Domingo
17 de outubro
Verdades?
E conhecerão a verdade, e a verdade os libertará. João 8:32

Ao longo do tempo, muitos deram a vida em defesa da verdade. Contudo, na atualidade, muita gente acredita que a verdade é relativa e que cada um tem a sua. Como resultado desse descaso com a verdade, vivemos em um mundo em que as coisas parecem não fazer sentido.

Deixe-me dar dois exemplos. Há algum tempo, os anúncios de cigarro me intrigavam. Eles apresentavam jovens bonitos e saudáveis em atividades esportivas ou radicais, transbordando alegria e vigor enquanto fumavam. A intenção era promover a ideia de plenitude, autoestima e liberdade, mas o vídeo terminava com a seguinte advertência: “O Ministério da Saúde adverte: fumar é prejudicial à saúde.” A mensagem final contradizia tudo o que havia sido veiculado antes. Além da publicidade da indústria tabagista, existem também as campanhas da indústria de bebidas. O quadro é muito semelhante: pessoas felizes, em alguma atividade agradável, consumindo um produto alcoólico. No fim do vídeo, uma mensagem: “Evite o consumo excessivo de álcool.” E agora? Quem está falando a verdade?

Apesar das advertências, milhões de pessoas têm consumido cigarro e bebidas alcoólicas. Para elas, os anúncios dizem a verdade, e as advertências também! Ou seja, a contradição entre eles é ignorada porque tudo pode ser verdadeiro. Sendo relativa, a minha verdade e a sua podem coexistir, ainda que uma anule a outra.

Para o cristão, porém, isso é impossível. A verdade é absoluta e está unicamente na pessoa de Cristo: “Eu sou o caminho, a verdade e a vida” (Jo 14:6). Nele não existem contradições, dubiedades, objetivos escusos ou perigos para a integridade humana.

Assim, podemos estar seguros de que a presença de Jesus em nossa vida satisfaz nosso anseio pela verdade e, além disso, nos torna veículos pelos quais a verdade divina chega àqueles que a estão procurando.