Quarta-feira
25 de maio
Milagre!
Ainda que eu ande pelo vale da sombra da morte, não temerei mal nenhum, porque Tu estás comigo; o Teu bordão e o Teu cajado me consolam. Salmo 23:4

Lembro-me de que tudo aconteceu no dia 7 de maio de 2019. Era uma quinta-feira. Meus pais saíram às 6h da manhã para uma consulta com um urologista na clínica de Guaíra, no Paraná, pois na cidade em que moramos não havia médicos dessa especialidade.

Quando meu pai passou por consulta, veio uma notícia inesperada que deixou toda a família abalada e sem reação. Ele estava com um câncer muito raro e necessitava fazer uma cirurgia o quanto antes, pois o quadro era delicado.

Minha mãe não conteve as lágrimas, mas sabia que deveria ser forte, pois não estava sozinha; Deus estava com ela. Os médicos encaminharam meu pai para outra cidade, Umuarama. Lá, eles o internaram para que a cirurgia fosse realizada da forma mais segura possível.

Foi só então que minha mãe me ligou e, com uma voz entristecida, contou o que havia acontecido. Ela pediu que eu e meu avô orássemos e clamássemos a Deus por um milagre. Meu pai entrou na sala de cirurgia às 16h e saiu de lá às 17h10. Tudo ocorreu bem. A cirurgia tinha sido tranquila e bem-sucedida. Nós agradecemos tanto a Deus, que palavras não poderiam descrever nossa gratidão. No dia seguinte, meus pais já puderam voltar para casa. Naquela sexta-feira agradecemos a Deus pela nova oportunidade de estarmos em família.

Quinze dias depois meu pai teria que retornar ao médico para verificar se estava tudo bem e para saber se precisaria fazer quimioterapia ou algum outro tratamento. Dessa vez, eu o acompanhei. Para nossa surpresa e também do médico, o câncer havia desaparecido e não seria necessária quimioterapia. Então o médico revelou que, por sua experiência, ele tinha certeza de que a quimioterapia seria necessária, pois apenas 2% da população masculina contraíam esse câncer e, na maioria dos casos, só a cirurgia não era suficiente. Mas, com o meu pai, as coisas tinham sido diferentes.

As provações fazem parte da vida. Mas também são ocasiões para Deus nos mostrar que nunca estamos sozinhos. Eu e minha família saímos dessa experiência fortalecidos, certos de que há um Deus que nos ama e que Se alegra em realizar milagres em nossa vida, não importa se são grandes ou pequenos.

Hellen Barrientos Arzamendia Ferreira