Copie Daniel 7:1-8; 15-28 na versão bíblica de sua preferência. Se estiver com pouco tempo, copie Daniel 7:8, 25. Você também pode reescrever as passagens com suas palavras ou fazer um esboço do capítulo.
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1. Leia Daniel 9:1, 2. Daniel disse que havia entendido “pelos livros” a profecia que ele estava estudando tão cuidadosamente. A qual livro ou livros da Bíblia ele se referiu? Assinale a alternativa correta:
A. ( ) O livro de Oseias.
B. ( ) Os livros de Moisés e dos profetas.
Ao examinarmos essa oração, fica claro que ela surge de um estudo aprofundado da revelação anterior de Deus a Moisés e aos profetas. Tendo descoberto, a partir do livro de Jeremias, que seu período de cativeiro duraria setenta anos (veja Jr 25:11, 12; 29:10), Daniel compreendeu a importância do momento histórico em que vivia. Confiando na Palavra de Deus, Daniel sabia que algo importante estava prestes a acontecer ao seu povo e que o exílio em Babilônia terminaria em breve e os judeus voltariam para seu país.
Ao nos aproximarmos dos últimos dias da história da Terra, precisamos mais do que nunca estudar a Palavra de Deus e viver de acordo com ela. Somente as Escrituras podem nos apresentar uma explicação autoritativa do mundo em que vivemos.
Daniel 7 é uma repetição e ampliação da linha do tempo da estátua de metal de Daniel 2. Porém, dessa vez aparecem animais em lugar dos diferentes metais.
Leão – Babilônia
Urso – Medo-Pérsia
Leopardo – Grécia
Animal com dentes de ferro – Roma
Dez chifres – Europa dividida
O capítulo 7 é uma recapitulação da ascensão e queda dos impérios que aparecem em Daniel 2, mas com a inclusão de detalhes adicionais e, em especial, o destaque para um elemento novo. Entra em cena um novo poder: o chifre pequeno. A seguir, temos dez características e pistas em Daniel 7:8 e 25 que nos ajudam a identificar esse poder:
1. Deveria surgir entre os dez reinos da Europa dividida (v. 8).
2. Teria que ser em algum momento após a queda do Império Romano em 476 d.C.
3. Inicialmente, exerceria pouco poder (v. 8).
4. Destituiria três reinos – hérulos, vândalos e ostrogodos – para estabelecer seu domínio (v. 8).
5. Seria comandado por um líder religioso (v. 8).
6. Seria diferente de todos os outros (v. 8).
7. Proferiria palavras contra o Altíssimo (v. 25).
8. Perseguiria os santos do Altíssimo (v. 25).
9. Procuraria mudar a lei de Deus (v. 25).
10. Exerceria seu poder por “um tempo, dois tempos e metade de um tempo [1.260 anos]” (v. 25, ARA, grifos acrescentados).
Daniel 7 adicionou um integrante à lista dos reinos mundiais, um participante que se tornou um império religioso de opressão. Por meio desse poder a lei de Deus foi mudada e milhões de pessoas foram perseguidas e mortas. Somente um poder satisfaz todas as dez características: o papado. Todos os reformadores protestantes, passando por Lutero, Calvino e Wesley, chegaram à mesma conclusão. Deus revelou a Daniel uma mensagem profética de que o papado desempenharia um papel importantíssimo na História e nos eventos finais.
Nos reinos que se sucederam de Babilônia até Roma, Satanás, mediante seus agentes, conseguiu instituir práticas pagãs como a adoração ao sol e a idolatria. No início do cristianismo, durante o domínio romano, ele quase exterminou os cristãos por meio de virulenta perseguição. Contudo, quanto mais ele perseguia e tirava a vida de cristãos justos e inocentes, mais o cristianismo crescia e se fortalecia. Então o inimigo mudou seus planos, como diz o ditado: “se não pode vencê-los, una-se a eles”. O cristianismo se tornou a religião popular de Roma, e, com ele, práticas pagãs como a adoração ao sol e a idolatria receberam nova roupagem. Roma papal se tornou o veículo por meio do qual Satanás promoveu e efetuou seus planos.
2. Leia Daniel 9:3-19. Com base em que Daniel fez seu apelo por misericórdia? Assinale “V” para verdadeiro ou “F” para falso:
A. ( ) Com base no bom procedimento de Israel.
B. ( ) Com base na justiça do Senhor e em Sua misericórdia.
Em nenhuma parte da oração Daniel pediu qualquer tipo de explicação para as calamidades que haviam acontecido com o povo judeu. Ele sabia o motivo. O segundo ponto é que essa oração é um apelo à graça de Deus, à Sua disposição de perdoar Seu povo, mesmo que tivesse pecado e feito o mal.
3. Leia Daniel 9:18, 19. Que outra razão Daniel deu para que o Senhor respondesse à sua oração?
Isso significa que os católicos não serão salvos? O fato de o chifre pequeno ser identificado como o sistema eclesiástico de liderança da Igreja Católica não exclui os católicos do plano da salvação. As profecias bíblicas identificam “o papado” como elemento-chave contra os fiéis de Deus no passado e nos eventos mundiais do futuro. Precisamos entender que o Senhor tem filhos sinceros em cada denominação. Eles são a igreja invisível. No entanto, isso não diminui a gravidade do fato de que Satanás irá usar o espiritualismo, o papado e o protestantismo apostatado (a tríplice aliança imunda de Ap 16) a fim de alcançar seus objetivos na parte final do grande conflito.
