Lição 5
27 de janeiro a 02 de fevereiro
Mordomos após o Éden
“Como homens aprovados por Deus, a ponto de nos ter sido confiado por ele o evangelho, não falamos para agradar a pessoas, mas a Deus, que prova os nossos corações” (1Ts 2:4).
Prévia da semana: Cristãos fiéis cujas histórias estão registradas nas Escrituras incorporaram em sua vida elementos básicos da mordomia bíblica. A tocha da mordomia foi passada de geração em geração. Agora é nossa vez de viver como mordomos fiéis, carregando essa tocha em nossa geração na expectativa de ver Jesus voltar em nossos dias.
Leitura adicional: 1 Coríntios 4:1, 2; 1 Timóteo 3:9, 16; 1 Pedro 4:10. Ellen G. White, Conselhos Sobre Saúde, capítulo 9, “O Conhecimento dos Princípios de Saúde; O Lar Adventista, capítulo 72, “Hospitalidade”
Domingo, 28 de janeiro
O dinheiro ou a vida!

O que lhe traria maior felicidade: mais dinheiro ou mais tempo? Uma pesquisa recente fez essa pergunta a cerca de 4.400 pessoas de diferentes idades, níveis econômicos e ocupações. Aproximadamente 65% dos entrevistados responderam: “Mais dinheiro.” Os dois professores autores da pesquisa analisaram então os níveis de satisfação na vida dos entrevistados. As pessoas que escolheram mais tempo se mostraram mais felizes do que as que escolheram mais dinheiro.*

Sem dúvida, preferir mais dinheiro é uma escolha errada. Todavia, é a opção mais tentadora para a maioria das pessoas.

Quando ouvimos alguém falar sobre mordomia, o pensamento que vem é que “a igreja está pedindo dinheiro”. E se somos apegados ao dinheiro, não ficamos felizes quando aparecem pessoas dizendo que devemos dar mais. No entanto, mordomia cristã tem um conceito muito mais amplo. Como filhos de Deus somos mordomos ou administradores de tudo o que Ele nos concede: tempo, capacidade, recursos financeiros, oportunidades, posses, dons, etc.

Nesta semana estudaremos quais são nossas responsabilidades em relação a essas dádivas divinas.

O que você possui? O que deseja? Você não devia estar cuidando melhor do que o Senhor lhe dá? Não deveria estar administrando as oportunidades? O que guia você em suas decisões e atitudes?

Uma das consequências do pecado é que Satanás convence as pessoas de que elas são “donas das coisas” e de que podem e devem obter cada vez mais, às custas das outras pessoas. Porém, algo que não mudou após o pecado é que Deus ainda é o Dono de tudo. Nós somos Seus administradores.

* Hal E. Hershfield and Cassie Mogilner Holmes, “What Should You Choose: Time or Money?” New York Times, http://www.nytimes.com/2016/09/11/opinion/sunday/what-should-you-choose-time-or-money.html?utm_source=pocket&utm_medium=email&utm_campaign=pockethits&_r=0, acessado em 17 de outubro de 2016.

Tim Lale | Silver Spring, Maryland, EUA

Mãos à Bíblia

A palavra “mordomo” é traduzida apenas algumas vezes no Antigo Testamento. Na maioria dos casos, ela vem da expressão referente àquele que “administra a casa”, que é o responsável pelo funcionamento de uma residência; isto é, um “mordomo” (Gn 43:19; 44:1, 4; 1Rs 16:9).

1. Isaías 22:14-18. Durante o reinado de Ezequias, Sebna foi nomeado mordomo e tesoureiro, posições importantes de autoridade. O que aconteceu com ele como resultado do abuso de sua posição? Assinale “V” para verdadeiro ou “F” para falso:
A. ( ) Foi condecorado pela sua vontade de crescer na vida.
B. ( ) Foi expulso e morreu vergonhosamente.

