Lição 11
07 a 13 de setembro
A esperança do advento
“Meus amados irmãos, mantenham-se firmes, e que nada os abale. Sejam sempre dedicados à obra do Senhor, pois vocês sabem que, no Senhor, o trabalho de vocês não será inútil” (1Co 15:58).
Prévia da semana: Os que aguardam a vinda de Cristo e Seu reino são pessoas esperançosas. Mas enquanto a esperança contempla o futuro, ela também transforma o presente. Assim vivemos no presente de acordo com o que esperamos viver no futuro, e trabalhamos para fazer a diferença hoje da forma que esperamos que o mundo seja um dia.
Leitura adicional: Mateus 24:32-35; 25:1-13. Ellen G. White, O Grande Conflito, capítulo 40, “O Livramento dos Justos”
Domingo, 08 de setembro
Esperança ou promessa?

Como a maioria dos jovens, eu também pretendo me casar um dia. Creio que isso seja um sonho, e desejo realizá-lo com a bênção do Senhor. Há coisas que eu posso fazer para me preparar para esse dia. Posso concluir a carreira estudantil, ingressar no mercado de trabalho, adquirir novas habilidades e continuar crescendo na vida espiritual. No entanto, outras etapas preparatórias terão que esperar.

Mas e se eu ficar noiva? Bom, eu ainda estarei esperando me casar, porém com uma diferença: a promessa. Foi-me prometido que eu irei me casar. Então, preciso comprar o vestido de noiva, fazer arranjos para o casamento, economizar para mobiliar o novo lar e uma infinidade de coisas mais. Você consegue perceber a diferença? Antes eu tinha somente a esperança de me casar, mas tudo mudou quando tive a promessa de que iria me casar.

Na caminhada cristã temos a esperança e a promessa da segunda vinda de Cristo. Ele prometeu voltar para buscar Seus filhos (Jo 14:3). Mas se a confiança na promessa de Cristo não governar nossos pensamentos e nossas ações, podemos ficar pelo meio do caminho. É impossível confiar plenamente na promessa do Salvador sem que ela realize uma mudança radical em nossa vida. Toda pessoa que aceita Jesus se torna uma nova criatura (2Co 5:17). A conversão muda nossa perspectiva de vida e nossas ações. Muda a maneira de nos relacionarmos com as pessoas.

Para muitos cristãos o cristianismo não passa de uma cultura conveniente. Permito que ele governe o que faço, selecione os lugares que frequento, as músicas que aprecio, os filmes que assisto, mas somente quando tudo isso está convenientemente em harmonia com minhas preferências. Ou seja, escolhemos fazer o que gostamos e queremos que Deus aceite. Não podemos esquecer que há um mundo a ser alcançado, e não resta muito tempo para fazermos isso. E as pessoas que precisam conhecer o plano da salvação podem estar entre aquelas com quem temos contato.

Você tem mostrado aos outros como a promessa da breve volta de Cristo mudou sua vida, ou tem esperado que outra pessoa compartilhe a luz do evangelho? Temos o dever de pregar essa boa notícia a todos, especialmente aos “pequeninos”, para que eles também possam ser salvos. Fomos chamados para viver essa esperança e crer nessa promessa.

Lesa Downs › Missouri, EUA

Mãos à Bíblia

1. Leia Lucas 18:1-8. O que Jesus disse sobre a resposta de Deus aos repetidos clamores e orações de Seu povo para que Ele agisse em favor deles? Como isso está ligado à necessidade de fé?

Ao longo da história bíblica, há um repetido clamor do povo de Deus, especialmente dos que estavam vivenciando a escravidão, o exílio, a opressão, a pobreza ou outra injustiça ou tragédia, para que Ele interviesse. Os escravos no Egito, os israelitas na Babilônia e muitos outros clamaram a Deus para que Ele visse e ouvisse seu sofrimento e corrigisse esses males. E a Bíblia oferece importantes exemplos das ações de Deus para resgatar e restaurar Seu povo, às vezes até vingando-Se de seus opressores e inimigos.

Segunda-feira, 09 de setembro
A esperança do advento

A primeira promessa de esperança foi feita a Adão e Eva logo após sua queda. Devido à sua desobediência, nossos primeiros pais perderam tudo. Mas Deus lhes prometeu que um Salvador viria da descendência deles (Gn 3:15).

