É difícil escrever algo novo, diferente e criativo sobre a lei de Deus. O que posso dizer que já não tenha sido dito mil vezes antes?
Quando olho para o mundo, vejo muitas pessoas ansiando por um herói, por esperança. Mesmo em minha igreja, parece que algumas pessoas poderiam ter “mais” esperança. Quando falamos em heróis, geralmente imaginamos pessoas com boa forma física, bela aparência, e roupa que as destaca das demais. O herói quase sempre é reconhecido por algum símbolo que significa algo importante e que simboliza esperança. Alguns desses heróis e heroínas têm grandes fã-clubes.
Às vezes, fico pensando: Será que a lei de Deus poderia ser um símbolo de esperança para os cristãos, como a letra “S” estampada no peito de um famoso super-herói que todos conhecem? É claro que a lei não é uma heroína em si mesma! Conheço pessoas que até já fizeram dela uma vilã. Mas, e se ela pudesse ser uma promessa de esperança? Comparar a lei a um herói imaginário e aos “poderes” que o acompanham seria diminuir o valor de sua santidade.
Então, como podemos encontrar esperança na lei? Não podemos! A lei apenas mostra nossa necessidade de colocar a esperança na salvação que somente Jesus, nosso verdadeiro Herói, pode nos dar.
Mas há um mandamento da lei de Deus que foi mudado por este mundo escuro e pervertido. É o mandamento que nos ordena descansar no sábado e santificar esse dia. O sábado não tem o objetivo de ser atrativo nem de estar “na moda” (tampouco atrair um fã-clube). Nesta vida agitada e atribulada, o sábado é um refúgio para os que obedecem ao mandamento do Senhor, um símbolo do descanso e alegria que encontramos no nosso grande Herói.
Nesta semana, estudaremos a lei divina e os ataques contra ela ao longo do tempo. Meu desejo é que pautemos sempre a nossa vida pelos mandamentos do Senhor, pois eles nos mostram a necessidade de um Salvador, nossa Fonte de esperança.
Casey Vaughn › Lapeer, Michigan, EUA
1. Leia Romanos 7:15 a 25. Qual é a essência das palavras de Paulo nesses versos, tornando sua declaração em Romanos 8:1 tão encorajadora?
Nessa passagem, Paulo falou especificamente de si mesmo como cristão? Embora exista um grande debate entre os cristãos sobre essa questão, uma coisa é clara: ele certamente estava falando da realidade do pecado. Todos, até mesmo os cristãos, podem se identificar de alguma maneira com a luta a que Paulo se referiu nesses versos. Quem já não sentiu a atração da carne e do “pecado que habita” em nós, levando-nos a fazer o que não devemos fazer, ou a deixar de fazer o que devemos fazer? Para Paulo, o problema não é a lei, mas a nossa carne.
Então, ele pronunciou as famosas palavras: “Desventurado homem que sou! Quem me livrará do corpo desta morte?” (Rm 7:24). Sua resposta se encontra em Jesus e na grande promessa de que “nenhuma condenação” há para aquele que está em Cristo Jesus e que, pela graça, anda segundo o Espírito.
O sábado no Novo Testamento (Lc 4:14-16; 23:50–24:3; At 13:14, 42-44; 16:12, 13). Se você já conversou com pessoas de outras denominações cristãs que guardam o domingo, certamente ouviu deles a explicação de que fazem isso porque Jesus substituiu o dia santificado por Deus, o sábado, pelo domingo. Talvez também tenha ouvido que a lei foi cravada na cruz e que a necessidade de guardar o sábado foi abolida. Alguns defendem a mudança do dia argumentando que os cristãos da igreja primitiva supostamente guardavam o domingo. No entanto, o que diz a Bíblia?
Lucas, autor do evangelho que traz seu nome e do livro Atos dos Apóstolos, registrou vários episódios testificando que Jesus e a igreja cristã observavam o sábado. Ao iniciar Seu ministério, Cristo foi à igreja em um sábado. E Lucas destacou que isso “era Seu costume” (Lc 4:14-16).
Após Sua crucificação, certo homem chamado José, da cidade de Arimateia, pediu autorização para retirar o corpo de Jesus da cruz e sepultá-Lo em uma tumba de sua propriedade (Lc 23:50-53). Isso ocorreu na sexta-feira, o “dia da preparação” para o sábado.
Jesus permaneceu no sepulcro durante todo o sábado e ressuscitou somente no primeiro dia da semana, o domingo, dia em que os cristãos celebram a Páscoa (Lc 24:1-3). É interessante notar que, mesmo durante Sua morte, Jesus guardou o sábado! Além disso, José de Arimateia e as mulheres que auxiliaram no sepultamento de Jesus descansaram no sábado, conforme o mandamento (Lc 23:56).
