A carta de Paulo aos Romanos tem estrutura semelhante à de uma dissertação argumentativa. Como professor de inglês já corrigi centenas de trabalhos de pesquisa, e consigo perceber claramente a estratégia de Paulo para fundamentar seus argumentos. Ele usou muitas passagens do Antigo Testamento a fim de convencer seus ouvintes ou leitores de que essas ideias faziam parte da tradição religiosa judaica e existiam antes dele. Paulo se esmerou nessa carta. Ela é extensa e requer tempo e dedicação para compreendê-la.
A epístola aos Romanos me faz lembrar da “Carta Escrita na Prisão de Birmingham”, de Martin Luther King Jr. Essa também é uma carta realmente longa e argumentativa, na qual Luther King se esmerou porque desejava que seus leitores entendessem o que ele queria dizer.
Nasci em lar adventista, e ao longo da minha vida na igreja vi muitas pessoas discutirem a respeito da doutrina da justificação pela fé. Notei membros da igreja debatendo acaloradamente se a justificação em Cristo pode levar alguém a deixar de ser pecador. Vi outros tão contrariados com essa interpretação errônea que abandonaram nossa igreja e se uniram a outros grupos cuja interpretação dessa doutrina combinava mais com a posição deles.
Lembro-me também de ter cursado uma disciplina sobre História da Igreja Adventista. O professor nos mostrou que esse debate começou em 1888, na Assembleia da Associação Geral em Mineápolis, EUA, e causou divisão entre a liderança da igreja na época. Satanás deve sentir grande prazer em saber que uma doutrina tão linda e transformadora pode também causar muitas divergências.
Entretanto, o apóstolo Paulo, inspirado pelo Espírito Santo, escreveu a Carta aos Romanos esclarecendo de maneira fantástica e iluminada essa doutrina tão importante para nossa salvação.
Ao estudar a lição nesta semana, tenha em mente o conselho de Paulo: “Portanto, aceitem-se uns aos outros, da mesma forma como Cristo os aceitou, a fim de que vocês glorifiquem a Deus” (Rm 15:7). Aceite aqueles que talvez pensem diferente de você. Acredito que um aspecto da nossa fé seja crer que Deus, em Sua misericórdia, continua trabalhando com Seus filhos. O Espírito Santo atua para nos trazer mais iluminação sobre pontos da Bíblia que ainda não entendemos claramente. Se irmãos sinceros não creem como você, saiba que o Espírito do Senhor ainda tem uma obra a realizar na vida deles.
Renard Doneskey | Keene, Texas, EUA
1. De acordo com Hebreus 8:6, o que são as “promessas superiores” e a aliança superior? Por que o ministério de Jesus é mais excelente?
2. Leia Mateus 19:17, Apocalipse 12:17, 14:12 e Tiago 2:10, 11. O que esses textos revelam sobre a lei moral no Novo Testamento? Assinale a alternativa correta:
A.( ) Ela continua valendo, pois é atemporal.
B.( ) Ela não é mencionada no Novo Testamento, pois perdeu a validade.
Alguns cristãos têm dúvida a respeito da obediência aos Dez Mandamentos (Êx 20). Acreditam que eles foram dados por Deus e transmitidos por Moisés somente para o povo de Israel. Nos primeiros séculos da era cristã, os pais da igreja, ou teólogos primitivos, também discutiram sobre a validade da lei. O apóstolo Pedro criticou alguns cristãos porque estavam obrigando alguns gentios recém-convertidos a guardar certas leis cerimoniais praticadas antes de Cristo. Porém, elas não diziam respeito aos Dez Mandamentos. “Então, por que agora vocês estão querendo tentar a Deus, impondo sobre os discípulos um jugo que nem nós nem nossos antepassados conseguimos suportar?” (At 15:8-10).
Os judeus achavam que eram os únicos dignos de receber as bênçãos divinas. Acreditavam que um gentio só podia ser aceito por Deus se adotasse todos as práticas judaicas. Porém, estavam equivocados em seu julgamento. Isso deve servir de lição para nós. Jesus veio para salvar todas as pessoas. Graça, misericórdia e amor infinitos estão disponíveis para todo aquele que O aceita como Salvador, sem distinção de etnia, cor, costumes sociais ou qualquer outro fator.