Embora condenados à morte, Adão e Eva não morreram naquele dia no Jardim do Éden. O plano para salvar a humanidade foi colocado em ação por meio do Cordeiro que foi prometido antes da criação do mundo (Ap 13:8). Deus amou o mundo que não retribuiu Seu amor. Ele deu Seu Filho para pessoas que “não O receberam” (Jo 3:16, 17; 1:11). Assim, por meio do sacrifício de Jesus, a condenação do pecado, que é a morte, foi paga (2Co 5:19; Ef 2:14), e todos podemos ter a esperança da vida eterna.

Portanto, esse plano, embora difícil de ser executado, permitiu que Jesus viesse ao mundo para redimir a humanidade perdida (Sl 34:22; Is 44:22-24). Por meio da morte do Filho de Deus nos tornamos herdeiros da salvação (Hb 1:14). Jesus Se tornou “semelhante” a nós e passou “por todo tipo de tentação”, mas sem ceder a nenhuma delas (Hb 2:17, 18; 4:15).

Esperança para vencer a tentação. Embora Adão e Eva tivessem se tornado “escravos” de Satanás, o Senhor lhes prometeu o Redentor (Hb 2:14, 15). Nada é mais temeroso do que ceder à tentação. Contudo, o Espírito Santo nos dá poder para vencer. Além disso, se Cristo venceu as tentações, “Ele é capaz de socorrer aqueles que também estão sendo tentados”
(Hb 2:18). Por meio da aceitação de Jesus, cada pecador pode nascer de novo (Jo 1:12, 13; Rm 1:16). Pode ter esperança no mesmo poder pelo qual Jesus venceu.

Jesus “Se entregou por nós a fim de nos remir de toda a maldade e purificar para Si mesmo um povo particularmente Dele, dedicado à prática de boas obras” (Tt 2:14). Deus é fiel. Ele tem poder para nos socorrer e livrar das provações se formos fiéis aos Seus mandamentos (1Co 10:13). Quando somos tentados podemos ter esperança na providência divina.

Esperança após a morte. Por ser o fim da existência de cada ser humano, a morte é considerada por muitos como o fim de tudo nesta vida. Quando Cristo morreu, Seus discípulos acharam que fosse o fim de tudo. Mas por meio da morte e ressurreição do Redentor nossa esperança de salvação foi assegurada (1Pe 1:3, 21).

Se Cristo não tivesse ressuscitado, a pregação do evangelho, a fé e a esperança na vida eterna seriam inúteis (1Co 15:12-19, 22, 23). Mas, porque Ele ressuscitou, nossa esperança não é vã. A morte, nosso último inimigo, será finalmente vencida (1Co 15:26).

Pode parecer que o pecado continue dominando e que jamais seja exterminado, “Até quando, Senhor, clamarei por socorro, sem que Tu ouças? Até quando gritarei a Ti: ‘Violência!’ sem que tragas salvação?” (Hc 1:2). Quando Caim matou Abel, o Senhor disse: “O sangue do seu irmão está clamando da terra a Mim” (Gn 4:10). Todos os que se mantiveram fiéis até o fim, todos os que foram perseguidos e oprimidos, irão contemplar a justiça e o juízo do Senhor.

Moisés, em seu último discurso aos filhos de Israel, descreveu a vingança de Deus nas seguintes palavras: “Não há deus além de Mim [...] e ninguém é capaz de livrar-se da Minha mão. [...] Eu Me vingarei dos Meus adversários e retribuirei àqueles que Me odeiam. [...] Ele vingará o sangue dos Seus servos; retribuirá com vingança aos Seus adversários e fará propiciação por Sua terra e por Seu povo” (Dt 32:39, 41, 43). Que maior adversário Deus tem do que Satanás, o originador de todo o mal?

A bendita esperança. Um dia, muito em breve, Jesus voltará para reunir Seus escolhidos. Aquele que sofreu, e que experimentou a morte “em favor de todos”
(Hb 2:9), está vivo. O Redentor vive (Jó 19:25). E, porque Cristo está vivo, podemos confiar em Sua promessa. Ele venceu o mundo, portanto, pode nos oferecer paz e esperança (Jo 16:33). Ele está preparando lugar para os justos redimidos. Ele virá a fim de nos levar para onde Ele está (Jo 14:1-3). “Pois em breve, muito em breve, ‘Aquele que vem virá, e não demorará. Mas o Meu justo viverá pela fé’” (Hb 10:37, 38). Ele pagou o preço da nossa salvação.