Vimos que Jesus era observador do sábado e que Seus discípulos e seguidores continuaram guardando o sábado, mesmo após Sua morte e ressurreição.
Paulo e Barnabé, apóstolos da igreja cristã primitiva, foram até a cidade de Antioquia para evangelizá-la. No sábado, eles se dirigiram à sinagoga para ensinar sobre Jesus (At 13:14, 15). Esse é apenas um dos relatos sobre os observadores do sábado no Novo Testamento. Os membros pediram a Paulo e a Barnabé que voltassem no sábado seguinte para lhes pregar novamente (v. 42). No sábado seguinte, quase toda a cidade foi ouvir as palavras que os apóstolos tinham a dizer (v. 44). Em outra ocasião, no sábado, Paulo, Timóteo e Silas foram para a beira de um rio e pregaram o evangelho para um grupo de mulheres que havia se reunido para orar (At 16:13-15). Esses relatos demonstram que a igreja primitiva guardava o sábado, seguindo o exemplo de Jesus.
Como cristãos, temos o privilégio e o dever de imitar Jesus, pois Ele é nosso exemplo em todas as coisas (1Pe 2:21). Portanto, se o próprio Salvador guardou o sábado, e Seus seguidores e a igreja primitiva guardaram o sábado, nós também devemos guardá-lo.
Referências ao domingo no Novo Testamento
(Jo 20:19-23; At 20:6, 7). Há poucas referências ao domingo (ou “primeiro dia da semana”) no Novo Testamento, e nenhuma delas ordena guardá-lo como dia santificado ao Senhor. Ele foi apenas o dia em que certos eventos ocorreram. Por exemplo, no relato do apóstolo João sobre o aparecimento de Jesus a Seus discípulos após Sua ressurreição, os discípulos não estavam reunidos para um culto, mas estavam escondidos com medo dos judeus (Jo 20:19-23). Lucas registra as viagens de Paulo para a Grécia e a Macedônia. Ele permaneceu em Trôade por sete dias, e no primeiro dia da semana os discípulos se reuniram para partir o pão (At 20:6, 7). Alguns interpretam que a expressão “partir o pão” significa que eles se reuniram para um culto. Contudo, o ato de partir o pão era uma ocorrência regular e diária para os cristãos daquela época, e não tornavam nenhum dia sagrado (At 2:42-47).
Durante muitos anos a igreja cristã seguiu fielmente o exemplo de Jesus e dos apóstolos guardando o sábado, o único dia santificado, conforme as Escrituras.
A mudança (Dn 7:1-8, 21-25; Ap 13; 14:6, 7). Ao longo da história, Deus concedeu o dom de profecia aos Seus servos a fim de instruir Seu povo e encorajá-lo diante das provações. Daniel profetizou que um poder político-religioso tentaria mudar os tempos e a lei de Deus (Dn 7:25). João apresenta uma profecia a respeito desse mesmo poder em Apocalipse 13.
Esse poder, que tentaria mudar o quarto mandamento da lei de Deus, iria se levantar depois da queda do quarto império mundial, o império romano. Ele continuaria desafiando a autoridade de Deus e perseguindo o povo santo durante 1.260 anos (538 d.C. a 1798 d.C.). Roma papal atacou o sábado porque ele é o sinal da autoridade de Deus como Criador e Senhor do Universo.
Depois desse tempo, o poder papal recebeu uma ferida mortal. Mas esse ferimento será curado e toda a Terra ficará maravilhada e seguirá novamente seus ensinos (Ap 13:1-10). Contudo, o povo remanescente de Deus permanecerá fiel aos mandamentos do Senhor, proclamando a mensagem verdadeira e apelando às pessoas para que temam e adorem somente a Deus (Ap 14:6, 7). Bem no centro da tríplice mensagem angélica está o chamado para lembrar que Deus é o Criador, observando o sábado como memorial da criação e demonstrando o temor do Senhor.
Paul Anthony Turner › Louisville, Kentucky, EUA
2. De acordo com Romanos 7:1 a 14, qual é a relação entre a lei e o pecado? O que esses versos declaram sobre a impossibilidade de salvação pela lei?
Dois pontos cruciais surgem nesse ensinamento de Paulo. Em primeiro lugar, a lei não é o problema. Ela é santa, justa e boa (Rm 7:12). O problema é o pecado, que leva à morte. Outro ponto é que a lei não tem poder para nos salvar do pecado nem da morte. A lei aponta esse problema; no máximo, ela o torna ainda mais aparente, mas nada oferece para resolvê-lo.
3. Leia com atenção Romanos 7:13. O que Paulo disse sobre a lei? Por que ela ainda é necessária? Assinale a alternativa correta:
A.( ) A lei é boa. Sem ela não saberíamos o que é o pecado.
B.( ) A lei é má, pois revela o pecado, que é mau.