A maior parte do ministério do apóstolo Paulo foi dedicada aos gentios. Os judeus convertidos daquela época tinham dificuldade para aceitar isso. Talvez nós também tenhamos dificuldade para aceitar aqueles que não adotam totalmente os costumes tradicionais de nossa igreja. Porém, não nos esqueçamos de que Deus é quem decide sobre a salvação de cada pessoa. Ele não vê como veem os seres humanos.
Andre Doneskey | Keene, Texas, EUA
3. Se o tempo permitir, folheie o livro de Levítico. (Veja, por exemplo, os capítulos 12, 16 e 23). Quais pensamentos vêm à sua mente ao ler essas regras, regulamentos e rituais? Por que muitos deles seriam quase impossíveis de seguir nos tempos do Novo Testamento?
É conveniente classificar as leis do Antigo Testamento em várias categorias: (1) lei moral, (2) leis cerimoniais, (3) leis civis, (4) estatutos e juízos e (5) leis de saúde. Essa classificação é, em parte, artificial. Na realidade, algumas dessas categorias estão inter-relacionadas e há uma considerável coincidência entre elas. Os antigos não as consideravam separadas nem distintas.
A lei moral é resumida pelos Dez Mandamentos (Êx 20:1-17). Ela é uma síntese dos requisitos morais da humanidade. Esses exemplos mostram o que significava guardar a lei de Deus em diversas situações.
As leis civis estão relacionadas à lei moral, pois também são fundamentadas nela. Elas definem a relação do cidadão com as autoridades civis e com outros cidadãos. Indicam as penalidades para diversas infrações.
A leis cerimoniais regulamentavam o ritual do santuário, descrevendo as várias ofertas e responsabilidades de cada cidadão. Os dias de festa são especificados e sua observância, definida.
As leis de saúde se sobrepõem às outras leis. As diversas leis relacionadas à impureza definem a impureza cerimonial, mas ainda vão além disso, incluindo princípios de higiene e saúde. As leis sobre carnes puras e impuras estão fundamentadas em considerações físicas.
O jovem rico (Mt 19:17). Jesus veio à Terra sabendo da dificuldade que judeus e gentios teriam, não apenas para aceitá-Lo como Salvador, mas também para conviver como irmãos na mesma fé. O episódio entre Jesus e o jovem rico nos dá uma ideia exata dessa dicotomia. Primeiro o jovem rico perguntou a Jesus: “Mestre, que farei de bom para ter a vida eterna?” (Mt 19:16, ênfase acrescentada). Esse jovem estava procurando alguma obra “boa” que pudesse fazer para obter a salvação. A pergunta que ele usou se baseava numa interpretação errônea da lei levítica que o povo judeu estava seguindo havia muitos anos. Quando Deus instituiu a prática de sacrifícios no Éden (Gn 3:21) e depois a transmitiu aos israelitas por intermédio de Moisés (Lv 1), Sua intenção era conceder ao povo um símbolo que os guiasse em sua fé enquanto eles buscavam manter um relacionamento genuíno com Ele.
O sacrifício de um cordeiro sem mancha simbolizava o “Cordeiro que foi morto desde a criação do mundo” (Ap 13:8) e apontava para Cristo. Porém, depois de passar centenas de anos praticando sacrifícios, os israelitas perderam de vista o verdadeiro significado para o qual eles apontavam. Em vez de colocar sua fé e esperança em Jesus, o povo de Deus continuou oferecendo sacrifícios de animais como meio de salvação. Assim, o jovem rico abordou o assunto da salvação como se ela estivesse fundamentada em “boas obras”. O que ele esperava era que Jesus lhe desse o “passo a passo” para que ele pudesse cumprir sua parte no trato. No entanto, Cristo questionou a definição do jovem rico, dizendo: “Por que você me pergunta sobre o que é bom? Há somente Um que é bom” (Mt 19:17). Ao responder ao jovem, o Salvador rejeitou seu conceito sobre salvação, aludindo ao fato de que nenhuma boa obra pode contribuir para a salvação do pecador. Porém, Jesus também demonstrou ao jovem rico que a obediência aos mandamentos de Deus faz parte da vida daquele que já aceitou a salvação: “Se você quer entrar na vida [eterna], obedeça aos mandamentos” (Mt 19:17, grifos acrescentados).
