Marie Jansen foi minha mãe. Ela faleceu no dia 15 de abril de 2015. Eu me lembro dela ajudando as pessoas. Houve uma ocasião, na década de 1960, em que dois dos meus primos mais novos passaram um verão com nossa família. Depois, meus pais convidaram uma menina chamada Pam para morar conosco enquanto se resolvia a situação da sua família. Essas ocasiões eram, às vezes, frustrantes para meu irmão e para mim, mas creio que aprendemos a ser menos egoístas.
Lembro-me de mamãe passando horas incontáveis assando pão para aqueles que os vendiam com o objetivo de coletar recursos em favor da escola da igreja local. Ela serviu sua igreja como tesoureira por trinta e cinco anos.
Por ocasião do funeral de mamãe, muitas pessoas nos relataram suas histórias a respeito dela. Com frequência, mamãe havia impactado a vida de pessoas de muitas maneiras diferentes e positivas. Mais e mais pessoas contaram, ao meu irmão e a mim, durante as horas que precederam o funeral, que, quando mamãe dizia às pessoas que oraria em seu favor, elas tinham a certeza de que ela realmente estaria orando.
Nesse contexto, as palavras de uma página do diário de mamãe – lidas durante a cerimônia fúnebre – revestiram-se de um significado especial. O seguinte trecho do diário fora escrito vinte e oito anos antes.
“Eu sou apenas uma partícula, uma partícula muito pequena da humanidade, e nunca pensei em exercer algum impacto, com palavras ou atos, sobre meus semelhantes. Mas, olhando ao redor, creio que somos todos justamente isso [simples partículas]. Veja a influência que todas essas partículas exercem sobre a humanidade. Talvez sejam [partículas de] amor, paz, alegria, paciência e doação. Eu gosto de pensar [que é isso] o que deixarei para a humanidade. Certamente eu me sentiria muito triste se deixasse ódio e antipatia como lembrança aos meus amigos, conhecidos e familiares. Eu gostaria de exercer um pequeno impacto para o bem sobre meus [semelhantes]. Minha pequenina partícula de humanidade é apenas isso. Mas, por favor, lembrem-se de mim como uma particulazinha do bem e do amor. Marie Jansen, 27 de dezembro de 1987.”
Creio que mamãe deixou, sim, neste mundo, um pouco mais de amor, um pouco mais de paz e um pouco mais de alegria. Que legado você escolhe deixar, hoje, para aqueles que estão dentro da sua esfera de influência?
Karen Jansen White