Assim que apertei o botão de desligar, Melissa entrou no meu escritório.

— Ouvi a parte final da sua conversa — ela disse. — O que é QE? Será que tenho um?

— QE tem a ver com inteligência emocional — respondi, sorrindo. — E sim, você está aprendendo a ser emocionalmente inteligente.

Adivinhando a próxima pergunta que ela faria, dei a ela uma definição básica:

— QE envolve a capacidade de saber o que é bom, o que é ruim, e como ir de ruim para bom de formas saudáveis e eficazes que trazem resultados positivos.

Melissa andava de um lado para outro, como seu corpo estava acostumado a fazer quando sua mente estava trabalhando. (Isso tem sido um desafio aos seus professores do ensino fundamental, pois acreditavam que ficar sentada em silêncio ajudaria o cérebro a funcionar melhor. Mas não o de Melissa!) Finalmente, ela disse:

— Um dos meninos da escola jogou um livro longe porque estava triste.

Perguntei se isso tinha resultado em algo positivo, e ela respondeu que o menino disse que ele se sentiu melhor, mas o outro que levou uma livrada não se sentiu nem um pouco bem. Depois ela acrescentou que não houve nenhum resultado positivo.

— Eu tenho a fórmula do QE — Melissa disse subitamente. — Eu não sabia o que era até agora. Há dias que uso bastante a minha fórmula [uma de suas novas palavras].

— Você tem? — perguntei, sorrindo. — E qual é?

— Quando me sinto mal, eu faço uma oração, sorrio e assobio uma música alegre. Qualquer pessoa pode usar essa fórmula, entende, porque ela é gratuita.

Isso certamente resume bem a questão ao que é essencial, pensei. Mais uma vez uma criança ensina uma grande lição. Paulo também conhecia a fórmula QE: “Alegrem-se sempre no Senhor; outra vez digo: alegrem-se!” (Fp 4:4).

Depois disso, passei a carregar a fórmula QE da Melissa comigo diariamente. Quando me sinto mal, faço uma oração, sorrio e assobio uma música alegre. Você também pode ter a fórmula QE dela, pois é gratuita.

Arlene R. Taylo