Um homem caiu acidentalmente num poço seco e muito fundo. Estava escuro lá embaixo. Ele gritou pedindo ajuda, mas parecia não haver esperança. Finalmente, alguém passou pelo poço, ouviu o grito de socorro e achou um jeito de ajudá-lo. Uma corda foi lançada e aquele homem foi puxado até a superfície, são e salvo.
Será que ele poderia dizer que se salvou por seus próprios esforços? Se ninguém tivesse escutado seus gritos e nem uma corda tivesse sido usada, será que ele teria conseguido se salvar?
Muitas pessoas acham que podem se salvar por suas obras. Porém, toda vez que caímos em pecado ficamos sujeitos à morte, porque “o salário do pecado é a morte” (Rm 6:23). Estamos “mortos em […] transgressões e pecados” (Ef 2:1). A Bíblia menciona que Deus, por Sua graça e misericórdia, fez tudo o que era necessário para que fôssemos salvos. “Pois vocês são salvos pela graça, por meio da fé, e isto não vem de vocês, é dom de Deus; não por obras, para que ninguém se glorie” (Ef 2:8, 9). “Sendo justificados gratuitamente por Sua graça, por meio da redenção que há em Cristo Jesus” (Rm 3:24). Somos salvos pela graça e misericórdia de Deus, não pelos nossos esforços.
Embora nos esforcemos para viver em obediência e submissão à vontade divina, às vezes, experimentemos altos e baixos. No entanto, o Senhor “é fiel e justo para perdoar os nossos pecados e nos purificar de toda injustiça” (1Jo 1:9). Embora as boas obras não nos salvem, elas são evidência de que confiamos em Deus e de que permitimos que Ele nos transforme. Só os crentes que recebem o Espírito Santo (Jo 7:38, 39) e produzem o fruto do Espírito (Gl 5:22, 23) receberam realmente o dom de Deus pela fé.
O que devemos fazer para receber a graça e a misericórdia de Deus? “Então levou-os para fora e perguntou: ‘Senhores, que devo fazer para ser salvo?’ Eles responderam: ‘Creia no Senhor Jesus, e serão salvos, você e os de sua casa’” (At 16:30, 31). Confie na disposição divina para salvá-lo.
Osvald Taroreh | Jacarta, Indonésia
1. Leia Romanos 3:19, 20. O que Paulo disse sobre a lei? O que a lei faz e o que ela não faz ou não pode fazer? Por que é importante compreender esse assunto?
Paulo estava usando o termo “lei” em sentido amplo, conforme os judeus de seu tempo o compreendiam. Pelo termo “Torá” (lei), ainda hoje, um judeu pensa especialmente na instrução de Deus descrita nos primeiros cinco livros de Moisés, mas também, em sentido geral, em todo o Antigo Testamento. Por isso, nesses versos de Paulo, podemos pensar na lei como o sistema do judaísmo.
Seja qual for a lei (moral, cerimonial, civil ou uma combinação de todas elas), a obediência a qualquer uma ou a todas elas não tornará ninguém justo aos olhos de Deus. Na verdade, a lei nunca teve a intenção de cumprir esse objetivo. Ao contrário, ela deve mostrar nossas falhas e nos levar a Cristo.
Assim como os sintomas de uma doença não podem curá-la, a lei também não pode nos salvar. Os sintomas não curam; eles mostram a necessidade da cura. É assim que funciona a lei.
A palavra justificar, no hebraico, tsadaq, no grego, dikaios, frequentemente é usada na Bíblia no sentido forense para denotar perdão ou absolvição.*
“Pela lei vem o pleno conhecimento do pecado” (Rm 3:20, ARA). A lei só pode abrir os olhos do pecador para que ele reconheça sua condição, mas não pode remover seus pecados. Só podemos ser justificados diante de Deus por meio da fé em Jesus Cristo. Somos “justificados gratuitamente por Sua graça, por meio da redenção que há em Cristo Jesus” (Rm 3:24).
A justificação revela como Deus lida com nossos pecados e nos aceita como se fôssemos justos aos Seus olhos. “Abrão creu no Senhor, e isso lhe foi creditado como justiça” (Gn 15:6). Quando Natã repreendeu Davi por causa de seu pecado de adultério e homicídio, “Davi disse a Natã: ‘Pequei contra o Senhor!’ E Natã respondeu: ‘O Senhor perdoou o seu pecado. Você não morrerá’” (2Sm 12:13). Isso é justificação pela graça mediante a fé.