Interno versus externo (Hb 8:6). Paulo escreveu: “Mas agora alcançou Ele [Jesus] ministério tanto mais excelente, quanto é mediador de uma melhor aliança que está confirmada em melhores promessas” (Hb 8:6, Almeida Corrigida Fiel). Se há uma aliança melhor, fundamentada em melhores promessas, é preciso que tenha havido uma aliança com promessas que a precedeu. A primeira ou antiga aliança, foi uma demonstração externa (o sacrifício físico de um cordeiro) que tinha o objetivo de produzir uma mudança interna (o conhecimento pessoal da salvação de Deus e a fé nessa salvação). Hebreus 8:7 diz que o povo de Deus não cumpriu sua parte na antiga aliança. Porém, o Senhor, em Sua infinita sabedoria e misericórdia, proveu uma nova aliança. Essa aliança seria escrita no coração do Seu povo (Hb 8:10). Antes ela era uma demonstração externa que devia produzir uma mudança interna. Agora, ela começa com uma mudança interna (a lei de Deus escrita no coração) que produz uma demonstração externa (a obediência à lei). Assim, quando Deus escreve Sua lei em nosso coração, cumprimos os mandamentos, não com o propósito de alcançarmos a salvação, mas porque já recebemos a salvação por meio da fé no sacrifício de Cristo.
Buscando o equilíbrio (Ap 12:17; 14:12). Vimos que Deus estabeleceu a nova aliança porque Seus filhos não cumpriram a parte deles na primeira. Como a igreja primitiva manteve o equilíbrio entre a nova aliança e a lei de Deus no Concílio de Jerusalém? Eles podem ter analisado e compreendido o assunto de modo idêntico ao que foi revelado a João, o escritor do Apocalipse. Exilado na ilha de Patmos, João teve um vislumbre da sala do trono de Deus como ninguém havia tido antes. Ele viu um grupo de pessoas com duas características distintas: guardam os mandamentos de Deus e têm o testemunho de Jesus (Ap 12:17). Em Apocalipse 14:12, é mencionado que esse grupo guarda os mandamentos de Deus e a fé em Jesus. João viu a resposta para a questão sobre a fé e as obras. Viu que os gentios não precisavam ser judeus para ser cristãos. Os que são verdadeiros guardadores dos mandamentos de Deus tiveram uma mudança interior: a obra do Espírito Santo em seu coração produz a fé em Jesus. Essa fé no sacrifício de Cristo dá ao crente arrependido a esperança de salvação e, em resposta à salvação, ele obedece aos mandamentos de Deus pelo poder do Espírito Santo que nele habita, capacitando-o a realizar as boas obras que agradam a Deus.
Michael Gibson | Berrien Springs, Michigan, EUA
4. De acordo com Atos 15:1, o que estava causando dissensão? Por que algumas pessoas acreditavam que isso não era apenas para a nação judaica? Leia Gênesis 17:10 e assinale “V” para verdadeiro ou “F” para falso:
A.( ) As ofertas de sacrifício. Porque o sangue do cordeiro sacrificado simbolizava a salvação, assunto que interessava a todos.
B.( ) A circuncisão. Porque para participar da aliança feita com Abraão, todos precisavam ser circuncidados.
Enquanto os apóstolos se uniam aos ministros e membros leigos em Antioquia para ganhar muitas pessoas para Cristo, alguns judeus da “da seita dos fariseus” (At 15:5), introduziram uma questão que gerou um conflito generalizado na igreja e deixou os cristãos gentios consternados. Com grande convicção, esses mestres defendiam que, para ser salvo, era preciso ser circuncidado e guardar toda a lei cerimonial. Os judeus, afinal de contas, sempre se orgulharam de suas cerimônias divinamente estabelecidas.
5. Leia Atos 15:2-12. Como esse debate foi resolvido?
“Embora buscando de Deus a orientação direta, [Paulo] estava sempre pronto a reconhecer a autoridade conferida ao corpo de crentes unidos como igreja. Sentia a necessidade de se aconselhar; e, quando surgiam assuntos de importância, alegrava-se em poder apresentá-los perante a igreja, e em unir-se com os irmãos para buscar de Deus sabedoria para fazer decisões acertadas” (Ellen G. White, Atos dos Apóstolos, p. 200).
