso. Eu sabia que meu esposo se orgulharia dos meus esforços! Enquanto levava os biscoitos até nossa pequena mesa, um deles rolou para fora da assadeira, atingindo o piso com uma pancada. Enquanto observava meu esposo serrando os biscoitos pelo meio, ele disse bondosamente: “Dottie, qualquer coisa que sair do seu forno sempre será boa!” Depois de sessenta e seis anos, ele continua sendo generoso e bondoso. Ao longo dos anos, tenho me perguntado por que os biscoitos de minha sogra eram sempre macios e deliciosos. O humilde biscoito receberia algum crédito por sua perfeição? O biscoito não recebe crédito por sua existência, aparência ou sabor delicioso, pois cada um é artesanalmente modelado por quem o prepara.

Assim acontece com a humanidade. Não podemos reivindicar crédito por nossa existência física ou aptidão espiritual. Cada pessoa deve se entregar completamente enquanto está sendo moldada de maneira individual por nosso Criador. Deus sabe os ingredientes exatos, necessários em meu preparo para servir a Ele e aos outros. E também controla a temperatura do forno da vida, a fim de que possamos conservar um coração terno para com os demais.

Minha escritora favorita, Ellen G. White, diz: “A formação do caráter é obra de toda a vida, e é para a eternidade” (Orientação da Criança, p. 162). Ao avançarmos pela vida, entregando a Deus a vontade, começaremos a experimentar uma mudança no gosto pessoal, encontrando alegria ao meditar naquilo que é nobre. Também nos tornaremos uma bênção maior para aqueles que encontrarmos na jornada da vida.

Dottie Barnett