A lei não produz morte, mas o pecado gera a morte. A lei mostra quanto o pecado é mortal. A lei é boa, na medida em que aponta o pecado. Porém, ela simplesmente não tem resposta para ele. Somente o evangelho tem.
"Substituindo a lei divina pela humana, procurará Satanás dominar o mundo. Essa obra foi predita na profecia (Dn 7:25). […] Os homens certamente irão estabelecer suas leis para anular as de Deus. Procurarão obrigar a consciência de outros e, em seu zelo para impor essas leis, oprimirão os semelhantes.”1
“A afirmação que Satanás apresenta agora é que foi anulada parte da lei enunciada pelo próprio Deus. Ele não precisa atacar toda a lei; se puder induzir as pessoas a desconsiderar um único mandamento já terá atingido seu propósito. Pois ‘qualquer que guarda toda a lei, mas tropeça em um só ponto, se torna culpado de todos’ (Tg 2:10, ARA)”2
“Satanás, atuando mediante líderes não consagrados da igreja, alterou o quarto mandamento […], e tentou pôr de parte o sábado, o dia que Deus abençoou e santificou (Gn 2:2, 3), e, em seu lugar, exaltar o festival observado pelos pagãos como ‘o venerável dia do Sol’.”3
“A guerra contra a lei divina […] continuará até o fim do tempo. Todos serão chamados a escolher entre a lei de Deus e as humanas. Haverá somente duas classes. O caráter de todos será plenamente desenvolvido; e todos mostrarão se escolheram o lado da lealdade ou o da rebelião.
“Então virá o fim. Deus vindicará Sua lei e livrará Seu povo. Satanás e todos os que se unirem a ele em rebelião serão eliminados. O pecado e os pecadores perecerão, raiz e ramos.”4
Os Editores › Silver Spring, Maryland, EUA
4. Leia João 20:19 a 23. Por que os discípulos estavam reunidos naquela sala? Assinale “V” para verdadeiro ou “F” para falso:
A.( ) Eles estavam celebrando a Páscoa e a vitória de Cristo.
B.( ) Eles estavam reunidos numa casa com medo dos judeus.
5. Leia Atos 20:6 e 7 e Atos 2:46. Esses textos indicam que o sábado foi mudado para o domingo? Assinale a alternativa correta:
A.( ) Sim.
B.( ) Não.
6. Leia 1 Corinthians 16:1 a 4. Além do fato de que os discípulos deviam guardar as ofertas em casa no domingo, o que esse texto ensina sobre alguma mudança do sábado para o domingo? Assinale a alternativa correta:
A.( ) Nada.
B.( ) O dia de adoração judaico passou a ser o domingo.
Em Daniel 7:1 a 7 são mencionados quatro animais: leão, urso, leopardo e o animal terrível e espantoso. Embora sejam importantes porque apresentam detalhes adicionais ao capítulo 2, a maior parte do capítulo 7 é dedicada ao julgamento divino e à ascensão da ponta pequena.
O Ancião de Dias Se assenta em Seu trono para julgar (v. 9). Suas atividades são descritas nos versos 10 a 14. E boa parte dos versos restantes falam sobre a ponta pequena.
Originalmente, os livros da Bíblia não estavam divididos em capítulos e versículos. Ao analisar o capítulo 7 de Daniel, por exemplo, percebemos que ele dedicou mais palavras para destacar os atos do Céu do que para descrever os atos dos poderes humanos.
É importante notar que, quando os estudos bíblicos enfatizam o poder divino intervindo nos assuntos humanos, somos tomados por um senso de reverência diante da soberania e do poder do nosso Senhor. Além do mais, somos encorajados e confortados, pois embora os poderes humanos tenham influência sobre os eventos históricos, eles são submetidos ao Poder divino, que dirige a História. No entanto, somente Cristo pode mudar a História do mundo e a nossa história.
1. Ellen G. White, O Desejado de Todas as Nações, p.763.
2. Ibid.
3. Ellen G. White, A Fé Pela Qual eu Vivo [MD, 1959], 16 de março.
4. Ellen G. White, O Desejado de Todas as Nações, p.763.
Bryant F. Rodriguez › Minnesota, EUA
Como vimos ontem, os textos comumente usados para promover a ideia de que o domingo substituiu o sábado não afirmam tal coisa.
7. Leia Lucas 4:14 a 16; 23:55 e 56. O que esses textos declaram sobre o sábado, antes e depois da morte de Cristo?
8. Leia Atos 13:14, 42-44; 16:12, 13. Quais evidências esses versos apresentam a favor da guarda do sábado? Quais provas eles trazem a favor da observância do domingo?
Não encontramos nesses textos nenhuma evidência de mudança do dia de guarda do sábado para o domingo. Em vez disso, eles mostram claramente a prática de guardar o sábado entre os cristãos primitivos.