“O mordomo se identifica com o patrão. Aceita as responsabilidades de um mordomo e age em lugar do dono da casa, fazendo o que ele faria se estivesse presidindo. Os interesses do senhor se tornam seus. A posição do mordomo é de dignidade, porque o patrão confia nele. Se, de algum modo, ele atua egoisticamente, e reverte em proveito próprio as vantagens obtidas pela negociação com os bens de seu senhor, trai a confiança nele depositada” (Ellen G. White, Testemunhos Para a Igreja, v. 9, p. 246).

Segunda-feira, 29 de janeiro
Mordomos

Embora a maioria pense nos mordomos somente como servidores que administram uma casa, o termo tem um sentido mais amplo na Bíblia. Mordomos podem ser líderes, servos ou supervisores. Eles supervisionam pessoas, coisas, propriedades ou informações. Iremos examinar os diferentes aspectos da mordomia mencionados na Bíblia.

Mordomos no Antigo Testamento (Gn 43:19; Ne 5; 1Rs 16:9; Is 22:14-18). No Antigo Testamento a maioria dos mordomos é simplesmente mencionada, sem muitas informações adicionais. Contudo, a Bíblia também apresenta alguns relatos de líderes que foram “mordomos de pessoas”, por exemplo, José, Davi, Neemias e outros.

Neemias foi mordomo do rei Artaxerxes, da Media-Pérsia, que o designou para ser governador na terra de Israel. Neemias levou a sério seu papel como mordomo (governante). Teve sob sua responsabilidade o povo daquela terra. Quando clamaram contra a opressão que estavam sofrendo, Neemias não teve medo de discutir a situação com os líderes e os mais ricos de Israel. Mostrou-lhes que eles estavam em falta com os menos afortunados por não repartir seus recursos com eles.

Neemias enfatizou a fraternidade (Ne 5:8) e, como mordomo responsável pelo povo, ele também doou dos seus recursos, em vez de receber pelo seu trabalho o que era legítimo (Ne 5:14-18). Neemias se importava mais com o bem-estar das pessoas do que com sua posição.

Mordomos no Novo Testamento (Lc 12:35-48; 16:1-15; 1Co 4:2; Tt 1:7). Essas passagens do Novo Testamento enfatizam a fidelidade a Deus. Como mordomos do tempo e dos recursos que recebemos temos uma grande responsabilidade. O Senhor confia muitas coisas aos seres humanos, embora a maioria use mal o que Ele coloca sob seu cuidado.

Essas passagens também nos lembram de que, no fim, seremos considerados responsáveis pela boa ou má administração do que o Senhor nos confiou. “A quem muito foi dado, muito será exigido; e a quem muito foi confiado, muito mais será pedido”
(Lc 12:48). É uma solene verdade o fato de que “quem é fiel no pouco, também é fiel no muito, e quem é desonesto no pouco, também é desonesto no muito” (Lc 16:10). Alguns estão esperando que Deus lhes dê uma grande tarefa e, enquanto isso, tornam-­se relapsos nos deveres diários. Entretanto, não percebem que essas “pequenas tarefas” revelam se Deus pode ou não confiar outras maiores a eles.

Mordomos dos mistérios de Deus (Dt 29:29; 1Co 4:1, 2; Cl 2:2, 3;
1Tm 3:9, 16).
Embora sejamos chamados a ser mordomos das pessoas e das “coisas”, o Senhor também especificou claramente que precisamos ser responsáveis em relação aos “mistérios de Deus”. Em outras palavras, somos responsáveis pelo que ensinamos. Os versos acima definem o mistério de Deus como a mensagem sobre Jesus Cristo. Assim, devemos proclamar essa preciosa mensagem e, ao mesmo tempo, cuidar da nossa maneira de testemunhar dela.

Mordomos da verdade espiritual (1Tm 4:6-11, 13-16; 1Pe 4:10). Paulo escreveu a Timóteo apelando para que ele seguisse a “doutrina” (1Tm 4:6, 13). Alguns têm medo da palavra “doutrina” porque acreditam que ela contradiga a mensagem de Jesus. Contudo, “doutrina” significa simplesmente “ensino sistemático da Bíblia”.

