Domingo
11 de agosto
O exemplo dos pais
Chegaram ao lugar que Deus lhe havia designado; ali edificou Abraão um altar, sobre ele dispôs a lenha, amarrou Isaque, seu filho, e o deitou no altar, em cima da lenha. Gênesis 22:9

Pense na postura de Isaque em Moriá. O mais natural seria sair correndo, tentar imobilizar o pai ou pedir ajuda aos servos que haviam ficado no pé da montanha. Talvez pudesse confrontar seu pai e argumentar com ele, mostrando que essas ordens de Deus poderiam ser apenas sonhos noturnos ou delírios irresponsáveis.

Isaque, porém, simplesmente obedeceu ao pai. Ele “tinha sido educado desde a meninice a uma obediência pronta e confiante, e, ao ser o propósito de Deus manifestado perante ele, entregou-se com voluntária submissão. Era participante da fé revelada por Abraão e sentia-se honrado sendo chamado a dar a vida em oferta a Deus. Com ternura procura aliviar a dor do pai e ­auxilia-lhe as mãos desfalecidas a amarrarem as cordas que o prendem ao altar” (Patriarcas e Profetas, p. 152).

Há uma grande lição na atitude de Isaque: os filhos não são o que desejamos que eles sejam; são apenas o que somos. Isaque só aceitou fazer a viagem com seu pai e ser amarrado, porque antes viu o exemplo de Abraão. O patriarca havia deixado sua terra para obedecer fielmente às ordens de Deus. Aceitou a estranha promessa de ter um filho na velhice. Obedeceu à ordem de sacrificar seu filho. Com certeza, em muitos outros momentos, Isaque viu a profunda fidelidade do pai. Foi educado pelo exemplo. Quando chegou a sua vez, não agiu diferente do que o próprio pai faria.

A regra também tem seu efeito negativo, e isso aconteceu com Isaque. Assim como o pai havia mentido sobre sua esposa, dizendo que ela era apenas sua irmã, Isaque acabou fazendo o mesmo. No Egito e em Gerar, com Faraó e o rei Abimeleque, Deus teve que corrigir o erro de Abraão (Gn 12:13; 20:2). Na mesma região de Gerar, outra vez com Abimeleque, Isaque também mentiu dizendo que Rebeca era apenas sua irmã (Gn 26:7).

É uma tremenda verdade: os filhos não são o que queremos, são o que somos. Afinal, como alguém disse, “o exemplo não é a melhor maneira de educar, é a única”. Quer que seus filhos sejam profundamente fiéis a Deus? Seja você fiel. Esteja certo de que “um grama de exemplo sempre valerá mais que uma tonelada de conselhos”.