Copie Daniel 8 na versão bíblica de sua preferência. Se estiver com pouco tempo, copie somente Daniel 8:4-14. Você também pode reescrever as passagens com suas palavras ou fazer um esboço do capítulo.
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1. Leia Daniel 11:1-4. O que vemos nesses versos que nos lembram de algumas profecias anteriores que vimos em Daniel?
Gabriel disse a Daniel que três reis ainda se levantariam da Pérsia. Eles seriam seguidos pelo quarto rei, que seria o mais rico de todos e provocaria os gregos. Depois de Ciro, três sucessivos reis exerceram domínio sobre a Pérsia: Cambises II (530-522 a.C.), o falso Esmérdis (522 a.C.) e Dario I (522-486 a.C.). O quarto rei é Xerxes, mencionado no livro de Ester como Assuero.
2. Compare Daniel 11:2-4 com Daniel 8:3-8, 20-22. Como esses textos juntos ajudam a identificar Alexandre como o poder representado nessas passagens?
O capítulo 8 de Daniel é uma repetição e ampliação dos poderes mundiais que aparecem nos capítulos 2 e 7. Contudo, ele apresenta detalhes novos que não se encontram nos anteriores.
O capítulo 2 de Daniel usa uma estátua com diferentes metais para descrever os reinos mundiais. Os capítulos 7 e 8 usam animais e chifres. Os animais do capítulo 7 são impuros, predadores e carnívoros. O capítulo 8 usa animais limpos para descrever alguns desses poderes, e encerra com a profecia sobre a purificação do santuário.
O tema e a ênfase do capítulo 8 é a purificação do santuário. No Dia da Expiação (Lv 16:5), quando ocorria a purificação do santuário terrestre, tanto o carneiro como o bode eram os animais utilizados para o sacrifício. Os chifres nas pontas dos altares também eram purificados nesse dia (Lv 16:18, 19). A frase “o santuário será purificado” (Dn 8:14, ARA) é uma referência explícita ao Dia da Expiação que ocorria em Israel, uma vez por ano, para a purificação do santuário terrestre, conforme descrita em Levítico 16.
Comparando os capítulos 7 e 8 de Daniel, vemos que a cena de juízo do capítulo 7 é o mesmo evento da purificação do santuário do capítulo 8. Ambas ocorrem após o surgimento e a queda do papado. Em nossa lição anterior, verificamos que a cena de juízo de Daniel 7 deveria ocorrer em algum momento após 1798 e antes da segunda vinda de Cristo. Portanto, a purificação do santuário também deveria ocorrer
após 1798 e antes da segunda vinda. Isso nos leva a outra conclusão: que a referência ao santuário não deve ser ao terrestre, já que 1798 é uma data muito posterior à ascensão de Cristo ao Céu como nosso Sumo Sacerdote (Hb 8:1, 2). Portanto, a referência é claramente ao santuário celestial.
A purificação do santuário terrestre, em Levítico 16, revela o processo divino para a remoção dos pecados. Quando um pecador vinha ao santuário, ele trazia um animal inocente para morrer em seu lugar. O sangue derramado era levado e aspergido pelo sacerdote no véu interior e colocado nos chifres do altar que ficava dentro do santuário (Lv 4:6, 7). Em outras palavras, embora o pecador fosse perdoado, o registro dos seus pecados ficava guardado no santuário. Portanto, ao longo de todo o ano, o santuário ficava “poluído” com o registro dos pecados perdoados do povo de Israel.
No entanto, uma vez por ano, no Dia da Expiação, todos os pecados de Israel eram removidos do santuário mediante a retirada do véu e o santuário era purificado. Após a vinda do Messias, o Cordeiro de Deus, todo esse sistema do Antigo Testamento foi abolido pelo derramamento do sangue de Cristo na cruz. Ele Se tornou nosso Sumo Sacerdote no Céu. Os tipos, símbolos e cerimônias do santuário terrestre serviram como figuras para ilustrar o plano da salvação. A purificação do santuário terrestre, no Dia da Expiação anual, apontava para a purificação do santuário celestial. De acordo com Daniel 7 e 8, essa purificação ocorreria algum tempo após 1798 e antes da segunda vinda de Cristo.
