Em um passado não muito distante, não era comum ouvir música com a facilidade que temos hoje. Apesar de fazer parte da história humana, associar uma trilha sonora para cada momento da vida é algo, sem dúvida, muito recente.

Até pouco tempo, ouvir uma orquestra, por exemplo, era algo reservado a pessoas especiais e muito ricas. No Brasil, as primeiras emissoras radiofônicas, responsáveis por transmitir diferentes estilos musicais, foram estabelecidas no fim da década de 1920, tornando esse meio de comunicação acessível às massas. Mesmo assim, é impossível comparar a disponibilidade dos aparelhos de rádio da primeira metade do século passado com o acesso que temos hoje a dispositivos de som. A música está em toda parte nessa era midiática em que vivemos.

Essa popularidade nos faz pensar sobre a influência da música sobre nós, cristãos. Música e cultura sempre estiveram interligadas. É curioso perceber que existe uma íntima ligação entre música e estilo de vida. Observa-se, por exemplo, que as grandes revoluções sociais sempre foram acompanhadas por transformações musicais.

Deus gosta de nos ouvir cantar; por isso, nos criou como seres musicais. Já percebeu que qualquer ruído, ritmo ou barulho pode desencadear uma canção? Um dos lemas do jovem cristão é “ter sempre um cântico no coração”. E como é bom se lembrar de alguma música especial em momentos de grande necessidade emocional! Sem dúvida, a música também é uma ferramenta importante e eficaz para impressionar nosso coração com as verdades espirituais.

Como seres criados para adorar e exaltar o nome de Deus, é sempre oportuno analisar o peso e a influência da cultura secular sobre o ideal de vida cristão que temos. Apesar de encontrarmos na Bíblia momentos em que a música foi usada com propósitos não religiosos, o melhor propósito para o qual podemos usá-la é a fim de expressar adoração e louvor ao nosso Pai, o grande Deus criador.