Embora não nos tenha sido prometida uma vida livre de provas e tribulações, podemos reivindicar as promessas da Palavra de Deus. Ela fala de um Deus que prometeu sempre estar ao lado de Seus filhos nos momentos tempestuosos da vida. Frequentemente, essas provas e tribulações vêm para testar a fé e a confiança em Deus, mas em certas ocasiões a fé pode fracassar quando surgem problemas de saúde ou a vida fica difícil. Nessas ocasiões, podemos experimentar dores profundas que se tornam insuportáveis quando tentamos lidar com elas sozinhos, ou quando questionamos a aparente falta do auxílio divino.
A história de Jó mostra que o Senhor está no controle de toda situação. Revela também as táticas manipulativas do diabo. Satanás usou o tempo como arma, trouxe doença (Jó 1:16-19; 2:7), e influenciou os amigos do patriarca a persuadi-lo para amaldiçoar a Deus. Assim como fez com Jó, o diabo passa noites, dias e até anos tentando fazer com que nos revoltemos contra Deus durante as fases de dor, angústia e aflição. Será que existe alguma relação entre a situação em que Jó se encontrou e a sua vida hoje?
E que dizer de Davi, um homem segundo o coração de Deus? No livro de Salmos, ele descreveu suas provações, seus inimigos, seus sofrimentos e suas lutas, mas concluiu os salmos declarando a fidelidade de Deus. Davi foi um testemunho vivo do amor divino pelo pecador.
Todos nós já perdemos pessoas queridas, empregos, posses materiais ou amizades. Mas quero motivar você a desenvolver mente positiva e esclarecida e ver a mão de Deus em tudo que acontece em sua vida. O cristão pode perder tudo, mas deve continuar acreditando nesse Deus poderoso, que é capaz de restaurar tudo novamente. E quando Cristo voltar, Ele restaurará a glória divina em cada um daqueles que confiaram em Suas promessas.
Nesta semana estudaremos como o amor divino está acima e além da dor que os cristãos experimentam quando sofrem neste mundo. Deus Se manifesta quando Lhe rendemos adoração suprema, quando confiamos em Sua direção em meio as provações e quando somos tentados a perder a esperança.
Ugochi Nkoronye, Orlando, FL, EUA
1. O que os seguintes relatos têm em comum? Mc 5:22-24, 35-43; Mt 15:22-28; Lc 4:38, 39; Jo 4:46-54. Assinale a alternativa correta:
A. ( ) Todas as pessoas curadas nesses relatos eram mulheres.
B. ( ) A insistência de familiares para que Jesus curasse o enfermo.
Em todos esses casos, e certamente em muitos outros, um membro da família suplicou a ajuda de Jesus em favor de outro membro da família. Sofremos porque vivemos em um mundo caído. Em muitos aspectos, a doença e o sofrimento permanecerão um mistério até que a morte seja finalmente derrotada na vinda de Jesus.
Desde a entrada do pecado, as famílias humanas têm sofrido todo tipo de perdas: relacionamentos são quebrados, familiares morrem, amigos se mudam, empregos são perdidos e diagnósticos médicos abalam a estrutura emocional das pessoas.
Embora existam perdas coletivas, os efeitos são individuais. Todos sofremos com nossas perdas. A tristeza é a resposta natural à perda. Lidar com as perdas é uma das coisas mais difíceis na vida. Os efeitos físicos, emocionais, psicológicos e espirituais podem ser devastadores e produzir sentimento de impotência, medo e isolamento. Durante essa fase, o inimigo se aproveita para nos manter em sujeição a ele.
Não existe um prazo fixo para a duração da tristeza, nem um processo lógico para superá-la. Ela é tão complicada quanto o pecado. Há muitos fatores que influenciam na nossa maneira de experimentar a tristeza. Contudo, qualquer que seja a dinâmica, a fase da tristeza é extremamente importante porque nos permite refletir e encontrar uma nova direção. É claro que vamos sentir tristeza pelas perdas da vida, porque Deus não criou Seus filhos para que fossem perdedores.
Paulo declarou: “Irmãos, não queremos que vocês sejam ignorantes quanto aos que dormem, para que não se entristeçam como os outros que não têm esperança” (1Ts 4:13). Ele se referiu à tristeza e à esperança simultaneamente. Os cristãos devem manter sua esperança e confiança em Deus em meio às perdas desta vida. Nossa esperança se fundamenta na promessa do Salvador de que os que choram serão consolados (Mt 5:4).