Quando Paulo exortou Timóteo a dar atenção à doutrina, estava pedindo que ele se certificasse de que estava ensinando às pessoas o que a Bíblia diz, e não “fábulas profanas” (1Tm 4:7). A compreensão das doutrinas bíblicas acrescenta beleza ao caráter de Deus, presente em cada parte das Escrituras. Por exemplo, estudar a doutrina do santuário revela o amor divino em nos oferecer Jesus como o Cordeiro de Deus sacrificado pelos nossos pecados. A verdade espiritual e a verdade doutrinária são uma e a mesma coisa, pois nossa espiritualidade deve estar fundamentada na compreensão correta de Deus, e não em ideias abstratas.

Nossa responsabilidade como mordomos do Senhor (Mq 6:8; 1Tm 5:21). Paulo exortou Timóteo a não fazer “nada por favoritismo”. Ele não queria que Timóteo exercesse seu ministério de maneira medíocre. Timóteo era um mordomo espiritual das pessoas de sua congregação. Portanto, Paulo o encorajou a fazer seu trabalho com excelência.

Temos a mesma responsabilidade. Deus colocou pessoas e coisas sob nossos cuidados para o exercício da mordomia cristã. Nossa responsabilidade como mordomos do Senhor é cuidar dessas pessoas das quais estamos encarregados, ser fiéis nas pequenas coisas e ter a certeza de que, quando ensinamos ou proclamamos a verdade da salvação, estamos entrelaçando o mistério de Deus (a mensagem sobre Jesus) com a verdade doutrinária. Fomos chamados a ensinar a verdade, agir de maneira justa e amorosa em relação aos outros e buscar excelência em tudo o que fazemos.

Andrea Jakobsons | Spencerville, Maryland, EUA

Mãos à Bíblia

As duas palavras básicas para “mordomo” no Novo Testamento são epitropos, que ocorre três vezes, e oikonomos, que ocorre dez vezes. Ambas descrevem funções que incorporam responsabilidades administrativas, confiadas ao mordomo pelo proprietário.

2. Leia 1 Coríntios 4:1, 2; Tito 1:7 e 1 Pedro 4:10. O que esses textos revelam sobre o mordomo e a mordomia?

“Abrirei meu coração ao Espírito Santo a fim de que sejam despertadas todas as faculdades e energias que Deus me confiou? Pertenço a Cristo e estou empenhado em Seu serviço. Sou um despenseiro de Sua graça” (Ellen G. White, Fundamentos da Educação Cristã, p. 301). Em Lucas 12:35-48, Jesus também usou o termo “mordomo” metaforicamente.
Quando aceitamos a Cristo, passamos a ser Seus mordomos, chamados a administrar os recursos de Deus. E ainda mais importante, devemos administrar as realidades espirituais da vida cristã em preparação para o Céu.

Pense Nisto
Quais são as doutrinas que mais revelam a beleza do caráter de Deus? Há alguma tarefa ou responsabilidade que você julga desprezível, mas que deve ser cumprida da melhor maneira possível?
Terça-feira, 30 de janeiro
Motivos puros, propósitos nobres

“Quando se assentar o tribunal e se abrirem os livros, haverá muitas revelações surpreendentes. Naquela ocasião as pessoas não irão parecer o que hoje parecem ser perante os olhos humanos e as opiniões finitas. […] Motivos que têm estado escondidos nas câmaras escuras do coração serão revelados. Astutas ambições e propósitos egoístas serão vistos onde a aparência exterior revelava apenas o desejo de honrar a Deus e beneficiar os seres humanos. […] Pessoas de motivos puros e propósitos verdadeiros e nobres podem ser negligenciadas, difamadas e desprezadas hoje. Mas naquela ocasião aparecerão em seu verdadeiro caráter, e serão honradas com o elogio de Deus. Mestres hipócritas e ambiciosos podem ser admirados e exaltados hoje; mas Deus, que conhece os segredos do coração, removerá a cobertura falsa e os mostrará como eles são. Todo hipócrita será desmascarado, todo crente difamado será justificado, e todo mordomo fiel de Deus será aprovado e recompensado.”1

