A psicóloga, Annett Schirmer, relatou ter descoberto que um som rítmico “não apenas desencadeia um comportamento coordenado num grupo de pessoas, mas também no pensamento delas – o processo mental do grupo se torna sincronizado.”*
Existem danças de vários tipos. Rumba, salsa e foxtrot são alguns dos estilos de dança que foram desenvolvidos por diferentes grupos étnicos. Mas uma coisa interessante a respeito da dança é que, embora em certos estilos ela possa ser individual, as pessoas parecem extrair mais prazer da dança se tiverem um parceiro. Como diz o ditado: “é preciso duas pessoas para dançar um tango”.
O conceito de se ter padrões de pensamento coordenado esteve presente na criação do mundo. Ali houve perfeita harmonia entre o Pai, o Filho e o Espírito Santo. Quando existe harmonia entre um homem e uma mulher no contexto do casamento, eles podem “se mover” juntos. O pensamento harmônico leva à ação harmônica. “Duas pessoas andarão juntas se não estiverem de acordo?” (Am 3:3).
Deus deu aos casais uma forma de expressar seu amor que é singularmente especial. Gênesis 2:24 diz: “Eles se tornarão uma só carne.” O clímax dessa experiência e o processo envolvido é maravilhoso. Basta dar uma olhada no livro de Cantares para ver que ele retrata, de maneira simbólica, um romance. Expressões de carinho, afagos, palavras doces trocadas entre duas pessoas que se amam e, obviamente, se importam uma com a outra.
O mundo deturpou a prática da vida sexual orientada por Deus, mas não podemos deixar que esses costumes profanos sirvam de modelo aos que irão se casar e aos lares cristãos. Deus é o Ser que mais ama. Ele nos diz: “Com amor eterno Eu te amei; por isso, com benignidade te atraí” (Jr 31:3, ARA). As palavras de Deus são amor e cura, Seus lábios sopram o fôlego de vida em cada ser humano que nasce neste mundo. Se seguirmos o plano divino que Deus estabeleceu, não haverá limite para a demonstração de carinho, afeto e amor no relacionamento matrimonial.
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https://blogs.scientificamerican.com/guest-blog/the-power-of-music-mind-control-by rhythmic-sound.
Jannelle Spencer, Brittons Hill, Barbados
1. Como você caracterizaria a visão bíblica sobre o corpo humano? Gn 2:7; Sl 63:1; 84:2; 1Co 6:19, 20; 1Ts 5:23
2. Cantares reflete uma visão positiva do corpo humano, no contexto da relação sexual. Como esses textos revelam essa atitude? Ct 1:2, 13; 2:6; 5:10-16; 7:1-9. Assinale a alternativa correta:
A. ( ) Cada parte do corpo do homem e da mulher é elogiada e comparada a coisas belas e prazerosas.
B. ( ) Embora o corpo humano seja apresentado de maneira positiva, a descrição de uma relação sexual é perniciosa.
Os aspectos físicos do amor conjugal não são um constrangimento. Uma extensa série de emoções é apresentada abertamente. Muitas vezes, os casados têm dificuldade de se comunicar de maneira saudável em relação à sua vida íntima. A abertura da Bíblia em relação à sexualidade convida o povo de Deus a se sentir mais confortável quanto a esse assunto.
O casamento do príncipe Harry com Meghan Markle, em 19 de maio de 2018, na capela do Castelo de Windsor, encantou as pessoas ao redor do mundo. A música harmoniosa, o lindo ambiente decorado e, é claro, os trajes e a alegre feição dos noivos. O futuro casal proferiu o voto matrimonial assumindo perante Deus e as testemunhas amar e cuidar um do outro por toda a vida.
O casamento é um belo presente dado à humanidade pelo Criador. Contudo, conceitos errôneos têm levado as pessoas a acreditar que a Bíblia seja contra o sexo. A Palavra de Deus não proíbe o sexo em si, mas a sua prática fora do casamento e as perversões sexuais. O livro de Cantares descreve o relacionamento puro entre a jovem sulamita, que estava noiva, e seu amado, que se acredita ser o rei Salomão. O livro expressa a beleza do amor (Ct 4:1-7; 4:16; 7:1-9).
Infelizmente, a perversão sexual tem sido propagada por toda parte – TV, cinema, internet, outdoors, revistas, música, etc. A impureza sexual impede que os seres humanos reflitam a imagem de Deus no casamento. Ela abre feridas profundas nos relacionamentos rompidos e aumenta os níveis de tensão emocional que muitas pessoas têm sofrido.
