As árvores são generosas. Durante o dia, suas raízes retiram a água do solo e absorvem parte de seus nutrientes. O excedente é expelido pela transpiração, pelas folhas. Essa água em forma de vapor é condensada no ar e retorna depois em forma de chuva.

À noite, as raízes mais profundas continuam a extrair água. A diferença é que a maior parte dessa água não sobe pelo caule como acontece durante o dia. Ela é repartida entre as raízes superficiais da planta. Os biólogos descobriram que as raízes superficiais formam uma rede de irrigação natural, como se fossem canos, distribuindo água para as plantas vizinhas. Isso até modifica um pouco o conceito de que plantas muito próximas prejudicam o desenvolvimento umas das outras, porque haveria uma espécie de competição.

A distribuição de água entre as raízes das plantas ocorre não somente com árvores de grande porte, mas também com o milho e a cevada. “Deem, e lhes será dado” (Lucas 6:38). É isso que o ciclo noturno das árvores nos ensina. Se as raízes não distribuíssem a água absorvida à noite, o que aconteceria?

A evaporação acontece durante o dia, por causa da luz do sol. À noite restam três alternativas: a raiz não absorver, ou fazer isso mas guardar a água apenas para si.
A terceira saída é absorver e distribuir.

As plantas pequenas não têm raízes grandes o suficiente para extrair água das regiões mais profundas. As árvores maiores são uma bênção para elas, ajudando-as em seu crescimento. Essas pequenas plantas também participam do ciclo da evaporação, formando novas chuvas que, por sua vez, abastecem os depósitos mais profundos, para depois realimentar as grandes árvores.

A Nova Tradução na Linguagem de Hoje apresenta Provérbios 11:25 assim: “Quem é generoso progride na vida; quem ajuda será ajudado.” Não se trata de dar para receber. Se for assim, quando ocorrer o contrário, simplesmente desconfiaremos do que a Bíblia diz. Esse é um princípio de vida que se acha demonstrado até entre os seres que não pensam.

A generosidade é uma característica de Deus e de Seus filhos. Eles se sentem felizes em partilhar e toda vez que fazem isso enriquecem. Eles se tornam mais capazes ainda de repartir, pois ficam mais parecidos com o Seu Deus.