Esperança no novo. Depois que tudo estiver concluído, quando o pecado tiver se revelado inteiramente, o juízo completará sua obra (Ec 12:13, 14). “O Deus dos Céus estabelecerá um reino que jamais será destruído e [...] durará para sempre” (Dn 2:44). Nesse reino, cujas ruas são de ouro, toda lágrima será enxugada. Naquela cidade “não haverá mais morte, nem tristeza, nem choro, nem dor”, porque Aquele que Se assenta no trono dirá: “Estou fazendo novas todas as coisas!” (Ap 21:4, 5).

Malcolm S. Douglas › Tucson, AZ, EUA

Mãos à Bíblia

2. Leia Mateus 24 e 25. Quais são os pontos mais importantes da sua leitura desse sermão de Jesus? Como você resumiria as instruções de Cristo sobre como devemos viver enquanto esperamos Seu retorno?

A religião tem sido muitas vezes criticada por uma tendência de tirar o foco dos cristãos da vida presente e atraí-los a uma vida melhor no além. Também temos exemplos terríveis de pessoas poderosas dizendo aos pobres e oprimidos que simplesmente aceitem sua triste sorte aqui, pois, quando Jesus voltar, tudo será corrigido.

Nossas crenças acerca do futuro têm implicações importantes sobre nossa maneira de viver hoje. Uma confiança saudável nas promessas de Deus para o futuro do nosso mundo deve ser o catalisador do envolvimento ativo, a faísca de uma vida rica e profunda e que faz a diferença para os outros.

Pense Nisto
- Como posso permitir que a esperança da redenção molde minha vida? - Quais aspectos da esperança divina têm maior significado para mim?
Terça-feira, 10 de setembro
O povo da Bíblia

Como adventistas, temos larga experiência em apresentar os eventos do fim do mundo (Mt 24) em palestras evangelísticas, pequenos grupos, estudos bíblicos e pregações. É claro que isso é necessário, pois as palavras proféticas de Jesus sobre o que irá acontecer antes da Sua volta à Terra devem ser anunciadas. No entanto, o sermão profético do Salvador inclui outros componentes além de falsos cristos, desastres naturais e conflitos internacionais. Inclui, também, as parábolas que Ele contou para ajudar Seus seguidores a compreender a natureza de Seu reino (Mt 25).

“Aqueles que Cristo elogia no Juízo talvez tenham conhecido pouco de Teologia, mas nutriram os princípios divinos. Por meio da influência do Espírito de Deus, eles foram uma bênção para outros que os cercavam. Mesmo entre os pagãos, existem pessoas que têm desenvolvido o espírito de bondade. Antes de receberem as palavras de vida, acolheram com simpatia os missionários, ajudando-os, mesmo colocando em risco a própria vida. Entre os pagãos, há aqueles que servem a Deus de acordo com o conhecimento que têm, a quem a luz nunca foi levada por agentes humanos; no entanto, não se perderão. Embora desconheçam a lei escrita de Deus, ouviram Sua voz a falar-lhes por meio da natureza e fizeram aquilo que a lei exige. Suas obras mostram que o Espírito Santo tocou o coração deles, e são reconhecidos como filhos de Deus.

“Quão surpresos e alegres ficarão os humildes dentre as nações, e dentre os pagãos, ao ouvir as seguintes palavras dos lábios do Salvador: ‘Sempre que o fizestes a um destes Meus pequeninos irmãos, a Mim o fizestes’ (Mt 25:40). Quão alegre ficará o coração do Amor Infinito quando Seus seguidores erguerem para Ele o olhar, em surpresa e alegria perante Suas palavras de aprovação!”*

* Ellen G. White, O Desejado de Todas as Nações, p. 638.

John Simon › Berrien Springs, MI, EUA

Mãos à Bíblia

3. Leia 1 Coríntios 15:12-19. Por que a verdade da ressurreição é tão essencial para a esperança cristã? Assinale a alternativa correta:

A. (  ) Porque ela tira nosso desejo de viver aqui e ajudar os outros.

b. (  ) Porque Cristo ressuscitou; portanto, também ressuscitaremos.