Quando permitimos que as paixões carnais tenham prioridade sobre o plano do Criador, caímos em uma condição degradante. Felizmente, temos um Pai misericordioso e um Salvador amorável que pode perdoar nossos pecados e nos redimir. “Se confessarmos os nossos pecados, Ele é fiel e justo para perdoar os nossos pecados e nos purificar de toda injustiça” (1Jo 1:9).
Nosso corpo não nos pertence (1Co 6:15-20). Por isso, é dever do cristão demonstrar amor puro e verdadeiro dentro do contexto do casamento bíblico (1Co 7:3-5). Paixões e desejos carnais devem ser banidos do coração e substituídos pela pureza de caráter (Gl 5:24-26).
Karenda Enka Swain, Freeport, Bahamas
3. Descreva os vários aspectos do amor apresentados em Cantares? Ct 1:2, 13; 2:10-13, 16; 3:11; 4:1-7; 5:16; 6:6; 7:1-9; 8:6, 7
4. Como essa intimidade reflete, à sua maneira, a intimidade que podemos ter com Deus? Quais paralelos podemos traçar? (Exemplos: passar tempo com Deus, entregar-se completamente ao Senhor, etc.)
As estatísticas mostram que, nos últimos anos, grande parte dos casamentos têm terminado em divórcio. Muitos fatores estão envolvidos. Mesmo entre os casais que permanecem casados, há forças contrárias tentando romper a união. Se o inimigo não pode destruir, ele faz de tudo para atrapalhar. O casamento foi instituído pelo Criador para ser a base da sociedade. No entanto, para que a união seja efetiva e estável, ela precisa ter Jesus como seu centro: “Um cordão de três dobras não se rompe com facilidade” (Ec 4:12). Às vezes, ouvimos pouco sobre sua importância. Os jovens têm sido bombardeados com mensagens negativas e deturpadas a respeito do casamento. É fundamental examinar o assunto do ponto de vista bíblico.
Amor no tempo certo (Sl 63:1; 1Co 6:19, 20; 2Co 10:5). Grande parte dos jovens acha que não é preciso se casar oficialmente. A sociedade vende a ideia, por meio da cultura e da mídia, de que não é necessário assumir um compromisso civil, tampouco religioso. Somos também levados a acreditar que podemos ter tudo o que desejarmos quando quisermos, porque devemos fazer o que nos satisfaz. Infelizmente, muitos aceitam esses conceitos distorcidos porque ainda não encontraram a verdade nem aceitaram Jesus. Se não sabemos quem somos e por que estamos neste mundo, qualquer coisa serve.
É fundamental desenvolver um relacionamento com o Criador e se tornar completo Nele antes de se unir à pessoa amada. Se duas pessoas que não estão bem resolvidas se unem esperando completar uma à outra, irão se desapontar. O Único que pode verdadeiramente preencher os desejos do coração é Aquele que nos criou e nos conhece intimamente. Somente depois de nos rendermos inteiramente a Ele é que podemos pensar em nos unir a outra pessoa em matrimônio. O casamento é uma instituição estabelecida por Deus. Quando permitimos que o Criador dessa instituição preencha suas lacunas, podemos verdadeiramente ser uma bênção e continuar a ser uma luz aos que nos cercam.
A expressão verdadeira do amor (Ct 1:2, 13; 2:6; 4:7-5:1; 5:10-16; 1Co 7:3-5). O livro de Cantares descreve em detalhes a intimidade compartilhada entre a Sulamita e seu Amado. Esse livro está na Bíblia para demonstrar o que é a intimidade, com amor e respeito, no contexto do casamento. Há liberdade para expressar o amor de um pelo outro e completa entrega. Na esfera humana, a intimidade mais sublime é compartilhada entre esposo e esposa. Ela é inferior somente ao relacionamento que devemos ter com nosso Criador.
Alguns se sentem constrangidos com a linguagem e os detalhes apresentados no livro de Cantares. Talvez o contexto do livro revele expressões diferentes das que usaríamos. Mas, seja como for, elas deixam uma bela imagem do casamento. Sempre foi desejo do Senhor que o casamento e a intimidade ocorressem e que experimentássemos prazer dentro desse relacionamento: “Por essa razão, o homem deixará pai e mãe e se unirá à sua mulher, e eles se tornarão uma só carne” (Gn 2:24). Quando duas pessoas experimentam intimidade sexual fora do casamento, e depois rompem a união, um pedaço de cada um é anulado pelo outro. A unidade somente ocorre por meio do matrimônio.
Pelo fato de viver neste mundo de pecado, talvez alguns já tenham desobedecido os princípios bíblicos contra o que sabem ser o certo. Também pode ser que outros somente agora estejam descobrindo o ideal de Deus para o casamento. Será que há esperança de restauração? Sim! Na carta aos Romanos, o apóstolo Paulo escreveu: “Onde aumentou o pecado, transbordou a graça” (Rm 5:20).
