Copie 1 Samuel 18:1-5 na versão bíblica de sua preferência. Você também pode reescrever as passagens com suas palavras ou fazer um esboço do capítulo.
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MÃOS À BÍBLIA
1. Leia 2 Timóteo 3:16, 17. Para quais propósitos a Bíblia nos foi dada?
A Bíblia foi escrita como um testemunho da obra de Deus na História, de Seu plano para redimir a humanidade caída, e para nos instruir em todos os caminhos da justiça. O Senhor escolheu fazer isso em linguagem humana, tornando Seus pensamentos e ideias visíveis mediante palavras humanas.
2. Leia Deuteronômio 32:46, 47. Por que era tão importante que os filhos de Israel cumprissem “todas as palavras desta Lei” (Dt 32:46), a Torá ou “instrução”? Como a Palavra de Deus “prolonga” nossos dias? O que isso significa em nosso contexto hoje?
Algumas pessoas não apenas têm a Bíblia traduzida em seu idioma nativo mas possuem até mesmo várias versões dela em sua língua. Outros têm apenas uma versão e, em alguns casos, nem isso. Mas, independentemente do que você tenha, o ponto essencial é estimá-la como a Palavra de Deus e, mais importante, obedecer ao que ela ensina.
"O justo ajuda seus amigos a vencer na vida, mas o perverso somente prejudica e destrói” (Pv 12:26, Bíblia Viva). Se não escolhermos nossos amigos com critério isso pode ter resultados catastróficos. Dedicamos tempo e esforço fazendo planos profissionais, pensando em um lugar para passar as férias e escolhendo nossas roupas. Não há nada de errado nisso. No entanto, geralmente deixamos as amizades por conta do acaso, ou temos padrões falhos como base para nossas escolhas. Infelizmente, muitos têm deixado a igreja e abandonado a fé devido à falta de cuidado na escolha das amizades.
A Bíblia faz várias advertências a esse respeito: “Não se deixem enganar: ‘As más companhias corrompem os bons costumes’” (1Co 15:33); “Como é feliz aquele que não segue o conselho dos ímpios, não imita a conduta dos pecadores, nem se assenta na roda dos zombadores!” (Sl 1:1); “Aquele que anda com os sábios será cada vez mais sábio, mas o companheiro dos tolos acabará mal” (Pv 13:20). Os amigos influenciam nossa vida para melhor ou para o pior. As amizades podem mudar nossas percepções e nossos padrões.
Os critérios para selecionar as amizades devem incluir: proximidade, experiência de vida, interesses comuns, crenças, valores, ideais, cosmovisão. Muitas amizades acontecem naturalmente, mas a Palavra de Deus nos aconselha a estabelecer laços de amizade que nos ajudem a crescer espiritualmente e a formar um caráter que nos leve para o Céu quando Jesus voltar.
Embora nenhuma amizade terrena seja perfeita, pessoas dedicadas a Cristo estão em melhor posição do que as que têm objetivos de vida completamente diferentes. Quando Cristo é parte integrante do relacionamento, os laços de amizade se tornam mais fortes e difíceis de romper. Mas, para ter bons amigos primeiramente precisamos ser amigos leais e verdadeiros, senão nós é que levaremos a outra pessoa à ruína.
3. Leia 1 Reis 3:6; Salmos 57:3; 66:20; 143:8; Miqueias 7:20. Como a misericórdia e a bondade de Deus se estendem às Suas criaturas?
4. Leia Números 6:24-26; Jó 3:26; Salmo 29:11; Isaías 9:6; 32:17. O que é a “paz” (ou shalom) mencionada nessas passagens?
"Ora, o traidor tinha dado a eles um sinal: ‘Aquele que eu beijar, é esse; prendam-No.’ E logo, aproximando-se de Jesus, Judas disse: Salve, Mestre! E o beijou. Jesus, porém, lhe disse: Amigo, o que você veio fazer?” (Mt 26:48-50, NAA).
Jesus também teve entre Seus seguidores outros amigos que O abandonaram. Na verdade, quando observamos as narrativas bíblicas sobre a crucifixão, verificamos que os amigos mais íntimos de Jesus, aqueles com quem Ele passava a maior parte do tempo e abria o coração, eram amigos somente nos momentos favoráveis. Um O traiu, outro negou abertamente que fosse Seu amigo, e os demais discípulos procuraram omitir que eram Seus seguidores no momento de Sua maior necessidade.
Judas, depois de ter estado com Jesus por três anos e meio, seguindo-O por toda parte e procedendo como Seu amigo, traiu o Salvador com um beijo falso. Judas até mesmo participou das bênçãos do ministério, quando, juntamente com os outros onze discípulos, saiu para pregar, curar e expulsar demônios. Jesus Se dirigiu a Judas como “amigo” quando recebeu o beijo do traidor. Obviamente, Judas não agiu como amigo leal em relação a Jesus, mas, mesmo assim, Jesus ainda o considerou amigo. A amizade deles havia se tornado mortalmente nociva para Jesus, mas “o Salvador não repreendeu o traidor. […] Não proferiu nenhuma palavra de condenação. Olhou piedosamente para Judas” (Ellen G. White, O Desejado de Todas as Nações, p. 722).