Por que Tiago e Paulo apresentaram abordagens diferentes em seu ensino sobre a salvação? Eles se contradisseram? Não. Paulo enfatizou o meio para ser justificado (a fé), e Tiago enfatizou o fruto da justificação (as obras).
Portanto, a doutrina da justificação pela fé nos ensina que ser justificado significa ser tornado justo, santo e aceito diante de Deus. Ela é um dom divino (Ef 2:8). Quando, pela fé, aceitamos o evangelho, somos salvos pela graça divina com base nos méritos de Cristo, e aceitos como justificados diante de Deus.
Como adventistas do sétimo dia, cremos que fomos chamados para proclamar o evangelho eterno a toda nação, tribo, língua e povo (Ap 14:6-12)
e para testemunhar do evangelho, obedecendo aos mandamentos de Deus e sendo fiéis a Jesus (Ap 14:12).
* Jonathan R. Huggins, Living Justification (Eugene, OR: Wipf & Stock Publishers, 2013), p. 21.
Ronny Rambi | Jacarta, Indonésia
2. Leia Romanos 3:21. Como entender o significado desse texto?
A nova justiça é chamada de “justiça de Deus”; isto é, uma justiça que vem do Senhor, que Ele concede, a única que Ele aceita como verdadeira justiça. Essa é, naturalmente, a justiça que Jesus exercitou em Sua vida enquanto esteve aqui como ser humano. Ele a oferece a todos os que a aceitam pela fé, que a reivindicam para si mesmos não porque a mereçam, mas porque precisam dela.
3. Leia Romanos 3:22. Como podemos aceitar e aplicar essa maravilhosa verdade à nossa vida?
“Justiça é obediência à lei. A lei requer justiça, e esta o pecador deve à lei; mas ele é incapaz de a apresentar. A única maneira pela qual se pode alcançar a justiça é por meio da fé. Pela fé ele pode apresentar a Deus os méritos de Cristo, e o Senhor lança a obediência de Seu Filho a crédito do pecador. A justiça de Cristo é aceita em lugar do fracasso do homem, e Deus recebe, perdoa, justifica a pessoa arrependida e crente, trata-a como se fosse justa, e a ama assim como ama Seu Filho” (Ellen G. White, Mensagens Escolhidas, v. 1, p. 367).
Como alguém pode vencer os conflitos deste mundo? A carta aos Romanos diz que algumas pessoas decidiram resolver esse problema de maneira contrária à vontade de Deus (Rm 1:30-32), mas outros escolheram seguir as orientações divinas através do ensino da Torah e de sua consciência (Rm 2:14, 15). Na verdade, por mais que as pessoas se empenhem para vencer sua tendência pecaminosa, por seus próprios esforços, acabam em desespero, frustração e até autodestruição.
Os que escolhem ser salvos pela obediência enfrentam grandes problemas. Embora obedecer à lei de Deus traga felicidade (Sl 1; Sl 119), os que fazem da lei o meio para obter a justificação encontram duas dificuldades. A primeira é apresentada por Jesus na parábola narrada em Lucas 18:9-14. O fariseu que obedecia à lei se tornou injusto porque desenvolveu uma religião centralizada em seus próprios méritos. Ele disse: “Jejuo duas vezes por semana e dou o dízimo de tudo quanto ganho” (v. 12). Uma pessoa tão religiosa assim aparentemente se sacrifica por Deus enquanto busca a salvação por meio da obediência.
Em contraste, o publicano, que tinha um emprego que a maioria das pessoas odiava, orou humildemente: “Deus, tem misericórdia de mim, que sou pecador” (v. 13). Jesus claramente explicou a lição que as pessoas deviam tirar dessa história: “Eu lhes digo que este homem, e não o outro, foi para casa justificado diante de Deus. Pois quem se exalta será humilhado, e quem se humilha será exaltado” (v. 14).
A segunda dificuldade é que aqueles que tentam ter uma vida santa pela obediência à lei de Deus descobrirão, mais cedo ou mais tarde, que nunca conseguirão cumprir as exigências da lei (Rm 7:22-24), e experimentarão decepção e frustração. Se uma pessoa pensa o tempo todo em realizar boas obras, e faz disso o foco de sua vida, não está seguindo a vontade de Deus, pois Deus quer que ela receba Seu presente de salvação por meio da fé.