O capítulo 2 de Daniel usa uma estátua com diferentes metais para descrever os reinos mundiais. Os capítulos 7 e 8 usam animais e chifres. Os animais do capítulo 7 são impuros, predadores e carnívoros. O capítulo 8 usa animais limpos para descrever alguns desses poderes, e encerra com a profecia sobre a purificação do santuário.
O tema e a ênfase do capítulo 8 é a purificação do santuário. No Dia da Expiação (Lv 16:5), quando ocorria a purificação do santuário terrestre, tanto o carneiro como o bode eram os animais utilizados para o sacrifício. Os chifres nas pontas dos altares também eram purificados nesse dia (Lv 16:18, 19). A frase “o santuário será purificado” (Dn 8:14, ARA) é uma referência explícita ao Dia da Expiação que ocorria em Israel, uma vez por ano, para a purificação do santuário terrestre, conforme descrita em Levítico 16.
Comparando os capítulos 7 e 8 de Daniel, vemos que a cena de juízo do capítulo 7 é o mesmo evento da purificação do santuário do capítulo 8. Ambas ocorrem após o surgimento e a queda do papado. Em nossa lição anterior, verificamos que a cena de juízo de Daniel 7 deveria ocorrer em algum momento após 1798 e antes da segunda vinda de Cristo. Portanto, a purificação do santuário também deveria ocorrer
após 1798 e antes da segunda vinda. Isso nos leva a outra conclusão: que a referência ao santuário não deve ser ao terrestre, já que 1798 é uma data muito posterior à ascensão de Cristo ao Céu como nosso Sumo Sacerdote (Hb 8:1, 2). Portanto, a referência é claramente ao santuário celestial.
A purificação do santuário terrestre, em Levítico 16, revela o processo divino para a remoção dos pecados. Quando um pecador vinha ao santuário, ele trazia um animal inocente para morrer em seu lugar. O sangue derramado era levado e aspergido pelo sacerdote no véu interior e colocado nos chifres do altar que ficava dentro do santuário (Lv 4:6, 7). Em outras palavras, embora o pecador fosse perdoado, o registro dos seus pecados ficava guardado no santuário. Portanto, ao longo de todo o ano, o santuário ficava “poluído” com o registro dos pecados perdoados do povo de Israel.
No entanto, uma vez por ano, no Dia da Expiação, todos os pecados de Israel eram removidos do santuário mediante a retirada do véu e o santuário era purificado. Após a vinda do Messias, o Cordeiro de Deus, todo esse sistema do Antigo Testamento foi abolido pelo derramamento do sangue de Cristo na cruz. Ele Se tornou nosso Sumo Sacerdote no Céu. Os tipos, símbolos e cerimônias do santuário terrestre serviram como figuras para ilustrar o plano da salvação. A purificação do santuário terrestre, no Dia da Expiação anual, apontava para a purificação do santuário celestial. De acordo com Daniel 7 e 8, essa purificação ocorreria algum tempo após 1798 e antes da segunda vinda de Cristo.
3. Leia Daniel 11:5-14. O que foi descrito nesses versos e qual é o significado dessa narrativa?
Após a morte de Alexandre, o Grande (323 a.C.), o vasto império grego foi dividido entre seus quatro generais. Dois deles, Seleuco, na Síria (Norte), e Ptolomeu, no Egito (Sul), conseguiram estabelecer dinastias que lutariam entre si pelo controle da terra.
A maioria dos estudantes da Bíblia compreende as guerras entre o rei do Norte e o rei do Sul profetizadas em Daniel 11:5-14 como se referindo às muitas batalhas envolvendo essas duas dinastias. Segundo a profecia, seria feita uma tentativa de unir essas duas dinastias pelo casamento, mas essa aliança duraria pouco (Dn 11:6). Fontes históricas nos informam que Antíoco II Teos (261-246 a.C.), neto de Seleuco I, casou-se com Berenice, filha do rei egípcio Ptolomeu II Filadelfo. No entanto, esse acordo não durou, e o conflito que envolvia diretamente o povo de Deus logo foi retomado. Portanto, Daniel 11 trata de alguns eventos importantes que afetariam a vida do povo de Deus durante séculos após a morte do profeta Daniel.
Há apoio bíblico para a existência de um santuário no Céu? Outras denominações cristãs têm questionado a possibilidade de existir um santuário celestial. Contudo, a Bíblia é clara quanto à sua existência. A palavra para “modelo” em Êxodo 25:9 implica que o santuário terrestre era uma cópia do original que já existia. O Senhor deu instruções específicas a Moisés quanto às dimensões exatas do santuário e dos seus móveis. O apóstolo Paulo, comentando a respeito dos santuários terrestre e celestial, fez uma alusão a Êxodo 25:9 indicando que o santuário terrestre era uma réplica do celestial (Hb 8:1, 2, 4-6).
