Segunda-feira
20 de janeiro
O peixe que não podia nadar
Mas o Senhor protege aqueles que O temem, aqueles que firmam a esperança no Seu amor, para livrá-los da morte e garantir-lhes vida, mesmo em tempos de fome. Salmo 33:18, 19

Há alguns anos eu estava participando de um encontro de educação da Rede Adventista. No tempo separado para o lazer, fomos à praia. Enquanto minhas colegas usufruíam as águas geladas da praia, permaneci na areia.

De repente, percebi um peixe se debatendo praticamente na beira da praia. Eu me aproximei e vi que ele tinha dificuldade em nadar para as águas mais profundas. A cada investida, as ondas o jogavam de volta para a areia.

Segurei o pobre peixe pelo rabo e tentei jogá-lo o mais longe possível dentro da água. Em questão de segundos, as ondas trouxeram o cansado peixinho de volta para a areia da praia. Algumas colegas que caminhavam por perto viram minhas tentativas e me disseram que já haviam tentado ajudá-lo.

Foi então que percebi que aquele peixe achatado e de nuances claras como a areia da praia estava sem uma das suas nadadeiras. Ele não conseguiria sozinho e também não conseguiria com a minha ajuda. Infelizmente tive de deixá-lo.

A experiência, não muito agradável, com o peixinho me fez refletir a respeito de vários aspectos de nossa vida. É comum passarmos nossos dias lutando, fazendo investidas contra as ondas da praia, que parecem apenas nos levar para mais longe dos nossos objetivos, da paz que almejamos. Julgamos ser fortes para vencer qualquer situação, nos esquecendo de que sozinhas não temos força suficiente.

Recordo-me da história de Sansão, quando confiou em sua força e desobedeceu Àquele que a concedeu. Assim como esse herói, que teve tempo de se arrepender, devemos reconhecer que força sem Deus não é nada.

Sabemos que estamos em um grande conflito. O inimigo faz fortes investidas, como as ondas da praia empurravam aquele peixe para a areia, onde a morte seria certa. No entanto, Deus e Seus anjos estão à distância de uma oração dos seus filhos que O têm por auxílio presente.

Que neste dia, mesmo se estivermos apenas com uma nadadeira e com dificuldades para seguirmos nosso caminho, possamos clamar pela ajuda do nosso Salvador, pois Ele escuta nossas súplicas e tem prazer em atendê-las. Deus quer estar conosco nas horas de simples decisões e nas alegrias da vida, bem como nos momentos de maior aflição. O Senhor diz que a batalha não é nossa, é Dele. Em vez de lutarmos sozinhas uma guerra que certamente perderemos, busquemos a salvaguarda Daquele que já venceu.

Samantha Ávila Branga