Salvação barata? (Rm 3:23, 24, 28). Martinho Lutero entendeu a chave para o mistério da justiça. O livro de Romanos abriu seus olhos para a maravilhosa obra da salvação. Ele viu que ninguém jamais seria capaz, por si mesmo, de se tornar justo, bom e feliz. Devido à natureza pecaminosa do ser humano, a justiça só pode ser encontrada por meio da redenção em Cristo. A epístola aos Romanos esclarece: “Todos pecaram e estão destituídos da glória de Deus, sendo justificados gratuitamente por Sua graça, por meio da redenção que há em Cristo Jesus” (Rm 3:23, 24).
Apenas mediante o sangue de Cristo e de Seus méritos na cruz os seres humanos pecadores se tornam justificados e justos diante de Deus. Cristo sacrificou-Se para Se tornar nosso Redentor e para nos dar uma natureza verdadeiramente justa. Todo aquele que deseja se tornar justo deve aceitar, pela fé, a justiça do Salvador. Nunca a obterá por obras. Essa é a boa notícia da salvação. Jesus é o caminho para todos os que desejam ser libertados da luta deste mundo e ter uma vida justa, livre e feliz.
Em que ponto o ensino da justificação pela fé tem sido entendido erroneamente? Em Romanos 3:28, Paulo afirmou que “o homem é justificado pela fé, independente da obediência à lei”. Essa declaração tem sido mal interpretada. Alguns cristãos entendem a salvação de maneira barata e consideram que ter fé em Jesus significa liberdade para fazer tudo o que desejam. Outros vão além, censurando o apóstolo Paulo e considerando-o um falso apóstolo que torna o cristianismo uma religião sem regras. Eles rejeitam os escritos paulinos e aceitam apenas os evangelhos.
O espírito das regras (Êx 20:1-17). O livro de Êxodo nos ajuda a compreender o contexto da maneira pela qual Deus ofereceu Sua justiça. No monte Sinai, Deus tornou conhecida Sua lei ao povo de Israel. Êxodo 20:3-17 apresenta detalhadamente os Dez Mandamentos que o Senhor desejava que Seu povo cumprisse. Contudo, para entender o espírito dessas regras, precisamos dos versos 1 e 2. “E Deus falou todas estas palavras: ‘Eu Sou o Senhor, o teu Deus, que te tirou do Egito, da terra da escravidão’” (v. 2). Esse texto apresenta o Outorgante da lei antes de descrever o conteúdo da lei. Ele diz claramente que a libertação foi dada por Deus, gratuitamente.
Em outras palavras, Deus não exigiu primeiro que os israelitas se tornassem justos pela obediência à Sua lei como pré-requisito para que eles fossem libertados do Egito. Por Seu amor, Deus simplesmente os chamou para que O seguissem, e, ao confiarem nEle, Deus realizou grandes milagres e os libertou da escravidão. Esse fato mostra que Deus não usou os Dez Mandamentos como pré-requisito para libertar os israelitas do Egito. Ele só exigiu fé. Os Dez Mandamentos foram dados depois que os israelitas foram libertados. Isso mostra que a lei foi dada para que eles verdadeiramente desfrutassem a vida após sua libertação (ver Sl 18:7-11; 112; 119).
Com base nisso, podemos entender que a justiça não vem pelas obras da lei, mas por meio da fé que transforma a vida.
E. H. Michael Palar | Jacarta, Indonésia
4. Leia Romanos 3:24. O que Paulo disse ali? O que significa o fato de que a redenção está em Jesus?
O que significa essa ideia de “justificar”, encontrada no texto? A palavra grega dikaioo, traduzida como “justificar”. Significa “tornar justo”, “declarar justo”, ou “considerar justo”. Ela possui a mesma construção radical que dikaiosune, “justiça” e a palavra dikaioma, “exigência justa”. Portanto, há uma estreita relação entre “justificação” e “justiça”, uma relação que nem sempre se revela em diversas traduções. Somos justificados quando Deus nos “declara justos”. E isso só acontece mediante a graça de Deus. Graça significa favor.
Aquele que está em Cristo entende a justificação como um ato passado, que ocorreu quando ele se entregou totalmente a Cristo. Naturalmente, se o pecador justificado cair e depois retornar a Cristo, a justificação ocorrerá novamente. Além disso, se a reconversão é considerada uma experiência diária, há um sentido no qual a justificação pode ser considerada uma experiência que se repete.