Note que Paulo se reportou ao santuário terrestre como uma “cópia e sombra” daquele que está no Céu. Portanto, não podemos pensar no santuário terrestre somente como uma relíquia do Antigo Testamento. Ao contrário, precisamos entender que todas as cerimônias realizadas nele apontavam para a cruz de Cristo e para um santuário superior, cujo Sumo Sacerdote é Jesus.
O apóstolo João foi arrebatado em visão e contemplou o trono de Deus no santuário celestial. Lá, ele também viu três componentes semelhantes ao do mobiliário do santuário terrestre: o candelabro (Ap 4:5), o altar de incenso (Ap 8:3) e a arca da aliança (Ap 11:19). A confirmação da existência do santuário celestial não poderia ser mais clara do que as palavras descritas pelo apóstolo quando ele disse que viu o santuário de Deus no Céu.
O Apocalipse é um livro para o tempo do fim, e tem uma mensagem para o tempo do fim. Cada cena do santuário que ocorre ao longo do livro do Apocalipse implica que o santuário celestial é relevante para o povo de Deus no tempo do fim.
4. Leia Daniel 11:16-28. Embora o texto seja difícil, quais imagens encontramos nessa passagem que aparecem em outras partes de Daniel?
Uma transição no poder dos reis helenistas para Roma pagã parece ser descrita em Daniel 11:16. A “terra gloriosa” é Jerusalém, região em que existiu o antigo Israel, e o novo poder que ocupou essa região foi Roma pagã. O mesmo evento também é representado na expansão horizontal do chifre pequeno, que atinge a “terra gloriosa” (Dn 8:9). Portanto, parece claro que o poder no comando do mundo naquele momento era Roma pagã.
Descubra a relação das passagens abaixo com o texto bíblico-chave (Daniel 8) da lição desta semana:
- Êxodo 29:38-46
- Êxodo 30:10
- Levítico 4:6, 7
- Jeremias 17:1
- Levítico 16
- Hebreus 8:1-5; 9:1-28
Quais outras passagens lhe vêm à mente em conexão com Daniel 8?
5. Leia Daniel 11:29-39. O que é esse poder que surge depois de Roma pagã? Assinale a alternativa correta:
A. ( ) Roma papal.
B. ( ) Islamismo.
O julgamento divino que está em andamento no santuário celestial revela que Deus, em Seu amor infinito e misericórdia, realiza um processo totalmente transparente a fim de garantir que o pecado nunca mais se levante no Universo. Os temas do santuário e do grande conflito estão inter-relacionados. O santuário nos ajuda a compreender a obra de Cristo para restaurar o que foi perdido no Éden. O plano da redenção, ilustrado no santuário, revela a maneira escolhida por Deus para resolver para sempre as questões que fizeram com que o pecado surgisse com Lúcifer. Quando Cristo terminar Sua obra no Lugar Santíssimo do santuário celestial, todas as dúvidas que o Universo tinha em relação às alegações de Lúcifer serão esclarecidas para sempre.
Tornando-Se nosso Cordeiro sacrifical, Cristo obteve o direito de remover a penalidade do pecado. Depois de Sua ascensão, Ele também Se tornou nosso Sumo Sacerdote no santuário celestial. Como Sumo Sacerdote, Ele tem o direito de aplicar os benefícios da salvação para nós e em nós, inclusive o de nos ajudar a vencer o pecado. A purificação do santuário no Céu é o processo pelo qual Deus remove para sempre o registro dos pecados.
A remoção dos pecados será a etapa final da obra do Salvador. Jesus, nosso Sumo Sacerdote celestial, entrou no Lugar Santíssimo e está realizando a obra chamada de dia escatológico da expiação. Enquanto realiza a obra de purificação do santuário celestial, Ele deseja purificar, por meio do Espírito Santo, o templo do nosso coração. A justiça de Cristo nos cobre, e essa mesma justiça, atuando em nós e através de nós,
por meio do Espírito, nos purifica.
