Domingo
19 de maio
Parede molhada
Se o Senhor não estivesse do nosso lado; [...] as águas nos teriam arrastado e as torrentes nos teriam afogado; sim, as águas violentas nos teriam afogado! [...] O nosso socorro está no nome do Senhor, que fez os céus e a terra. Salmo 124:2-8

Na sexta-feira, 8 de novembro de 2013 (também aniversário do meu esposo), o mundo voltou a atenção para as Filipinas, atingida pelo tufão Haiyan, o maior já registrado até então. À medida que os ventos aumentavam, o barulho dos pingos de chuva no telhado ficava ensurdecedor. Às sete horas da manhã, a água começou a escorrer por debaixo da porta. Fomos para o quarto ao lado, onde a babá, minha filha mais velha e minha garota de dois anos subiram no beliche.

De repente, com um estalo, a porta foi cortada ao meio por uma parede de água escura e rápida. Os joelhos tremiam e o coração estava dominado pelo medo. Nós, inclusive o meu esposo, subimos para o piso superior e tentamos atravessar o teto com o cabo de uma vassoura que agarramos do topo de um armário. Uma vez que o único buraco que isso fez no teto era do diâmetro do cabo da vassoura, meu esposo inseriu os dedos nele e puxou. Graças a Deus, toda a peça do forro do teto cedeu!

Rapidamente subimos enquanto a água dentro de casa agora chegava no nível do teto com um som de sucção parecido com o de uma máquina de lavar roupa. Do lado de fora, os ventos uivavam e ondas gigantes repetidamente atingiram o nosso prédio, ameaçando desmoroná-lo. Em voz alta, repetimos as promessas bíblicas de Deus sobre libertação, oramos e cantamos as músicas da Escola Sabatina da minha bebê. Repetidamente, cantamos: “Meu Deus é tão grande, tão forte e poderoso. Pois tudo Ele pode fazer.”

Por volta das 10h30 da manhã, a água baixou. A marca de água externa mais alta era de quatro metros e meio. E que devastação: casas desaparecidas ao longo da costa, veículos – alguns de cabeça para baixo ou empilhados em cima de outros – espalhados como lixo. Restaram apenas colunas de concreto onde havia casas de concreto. A escassez de alimentos, água e roupas resultou em grande sofrimento, para não mencionar a perda de vidas.

Naquela noite, nós nos reunimos para o culto, agradecendo a Deus por Seu maravilhoso livramento.

Mais uma vez, Ele provou ser fiel e verdadeiro a Suas promessas. Realmente: “Meu Deus é tão grande, tão forte e poderoso. Pois tudo Ele pode fazer.” Louvado seja o Seu santo nome!

Fe C. Magpusao