Lição 1
29 de setembro a 05 de outubro
Criação e queda
“Levando-o para fora da tenda, disse-lhe: ‘Olhe para o céu e conte as estrelas, se é que pode contá-las’. E prosseguiu: ‘Assim será a sua descendência’. Abrão creu no Senhor, e isso lhe foi creditado como justiça” (Gn 15:5, 6).
Prévia da semana: A entrada do pecado no mundo interrompeu a unidade e a harmonia que Deus tinha em mente para a humanidade. Contudo, o Senhor expressou Seu amor pelo ser humano planejando uma forma de restaurar a unidade perdida. Embora a restauração completa se dê por meio da obra de Cristo, Deus também escolhe seres humanos para que sejam representantes de Seu amor e de Sua graça.
Leitura adicional: Efésios 4; Ellen G. White, Nossa Alta Vocação [MD 1962], 13 de junho; Review and Herald, 27 de abril de 1897; Nisto Cremos, capítulo 13, “Unidade no Corpo de Cristo”
Domingo, 30 de setembro
Unidade com propósito

As três pessoas divinas, unidas em propósito e ação, criaram o mundo. A Divindade estava unida quando declarou: “Façamos o homem à Nossa imagem, conforme a Nossa semelhança [...]” (Gn 1:26). Assim teve início a história de Adão e Eva, os quais Deus uniu para dar origem à família humana. Até mesmo os animais foram criados aos pares, para estar unidos dentro de sua espécie.

Em todos esses casos, a unidade foi para o bem. Mas será que a unidade pode também ser usada para o mal? Sim. Veja, por exemplo, o caso da Torre de Babel. Pessoas rebeldes se uniram para construir uma torre muito alta com o propósito de desafiar o Criador, caso acontecesse outro dilúvio. Deus viu que essa unidade era para o mal, e disse: “Eles são um só povo e falam uma só língua, e começaram a construir isso. Em breve nada poderá impedir o que planejam fazer” (Gn 11:6). Assim, Ele confundiu a linguagem deles e os espalhou para que não continuassem em seu mau intento. Quer seja para bem ou mal, há força na unidade.

Embora a unidade possa ser usada para propósitos errados, esta lição se concentra em exemplos da verdadeira unidade cristã. Deus criou os seres humanos para que fossem unidos. A unidade de Adão e Eva é uma ilustração da unidade que pode ser encontrada em Cristo. Jesus disse: “Maridos, amem suas mulheres, assim como Cristo amou a igreja e Se entregou a Si mesmo por ela” (Ef 5:25). Assim, “Cristo é o cabeça da igreja, que é o Seu corpo, do qual Ele é o Salvador” (Ef 5:23). A unidade na igreja não é apenas uma sugestão; é um imperativo essencial para a vida cristã.

A igreja foi estabelecida com um propósito: “Vocês, porém, são geração eleita, sacerdócio real, nação santa, povo exclusivo de Deus, para anunciar as grandezas Daquele que os chamou das trevas para a Sua maravilhosa luz.” Durante o estudo da lição desta semana, lembre-se de que Deus tem um propósito divino para você e sua igreja nesta vida.

Richla Sabuin, Hong Kong

Mãos à Bíblia

A mensagem clara que emana da história da criação em Gênesis 1 e 2 é a harmonia geral que existia no final da semana da criação. A avaliação final de Deus foi que tudo era “muito bom” (Gn 1:31), não apenas em referência à beleza estética, mas também à ausência de qualquer elemento maligno ou de discórdia quando Deus terminou de criar este mundo e os seres humanos que deveriam povoá-lo.

1. O que Gênesis 1:26, 27 ensina sobre a singularidade humana em contraste com o restante da criação terrestre, descrita em Gênesis 1 e 2? Assinale a alternativa correta:

A. (    ) Todos os outros animais e criaturas foram feitos conforme sua própria espécie. Apenas o homem foi feito à imagem e semelhança de Deus.
B. (    ) O homem foi feito como todos os outros animais.

O livro de Gênesis declara que Deus criou a humanidade à Sua imagem, algo que não é dito sobre nenhuma outra criatura no relato da criação. “Também disse Deus: Façamos o homem à Nossa imagem, conforme a Nossa semelhança [...]. Criou Deus, pois, o homem à Sua imagem, à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou” (Gn 1:26, 27).