Pedro, com toda boa intenção, censurou Jesus (Mt 16:22), tentando convencê-Lo a desistir de Sua missão. Embora a amizade deles fosse sincera e verdadeira, a ignorância de Pedro era prejudicial para o Salvador ao cumprir Sua missão (v. 23). E, infelizmente, Pedro acabou negando três vezes seu Amigo. Sua lealdade foi traída pelo medo. Contudo, Pedro se arrependeu de seu pecado. Ellen White comenta que “a maneira pela qual o Salvador agiu com Pedro continha uma lição para ele e para seus irmãos. Ensinava-lhes a tratar o transgressor com paciência, compaixão e amor cheio de perdão. Embora Pedro tivesse negado seu Senhor, o amor que Cristo tinha por ele nunca diminuiu” (O Desejado de Todas as Nações, p. 815).
O que se destaca no modelo de amizade deixado por Cristo é a importância de se mostrar amigo, mesmo quando o amigo nos trai. Isso é amizade altruísta. Por outro lado, às vezes, as amizades podem se tornar nocivas, ou, em algum momento, pode acontecer que a outra pessoa não mais esteja interessada em manter a amizade. Talvez seja necessário romper o laço de amizade com algumas pessoas para o bem de nossa salvação. Contudo, Deus nos concede outras oportunidades de construir amizades transformadoras e que sejam mais saudáveis e altruístas.
5. Quais palavras foram repetidas em Gênesis 1:26, 27 e Isaías 6:1-3? Como essas palavras são realçadas por diferentes conceitos introduzidos por meio da repetição?
Uma das maneiras pelas quais o escritor hebraico podia enfatizar um certo atributo de Deus era repeti-lo três vezes. À medida em que o relato da criação chega ao ápice da divina obra criativa, o texto enfatiza a importância singular da humanidade criada.
Na visão e chamado de Isaías, os serafins repetiram as palavras “santo, santo, santo é o Senhor dos Exércitos” (Is 6:3). A ênfase está na santidade de um Deus maravilhoso cuja presença enche o templo. Em Daniel 3, temos uma repetição (com variações) da expressão “imagem que o rei Nabucodonosor tinha levantado” (Dn 3:1-3, 5, 7, 12, 14, 15, 18). Essa expressão, ou variações dela, é repetida dez vezes no capítulo para contrastar a ação de Nabucodonosor em desafio à imagem que Deus lhe havia revelado por meio de Daniel (Dn 2:31-45). A ênfase aqui está na tentativa humana de se tornar um deus a ser adorado, em contraste com o único Deus verdadeiro, o único digno de adoração.
Descubra a relação das passagens abaixo com o texto bíblico-chave da lição desta semana:
- Gênesis 40:1-23
- Eclesiastes 4:9-12
- Lucas 7:34
- João 15:12-15
Quais outras passagens lhe vêm à mente em conexão com 1 Samuel 18:1-5?
6. Compare Gênesis 1:27 com 2:7. Em seguida, leia Gênesis 2:15-23. Como podemos entender, a partir dessas diferentes passagens e contextos, a definição de “adam”, a palavra hebraica para “homem”?
Nas Escrituras, as palavras sempre ocorrem em um contexto. O termo hebraico “bara” em Gênesis 1:27 indica uma ênfase na criação do homem. Agora vemos que o homem é definido no contexto desse verso como “homem e mulher”. Isso significa que o termo hebraico “adam” deve ser entendido nessa passagem como uma referência genérica à humanidade.
Amigos como Jônatas e Davi, Rute e Noemi, e Paulo e Timóteo, são um testemunho de que é possível ter amigos em nossa vida. O profeta Samuel descreveu a notável amizade entre Jônatas e Davi (1Sm 18:1). Essa passagem mostra a essência da amizade altruísta: amar o outro como a si mesmo. Eles foram leais um para com o outro, e no caso de Jônatas, até mesmo depois da morte. A amizade deles é um exemplo do amor que se sacrifica, de lealdade e de laços afetivos – três elementos que os psicólogos consideram essenciais para que haja verdadeira amizade.
Cantares 5:16 registra outro tipo de amizade maravilhosa, no qual a esposa descreve o marido como seu amado e amigo. O fato de os cônjuges se tornarem amigos íntimos não acontece automaticamente. Os casais devem dedicar atenção um ao outro e cultivar a amizade. O vínculo íntimo de amizade entre marido e mulher ajuda a vencer os obstáculos.
