O chupim é um pássaro da família dos icterídeos. É sociável e tem plumagem negra, às vezes camuflada com amarelo ou vermelho. Espantalhos e tiros de espingarda não conseguem afugentá-lo de um arrozal. Sua fama de saqueador é conhecida. Além disso, o chupim tem uma estranha mania: na época da postura, a fêmea procura o ninho do tico-tico, cujos ovos são parecidos com os seus, põe seus ovos lá e vai embora.

Depois que a mamãe tico-tico choca os ovos e os filhotes do intruso nascem, os verdadeiros donos do ninho ficam no prejuízo. Aproveitando-se de seu tamanho, o buguelo chupim expulsa do ninho os irmãozinhos emprestados. Lá fora, morrem de fome e frio ou são vitimados por formigas e outros animais. Quando isso não acontece, o chupim, maior e mais guloso, come tudo o que a mamãe tico-tico traz e os outros morrem de fome.

A mamãe tico-tico sofre muito para alimentar o exigente chupim. É comum vê-lo a guinchar e a balançar as asas, sempre querendo mais. A mãe emprestada se submete à tortura e parece não perceber o engano. O chupim é um espertalhão da natureza.

Quem vagueia longe do lar é como um pássaro que está longe de seu ninho. É fácil perceber isso quando viajamos! Por melhor que seja o lugar onde nos hospedamos, nada se compara ao nosso cantinho, ainda que simples e pequeno. O lar é o lugar onde podemos ser nós mesmos, sem críticas e sem olhares atravessados. É gostoso estar em casa porque ninguém fica cobrando etiquetas excessivas da gente. Pelo menos não deveria.

O mundo é artificial e sempre nos avalia pelas coisas que temos. Mas em casa somos amados e aceitos pelo que somos. Esse é o único lugar do mundo onde nossas manias são entendidas e atendidas. O lar de um homem ou de uma mulher, de um menino ou de uma menina, é o seu castelo. Seu lar é a sua fortaleza, ainda que você não tenha uma família completa e ache que as coisas poderiam ser diferentes. Nada permanece igual quando Jesus mora na casa da gente. Convide-O hoje para morar com você. Ele vai gostar, e você também!