“Há grandes verdades, por muito tempo ocultas sob o monturo do erro, que devem ser reveladas ao povo. A doutrina da justificação pela fé tem sido perdida de vista por muitos que têm professado crer na terceira mensagem angélica. O povo da Santidade tem ido a grandes extremos nesse ponto. Com grande zelo têm ensinado: ‘Tão somente crê em Cristo, e serás salvo; mas fora com a lei de Deus!’ Não é isso que ensina a Palavra de Deus. Não há base para semelhante fé. Não é essa a preciosa gema da verdade que Deus deu ao Seu povo para este tempo. Essa doutrina desencaminha pessoas sinceras. A luz da Palavra de Deus revela o fato de que a lei tem que ser proclamada. Cristo tem que ser exaltado, porque Ele é um Salvador que perdoa a transgressão, a iniquidade e o pecado, mas de modo algum terá por inocente a alma culpada e impenitente.”1
“Ao considerar o pecador a lei, sua culpa se lhe torna clara, e lhe impressiona a consciência, e ele é condenado. Seu único conforto e esperança está em olhar à cruz do Calvário. Ao aventurar-se a crer nas promessas, tomando Deus em Sua palavra, vêm-lhe ao coração alívio e paz. Ele clama: ‘Senhor, Tu prometeste salvar a todos que se achegam a Ti em nome de Teu Filho. Sou uma pessoa perdida, desamparada e sem esperança. Senhor, salva-me ou vou perecer!’ Sua fé se apodera de Cristo, e ele é justificado diante de Deus.
“Entretanto, embora Deus possa ser justo e, ao mesmo tempo, justificar o pecador, pelos méritos de Cristo (Rm 3:26), nenhum ser humano pode cobrir seu coração com as vestes da justiça de Cristo enquanto comete pecados conhecidos ou negligencia conhecidos deveres. Deus requer a completa entrega do coração antes que possa ocorrer a justificação; e para que o homem conserve essa justificação, tem que haver obediência contínua, mediante ativa e viva fé que opera por amor e purifica o coração.”2
1. Ellen G. White, Mensagens Escolhidas, v. 1, p. 360, 361.
2. ___________ , Fé e Obras, p. 99, 100.
Andrew Tanny Liem | Airmadidi, Indonésia
5. Leia Romanos 3:26, 27. Qual ideia Paulo expressou ali? Assinale a alternativa correta:
A.( ) Não temos participação na justificação, pois Cristo é o cordeiro imaculado e também nosso Justificador.
B.( ) As obras da lei são pré-requisitos para a salvação, visto que elas são uma demonstração de que realmente desejamos ser salvos.
A boa notícia que Paulo estava ansioso para compartilhar com todos os que quisessem ouvir era que “Sua justiça”, isto é, a justiça de Cristo, estava à disposição da humanidade, e que ela é concedida a nós, não por obras, não por méritos nossos, mas pela fé em Jesus e no que Ele fez por nós.
Em Romanos 3:25, Paulo expôs mais profundamente a grande notícia da salvação. Ele usou uma palavra sofisticada: propiciação. A palavra grega para ela, hilasterion, ocorre no Novo Testamento apenas em Romanos 3:25 e em Hebreus 9:5, onde é traduzida como “propiciatório”. Conforme usada em Romanos 3:25 para descrever a oferta de justificação e redenção por meio de Cristo, o termo propiciação parece representar o cumprimento de tudo o que foi tipificado pelo propiciatório no santuário do Antigo Testamento. Isso significa, então, que por Sua morte sacrifical, Jesus foi oferecido como meio de salvação e é representado como Aquele que providencia a propiciação. Em suma, isso significa que Deus fez o que era necessário para nos salvar.
Parece que um assunto que sempre está na pauta da conversação entre os jovens é o dos relacionamentos, seja ele romântico ou de amizade. Se um relacionamento se consolida, produz sentimentos maravilhosos, mas se ele se enfraquece, deteriora ou rompe, há tristeza, decepção e frustração.
A humanidade pecadora sofre por causa do rompimento do relacionamento com Seu Criador. Por isso, ela foge dEle. O plano da salvação foi estabelecido pelo Céu a fim de restabelecer o relacionamento do pecador com seu Criador mediante a intercessão de Cristo.
Quando usamos a palavra justificação, a aplicamos a pecadores, pois a justificação pressupõe que tenha havido pecado. Para compreender plenamente o perdão e a salvação, primeiramente precisamos entender o que é pecado e como nos tornamos pecadores.