Creio que Deus, em Seu grande amor, deixou em Sua Palavra respostas para as situações mais difíceis que a humanidade iria enfrentar. Essa compreensão nos ajuda a lidar melhor com as perdas da vida.
Não precisamos enfrentar nossas perdas sozinhos. Note cuidadosamente que Paulo não disse que não devíamos ficar tristes pelas nossas perdas. É normal sentir tristeza quando sofremos perdas. No entanto, é confortador saber que não precisamos enfrentar sozinhos nossa dor. “O Senhor tem graça especial para outorgar ao que pranteia, graça cujo poder é abrandar corações e alcançar pecadores. Seu amor abre caminho no coração ferido e quebrantado, e torna-se bálsamo curativo para os que choram.”1 Aqueles que acreditam na Bíblia e a compreendem podem confiantemente reivindicar suas promessas (Sl 147:3; 2Co 1:3, 4). Podemos levar nossas tristezas e dores a Cristo. Ele cuida de nós, não estamos sozinhos (Mt 11:28).
A dor de nossas perdas é severa, mas todas as coisas cooperam para o bem dos filhos de Deus. O impacto comportamental, físico e psicológico de cada perda, às vezes chega a ser tão intenso que produz a sensação de que está nos esmagando e tirando a vida. Precisamos não só de esperança, mas de ajuda. “Para podermos consolar os que estiverem em qualquer angústia, com a consolação com que nós mesmos somos contemplados por Deus” (2Co 1:4, ARA).
Em seu livro Blessings, Mary Craig escreveu: “O valor do sofrimento não está na dor [...] mas no que o sofredor faz com ela. [...] É na tristeza que descobrimos as coisas que realmente têm importância; é na tristeza que descobrimos a nós mesmos.”2
Em sentido real, a tristeza nos introduz em uma nova comunidade, a comunidade dos consoladores. Os melhores consoladores são os que já experimentaram o consolo.
O sofrimento e a tristeza um dia terão fim. Uma das coisas mais difíceis de aceitar durante as fases de tristeza e sofrimento é que a dor emocional vai passar. E não importa quantas perdas já tenhamos experimentado, cada vez enfrentaremos esses mesmos sentimentos e emoções.
A realidade é que nunca, nesta vida, seremos capazes de lidar plenamente com as perdas, porque não fomos criados para isso. A dor, o sofrimento, as perdas e a morte são intrusos, nunca fizeram parte do plano divino. No entanto, não podemos nos esquecer de que as Escrituras falam de um futuro em que Deus “enxugará dos [nossos] olhos toda lágrima. Não haverá mais morte, nem tristeza, nem choro, nem dor, pois a antiga ordem já passou” (Ap 21:4, grifo acrescentado).
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1. Ellen G. White, O Maior Discurso de Cristo, p. 13.
2. Mary Craig, Blessings (Londres: Hodder and Stoughton, 1979), p. 133-144.
Gordon S. Jones, Houston, TX, EUA
2. Quando a confiança em um relacionamento fica comprometida, como podemos curá-la e restaurá-la? 1Pe 5:6, 7; 1Jo 4:18; Tg 5:16; Mt 6:14, 15
Reconstruir a confiança quebrada é uma jornada. Devemos dar um passo de cada vez. A jornada começa com um sincero reconhecimento da dor causada e a confissão da verdade, não importando qual seja a ofensa nem quem seja o ofensor. Quando o adultério é a causa do rompimento, a cura começa quando o traidor confessa. Como parte do processo de cura, a confissão deve acompanhar a completa transparência por parte do traidor. Reconstruir a confiança requer tempo e paciência. Quanto mais grave for a ofensa, mais tempo levará para ser reparada. Devemos aceitar o fato de que, às vezes, parece que estamos dando dois passos para frente e três para trás. Um dia parece que há esperança para o amanhã e, no dia seguinte, temos vontade de fugir. No entanto, muitos conseguiram reconstruir seu relacionamento rompido e desenvolveram um casamento mais profundo, íntimo, satisfatório e feliz.
“Estão carregados de tristeza hoje? Fixem os olhos no Sol da justiça. Não procurem ajustar todas as dificuldades, mas voltem a face para a luz, para o trono de Deus. O que verão ali? O arco-íris do concerto, a viva promessa de Deus. Embaixo está o propiciatório, e todo aquele que se apoderar das provisões de misericórdia que foram feitas, e se apropriar dos méritos da vida e morte de Cristo tem no arco-íris do concerto a bendita certeza de aceitação do Pai, por todo o tempo em que durar o trono de Deus. [...]
