Segunda-feira
20 de maio
Praga de pardal
Não se vendem cinco pardais por dois asses? Entretanto, nenhum deles está em esquecimento diante de Deus. Lucas 12:6 (ARA)

O pardal chegou ao Brasil em 1903, importado da Ásia por um prefeito imprudente. Esse passarinho gostou tanto do Brasil, que hoje está espalhado no país inteiro. Quem não tem um pardal por perto, fazendo ninhos no beiral do telhado, sujando a calçada e piando sem parar?

A principal característica desse pássaro é a irritação. Não permite a presença de outros pássaros em seu território, sendo mesmo um perseguidor descontrolado. Ele expulsou o tico-tico e a cambaxirra, dois passarinhos pacíficos que voavam por aqui. Toma os ninhos das andorinhas e invade a casa do joão-de-barro sem pedir licença.

O atrevimento do pardal chega ao ponto de arrastar as asas à esposa do tico-tico, tentando namorá-la. Faz três posturas de 5 a 6 ovos de cada vez por ano. Isso lhe garante um crescimento populacional enorme. Não passa fome porque, na falta de grãos, come frutas e até insetos. Adapta-se ao calor e ao frio com facilidade.

O pardal é um pássaro teimoso, briguento e intrometido. Bate e escorraça até mesmo os de sua raça, chegando a matar se tiver chance. Tornou-se antipático por seu nervosismo contínuo, por destruir as plantações de grãos e por seus guinchos irritantes logo ao amanhecer.

Já nos tempos de Jesus, o pardal tinha pouco valor. Talvez pela má fama. Dois asses (moeda romana de cobre que valia perto de um centavo de dólar) eram suficientes para pagar por cinco deles. Mas nem mesmo o pardal é esquecido por Deus. Há momentos em que nos sentimos em “baixa estação”. Achamos que não valemos nada, que não prestamos para nada e que não há solução para o nosso caso.

Se Deus não Se esquece do exclusivista e irado pardal, ele também não Se esquece de nós. Quando sentir-se tentado a desanimar, lembre-se do pardalzinho enjoado que faz ninho no telhado de sua casa. “Não tenham medo; vocês valem mais do que muitos pardais” (Lucas 12:7).