Quinta-feira
17 de outubro
Tripla revelação
Porque os atributos invisíveis de Deus, assim o Seu eterno poder, como também a Sua própria divindade, claramente se reconhecem, desde o princípio do mundo, sendo percebidos por meio das coisas que foram criadas. Romanos 1:20

Os “mistérios de Deus” (1Co 4:1) têm sido estudados intensamente ao longo dos tempos. Mas esse estudo tem limite. Ellen White afirmou: “Que ninguém se aventure a explicar a Deus” (Medicina e Salvação, p. 92).

Quando o objetivo é conhecer melhor a Deus, mais do que novas descobertas, precisamos aprofundar os conceitos que já temos, buscar mais intimidade com o que está revelado e nos desviarmos de conjecturas. Um estudo mais profundo da Bíblia nos dará condições não só de conhecê-Lo, mas também de nos entregarmos a Ele.

Uma tripla revelação mostra Sua ação nos três grandes momentos da história humana: seu começo, meio e fim, “desde o princípio do mundo” (Rm 1:20) até o momento em que Ele mesmo dirá: “Eis que faço novas todas as coisas” (Ap 21:5).

Em Gênesis 1:1, encontramos Deus no início da história. A Terra estava “sem forma e vazia” (Gn 1:2), mas Ele falou e tudo se fez. Todas as coisas foram ordenadas e ocuparam seu lugar. Ele Se revelou como poderoso Criador.

Em João 1:1, encontramos Deus presente na história humana quando veio ao mundo como Emanuel, “Deus conosco” (Mt 1:23). O mundo havia se tornado novamente um caos; mas, dessa vez, pela confusão religiosa. Ele enviou Seu “Filho unigênito” (Jo 3:16), na “plenitude do tempo” (Gl 4:4) e “assumindo a forma de servo” (Fp 2:7). Ele Se revelou como amoroso resgatador e salvador.

Em Apocalipse 21:1, encontramos Deus no fim da história, quando fará “um novo céu e uma nova terra” (Ap 21:1). Aliás, esse será o fim para alguns e o recomeço para outros. O mundo estará novamente em situação caótica, com o inimigo desesperado “sabendo que pouco tempo lhe resta” (Ap 12:12), e os anjos segurando “os quatro ventos da terra” (Ap 7:1). A partir dessa última desordem do planeta, Deus irá restaurar a Terra a seu estado original, mas definitivamente sem a presença de “pecado e pecadores” (O Grande Conflito, p. 678). Ele Se revelará como soberano e restaurador.

Os atributos de Deus (ver Rm 1:20) nos garantem que estamos em boas mãos. Por que, então, gastar tempo com dúvidas e conjecturas vazias se podemos aprofundar a confiança no poder e amor divinos?