“Esse método de apresentar o evangelho caracterizou o trabalho do apóstolo através de seu ministério entre os gentios. Conservava sempre diante deles a cruz do Calvário. […] (2Co 4:5, 6).”1
“É precioso o pensamento de que a justiça de Cristo nos é imputada, não por algum mérito de nossa parte, mas como um dom gratuito de Deus. O inimigo de Deus e do homem não quer que essa verdade seja claramente apresentada; pois sabe que, se o povo a aceitar plenamente, seu poder será quebrado. Se ele pode dominar a mente de maneira que a dúvida, a incredulidade e as trevas constituam a experiência dos que professam ser filhos de Deus, ele poderá vencê-los com a tentação.
“Aquela fé simples, que toma Deus em Sua palavra, deve ser estimulada. O povo de Deus deve ter aquela fé que lança mão do poder divino; ‘Pois vocês são salvos pela graça, por meio da fé, e isto não vem de vocês, é dom de Deus’ (Ef 2:8). Os que creem que Deus, por amor de Cristo, perdoou os seus pecados, não devem, pela tentação, deixar de prosseguir combatendo o bom combate da fé. Sua fé deve se tornar cada vez mais forte até que a vida cristã, bem como suas palavras, declarem: ‘E o sangue de Jesus Cristo […] nos purifica de todo pecado’ (1Jo 1:7).”2
“O Senhor Jesus é nossa força e felicidade, o grande celeiro do qual, em qualquer ocasião, os homens podem tirar força. Ao estudá-Lo, ao falar dEle, tornamo-nos mais e mais capacitados para contemplá-Lo. À medida que nos beneficiamos de Sua graça e recebemos as bênçãos que nos oferece, temos alguma coisa com que auxiliar os outros. Cheios de gratidão, comunicamos aos outros as bênçãos que de graça nos têm sido concedidas. Assim recebendo e repartindo, crescemos em graça; e uma rica torrente de louvor e gratidão constantemente flui de nossos lábios; o doce Espírito de Jesus inflama de gratidão o coração, e eleva-nos com o senso de segurança. Pela fé, a infalível e inesgotável justiça de Cristo se torna a nossa justiça.”3
1. Ellen G. White, Atos dos Apóstolos, p. 208, 209.
2. ___________ , Obreiros Evangélicos, p. 161.
3.
___________ , O Cuidado de Deus [MM 1995], 13 de fevereiro.
Sasha Doneskey | Keene, Texas, EUA
6. Leia Atos 15:5-29. Qual decisão foi tomada no concílio e qual foi o seu raciocínio?
A decisão foi contrária à opinião dos judaizantes. Essas pessoas insistiam que “as leis e cerimônias judaicas deviam ser incorporadas aos ritos da religião cristã” (Ellen G. White, Atos dos Apóstolos, p. 189).
7. Quais regras específicas foram impostas aos cristãos gentios (At 15:20, 29)? Por quê? Assinale a alternativa correta:
A.( ) Eles não deviam congregar com os judeus, pois tinham costumes muito diferentes. Por isso, deviam viver separados.
B.( ) Deviam se abster de comidas oferecidas aos ídolos, da imoralidade sexual e da carne e sangue de animais estrangulados, pois essas coisas eram ofensivas aos judeus.
Não podemos salvar a nós mesmos. Se tivéssemos esse poder, a morte de Jesus não sentido (Gl 2:21). Não podemos nos tornar justos diante de Deus sem aceitar o sacrifício de Cristo. Embora o futuro pareça incerto, Cristo é a nossa luz. Ele prometeu que enviaria o Espírito Santo para estar ao nosso lado nessa longa e perigosa jornada. Quais são os passos que devemos dar pela fé, apesar da escuridão à nossa frente?
Entre em ação. Romanos 13:12 diz: “A noite está quase acabando; o dia logo vem. Portanto, deixemos de lado as obras das trevas e vistamo-nos a armadura da luz.” Muitas vezes tomamos decisões erradas porque não nos submetemos a Deus. Nossa primeira ação diária deve ser orar para que o Espírito Santo nos dirija em tudo, pois “seguir o Espírito Santo conduz à vida e à paz” (Rm 8:6, A Bíblia Viva).