2. Leia 1 João 4:7, 8, 16. Como fomos originalmente criados e como isso poderia ter impactado a unidade original encontrada na criação?

Segunda-feira, 01 de outubro
Vamos nos unir

O que você pensa quando ouve a palavra “igreja”? Talvez você pense no edifício da sua igreja, lugar em que você se reúne com os demais adoradores para cantar hinos, ouvir um sermão ou rever amigos. Em nossos dias, muitos veem a igreja como um edifício ou local de eventos e programações. No entanto, para os cristãos primitivos a igreja foi um modo de vida.

Todos os dias eles se reuniam para estudar a Palavra de Deus, orar, compartilhar experiências e tomar juntos sua refeição. A vida deles era inteiramente dedicada a Deus e à missão da igreja, e por causa disso, maravilhas aconteceram. Muitos não cristãos notaram o amor que eles tinham uns pelos outros e também desejaram fazer parte disso! Jesus orou para que Seus seguidores fossem unidos a fim de que o mundo conhecesse o amor de Deus (Jo 17:23). Por meio da igreja primitiva, Sua oração foi atendida.

O amor de Deus e o nosso amor pelos outros. Qual é a relação entre o amor de divino por nós e nosso amor pelos outros? Às vezes pensamos: Por que preciso amar os outros mesmo quando eles não me amam? Será que Deus realmente me ama mesmo quando me sinto indigno de ser amado? Mesmo quando faço o que não devia?

Há duas respostas no livro de Gálatas. A primeira resposta é o Espírito Santo (Gl 5:13-16, 22), e a outra é a fé (Gl 5:6).

Andar “pelo Espírito” é a condição para não viver ferindo nem devorando uns aos outros, mas servindo uns aos outros em amor. A fé que nos liga a Cristo e pela qual somos justificados é a fé que atua por meio do amor. Em outras palavras, a fé prova que o amor não tem méritos para nossa salvação. E o amor prova a existência da fé que recebe a salvação.

Em Seu amor, Deus nos criou à Sua própria imagem para que tivéssemos domínio sobre todas as coisas (Gn 1:26, 28). Mas, após a entrada do pecado, foi cortada essa ligação entre o Criador e Suas criaturas.

Viver e andar pelo Espírito (Gl 5:22-25). É preciso andar pelo Espírito porque é o Espírito que produz humildade, pureza, contentamento, fé, boas obras, que nos tornam diferentes do mundo e nos separam do pecado. É o Espírito que produz amor, esclarecimento, sabedoria e faz com que conheçamos a verdade.

A fé é o primeiro passo na vida cristã, e também sua pós-graduação. O Espírito Santo é o professor e Aquele que nos capacita. Se permanecermos no Espírito e na fé estaremos aptos para nos graduar. O amor é o fruto da atuação do Espírito Santo na vida do cristão. Ele é desenvolvido mediante a fé e recebido pela fé.

O amor de Cristo é o solo nutritivo em que estamos plantados. O Espírito Santo é o recipiente que derrama esse amor em nossa vida. A fé é a sonda que penetra nesse solo.

Permanecendo no amor divino (1Jo 4:7, 8, 16). Deus deseja que tenhamos um relacionamento verdadeiro e duradouro com Ele. Nosso coração também anseia por esse relacionamento. O Senhor deseja que mostremos ao mundo o que é o verdadeiro amor e qual é o propósito da vida.

Deus é amor e o amor procede de Deus (1Jo 4:7, 8). Deus é a fonte do amor. Como a eletricidade percorre os fios elétricos, o amor vem de Deus para nós e depois flui, por nosso intermédio, para as pessoas. Quando disse: “Amemo-nos uns aos outros”, João estava apelando aos seus irmãos na fé para que permitissem que o amor de Deus fluísse por meio deles. Já que Deus é amor, o amor precisa caracterizar aqueles que afirmam ser nascidos de Deus e conhecem a Deus (1Jo 4:7; 3:10, 14; 4:20, 21). Aqueles que declaram estar fazendo a vontade de Deus no mundo serão conhecidos pelo amor que manifestam ao Senhor e aos outros. Foi isso que Jesus disse para Seus discípulos (Jo 13:35).

