Sexta-feira
20 de novembro
Não há o que temer – parte 1
Sabemos que Deus age em todas as coisas para o bem daqueles que O amam, dos que foram chamados de acordo com o Seu propósito. Romanos 8:28

Ao longo de meu ministério, tenho vivido experiências extraordinárias! Em 1990, meu marido e eu ingressamos no ministério. Ele como pastor distrital, e eu na educação adventista, como diretora de uma pequena escola. Nossa filha mais velha, com apenas um ano, não entendia por que estávamos ali, mas estava bastante feliz com os amiguinhos que fizera. Éramos bem jovens, e concentrados na missão.

Por ser uma escola pequena, eu era uma espécie de faz-tudo. Cuidava desde a parte administrativa até da merenda escolar. Dar conta disso tudo não era fácil. Apesar dos desafios, eu estava feliz. Até que um dia fui abordada por uma professora que se achava injustiçada por não assumir a direção da escola. Dizia que eu não merecia estar ali. Aquilo me deixou perplexa. Eu sabia que não estava ali por vontade humana, mas por um chamado divino.

Tivemos um diálogo um tanto quanto indigesto. Meus problemas estavam apenas começando. Pouco depois, aquela professora pediu demissão. Por exercer muita influência sobre os professores, outros a seguiram. Era o mês de maio. Ainda tínhamos um ano inteiro pela frente, mas não tínhamos professores. Por ser uma cidade pequena, encontrar professores era uma tarefa bem difícil, quase impossível. Não havia profissionais suficientes para atender à demanda, e o salário que podíamos oferecer era abaixo do que era praticado nas demais escolas do município.

Foi um período de muita entrega ao Senhor, pois compreendi que aqueles problemas eram maiores do que eu. Era impossível dar conta de tudo sozinha. O jejum passou a fazer parte da minha rotina, e a Bíblia era meu alimento diário. Estava esgotada emocionalmente. Passava noites em claro, chorando. Sentia-me como se estivesse carregando uma tonelada sobre minhas costas.

Durante aquele período, senti que eu estava sendo afetada fisicamente, estava inchada e enjoada. Fui ao médico e, para minha surpresa, ele me disse que eu estava grávida de quatro meses. Fiquei muito feliz, mas ao mesmo tempo preocupada, pois nos últimos meses estivera bastante estressada. Aquilo não podia ser bom para o bebê.

Refletindo, percebo que Deus ama muito a minha filha para fazê-la suportar tanta angústia. Atualmente temos três filhos. Uma das preciosidades é a Myrna, que faz a diferença por onde passa. Aprendi que Deus ouve a oração de uma mãe em toda emergência. Esta história continua amanhã.

Marilia Barros de Carvalho Dantas