6. O que ocorre em Daniel 11:40-45? Assinale a alternativa correta:
A. ( ) No fim, o rei do Norte é derrotado e não há quem o socorra.
B. ( ) Os reis do Norte e do Sul declaram paz e vivem em harmonia para sempre.
As expressões a seguir nos ajudam a compreender esse texto: Tempo do fim. Ela aparece apenas em Daniel (Dn 8:17; 11:35, 40; 12:4, 9). O exame das profecias de Daniel indica que o tempo do fim se estende da queda do papado, em 1798, até a ressurreição dos mortos (Dn 12:2).
Rei do Norte: esse nome primeiramente designa geograficamente a dinastia selêucida, mas depois se refere à Roma pagã e finalmente à Roma papal.
Rei do Sul: esse nome primeiramente designa a dinastia ptolomaica no Egito, ao sul da terra santa. Mas, à medida que a profecia se desenvolve, ele adquire uma dimensão teológica e é associado por alguns estudiosos ao ateísmo. Ellen G. White, comentando a referência ao Egito em Apocalipse 11:8, declarou: “Isto é ateísmo” (O Grande Conflito, p. 269).
"O assunto do santuário foi a chave que desvendou o mistério do desapontamento de 1844. Revelou um sistema completo de verdades ligadas harmoniosamente entre si, o qual mostrava que a mão de Deus havia dirigido o grande movimento adventista e indicava novos deveres ao esclarecer a posição e obra de Seu povo. Assim como os discípulos de Jesus, depois da terrível noite de sua angústia e desapontamento, ‘alegraram-se […] ao verem o Senhor’ (Jo 20:20, ARA), também se regozijaram então os que pela fé haviam aguardado o segundo advento. Esperavam que Ele aparecesse em glória, para dar a recompensa aos Seus servos. Vendo frustradas suas esperanças, perderam de vista Jesus e, como Maria junto ao sepulcro, exclamaram: ‘Levaram o meu Senhor, e não sei onde O puseram’ (v. 13). Então, no lugar santíssimo, contemplaram de novo seu compassivo Sumo Sacerdote, prestes a aparecer como Rei e Libertador. A luz proveniente do santuário iluminou o passado, o presente e o futuro. Souberam que Deus os havia guiado por Sua providência infalível. Embora não tenham compreendido a mensagem que eles mesmos haviam anunciado, como aconteceu com os primeiros discípulos, essa mensagem era correta em todos os sentidos. Ao proclamá-la, tinham cumprido o propósito de Deus e, no Senhor, seu trabalho não havia sido em vão. De novo gerados ‘para uma viva esperança’, alegravam-se ‘com alegria indizível e cheia de glória’ (1Pe 1:3, 8, ARA).
“Tanto a profecia de Daniel 8:14, ‘até duas mil e trezentas tardes e manhãs; e o santuário será purificado’, quanto a mensagem do primeiro anjo, ‘temei a Deus e dai-Lhe glória, pois é chegada a hora do Seu juízo’ (Ap 14:7, ARA), indicavam o ministério de Cristo no lugar santíssimo, o juízo investigativo, e não a vinda de Cristo para resgatar Seu povo e destruir os ímpios. O engano havia sido não na contagem dos períodos proféticos, mas no acontecimento que ocorreria no fim dos 2.300 dias. Por causa desse equívoco, os crentes sofreram o desapontamento. No entanto, tudo o que estava predito pela profecia, e que eles podiam esperar com base na autoridade bíblica, tinha se cumprido. Ao mesmo tempo que lamentavam a ruína de suas esperanças, havia transcorrido o acontecimento predito pela mensagem e que deveria se cumprir antes que o Senhor aparecesse para recompensar Seus servos” (Ellen G. White, O Grande Conflito, p. 423, 424).
DISCUSSÃO
Compartilhe com sua classe o que você extraiu desta lição, por exemplo: descobertas, observações, dúvidas e pontos principais. Perguntas sugestivas para ser discutidas:
- Qual é a atitude da sociedade e dos cristãos em relação ao pecado?
- O fato de Deus manter um registro dos pecados perdoados indica algo sobre a natureza do pecado?
- Como conciliar a certeza da salvação com a realidade do julgamento divino?
- Qual é a diferença entre a doutrina do perdão e da remoção final dos pecados no santuário celestial e o conceito popular sobre pecado, perdão e castigo?
- O que a remoção final do registro dos pecados tem que ver com o drama do grande conflito entre o bem e o mal?