Deus deseja que, como Seus seguidores, nos concentremos em Sua missão, e não nas pequenas coisas que nos dividem. Ele deseja que estejamos unidos em amor e que usemos nossos dons para nos edificar mutuamente e servir a todos os sofredores que se encontram ao nosso redor. E o mais importante, não devemos esquecer que Jesus é o centro e a razão do nosso viver. Quando aceitamos o Salvador e nos entregamos inteiramente a Ele, nossa vida é completamente transformada (ver Colossenses 3). O passado, o presente, o futuro e tudo o que somos estão centralizados na vida, morte e ressurreição de Jesus. Se entendermos esse conceito, tudo o mais irá se encaixar no lugar certo.

Giuliana Cruz e Guido Cruz, Silang, Cavite, Filipinas

Mãos à Bíblia

As consequências da queda foram enormes. A desobediência de Adão e Eva iniciou o rompimento de uma interdependência harmoniosa entre todas as formas de vida. Pior ainda, ela deu início à desunião, à discórdia e às divisões que existem até hoje.

3. Leia Gênesis 3:16-19 e 4:1-15. Quais foram os resultados do pecado e seu impacto no mundo harmonioso criado por Deus?

A desobediência de Adão se tornou a fonte de muitos acontecimentos e consequências que, ao longo do tempo, impactaram toda a criação de Deus. O próprio mundo natural começou a sofrer as consequências do pecado. As relações humanas também foram influenciadas. Caim e Abel, dois irmãos que deveriam ter amado um ao outro e cuidado um do outro, tornaram-se desafeiçoados e distantes, pois um desejava seguir suas inclinações egoístas em vez de seguir a forma de adoração prescrita por Deus. Esse distanciamento resultou em violência e morte.

Após o Dilúvio, Deus fez uma promessa a Noé e à sua família. O arco-íris no céu sempre os lembraria de Seu cuidado e de Suas promessas, de Sua bondade e misericórdia (Gn 9:12-17; Is 54:7-10). Deus instituiu uma aliança com Noé e reestabeleceu Seu plano original de ter uma família humana unida, fiel a Ele e à Sua Palavra.

Pense Nisto
Como a igreja pode nos manter unidos? O que significa andar pelo Espírito? Como podemos nos entregar completamente a Jesus?
Terça-feira, 02 de outubro
A corrente áurea do amor

“Nosso Pai celestial é um Deus de paz. Quando Ele criou o homem, colocou-o num lar de paz e segurança. Tudo era unidade e felicidade no jardim do Éden.”1 Porém, com a entrada do pecado vieram a discórdia e a separação. Mas as esperanças não estão perdidas. “Ao ser lembrada a humilhação do Salvador por nós [...] fortalece-se a mente para derribar toda barreira que tem causado separação. [...] Penetra na alma a subjugante graça de Cristo, e Seu amor liga os corações numa bendita unidade.”2

“Se esse amor é verdadeiramente cultivado, o finito se une ao Infinito. Pessoa se unirá a pessoa, e todos se ligarão ao coração do Infinito Amor. [...] A áurea cadeia do amor, ligando o coração dos crentes em unidade, em laços de companheirismo e amor, e em unidade com Cristo e o Pai, torna perfeita a ligação.”3

A união faz a força, a desunião enfraquece. Os que se recusam a trabalhar unidos desonram a Deus. Precisamos desenvolver humildade e amor fraternal. Essa unidade “não exige que renunciemos nossa identidade de caráter, mas simplesmente que nos adaptemos, até certo ponto, aos sentimentos e maneiras dos outros. Podem-se juntar em uma unidade de fé religiosa muitas pessoas cujas opiniões, hábitos e gostos em coisas temporais não se acham em harmonia; se, porém, o amor de Cristo lhes arde no peito, e elas esperam o mesmo Céu como lar eterno, podem fruir a mais aprazível e inteligente comunhão e a mais admirável das uniões.”4

“Quando o povo de Deus crer plenamente na oração de Cristo, quando praticar na vida diária as instruções nela contidas, a unidade de ação será uma realidade em nossas fileiras. Irmão estará ligado a irmão pelos laços áureos do amor de Cristo. Unicamente o Espírito de Deus é que pode promover essa unidade. [...] Quando buscarmos essa unidade com o empenho que o Senhor deseja, iremos alcançá-la.”5

1. Ellen G. White, The Spirit of Prophecy, v. 2, p. 209.

2. ___________ , O Desejado de Todas as Nações, p. 650, 651.