“Muitos que professam ser seguidores de Cristo amam tanto o mundo e as coisas que há no mundo que aquilo que é divino desaparece de seu caráter e eles se tornam instrumentos de injustiça. Em contraste com eles, estão os pobres que são honestos, trabalhadores, que estão prontos a ajudar os que precisam, que preferem sofrer prejuízo da parte de seus irmãos ricos do que manifestar um espírito tão mesquinho e ganancioso como o que aqueles manifestam. Essas pessoas consideram que uma consciência limpa e a correção, até nas pequenas coisas, são de maior valor do que as riquezas. Se há um objetivo benevolente que requer recursos financeiros ou trabalho, eles são os primeiros a se interessarem por esse projeto. Estão tão prontos a ajudar os outros, tão dispostos a fazer todo o bem ao seu alcance, que não amontoam riquezas. Suas posses terrestres não aumentam.”2

1. Ellen G. White, “The Divine Estimate of Worldly Wisdom”, Signs of the Times, 26 de maio de 1887.

2. Ellen G. White, “Our Lord’s Estimate of Riches”, Signs of the Times, 30 de junho de 1887.

Inda Prescott | Silver Spring, Maryland, EUA

Mãos à Bíblia

3. Leia Colossenses 2:2, 3 e 1 Timóteo 3:16. O que esses textos identificam como “mistério”?

4. Em Deuteronômio 29:29, o que Moisés declarou sobre o que nos foi revelado? Assinale a alternativa correta:

A.(   ) As coisas reveladas não são úteis.

B.(   ) As coisas reveladas pertencem a nós.

Somos mordomos de coisas que não entendemos completamente. Conhecemos apenas o que a revelação e as Escrituras nos mostram. Nossa principal mordomia é viver “como servos de Cristo e encarregados dos mistérios de Deus” (1Co 4:1). O maior de todos os mistérios é que todos podemos experimentar a Cristo, a “esperança da glória”.

Pense Nisto
Ao analisar sua fidelidade, você pode afirmar que seus motivos são verdadeiros?
Quarta-feira, 31 de janeiro
A infidelidade de Israel

Os israelitas foram escolhidos por Deus para ser Seu povo especial. Sua responsabilidade era testemunhar da graça divina para os povos e países vizinhos – um ato de fidelidade cristã. Infelizmente, os israelitas falharam em sua missão. Adotaram práticas e costumes dos seus vizinhos pagãos.

Deus enviou o profeta Isaías para advertir a nação de que não haveria propiciação pelos pecados do povo (Is 22:14-18). O pecado de Israel era tão repugnante que o Senhor os entregaria como escravos para outra nação e dispersaria completamente os israelitas.

Após a criação do mundo, Adão e Eva receberam a responsabilidade de cuidar de tudo o que Deus havia criado. Sendo filhos do Rei do Universo temos a responsabilidade de representá-Lo perante o mundo hoje. Como mordomos do Senhor somos responsáveis não apenas por preservar as belas coisas que Deus criou, mas também por compartilhar as verdades espirituais. A Bíblia declara que devemos usar os recursos que o Senhor nos concede para ajudar as pessoas que nos cercam, não somente nas coisas materiais, mas também nas questões espirituais.

Os agnósticos e ateus comumente argumentam que as histórias do Antigo Testamento são mitos. No entanto, mesmo que pareça que a mensagem dada aos israelitas esteja fora de moda, pois foi dada há mais de dois mil anos, Deus espera que obedeçamos aos Seus princípios e sejamos Suas testemunhas para o mundo.

