No outono de 1967, Louis Armstrong gravou pela primeira vez a música What a Wonderful World [“Que Mundo Maravilhoso”], exaltando a beleza das coisas simples da vida. Em uma época na qual o clima racial e político era muito tenso, a música não alcançou sucesso. No entanto, com o tempo, a canção se popularizou, ao tocar com sensibilidade muitos corações calejados pela dureza da vida.

Décadas depois, os diretores de um filme de animação incluíram em sua trilha sonora a música de Armstrong. Ironicamente, enquanto a música é executada, as cenas do filme revelam o oposto de sua mensagem. Em vez de destacar a beleza do mundo, como as flores, a amizade e a vida, o clipe mostra os espinhos, os predadores, os perigos, as ameaças e a morte.

Embora fique evidente a intenção cômica dos diretores, tais cenas nos fazem pensar: O que é verdadeiro sobre a vida? Sua beleza ou brutalidade? Muitas vezes, parece que o mundo é contrário à paz, à ordem e à felicidade. Em alguns momentos, sentimos que a vida segue de maneira desordenada. Em outros, parece que a trajetória da existência insiste em passar pelo vale do sofrimento. Alguns acreditam, inclusive, que a felicidade só existe no plano das ideias porque, no mundo real, o melhor que podemos desfrutar é uma vida que varia entre o ruim e o mais ou menos.

Qual é a perspectiva bíblica sobre isso? As Escrituras explicam a presença do mal com a queda de Adão e Eva em pecado. Vítima do engano de Satanás, o primeiro casal condenou seus descendentes e a natureza ao sofrimento e à morte. Graças a Deus, porém, a vitória de Jesus na cruz escancara uma porta para que a vida eterna, a felicidade, a ordem perfeita e a harmonia voltem a reinar. Quando compreendemos o sacrifício de Cristo pela humanidade, percebemos que, em Deus, e somente Nele, podemos sonhar com um mundo realmente maravilhoso.