Quinta-feira
12 de setembro
Inimigo íntimo
Então, esta mulher, uma filha de Abraão a quem Satanás mantinha presa por dezoito longos anos, não deveria no dia de sábado ser libertada daquilo que a prendia? Lucas 13:16

Certas criaturas parecem ter surgido na mente de pessoas doentes. É o caso de algumas bactérias, como a stafilococcus aureus. Vamos chamá-la de stau. Esse germe gosta de morar na pele dos seres humanos. Enquanto permanece aí, tudo bem, é inofensivo, mas quando invade um corpo enfermo, dispara uma infecção que afeta o organismo todo. O pior acontece quando se torna uma superbactéria. Veja como é a guerra da stau contra os remédios:

A estratégia dos antibióticos: 1. Demolição da parede da célula da bactéria no momento em que tenta se dividir; 2. Sabotagem das usinas internas da bactéria, responsáveis pela construção das proteínas; 3. Bloqueio da reprodução do código genético da bactéria, por meio da destruição das enzimas.

O contra-ataque da stau: 1. Reconstrução da estrutura das enzimas atacadas pelos antibióticos e criação de novas enzimas ou modificação das originais até desorientar o remédio; 2. Quando a penicilina se aproxima, a stau dispara enzimas como se fossem mísseis teleguiados. O antibiótico é interceptado antes de começar a agir; 3. As moléculas das paredes em que o remédio se encaixa são rapidamente modificadas. Nesse caso, o remédio perde o alvo.

Por enquanto, essa superbactéria é invencível, pois conseguiu sobreviver aos remédios mais potentes. Calcula-se que desde 1950 até hoje, ela já enganou mais de 100 antibióticos. A stau é implacável: um pequeno corte na pele de um doente pode gerar uma infecção generalizada chamada septicemia e matá-lo em 24 horas. Ela foi feita para destruir e se perpetuar no mal. Ao ser atingida por um antibiótico, explode e espalha seu código genético entre outras células, mesmo que sejam de outra espécie. De posse de suas terríveis informações, elas se tornam herdeiras e continuadoras da missão de suas mães diabólicas.

As doenças não são de Deus. “Satanás tem o poder da enfermidade e da morte” (Ellen G. White, Primeiros Escritos, p. 184). Ele “estudou os segredos dos laboratórios da natureza” (Ellen G. White, Conselhos Sobre Saúde, p. 460). Lúcifer não pode dar vida a nada, mas ele sabe fazer misturas, clones e enxertos, manipulando com muito mais sabedoria do que os cientistas de hoje, o código genético dos seres vivos. Nossa esperança é Jesus. Só Ele pode libertar os cativos e devolver a saúde aos enfermos.