À medida que nosso mundo se torna cada vez mais secularizado e materialista, a familiaridade com os princípios de Deus, contidos em toda a Bíblia, podem nos ajudar a responder a essas questões e, ao mesmo tempo, ajudar as pessoas a experimentar a espiritualidade divina, cumprindo assim nossa obrigação como mordomos de Cristo.

Seán K. Robinson | Silver Spring, Maryland, EUA

Mãos à Bíblia

Quando pensamos em mordomia, pensamos em coisas tangíveis, e com razão. Mas, como vimos, a mordomia vai além disso. Assim como bens tangíveis, os dons intangíveis também vêm de Deus. Eles são bens espirituais que Deus nos concede (1Pe 4:10) para que possamos, em Cristo, desenvolver um caráter cristão e nos tornar o povo que podemos ser Nele.

5. Leia Efésios 6:13-17. Devemos ser mordomos das coisas que Deus nos concedeu. Quais são essas coisas? Por que a administração apropriada dessas dádivas é tão fundamental para nós?

“O dom gratuito de Deus é a vida eterna em Cristo Jesus, nosso Senhor” (Rm 6:23). O mundo, com tudo o que ele oferece, não pode nos conceder a redenção que temos em Cristo. A salvação, um dom que Deus nos dá, é o nosso bem mais valioso. Ter sempre em mente a realidade da redenção nos ajuda a manter a perspectiva na administração dos outros bens que também recebemos de Deus.

Pense Nisto
Como você reagiria se um profeta advertisse sua igreja hoje? A advertência dele levaria você a se arrepender e a reorganizar suas prioridades?
Quinta-feira, 01 de fevereiro
Mordomos de Deus hoje

A Bíblia apresenta relatos de mordomos bons (Gn 39:9) e maus (1Rs 16:9). Deus nos confiou o cuidado das coisas materiais e das verdades espirituais. Devemos cumprir fielmente essas responsabilidades (Lc 16:10, 13). O apóstolo Paulo, escrevendo a Tito, declarou que o mordomo do Senhor deve ser hospitaleiro, amigo do bem, sensato, justo, consa­grado, ter domínio próprio e ser firmemente comprometido com a mensagem divina (Tt 1:8, 9). No entanto, como podemos ser bons mordomos no século 21? Embora a resposta possa ter certa variação, eu diria que todo bom mordomo deve:

1. Guardar seu coração (Pv 4:23). É preciso analisar tudo e reter somente o que é bom e agradável aos olhos de Deus. “Finalmente, irmãos, tudo o que for verdadeiro, tudo o que for nobre, tudo o que for correto, tudo o que for puro, tudo o que for amável, tudo o que for de boa fama, se houver algo de excelente ou digno de louvor, pensem nessas coisas” (Fp 4:8).

2. Estar sempre preparado (Ef 6:11-17). A comunicação e o relacionamento com Cristo por meio do estudo da Bíblia, da oração e da frequência regular à igreja nos fortalecem espiritualmente para enfrentar as lutas e provações em todas as áreas da mordomia cristã.

3. Ser disciplinado (1Co 9:24-27).
Nosso corpo é o templo do Espírito Santo (1Co 3:16). Por isso precisamos nos disciplinar para escolher sempre o que é melhor para a saúde. Por exemplo, comer alimentos saudáveis, abster-nos das bebidas prejudiciais (álcool, refrigerantes, etc.) e praticar atividades físicas. Cuidar também da saúde mental.

4. Tratar bem as outras pessoas (1Pe 4:10). Não devemos menosprezar a ninguém, mesmo quando discordamos, pois todos somos filhos do mesmo Deus. Precisamos também ter consciência de que não somos inferiores a ninguém. Devemos manter um relacionamento saudável com todos. Devemos nos esforçar para amar uns aos outros como Cristo nos ama.