O sábado é o selo do governo de Deus. Para nós, guardar o sábado é algo “normal”. Estamos acostumados a adorar o Criador em Seu dia. Contudo, há muito mais coisas envolvidas na observância do sábado. Por exemplo, dedicamos esse dia ao Senhor como resultado da transformação do nosso coração. O espírito do sábado não se limita apenas ao período de 24 horas. Vai além dele e afeta nossa vida durante toda a semana.
Tempo. O tempo é o componente mais importante do sábado (e, às vezes, o mais desrespeitado!). Quando eu era criança, achava um sacrifício terrível me abster, durante as horas do sábado, de tudo o que gostava de fazer nos outros dias da semana (nadar, jogar, assistir TV, etc.).
O componente que descobri e que fez a diferença foi compreender a santidade do tempo sabático. Antes, eu via o sábado como uma “interrupção” de minhas tarefas diárias. No entanto, pela graça divina, entendi que o sábado é a oportunidade de nos encontrarmos com o Criador e aprendermos Dele.
Recursos. O sábado não é um dia de alegria somente, mas um dia para ser compartilhado. Esse dia também foi estabelecido pelo Criador para ajudarmos a aliviar o fardo dos outros. Isaías e Jeremias escreveram que o Senhor desejava que houvesse uma experiência sabática que unificasse as nações.
Durante esse dia podemos fazer a diferença em nossa vizinhança, na família e mesmo na igreja. Usar o sábado como meio de ajudar os outros muda nossa mentalidade e faz com que nos voltemos para o serviço e a abnegação. Jesus pregou, ensinou e curou doentes no sábado. Nós também podemos ajudar as pessoas a encontrar a cura física e espiritual.
Mente. O Senhor deseja nosso coração. Na Bíblia, o coração está em direta associação com a mente. Nos últimos dias, aqueles que “guardam os mandamentos de Deus e a fé em Jesus” (Ap 14:12, ARA) herdarão a vida eterna. Jesus disse que aqueles que O seguem têm a lei no coração. Quando nos dedicamos diariamente ao Senhor e passamos tempo com Sua Palavra e em oração, o Espírito Santo conserva o espírito do sábado em nossa vida diária.
José Briones › Berrien Springs, Michigan, EUA
9. Leia Daniel 7:23 a 25. Quais são as origens da guarda do domingo?
Embora a História não esclareça os detalhes exatos, sabemos que, sob o domínio de Roma papal, o sábado foi substituído pela tradição da guarda do domingo. Hoje, a maioria dos protestantes ainda guarda o primeiro dia da semana, em vez de obedecer ao mandando bíblico do sábado.
10. Leia Apocalipse 13:1 a 17 e compare com Daniel 7:1 a 8, 21, 24 e 25. Quais imagens semelhantes são usadas nesses textos? Como elas nos ajudam a entender os eventos finais?
Utilizando ilustrações diretamente de Daniel, inclusive sobre o último período de Roma papal, o livro do Apocalipse revela a perseguição que sobrevirá no tempo do fim aos que se recusarem a “adorar” de acordo com os ditames dos poderes vistos no livro do Apocalipse.
A maioria das denominações cristãs crê no domingo como dia santificado. No entanto, o quarto mandamento diz que o sétimo dia é o sábado dedicado ao Senhor (Êx 20:8-10). Esse é o dia santificado pelo Criador.
A grande maioria dos cristãos acredita que o mandamento do sábado foi mudado para o domingo, quando na realidade ele não mudou. José Bates, um dos pioneiros adventistas, declarou: “Acredito que o sábado do SÉTIMO dia não é a MENOR coisa, entre TODAS as que devem ser restauradas antes do segundo advento de Jesus Cristo. O poder de Roma imperial e de Roma papal, desde os dias dos apóstolos, mudou o dia de descanso do sétimo para o primeiro dia da semana!”* Essa citação indica que a mudança do sábado para o domingo não foi um pequeno equívoco, mas um grande erro (Dn 7:25).
Aceitar Jesus como Senhor e Salvador é o que precisamos para receber a salvação e a vida eterna, mas esse relacionamento deve resultar também na observância de Seus mandamentos, inclusive o quarto. Deus tem regras e ordens em Sua Palavra, e elas precisam ser obedecidas se declaramos que somos Seu povo e que Ele é nosso Senhor. Foi Cristo quem disse: “Se Me amais, guardareis os Meus mandamentos” (Jo 14:15, ARA).
* Prefácio do panfleto “The Seventh Day Sabbath, a Perpetual Sign”, de Joseph Bates, http://centrowhite.org.br/files/ebooks/apl/all/Bates/The%20Seventh%20Day%20Sabbath,%20A%20Perpetual%20Sign%20(Sabbath%20Controversy%201).pdf).
Kent Earl Taylor III › Coral Springs, Flórida, EUA