Salvaguardando o dom do Criador (Sl 103:12; Is 55:7; Jo 8:11; 1Co 6:19, 20; 1Ts 5:23, 24; 1Jo 1:9). Quando um pecador toma a decisão de mudar, Deus é misericordioso e pode operar uma restauração completa. Quer tenha sido um casamento fracassado, ou tenhamos experimentado intimidade sexual antes do casamento, Deus pode atuar e nos transformar. Há esperança! Se formos a Ele com os cacos do que poderia ter sido e se quebrou, Ele pode recriar e curar o coração ferido. Se estivermos enfrentando vergonha e culpa, Ele pode tirar esses sentimentos e afastá-los “como o oriente está longe do ocidente” (Sl 103:12). Se estamos lutando contra algum pecado, Ele nos capacita não mais pecar (Jo 8:11). Ele deseja que tenhamos uma vida de santidade e integridade.
Qualquer que seja a situação, há esperança porque servimos a um Deus que Se importa conosco. Ele criou muitas coisas bonitas para desfrutarmos, inclusive a intimidade sexual no casamento. “Aquele que os chama é fiel, e fará isso” (1Ts 5:24).
Michelle Solheiro, Edmonton, Alberta, Canadá
5. De que modo Cantares 4:7–5:1 apresenta um compromisso com a reciprocidade na vida íntima do casal? Como isso se assemelha à instrução de Paulo em 1 Coríntios 7:3-5?
6. Como a descrição da união conjugal mediante a palavra conhecer enriquece a compreensão do nosso relacionamento com Deus? Gn 4:1, 25; 1Sm 1:19; Lc 1:34; Jo 17:3; 1Co 8:3. Assinale a alternativa correta:
A. ( ) Mostra que precisamos ter mais informações e teorias sobre Deus.
B. ( ) Indica que “conhecer” significa ter experiência. Quando o homem “conhece” a mulher, ele tem intimidade com ela. Devemos ter uma experiência profunda com Ele.
A Bíblia usa a palavra conhecer para designar a união íntima entre o marido e a esposa. A palavra conhecer também descreve a relação entre os indivíduos e Deus.
Presente extraordinário de Deus, o relacionamento matrimonial é o mais íntimo de todos (Gn 2:21-25). A união inexplicável de dois seres diferentes a ponto de se tornarem um é algo divino. O fato de marido e mulher poderem manter sua individualidade sem que isso atrapalhe a unidade singular estabelecida pelo matrimônio, somente é possível pela ação do Espírito Santo.
Infelizmente, Hollywood e a cosmovisão pós-moderna têm deturpado tanto o casamento que muitos não mais se importam quanto ao caráter da pessoa com quem esperam passar o resto da vida. Jovens que estão procurando o “par ideal” deveriam intensificar seus momentos de oração. “É a partir do casamento que muitos homens e mulheres marcam o começo do seu sucesso ou fracasso em relação a esta vida e da sua esperança quanto à vida futura.”1 Apesar dos desafios da relação matrimonial, não é preciso ter medo. “[O casamento é uma bênção] sempre que se entre para o pacto matrimonial inteligentemente, no temor de Deus, e tomando em devida consideração as suas responsabilidades.”2
O vínculo íntimo entre esposo e esposa se consolida ainda mais com expressões de amor e afeto (Ct 8:4). A Bíblia usa figuras da natureza para ilustrar o relacionamento entre a sulamita e seu noivo amado, que se acredita ser o rei Salomão. Na verdade, ao longo da Bíblia Deus compara com o pacto nupcial o relacionamento entre Ele e Seu povo. O livro de Oseias apresenta um claro exemplo de quanto Deus está disposto a honrar Sua aliança (Os 11:8, 9). O Senhor deseja que Seus filhos desenvolvam intimidade espiritual com Ele. A intimidade espiritual pode se desenvolver quando esposo e esposa oram um pelo outro, adoram a Deus e leem Sua Palavra.
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1. Ellen G. White, “Unwise Marriages”, The Review and Herald, 2 de fevereiro de 1886.
2. ___________ , A Ciência do Bom Viver, p. 356, 357.
Anastácia Ferguson, Berrien Springs, MI, EUA
7. A que Salomão se referiu nas seguintes passagens? Ct 4:12, 16; 5:1; 8:8-10. Assinale “V” para verdadeiro ou “F” para falso:
A. ( ) À pureza e virgindade da amada, comparadas a um jardim fechado, ou a uma fonte selada.
B. ( ) Ao pecado de sua amada, que caía em tentação e era um jardim destruído.
Em Cantares, encontramos algumas das evidências mais convincentes das Escrituras acerca do plano de Deus de que as pessoas permaneçam sexualmente puras até o casamento.