Ashlee Chism | Silver Spring, Maryland, EUA

Mãos à Bíblia

6. Leia 2 Coríntios 5:10. O que significa ser um mordomo sábio? Qual será a base do julgamento da nossa mordomia?

Teólogos e filósofos têm discutido durante séculos a difícil questão do livre-arbítrio. Mas a Bíblia é clara: nós, como seres humanos, temos livre-arbítrio e liberdade de escolha. A ideia de que seremos julgados pelas nossas ações não teria sentido de outra maneira. Portanto, pela graça de Deus temos a responsabilidade pessoal de tomar as decisões corretas em tudo o que fazemos, inclusive sendo fiéis mordomos de todos os bens do nosso Senhor.

Pense Nisto
De que maneira 2 Coríntios 5:9-11 se relaciona com o conceito de mordomia cristã em todas as suas áreas? (ver também Efésios 1:7). Os bons mordomos devem esperar recompensas ou agradecimentos? Justifique sua resposta.
Sexta-feira, 02 de fevereiro
Beba do seu próprio poço

Em um colégio dos Estados Unidos (Union College) é ministrada uma disciplina muito interessante chamada “Riqueza e Pobreza”. Essa matéria examina os dois extremos e as possíveis soluções para reduzir o abismo entre eles. A matéria examina a perspectiva cristã e a secular, mas os dois lados chegam a uma conclusão semelhante: muitas pessoas têm boas intenções, mas frequentemente pioram as coisas sem saber.

Quando terminei o estudo dessa disciplina, eu me senti confusa e culpada. Se eu não havia adquirido conhecimento suficiente para ajudar a minorar a pobreza no mundo, como poderia ser fiel em relação à mordomia cristã? Depois de refletir sobre o assunto durante algum tempo, cogitando se devia mudar meu curso para algo que envolvesse justiça social e trabalho voluntário, acabei deixando isso de lado e esquecendo o assunto.

Acho que a reação que eu tive a essa matéria reflete a reação de muitas pessoas diante do chamado de Deus para a mordomia cristã. Ou ignoram os problemas ou doam seu dinheiro e esforço para qualquer coisa que pareça ser uma boa causa, não importando quais sejam os resultados.

Muitas vezes temos a ideia de que os alvos da mordomia cristã são inatingíveis. A Bíblia nos exorta a ajudar as viúvas, os órfãos e a cuidar da Terra. Às vezes interpretamos isso como se tivéssemos que solucionar todos os problemas. Não sei onde obtivemos esse conceito de mordomia cristã, mas não foi de Deus.

O Senhor não nos pede que assumamos a responsabilidade pelos problemas do mundo todo. Jesus já fez isso. Ele deixou uma tarefa específica para cada um, e o Espírito Santo nos concede dons especiais para realizar essa obra. A tarefa de uma pessoa pode ser muito diferente da obra de outra. A chave é não nos distrairmos com responsabilidades e tarefas que Deus não nos deu.

“Há diferentes tipos de dons, mas o Espírito é o mesmo. Há diferentes tipos de ministérios, mas o Senhor é o mesmo. Há diferentes formas de atuação, mas é o mesmo Deus quem efetua tudo em todos. A cada um, porém, é dada a manifestação do Espírito, visando ao bem comum” (1Co 12:4-7).

Brianna Lale | Annecy, France

Mãos à obra
Faça uma avaliação de seus dons. Pergunte aos amigos, parentes e colegas da classe em quais áreas eles observam seus pontos fortes e habilidades. Leia ou assista documentários de biografias de cristãos famosos que usaram seus dons e ajudaram a transformar vidas: David Livingstone, D. L. Moody, etc. Pesquise sobre projetos em seu bairro nos quais você possa contribuir com seus talentos. Procure algumas citações a respeito dos deveres de um bom mordomo do Senhor (veja o livro Conselhos Sobre Mordomia, de Ellen G. White). Convide seus amigos para uma “noite dos talentos”. Tentem descobrir os vários tipos de dons e talentos dos participantes. Por exemplo: cantar, cozinhar, fazer poesia, arte, etc.