3. ___________ , Nossa Alta Vocação [MM 1962], 16 de junho.

4. ___________ , Testemunhos para a Igreja, v. 4, p. 65.

5. ___________ , Testemunhos para a Igreja, v. 8, p. 243.

Angel Anne Patalinghug, Silang, Cavite, Filipinas

Mãos à Bíblia

4. De acordo com Gênesis 11:1-9, o que tornou pior o problema da separação e da desunião? Assinale a alternativa correta:

A. (    ) A decisão de Ló de deixar Sodoma e Gomorra.
B. (    ) A confusão dos idiomas no episódio da Torre de Babel.

Os eventos seguintes relatados pela Bíblia após o Dilúvio são a construção da Torre de Babel, a confusão dos idiomas e, em seguida, a dispersão das pessoas, que até então falavam uma única língua. Talvez atraídos pela beleza da terra entre os rios Tigre e Eufrates, bem como pela fertilidade do solo, alguns descendentes de Noé decidiram construir para si uma cidade e uma torre alta na terra de Sinar, localizada atualmente ao sul do Iraque (Gn 11:2).

Os descendentes de Noé, que se estabeleceram na terra de Sinar, logo se esqueceram do Deus de Noé e das promessas que Ele havia feito de nunca mais destruir o mundo mediante um dilúvio. A construção da Torre de Babel foi um monumento à sua superior sabedoria e habilidades. Um motivo para esse projeto de construção foi o desejo deles de alcançar renome e reputação, para que seu nome se tornasse célebre (Gn 11:4). “Segundo o propósito divino, os seres humanos deviam estar unidos através do elo da verdadeira religião. Quando a idolatria e o politeísmo quebraram esse elo espiritual interior, eles perderam não só a unidade de religião, mas também o espírito de fraternidade. Um projeto como essa torre, com o objetivo de preservar por meios exteriores a unidade interior perdida, jamais seria bem-sucedido” (Comentário Bíblico Adventista, v. 1, p. 278).

Pense Nisto
De que maneira podemos restaurar a unidade na igreja se o amor estiver coberto pelo egoísmo e orgulho?
Quarta-feira, 03 de outubro
A descendência de Abraão

Em algumas partes do livro de Romanos, Paulo apresentou a doutrina da justificação pela fé tomando como exemplo a vida de Abraão. A bondade e piedade desse patriarca, longe de ter sido alcançadas por mérito próprio, foi resultado da fé, e não das obras! Quando Abraão foi justificado pela fé, Deus lhe fez a sagrada promessa de que seus descendentes seriam incontáveis como as estrelas do céu.

Mas o que isso significa para nós? “E, se vocês são de Cristo, são descendência de Abraão e herdeiros segundo a promessa” (Gl 3:29). Somos descendência espiritual de Abraão. No entanto, para permanecer como herdeiros e receber nossa herança (o reino de Deus e a vida eterna), precisamos continuar unidos como parte da família de Deus.

No original, a expressão “descendência de Abraão” é, literalmente, “semente de Abraão”. Como descendentes de Abraão, o que herdamos e o que estamos transmitindo para as próximas gerações? Seria interessante fazer um estudo de como temos preservado “a verdade” em sua forma pura, mesmo em condições adversas.

A semente de Abraão pode ser contaminada? Certamente! O cruzamento com uma “espécie impura” pode causar danos irreparáveis! Qualquer tentativa de introduzir ideias, ensinos ou práticas estranhas entre o povo de Deus, resultam em prejuízo e contaminação. Isso tem implicações muito sérias e consequências que afetam gerações.

A promessa divina feita a Abraão trouxe à existência a linhagem do próprio Jesus Cristo e de Sua noiva, a Igreja. Nossa fé em Jesus e em Seu breve retorno é o que nos mantém unidos. Somos o segullah de Deus. Essa palavra hebraica foi o termo usado para descrever Israel, e significa “propriedade preciosa”. Cristo espera que permaneçamos unidos uns aos outros como família de Deus na Terra.