Quando Deus criou Adão e Eva, concedeu-lhes o direito de escolha. Eles tinham livre-arbítrio para obedecer ou desobedecer ao seu Criador. No entanto, escolheram desobedecer. Usaram mal sua liberdade e desobedeceram a Deus.
Assim, separação e morte sobrevieram a todos os seus descendentes, porque “o salário do pecado é a morte” (Rm 6:23). Porém, Deus, em Sua infinita misericórdia e amor, colocou em execução o plano elaborado antes da fundação do mundo (1Pe 1:18-20). O pecado tornou a morte inevitável. Entretanto, Jesus tornou-Se nosso Substituto e tomou sobre Si a penalidade do pecado, livrando-nos da eterna condenação (Rm 8:1). O apóstolo Paulo escreveu aos efésios: “NEle [Cristo] temos a redenção por meio de Seu sangue, o perdão dos pecados, de acordo com as riquezas da graça de Deus” (Ef 1:7, grifo acrescentado).
A justificação é obra do amor infinito de Deus e de Seu interesse pela salvação de Seus filhos. Por Sua graça, Deus quer dar aos pecadores a chance de ter um novo relacionamento com Ele. A vida eterna somente é possível por meio da aceitação dos méritos de Cristo obtidos na cruz e da união com Deus, a única fonte de vida no Universo.
Oktoverano Lengkong | Airmadidi, Indonésia
6. Leia Romanos 3:28. O fato de que a lei não nos salva significa que não somos obrigados a obedecê-la? Assinale “V” para verdadeiro ou “F” para falso:
A.( ) Sim. Obedecer à lei não é mais uma exigência divina.
B.( ) Não. A obediência continua valendo, pois sem a lei não saberíamos o que é pecado.
No contexto histórico, em Romanos 3:28, Paulo estava se referindo à lei em seu sentido amplo do sistema do judaísmo. Por mais que um judeu tentasse viver cuidadosamente sob esse sistema, ele não poderia ser justificado se não aceitasse Jesus como o Messias.
Ellen G. White deu uma resposta interessante à pergunta: “O que é justificação pela fé?” Ela escreveu: “É a obra de Deus ao lançar a glória do homem no pó e fazer pelo homem aquilo que ele não pode fazer por si mesmo” (Ellen G. White, Testemunhos para Ministros, p. 456).
Neste mundo que está se tornando cada vez mais secularizado, materialista e tecnológico, muitos cristãos que professam seguir a Cristo vivem a mera formalidade do seu cristianismo. Na prática, vivem uma série de costumes de forma vazia. Às vezes, seria preciso passar por um evento devastador na vida, e talvez por um milagre, para que a fé fosse reavivada?
Minha fé depende das circunstâncias ou está firmada em Deus, sejam quais forem as circunstâncias?
Suponha que tenha ocorrido um acidente aéreo. As equipes de resgate chegam para ajudar os passageiros em desespero, aguardando por socorro em meio ao oceano. O piloto do helicóptero de emergência baixa uma corda e joga alguns coletes salva-vidas para os sobreviventes. À primeira vista, pode parecer que a corda e os coletes os salvam; mas, na verdade, quem os salva é o piloto.
No entanto, a corda é necessária para resgatar os passageiros. A fé é como essa corda que o pecador, prestes a perecer neste mundo de pecados, precisa agarrar e segurar para ser resgatado. Jesus salva os pecadores que se arrependem de sua condição e decidem se entregar completamente a Ele como seu Salvador pessoal. É preciso haver, por meio da fé, um relacionamento vivo entre o pecador e Deus.
Há muitos professos cristãos que creem na verdade, mas não têm uma união vital com Jesus. Precisamos, cada dia, suplicar o poder do Espírito Santo para desenvolver nossa fé em Deus e em Suas promessas. Somente assim seremos obedientes à Sua Palavra e produziremos os frutos de uma vida consagrada a Ele.
“Tendo sido, pois, justificados pela fé, temos paz com Deus, por nosso Senhor Jesus Cristo, por meio de quem obtivemos acesso pela fé a esta graça na qual agora estamos firmes; e nos gloriamos na esperança da glória de Deus. Não só isso, mas também nos gloriamos nas tribulações, porque sabemos que a tribulação produz perseverança; a perseverança, um caráter aprovado; e o caráter aprovado, esperança” (Rm 5:1-4).
Lovely G. Sepang | Airmadidi, Indonésia