“Segurem-se na mão de Cristo. Há dificuldades a ser vencidas, mas anjos magníficos em poder cooperarão com o povo de Deus.”1
“Que nosso coração se amplie e eleve, a fim de que Deus possa proporcionar uma aspiração da atmosfera celeste. Podemos nos conservar tão achegados a Deus que em cada inesperada provação os pensamentos para Ele se volvam tão naturalmente como a flor se volta para o Sol.
Exponham continuamente ao Senhor suas necessidades, alegrias, pesares, cuidados e temores. Vocês não O podem sobrecarregar; não O podem fatigar. Aquele que conta os cabelos de sua cabeça, não é indiferente às necessidades de Seus filhos. [...] Levem a Ele tudo quanto causa perplexidade. Para Ele, coisa alguma é demasiadamente grande, pois Ele sustém os mundos e rege o Universo. Nada do que, de algum modo, se relacione com nossa paz é tão insignificante que Ele o não observe. Não há em nossa vida, nenhum capítulo é demasiadamente obscuro para que Ele possa ler; perplexidade alguma tão intrincada que Ele não possa resolver. Nenhuma calamidade poderá sobrevir ao mais humilde de Seus filhos, ansiedade alguma lhe atormentar a mente, nenhuma alegria possuí-lo, nenhuma prece sincera escapar-lhe dos lábios, sem que seja observada pelo Pai celestial, ou sem que Lhe atraia o imediato interesse. [...] As relações entre Deus e cada pessoa são tão particulares e profundas, como se não existisse nenhuma outra por quem Ele houvesse dado Seu bem-amado Filho.”2
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1. Ellen G. White, Mente, Caráter e Personalidade, v. 2, p. 462.
2. ___________ , Caminho a Cristo, p. 99, 100.
Dawn Forde Murphy, Weirsdale, FL, EUA
3. A Bíblia inclui relatos de violência familiar, mesmo entre o povo de Deus. Quais são seus pensamentos e sentimentos ao ler esses versículos? Por que essas histórias foram preservadas nas Escrituras? Gn 37:17-28; 2Sm 13:1-22; 2Rs 16:3; 17:17; 21:6
A violência familiar atinge todo tipo de família, incluindo lares cristãos. A violência é qualquer agressão cometida por uma ou mais pessoas contra alguém da família: verbal, física, emocional, sexual ou negligência ativa ou passiva. Um comportamento abusivo é a escolha consciente de uma pessoa de exercer poder e controle sobre outra. As pessoas prejudicadas não são responsáveis pelo abuso cometido pelo abusador.
Durante gerações os judeus haviam acreditado que somente os que tinham sido circuncidados eram especialmente santos. Então, estavam rejeitando a instrução divina para que circuncidassem o coração. Paulo precisou esclarecer que a “circuncisão espiritual” é realizada em todo aquele que adora a Deus em Espírito, se gloria em Cristo e confia inteiramente Nele (Fp 3:3).
Embora Paulo também tivesse se vangloriado com essas coisas antes de sua conversão, a manifestação divina na estrada de Damasco realizou nele uma circuncisão espiritual que o transformou (Fp 3:8). Daí em diante, o apóstolo considerou tudo como perda por amor a Cristo e ao evangelho.
Depois de sua conversão, Paulo voltou para pregar em Tarso (Gl 1:21). Certamente, sua família estritamente farisaica se sentiu envergonhada ao ver o antigo “garoto-propaganda do farisaísmo” como divulgador do cristianismo e interagindo com incircuncisos. Portanto, ele também precisou romper com seus laços familiares.
Até a vida digna de admiração se torna skubalon,1 a palavra grega para “esterco”, ou “lixo” (NTLH). Nesta palavra, que aparece apenas uma vez no Novo Testamento (Fp 3:8), “nenhuma linguagem poderia expressar de maneira mais profunda o senso de completa inutilidade de tudo o que as vantagens externas podem conferir em assunto de salvação.”2 Cristo é supremo, e qualquer outra pessoa ou coisa precisa estar num distante segundo lugar.
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1. The KJV New Testament Greek Lexicon, Número 4657 na concordância de Strong.
2. William R. Nicoll, “The Good the Enemy of the Best”, Expositor's Dictionary of Texts.
Tamra Clarke, Leesburg, FL, EUA
4. O que pode levar as pessoas ao vício? Lc 16:13; Rm 6:16; Tg 1:13-15; 1Jo 2:16. Assinale “V” para verdadeiro ou “F” para falso:
A. ( ) A cobiça; a concupiscência da carne e dos olhos e a soberba da vida.
B. ( ) A liberdade de escolha e as injustiças sociais.
Pecado e vício não são necessariamente a mesma coisa. Você pode cometer um pecado no qual não é viciado, embora frequentemente ele possa se transformar em um vício. Mediante o poder de Deus, é muito melhor parar com o pecado antes que ele se torne um vício. A única solução duradoura para o problema do pecado e do vício é receber um novo coração.