Komal Nunfeli Swansi, Silang, Cavite, Filipinas

Mãos à Bíblia

As três grandes religiões monoteístas do mundo, judaísmo, cristianismo e islamismo, têm Abraão como seu pai. Para os cristãos, essa associação é uma relação espiritual. Quando foi chamado a deixar seu país, na Mesopotâmia, Abraão foi informado de que nele seriam “benditas todas as famílias da Terra” (Gn 12:3, veja também Gn 18:18, 22:18). A bênção veio por meio de Jesus.

5. Leia Hebreus 11:8-19, Romanos 4:1-3 e Gálatas 3:29. Quais elementos da fé de Abraão são mencionados nesses textos e como eles se relacionam com a ideia de unidade cristã?

Como pai de todos os cristãos, Abraão nos apresenta alguns elementos básicos e centrais da unidade cristã. Primeiramente, ele praticou a obediência (Hb 11:8). Em segundo lugar, ele tinha esperança nas promessas de Deus (Hb 11:9, 10). Em terceiro lugar, ele acreditou que Deus lhe daria um filho e que um dia seus descendentes seriam tão numerosos quanto as estrelas (Gn 15:4-6). Com base nessa resposta, Deus o justificou pela fé (Rm 4:1-3). Em quarto lugar, ele confiou no plano de salvação de Deus. A maior prova para a fé de Abraão veio quando Deus pediu que ele sacrificasse Isaque no monte Moriá (Gn 22:1-19; Hb 11:17-19).

Pense Nisto
“Unidos, nos mantemos em pé; divididos, caímos.” Como podemos preservar a unidade dentro da família de Deus (a igreja)?
Quinta-feira, 04 de outubro
Unidade em Cristo

Em Sua oração sacerdotal, Jesus disse: “Não ficarei mais no mundo, mas eles ainda estão no mundo, e Eu vou para Ti. Pai santo, protege-os em Teu nome, o nome que Me deste, para que sejam um, assim como somos um” (Jo17:11). O pronome pessoal “eles” mencionado aqui se refere aos discípulos. Mas essa oração não foi apenas pelos discípulos: “Rogo também por aqueles que crerão em Mim, por meio da mensagem deles” (Jo 17:20).

Duas importantes ações podem contribuir para nos tornar mais unidos a Cristo:

Colocar Deus e Sua Palavra no centro de nossa vida. Um grande empecilho que encontramos, muitas vezes, se origina com nossos desejos pecaminosos. A cobiça nos cega, e a tendência é correr atrás dos desejos egoístas em vez de permanecer firme nos ensinamentos da Palavra de Deus. Nossos desejos podem acabar nos afastando de Deus, porque as prioridades são transferidas para as coisas deste mundo e perdemos o interesse nas coisas do Alto.

Para evitar isso, temos que sempre nos lembrar de colocar Deus e Sua Palavra no centro de nossa vida, para permanecer sob Sua proteção e bênção. A Bíblia diz: “Nada façam por ambição egoísta ou por vaidade, mas humildemente considerem os outros superiores a si mesmos” (Fp 2:3).

Priorizar Deus em todas as nossas decisões e escolhas. O apóstolo Paulo comparou a igreja ao corpo humano, cuja cabeça é Cristo (1Co 12). Ele escreveu: “Pois bem, vocês são o corpo de Cristo, e cada um é uma parte desse corpo” (1Co 12:27, NTLH). A fim de funcionar adequadamente como corpo unido de Cristo, todas as partes precisam estar unidas sob o mesmo propósito. “Sejam completamente humildes e dóceis, e sejam pacientes, suportando uns aos outros com amor. Façam todo o esforço para conservar a unidade do Espírito pelo vínculo da paz” (Ef 4:2, 3).

Quando Deus criou os seres humanos, os fez à Sua imagem e semelhança. Portanto, Ele deve ser nossa bússola e diretriz em tudo o que fazemos e escolhemos. Quando agimos assim, podemos funcionar unidos como o corpo de Cristo.

Grace Moon, Silang, Cavite, Filipinas

Mãos à Bíblia

Ao chamar Abraão para ser Seu servo, Deus escolheu para Si um povo para representá-Lo. Esse chamado e eleição foi um ato de amor e graça de Deus. O chamado do Senhor a Israel foi fundamental para Seu plano de restauração da humanidade após a devastação e desunião causada pela queda. A história sagrada é o estudo da obra de Deus em relação a essa restauração, e um elemento importante desse plano foi a nação da aliança: Israel.

