Desde tempos antigos as “novas gerações” dão trabalho aos mais velhos, questionando valores estabelecidos. Desde a Grécia antiga há registros da grande dor de cabeça causada pelas “novas gerações” a ponto de abalar séculos de tradição. Ao longo do tempo, várias gerações lutaram para transformar a sociedade. Entre vários fatores que provocaram essas revoluções, destacamos o distanciamento entre os líderes e o povo, uma falsa moralidade, abuso de poder, exploração dos mais pobres, além de imposições religiosas e políticas.

No século 20, a revolução cultural dos anos 1960 é um símbolo de uma descrença máxima no poder das autoridades. Filhos de uma sociedade gananciosa, de pais de colarinho branco, bem-vestidos, mas trapaceiros e desleais nos negócios, adúlteros e distantes dos filhos suscitaram uma revolta cujas consequências chegam até hoje.

Ao olharmos para o curso da história, vemos que as crises preparam o caminho para novas revoluções. No âmbito espiritual, será que podemos acreditar no surgimento de uma nova geração revolucionária? Poderíamos pensar em uma geração desapegada, minimalista, que menosprezará a busca insana por bens de consumo? Surgirá uma geração que se recusará a perpetuar um estilo de vida movido por interesses políticos e financeiros?

Nosso mundo precisa desesperadamente de uma geração revolucionária, que questione o poder opressor do pecado nas estruturas de poder. Por isso, não adianta nada se rebelar contra as formas e os rituais se essa luta não alcançar as injustiças e desigualdades resultantes do afastamento de Deus e de Sua Palavra.

Com a fidelidade de uma nova geração, o povo de Deus será sacudido. Restarão aqueles que forem leais. A história revelará que a igreja de Cristo prevalecerá graças a uma geração de pessoas puras que “obedecem aos mandamentos de Deus e permanecem fiéis a Jesus” (Ap 14:12). Sejamos, então, essa geração alicerçada na Bíblia, que ousa rejeitar as injustiças do pecado e promove a essência do evangelho.