Não é verdadeira a ideia de que mágoas e perdas se tornariam parte da vida que Deus desejava para nossos primeiros pais e a família humana. A Bíblia afirma que o Senhor deseja que Seus filhos tenham alegria, felicidade e vida em abundância! Infelizmente, o pecado tem estragado esse ideal divino e maculado o plano original do Criador. O pecado tem cobrado um alto preço das famílias e perdas resultantes disso. Como aprender a lidar com as perdas e viver a felicidade que Deus planejou?
Procure obter sabedoria e entendimento (Pv 4:7). Quando perdemos alguma coisa, o primeiro pensamento que vem é procurar algum lugar em que possamos encontrar novamente o que perdemos. Olhamos debaixo das almofadas, nos bolsos das calças, e até dirigimos uma boa distância para procurar no estacionamento em que estivemos horas antes. Algo semelhante acontece quando rompemos o relacionamento com um familiar ou amigo. Precisamos analisar a situação em que nos encontrávamos quando se deu tal rompimento.
Deus deseja restaurar os relacionamentos. Ele está disposto a ajudar, se O buscarmos com coração sincero e espírito humilde.
Pesquise a Palavra. O Senhor jamais permitirá que tenhamos provações maiores do que podemos suportar. Quando experimentamos perdas na família, não importa de que tipo, Ele pode prover um meio para que haja restauração. As Escrituras contêm histórias de famílias que passaram por perdas mas alcançaram a vitória com o auxílio divino. A morte e a ressurreição de Lázaro, José e seus irmãos, Moisés e o povo de Israel ensinam que, por meio da fé, do amor e do perdão, Deus tem poder para restaurar tudo a Seu tempo e no momento em que mais precisamos. A Palavra de Deus é um livro pleno de instruções para nos guiar à restauração.
Jillian Haughton, Orlando, FL, EUA
5. Leia 1 Coríntios 15:26. Como a morte é descrita? Por que ela é descrita dessa maneira?
Quem, tendo perdido um ente querido, não sente pessoalmente quanto a morte é um inimigo poderoso? Por outro lado, os mortos estarão em “boas circunstâncias”, caso eles fechem os olhos descansando no Senhor e, em um tempo que pareça apenas um instante, sejam ressuscitados para a imortalidade. “Para o crente a morte não é senão de pouca importância. [...] Para o cristão a morte não é mais que um sono, um momento de silêncio e escuridão. A vida está escondida com Cristo em Deus, e ‘quando Cristo, que é a nossa vida, Se manifestar, então também vós vos manifestareis com Ele em glória’” (Cl 3:4; Ellen G. White, O Desejado de Todas as Nações, p. 787).
Na criação, a capacidade de raciocinar, analisar e fazer escolhas foi dada aos seres humanos. Todos somos criados como seres morais livres. No entanto, nosso livre arbítrio determina nossas escolhas para o bem ou para o mal. É dessa maneira que o cérebro desenvolve hábitos.
Os neurocientistas concluíram que os comportamentos e as decisões que se transformam em hábitos ocorrem em partes diferentes do cérebro humano. Quando os comportamentos se tornam automáticos, a parte do cérebro responsável por tomar decisões adormece, criando assim um hábito. Através de uma sequência de pequenas decisões criamos hábitos e estabelecemos “vínculos” com um dos lados do cérebro.
Jesus disse que ninguém pode servir a dois senhores (Lc 16:13). Quando criamos hábitos estamos escolhendo a quem vamos servir. Deus olha para o coração, e ali estamos ligados a Ele com cordas de amor ou estamos fazendo aliança com o maligno a cada má escolha.
O uso dessa liberdade pode se manifestar de diferentes formas: decisões erradas nos relacionamentos podem resultar em perda de confiança; hábitos alimentares errados prejudicam a saúde; decisões equivocadas na administração geram perdas financeiras. Embora inicialmente essas perdas possam não parecer importantes, elas afetam nossa capacidade de exercer o livre arbítrio.
No entanto, em meio às perdas que sofremos, o sentimento de culpa é um dom do nosso amoroso Pai (Sl 32:1-5) para que reconheçamos nossas faltas. Esse dom nos leva ao arrependimento e à confiança no poder redentor e restaurador de Cristo.
Opal Leighvard, Orlando, FL, EUA