Testemunhar o Cristo ressurreto transformou os primeiros discípulos. Como já vimos, Jesus os tinha enviado anteriormente para anunciar e expandir o reino de Deus (veja Mt 10:5-8), mas a morte de Cristo destruiu a coragem deles e esmagou suas esperanças. A comissão posterior (veja Mt 28:18-20), dada a eles pelo Jesus ressurreto e fortalecida pela vinda do Espírito Santo (veja At 2:1-4), levou-os a mudar o mundo e a viver o reino que Jesus havia estabelecido.

Pense Nisto
- Que conexão há entre socorrer os necessitados e pregar sobre os sinais da volta de Cristo?
Quarta-feira, 11 de setembro
A paciência dos santos

Temos anseio pelo fim do pecado desde que Adão e Eva foram expulsos do Jardim do Éden. Após expulsá-los, o Senhor revelou que um dia o Redentor viria para morrer em lugar deles.

Ao longo dos séculos a fé do povo de Deus nessa bendita esperança tem vacilado. O profeta Habacuque passou por essa experiência. Ele disse: “Até quando, Senhor, clamarei por socorro, sem que Tu ouças? Até quando gritarei a Ti: ‘Violência!’ sem que tragas salvação?” (Hc 1:2). Habacuque não entendia por que Deus não dava fim aos pecados de Seu povo.

Em Lucas 18, Jesus contou uma parábola que ajuda a responder a pergunta do profeta. Nessa parábola, uma viúva, vez após vez, procurava o juiz rogando-lhe que a ajudasse. Por fim, o juiz tratou de cuidar da causa da mulher porque ele estava cansado da sua importunação. Deus, um dia, porá fim ao pecado, e esse dia não está longe! Por mais difícil que seja esperar, o povo de Deus é descrito como paciente: “Aqui está a paciência dos santos” (Ap 14:12, ARC). A palavra “paciência” nesse verso significa “alegre (ou esperançosa) perseverança”.

Às vezes é difícil esperar o livramento divino. Muitas pessoas já experimentaram a dor de perder um ente querido, sofreram abusos, foram roubadas. Qualquer que seja a questão, temos a promessa de que tudo isso vai terminar em breve. O Senhor “enxugará dos seus olhos toda lágrima. Não haverá mais morte, nem tristeza, nem choro, nem dor, pois a antiga ordem já passou” (Ap 21:4).

Deus fará novas todas coisas. Nada que tornou esta vida miserável entrará na nova Terra para afligir Seus filhos novamente.

Gabriel Taylor › Jefferson, TX, EUA

Mãos à Bíblia

4. Leia Eclesiastes 8:14. Qual é a dura e poderosa realidade descrita nesse verso? Assinale “V” para verdadeiro ou “F” para falso:

A. (  ) Todos somos pecadores.

B. (  ) Às vezes, os ímpios recebem o que os justos merecem e os justos recebem o que os ímpios merecem.

5. Leia Eclesiastes 12:13, 14. Por que tudo que fazemos na Terra é muito importante?

A esperança do juízo resume-se à nossa crença sobre a essência da natureza de Deus, da vida e do mundo em que vivemos. Como vimos, a Bíblia insiste em declarar que vivemos em um mundo criado e amado por Deus, mas que foi arruinado pelo pecado, um mundo em que Deus está executando Seu plano de recriação mediante a vida e a morte de Jesus. O juízo divino é uma parte fundamental de Sua correção do nosso planeta. Para os que são alvos de muitas injustiças na Terra, os que são marginalizados, tratados brutalmente, oprimidos e explorados, a promessa do juízo é certamente uma boa notícia.

Quinta-feira, 12 de setembro
Grite!

Quando recebemos notícias boas é difícil guardar só para nós. Queremos contar aos outros. Temos o desejo de pegar um megafone e gritar do alto, ou então publicar no Facebook, Twitter, Instagram ou Snapchat.

Há notícias que precisam ser compartilhadas: a breve volta de Cristo, a vida eterna, a promessa de rever os que morreram. Juntamente com essas promessas existe uma grande responsabilidade.

Como você pode contar ao mundo sobre a esperança do advento?

As ovelhas perdidas (Mt 10:5-8). Leve a mensagem aos que não conhecem a Deus. Comece com seus amigos. Todos eles sabem quem é Deus? Todos acreditam em Jesus? Todos sabem que a volta de Jesus está próxima?