O batismo de um novo discípulo de Jesus é uma cerimônia emocionante que várias vezes já tivemos o privilégio de presenciar. O batismo simboliza a união matrimonial com Cristo para todos os que escolhem dedicar sua vida a Deus e, publicamente, declarar seu amor pelo Salvador. Quanto mais íntimo e leal for o relacionamento com Jesus, mais sentiremos que Seu amor é maior do que tudo (Is 54:5; Ap 19:7). Você pode experimentar a beleza da união com Cristo se simplesmente aplicar os princípios a seguir em sua vida.
Troque a roupa manchada. Antes de colocar a roupa apropriada para determinada necessidade, primeiramente temos que tirar a roupa que estamos vestindo. Fora com o que é velho, que venha o novo! (Mt 9:14-17; Mc 2:21, 22). Talvez seja difícil entender o verdadeiro amor quando se tem pais divorciados ou sofremos violência doméstica e abuso. No entanto, seja qual for a história de vida de cada um, Deus não nos amará menos por causa disso. Ele deseja nos despir dos antigos trajes e nos vestir com o manto da justiça de Cristo.
Renove seu compromisso diariamente. Os votos matrimoniais não terminam após o casamento. Você não diz “sim” na cerimônia para depois viver separado do seu cônjuge. O compromisso assumido deve ser exercitado diariamente, caso contrário, os votos de fidelidade no altar não teriam sentido. Da mesma maneira, como cristãos, precisamos mostrar ao mundo que estamos casados com Cristo.
Lembre-se do amor de Deus. É difícil permanecer em um lugar em que não se é amado nem valorizado, em que ninguém se importa conosco. Às vezes, esse sentimento pode é consequência de ter sido rejeitado na infância, sofrido bullying na adolescência ou tido um amigo ou familiar que o traiu. Seja qual for o caso, saiba que o amor de Deus não depende de como outras pessoas nos trataram no passado. O amor divino está acima de tudo! Ele nos ama apesar de nós. Deus é a única corda, e Ele ainda está segurando você.
Alexandra Yeboah, Brampton, Ontário, Canadá
8. Qual é a atitude das Escrituras em relação às práticas sexuais que não estão de acordo com o plano do Criador? Lv 20:7-21; Rm 1:24-27; 1Co 6:9-20. Assinale a alternativa correta:
A. ( ) A Bíblia adverte sobre o erro e suas graves consequências.
B. ( ) A Escritura é flexível e elogia a diversidade sexual.
As Escrituras desaprovam tudo o que altera ou destrói a imagem de Deus na humanidade. Ao estabelecer como proibidas certas práticas sexuais, Deus guia Seu povo rumo aos propósitos corretos para a sexualidade.
9. Qual é a orientação para os cristãos quanto à sua sexualidade e a dos outros neste mundo caído? Rm 8:1-14; 1Co 6:15-20; 2Co 10:5; Gl 5:24; Cl 3:3-10; 1Ts 5:23, 24
Muitas pessoas não pertencem a uma família normal. É o caso das pessoas solteiras, órfãs ou abandonadas. Conheço pessoas que se tornaram cristãs e sua família as deserdou – talvez você seja uma delas. Mas, tudo bem! O fato de se encaixar em algum desses cenários não faz com que deixemos de pertencer à família de Deus.
A história da criação relatada em Gênesis 1 e 2 nos ajuda a compreender a sexualidade. Um dos primeiros pontos a ser notado é que Deus criou um homem e uma mulher, Adão e Eva. Primariamente, usamos esse relato bíblico para exemplificar o casamento, e não há nada de errado com isso. No entanto, se pararmos aí, perderemos a plena beleza da história da criação.
Adão estava sozinho porque entre todos os seres criados não havia ninguém como ele. Então, o Senhor criou Eva, para tornar Adão um ser completo. Eva era do sexo feminino, e Adão, do sexo masculino, mas a diferença deles ia muito além disso. Talvez Adão gostasse mais de cereais, e Eva, de frutas. Não sabemos. Mas o fato é que cada ser humano é singular. Contudo, nossa singularidade não deriva somente da diferença sexual, nem está limitada a ela. Na verdade, são as diferenças físicas, psíquicas, hormonais, emocionais, etc. que nos tornam homem ou mulher, porém, todos somos membros valiosos do corpo de Cristo.
Afinal, como é possível se conectar com outros se não podemos aceitar aquilo que os torna diferentes? Será que como cristãos estamos sendo tão inclusivos como deveríamos ser? Deus deseja que nos relacionemos de maneira mais próxima, sentindo a necessidade do outro, não de forma estereotipada, mas através da aceitação da diversidade, de histórias de vida e de experiências.
Brittany Venus Hudson, Richmond Hill, Ontário, Canadá