“Eles são um casal jovem e promissor, porém um pouco malucos.” É assim que meu marido e eu somos definidos. Atualmente tenho 32 anos; e meu esposo, 35. Sou advogada; ele, médico. Temos quatro filhos. O mais velho chegou já com 1? anos.
O seguinte com 15, e as meninas, uma com 11 e outra com 12 anos. Loucos? Tudo depende de quem a sustenta e quem você adora.

Faz cinco anos que entreguei minha vida a Jesus. Dois meses depois de meu batismo, fui para um trabalho missionário na África e por lá fiquei durante 30 dias. Aquela experiência foi suficiente para mudar minha vida por completo. Naquele lugar longínquo também conheci o homem que, meses depois, viria a se tornar o meu esposo.

Resolvemos abandonar tudo na grande capital em que morávamos, vender todas as coisas e seguir para o norte do país a fim de nos dedicarmos à missão em tempo integral. Lá estávamos nós, em uma comunidade indígena a 500 km de Manaus, com apenas 13 famílias. Sem água encanada e com energia intermitente. População paupérrima. Nossa missão naquele lugar era reativar uma igreja que estava fechada e fazer um trabalho de reavivamento.

Fizemos fortes amizades, a ponto de anos depois os nativos nos confiarem seus filhos para que pudéssemos dar a eles um futuro melhor. A vida pacata e tranquila de um casal de repente adquiriu uma nova roupagem, e as responsabilidades quadriplicaram, literalmente.

Como lidar com tudo isso? Todos os dias de madrugada me coloco de joelhos e apresento minha família diante do altar do Senhor. Consagro a Ele a minha vida e a de meu marido, o meu casamento. Oro pelos meus filhos, levando ao Pai as lutas específicas de cada um. Depois fazemos o culto em família.

Procuramos manter o nosso lar isento de tudo aquilo que não é cristão, pois entendemos que as bênçãos serão proporcionais à nossa fidelidade, obediência e consagração. Ainda que não sejam nossos filhos biológicos, sabemos que Jesus também nos questionará: “Onde estão os filhos que Eu lhes dei para educarem para Mim?”

Querida amiga, ouse avançar no lógica contrária do mundo, pois as coisas de Deus não são deste mundo! Por mais bizarro que pareça, avance! Com Cristo não há o que temer, e você poderá experimentar diariamente os frutos de suas corajosas decisões.

Gabriela Rodrigues Pinheiro