Jesus declarou: “Ninguém tem maior amor do que Aquele que dá a sua vida pelos Seus amigos” (Jo 15:13). Embora Jesus fosse plenamente Deus, demonstrou Seu amor para conosco quando ainda éramos pecadores. Ele deixou o Céu, viveu como uma pessoa simples, levou sobre Si nossos pecados e morreu como um condenado. A maioria das pessoas deseja ser amada. Mas o verdadeiro amigo ama em vez de esperar ser amado.
Jesus nos chama de Seus amigos (Jo 15:14, 15). Foi Ele quem nos escolheu, não nós que O escolhemos. Embora pudesse nos chamar de “servos”, Ele nos chama de “amigos”. Ele é o Autor de nossa amizade, uma amizade que nasceu puramente do amor. A cruz não foi um acidente nem coincidência. Não aconteceu por acaso. Ela foi planejada. Cristo escolheu vir morrer pela humanidade perdida e restabelecer o laço de amizade com o Céu.
Como nosso Amigo, Jesus não tem medo de que o pecado cause uma tensão na amizade. O Salvador aborrece o pecado mas ama o pecador. Com Seu sangue derramado na cruz Ele pode perdoar nossos pecados. De maneira amorosa e misericordiosa o Salvador nos perdoa e diz: “Vá e não peque mais”.
7. Leia Gênesis 15:1-5; 22:17, 18. Qual é a importância do fato de que Moisés escreveu o livro de Gênesis?
Os livros de Êxodo, Levítico e Deuteronômio foram escritos por Moisés, evidentemente depois do Êxodo. Mas, visto que Gênesis é fundamental como um histórico das ações de Deus desde a criação até o período patriarcal, esse livro foi escrito antes do Êxodo. No livro de Gênesis, somos informados não apenas sobre nossas origens, mas sobre o plano da salvação, ou o meio pelo qual Deus redimirá a humanidade caída. Esse plano se tornou ainda mais claro com a aliança que Deus fez com Abraão, a qual envolvia Sua promessa de estabelecer por meio dele uma grande nação, a ser formada por uma “descendência como as estrelas dos céus e como a areia na praia” (Gn 22:17).
"Jesus frequentemente os despedia [discípulos] para visitar seus lares e descansar; mas, de maneira gentil, embora firme, resistia a todos os apelos deles para que Ele próprio descansasse. À noite Ele encontrava as ocasiões de oração para as quais não podia tirar tempo durante o dia. Enquanto o mundo que Ele viera salvar estava envolto em sono, o Redentor, no santuário das montanhas, intercedia pelo ser humano diante do Pai. Muitas vezes Ele passava noites inteiras em oração e meditação, voltando de manhã ao Seu trabalho ativo. […]
“Pedro havia visto Jesus realizar milagres maravilhosos, mas nenhum causou uma impressão tão forte em sua mente como aquela pesca miraculosa após uma noite de desapontamento. […] Pedro ficou emocionado com a percepção do poder divino de seu Mestre. Sentiu-se envergonhado de sua pecaminosa incredulidade. Sabia que estava na presença do Filho de Deus, e se sentiu indigno de estar na companhia Dele. Impulsivamente lançou-se aos pés de Jesus, clamando: ‘Senhor, retira-Te de mim, porque sou pecador’. […]
“Mas Jesus entendia as emoções conflitantes do impetuoso discípulo, e lhe disse: ‘Não temas; doravante serás pescador de homens’. Palavras semelhantes foram posteriormente dirigidas aos outros três pescadores, quando estavam todos na praia. […] Aqueles humildes pescadores reconheceram a divina autoridade de Jesus, e imediatamente deixaram sua ocupação regular e suas posses mundanas em obediência à ordem de seu Senhor.
“Aqueles quatro discípulos estiveram mais intimamente associados com Jesus em Sua vida terrena do que quaisquer outros. Cristo, a luz do mundo, era totalmente capaz de qualificar os incultos pescadores da Galileia para a alta comissão que havia escolhido para eles. […]
“O Salvador comeu com os pecadores, falou a eles as palavras da vida, e muitos O aceitaram como seu Redentor. O banquete de Cristo era santo; mas os fariseus que jejuavam terão sua parte com os hipócritas e descrentes, quando Cristo vier em Sua glória; e aqueles que eles desprezavam serão reunidos em Seu reino (Ellen G. White, The Spirit of Prophecy, v. 2, p. 183-185, 193).
DISCUSSÃO
Compartilhe com sua classe o que você extraiu desta lição, por exemplo: descobertas, observações, dúvidas e pontos principais.
Perguntas sugestivas para ser discutidas:
- Quais outros princípios sobre a amizade podem ser encontrados no livro de Provérbios?
- Qual exemplo bíblico de amizade mais inspira você?
- Você toma a iniciativa para fazer amizades?
- Quais dificuldades um membro recém-batizado encontra para fazer amigos na igreja?
- Suas amizades têm ajudado ou atrapalhado seu relacionamento com Jesus?
- De que maneira você pode testemunhar aos descrentes sem se deixar influenciar?
- Como podemos ser um amigo que fortaleça a fé dos outros?