6. De acordo com Deuteronômio 7:6-11, por que Deus chamou Israel para ser Seu povo? Por que Ele escolheu os descendentes de Abraão como Seu povo?

O amor de Deus pela humanidade está no centro da eleição de Israel como Seu povo. Deus fez uma aliança com Abraão e seus descendentes para preservar o conhecimento Dele por meio de Seu povo e para promover a redenção da humanidade (Sl 67:2). No entanto, um ato supremo de amor fez com que Deus escolhesse Israel. Os descendentes de Abraão não tinham nada do que se vangloriar para reivindicar o amor imerecido de Deus. “Não vos teve o SENHOR afeição, nem vos escolheu porque fôsseis mais numerosos do que qualquer povo, pois éreis o menor de todos os povos” (Dt 7:7).

Veja o privilégio de Israel: “Deus desejava fazer do povo de Israel um louvor e glória. Todos os privilégios espirituais lhes foram concedidos. Deus nada reteve que pudesse ser útil para a formação do caráter que os tornaria representantes Seus. (Ellen G. White, Parábolas de Jesus, p. 288).

Sexta-feira, 05 de outubro
Um por todos e todos por um

O objetivo da lição desta semana é mostrar para a igreja a importância da unidade e do amor fraternal. Paulo escreveu que devemos considerar as necessidades dos outros antes das nossas. Com toda modéstia e mansidão, devemos ser “completamente humildes e dóceis [...], pacientes, suportando uns aos outros com amor” (Ef 4:2).

Na maioria dos casos, a prepotência, o egoísmo e o orgulho são os principais fatores da falta de unidade. Isso resulta em lutas e disputas. Filhos se rebelam contra a autoridade dos pais. O povo se revolta contra os líderes eleitos da nação. Membros das igrejas se levantam contra seus líderes e dirigentes.

As consequências resultantes da eleição no Quênia em 2007-2008 apresentam uma história infeliz. O país entrou num caos após o anúncio do resultado das eleições presidenciais. Tudo começou quando os dois principais grupos étnicos começaram a destruir propriedades um do outro e a se matarem mutuamente. Outras tribos foram tomando partido do grupo étnico que preferiam, e o caos se espalhou por todo o país. Foi uma onda de assassinatos, mutilações e horror. Casas foram incendiadas, igrejas e prédios públicos foram destruídos, muitas vidas foram ceifadas. Foi uma calamidade nacional. O governo declarou estado de emergência.

A melhor solução teria sido trabalhar unidos, quando tudo começou, para solucionar o impasse. Toda a calamidade que se seguiu não teria acontecido.

Ser cristão significa renovar a mente com a Palavra de Deus, ter a mente de Cristo (Rm 12:1, 2; Ef 4:17, 18). Paulo apelou aos filipenses para que completassem sua alegria “tendo o mesmo modo de pensar, o mesmo amor, um só espírito e uma só atitude” (Fp 2:2).

O amor é o alicerce para a unidade. A unidade em si é neutra; são outros fatores que definem se ela é para o bem ou para o mal. A Bíblia enfatiza a importância da “unidade” e da “união” (Sl 133:1; 1Co 12:27). O plano divino para a igreja é de cristãos unificados na fé.

Ashley Natasha Odhiambo, Silang, Cavite, Filipinas

Pense Nisto
Quais são as outras coisas que podem causar desunião na igreja? O que você pode fazer para apoiar os que estão em posição de liderança na igreja?
Mãos à obra
• Ouça o hino “Lado a Lado” (HASD, 492). Observe que suas palavras nos convidam a avançar, sob a direção divina, em fé e movidos pelo amor para cumprir nossa missão. • Perdoe alguém que procedeu de maneira maldosa com você. Se possível, ore com essa pessoa para que vocês possam ser “um em Jesus”. • Sugira ao seu líder JA um retiro espiritual ou uma semana de oração sobre o tema da unidade em Cristo. • Pesquise três histórias bíblicas sobre a unidade. Observe as partes que se concentram nos fatores que levaram à unidade. Tire lições para sua vida espiritual e pessoal.