Terça-feira
10 de setembro
O preço da pele
“Pele por pele!”, respondeu Satanás. “Um homem dará tudo o que tem por sua vida.” Jó 2:4

A pele, a embalagem mais perfeita que existe, tem mil e duas utilidades. Funciona como ar-condicionado, protege contra radiação solar, evita que a sujeira e as substâncias tóxicas invadam o organismo, serve de alarme e detector de calor. Uma pele finíssima, feita de proteínas e gorduras reveste as células dos seres vivos. É a membrana plasmática. Além de manter o conjunto da célula, funciona como uma peneira inteligente que seleciona as substâncias que podem entrar e sair. A pele úmida dos sapos complementa sua respiração pulmonar.

As lagartixas escalam paredes e correm sobre janelas de vidro porque a pele da ponta de seus dedos é cheia de minúsculas ranhuras. Elas funcionam como ventosas em lugares lisos e como velcro nas superfícies ásperas.

A melanina, pigmento que dá cor à pele, também ajuda nos disfarces. As zebras não se camuflam, mas quando atacadas, correm de um lado para o outro. As listras negras confundem o predador, que perde o referencial de onde começa o corpo de uma zebra e acaba o de outra. Atordoado, ele desiste. As escamas que revestem o ventre das serpentes estão ligadas às costelas do animal. Ao fazer aquele movimento de ondulação, a pele escamosa funciona como pequeninas patas, suficientes para fazê-las correr.

O “pele por pele” usado por Satanás contra Jó queria dizer o seguinte: “Cada um tem o seu preço” e Jó também tem o dele: a integridade física. Ele já havia perdido todos os bens materiais, a fazenda, o gado e até os filhos, mas continuava fiel a Deus porque esse, dizia o inimigo, ainda não era o seu preço. Lúcifer não admitia que uma pessoa pudesse se manter fiel a Deus correndo risco de vida, e fez a proposta indecente: “Estende a Tua mão e fere a sua carne e os seus ossos, e com certeza ele Te amaldiçoará na Tua face” (Jó 2:5).

Deus concordou e Lúcifer infernizou a vida de Jó com uma doença patenteada em seu laboratório diabólico. Mas “quebrou a cara”, pois esse também não era o preço de Jó. Ele era um homem sem preço. Não havia nada que pudesse tomar o lugar de sua fidelidade a Deus. Como vender algo que não era dele? Tudo o que Jó tinha, pertencia a Deus. Dizem que cada homem tem um preço e cada preço tem um homem. Com Jesus nosso preço é o Seu amor.