Use sua bússola. Deus deixou o mais importante e preciso instrumento para indicar a direção correta: a Bíblia. Siga as orientações da Palavra de Deus para encontrar as respostas de que precisa. Lembre-se de que deve ajudar outras pessoas ao longo do caminho, mas tenha o cuidado de não tentar impor suas crenças a ninguém.
Procure água. Aqueles que viajam pelo deserto sabem que a presença de plantas e animais em determinados lugares é sinal de que há uma fonte de água por perto. No deserto, a água é a primeira coisa que deve ser obtida para garantir a sobrevivência. Busque diariamente “a fonte de água viva” (Jr 17:13). Jesus disse à mulher junto ao poço que ela nunca mais teria sede se tivesse em sua vida a água viva (Jo 4:14), o Espírito Santo. Para crescer espiritualmente é preciso não só beber dessa “água viva”, mas também se tornar um rio que flui para salvar outros.
Pedro disse: “[Deus] não fez distinção alguma entre nós e [os gentios], visto que purificou os seus corações pela fé” (At 15:9). Não temos que carregar o fardo do pecado sobre nossos ombros, porque a graça divina cobre nossas falhas. A justiça pela fé é um dom maravilhoso de Deus. Tudo o que temos que fazer é aceitá-la.
Kylie Kurth | Indianola, Iowa, EUA
8. Leia Gálatas 1:1-12. Paulo via com seriedade a questão que estava enfrentando na Galácia? O que isso revela sobre a importância dessa controvérsia?
Como foi dito antes, a situação na Galácia motivou o conteúdo da carta à igreja de Roma. Nessa epístola, Paulo desenvolveu ainda mais o tema da Epístola aos Gálatas. Alguns cristãos judeus estavam afirmando que a lei que Deus lhes havia transmitido por intermédio de Moisés era importante e deveria ser observada pelos gentios convertidos. Paulo estava tentando mostrar o verdadeiro lugar e função da lei. Ele não queria que essas pessoas ganhassem apoio em Roma como tinham feito na Galácia.
Às vezes, ouvimos a respeito de alguém que abandonou a fé cristã para seguir alguma filosofia de vida. Paulo, escrevendo aos gálatas, destacou esse mesmo problema em sua época: “Admiro-me de que vocês estejam abandonando tão rapidamente aquele que os chamou pela graça de Cristo, para seguirem outro evangelho que, na realidade, não é o evangelho. O que ocorre é que algumas pessoas os estão perturbando, querendo perverter o evangelho de Cristo” (Gl 1:6, 7).
Na igreja primitiva, muitos acreditavam que, para que um gentio fosse salvo, ele precisava primeiro se tornar judeu. Hoje, entre nós, alguns ainda pensam que todos precisam primeiro se tornar adventistas para ser salvos!
Talvez, por isso, alguns cristãos de outras denominações tenham a ideia errônea de que nossa igreja é uma seita. Há muitos aspectos em nossa igreja que podem parecer semelhantes aos de uma seita. Por exemplo, o fato de irmos à igreja aos sábados, ou o fato de não comermos carne de porco e outras carnes que a Bíblia repudia como imundas. Porém, talvez o aspecto mais importante seja a nossa tendência de nos isolarmos dos que não pertencem à nossa fé.
“Não adventista” não significa “pagão”. Pode significar “cristão”, ou alguém que não pertence a uma denominação específica, ou alguém que esteja simplesmente procurando respostas e uma religião à qual se filiar. O amor de Deus não tem fronteiras: ele vai além das portas fechadas de nossa igreja.
Eu sei que, quando os “descrentes” ou “não adventistas” vêm à igreja, nós os cumprimentamos e sorrimos para eles, mas o que acontece fora da igreja? Aprendemos na igreja que sempre devemos revelar Jesus às pessoas por meio de nossas palavras e atos. Seria demais irmos além do testemunho e demonstrarmos amizade pelas pessoas?
Deus nos deu a missão de falar de Seu amor a todas as pessoas – sejam elas convertidas ou não.
DeAndra Merrills | Keene, Texas, EUA