Convide-os para ir à igreja. Ofereça-se para estudar a Bíblia com eles. Viva o que prega. Pela sua maneira de viver, mostre a eles que Deus é amor. Mas alcance as ovelhas perdidas.

Faça o que puder pelos pequeninos (Mt 25:31-46). O testemunho que produz resultado positivo é tratar os outros como você trataria Jesus. Reparta seu alimento com alguém que está com fome. Pode ser um morador de rua, ou alguém que não tenha recursos para comprar alimento para a família. Inicie um trabalho em favor dos que se encontram nas prisões. Ajude voluntariamente em um lar para idosos. Doe as roupas que não usa mais para instituições de caridade.

Pregue o evangelho por meio da distribuição de literatura evangelística ou estudos bíblicos. Há tantas pessoas que têm fome da Palavra de Deus e não de comida. Tudo o que você fizer para os pequeninos, estará fazendo para Deus.

Brandy Taylor › Jefferson, TX, EUA

Mãos à Bíblia

6. Leia Apocalipse 21:1-5; 22:1-5 e tente imaginar como será a vida descrita nesses versos. Por que é difícil imaginar a vida sem pecado, morte, dor e lágrimas?

As descrições bíblicas da vida após o pecado são indiscutivelmente maravilhosas e gloriosas e, sem dúvida, representam somente em parte o que nos espera. Visto que esse mundo é tudo o que conhecemos, é difícil imaginar a vida sem dor, sofrimento, morte, medo, injustiça nem pobreza.

Ali, não apenas não haverá mais essas coisas, mas a descrição do Apocalipse acrescenta um toque pessoal: “E lhes enxugará dos olhos toda lágrima” (Ap 21:4). No contexto dos salvos, a compaixão de Deus pelos que sofreram ao longo da história humana atinge um clímax nessa sentença. O Senhor não apenas acabará com o sofrimento deles, mas também enxugará suas lágrimas.

Pense Nisto
- Você acha fácil ou difícil falar da volta de Jesus para sua família?
Sexta-feira, 13 de setembro
Restauradores de brechas

Isaías 58 inicia apresentando um povo aparentemente piedoso e profundamente religioso. Pessoas que se deleitavam em adorar a Deus, jejuavam e procuravam receber o poder do Espírito Santo, semelhantes a um grupo de cristãos fervorosos, reunidos em um retiro espiritual, para receber uma bênção especial. Contudo, o Senhor reprovou a atitude dessas pessoas. Ele as censurou e disse que elas estavam totalmente erradas. Não receberiam nenhuma bênção nem iriam receber o Espírito Santo. Por quê?

Estavam fazendo tudo pelos motivos errados. Estavam adorando, jejuando por motivos errados. O Senhor também rejeitou a adoração dessas pessoas porque elas estavam nutrindo o egoísmo no coração. Desejavam se apossar das bênçãos divinas e não compartilhá-las.

Isaías 58 não está falando de partidos políticos. Não está lhe dizendo com que agenda ou grupo político você deve se identificar, nem qual deles você deve seguir nas redes sociais. Isaías 58 está falando do desenvolvimento do caráter cristão. Está falando de assumir responsabilidade individual pelas coisas que estão acontecendo neste mundo e fazer algo para ajudar.

Desde quando o cristianismo precisou consultar a legislação civil para saber se está certo fazer coisas boas? Se achamos que temos que transferir nossa obrigação social para algum partido político ou governo, a fim de que eles façam o que deveríamos fazer, como poderemos desenvolver um caráter semelhante ao de Jesus?

Isaías 58 está dizendo que Deus deseja que sejamos restauradores de brechas neste mundo, ajudando os oprimidos e necessitados. Lutando pela justiça social dos marginalizados.

Arthur Ujlaki-Nagy › Berrien Springs, MI, EUA

Pense Nisto
- Se abnegação e sacrifício próprio são qualidades do caráter de Cristo, como vamos ter prazer em estar com Ele no Céu se não construirmos um caráter semelhante ao Dele nesta Terra?
Mãos à obra
- Procure no YouTube vídeos de pessoas que se sacrificam para levar esperança a outros. - Desenhe ou pinte uma cena que lhe traga esperança. Mostre para sua classe no sábado. - Distribua folhetos sobre esperança em locais de grande movimento. - Leia a história de personagens bíblicos que depositaram fé nas promessas divinas (Moisés, Abraão, Noé, Elias, Daniel, Paulo e outros).