O que significa a expressão “um tempo, dois tempos e metade de um tempo” (Dn 7:25)? Esse período aparece em outras partes da Bíblia, como Apocalipse 12:14: “E foram dadas à mulher as duas asas da grande águia, para que voasse até ao deserto, ao seu lugar, aí onde é sustentada durante um tempo, tempos e metade de um tempo, fora da vista da serpente” (ARA).
Note que esse é exatamente o mesmo período de Daniel 7:25, em que o poder do chifre pequeno é descrito perseguindo o povo de Deus. Em outras palavras, enquanto o chifre pequeno está perseguindo durante um tempo, dois tempos e metade de um tempo, a mulher (a igreja) foge e se esconde no deserto durante um tempo, tempos e metade de um tempo.
Apocalipse 12:6 revela o significado de “um tempo, tempos e metade de um tempo”. Nesse verso, a mulher fugiu para o deserto, para um lugar preparado por Deus para ela, onde estaria protegida durante 1.260 dias. O verso 6 diz a mesma coisa que o verso 14, exceto pelo fato de que substitui “um tempo, tempos e metade de um tempo” por 1.260 dias.
Usando o princípio dia-ano (Ez 4:6; Nm 14:34), ou seja, um dia equivale a um ano em profecias apocalípticas, chegamos à conclusão de que “um tempo, tempos e metade de um tempo” é igual a 1.260 anos. Esse foi o período exato em que o papado dominou a Europa durante a Idade Média, de 538 d.C. (quando Justiniano erradicou o último dos três reinos que se opunham ao papado) até 1798, quando Berthier, general de Napoleão Bonaparte, prendeu o papa Pio VI e o deixou morrer no exílio.
Semelhanças entre o chifre pequeno de Daniel 7 e a besta do mar de Apocalipse 13. Note que os mesmos animais de Daniel 7 são mencionados em Apocalipse 13:1-3, somente que em ordem reversa. A besta do mar é uma junção/mescla dos animais Daniel 7. Esse poder é uma síntese de todos os reinos pagãos que existiram e dominaram antes dele.
Apocalipse 13:5 – ambos proferem arrogâncias e blasfêmias
Apocalipse 13:5 – ambos dominam por 42 meses proféticos, ou 1260 anos literais.
Ambos fazem guerra contra os santos e os perseguem.
O chifre pequeno de Daniel 7 é a besta de Apocalipse 13 em sua primeira fase de atuação. Os dois capítulos estão se referindo ao mesmo poder. Contudo, Daniel 7 se refere às ações do papado realizadas no passado, enquanto Apocalipse 13 é a profecia do que esse poder irá realizar muito em breve no futuro.
4. Leia Daniel 9:5-13. O profeta repetiu várias vezes a expressão “temos pecado”, incluindo-se assim nos pecados que, em última análise, trouxeram tamanha calamidade para a nação. Por que isso é significativo?
A oração de Daniel é apenas uma entre outras importantes orações intercessoras contidas na Bíblia. Essas orações tocam o coração de Deus. Ao orarmos por membros da família, amigos e outras pessoas ou situações, Deus ouve nossas orações e pode intervir. Às vezes, pode levar mais tempo para que uma oração seja respondida, mas podemos ter a certeza de que Deus nunca Se esquece das necessidades de Seus filhos (veja Tg 5:16).
Em sua oração, Daniel desempenhou a função de intercessor, ou mediador, entre Deus e o povo. A partir de seu estudo das Escrituras, o profeta percebeu como o povo havia se tornado pecaminoso ao transgredir a Lei de Deus e se recusar a ouvir Suas advertências. Portanto, reconhecendo a condição espiritual desesperada da nação, Daniel orou por cura e perdão.
Descubra a relação das passagens abaixo com o texto bíblico-chave (Daniel 7:1-8; 15-28) da lição desta semana:
2 Tessalonicenses 2:1-4
1 Timóteo 4:1-3
Atos 20:28-30
Mateus 24:24
2 Pedro 2:1, 2
1 João 4:1, 3
Quais outras passagens lhe vêm à mente em conexão com essas partes de Daniel 7?
5. Leia Daniel 9:21-27. Que obra deveria ser feita dentro do período de 70 semanas? Por que somente Jesus podia realizá-la?
Quando Cristo Se ofereceu em sacrifício, as profecias messiânicas foram cumpridas.
O grande conflito entre Cristo e Satanás culminará com a personificação de Satanás como anticristo. Ele irá usar o papado como instrumento para levar o mundo à falsa adoração. A questão central no fim do tempo será a adoração. A pergunta será: Você irá adorar a Deus ou a besta? A Jesus Cristo ou ao falso sistema do anticristo?
A profecia de Daniel 7 sobre a atuação do chifre pequeno é uma advertência divina de que, no fim, a questão em jogo não será o cristianismo contra o paganismo. O que irá acontecer é que o paganismo disfarçado de cristianismo perseguirá o verdadeiro povo de Deus. Em última análise, o papado simplesmente será o elemento-chave no cenário do grande conflito entre Cristo e Satanás.
As advertências sobre o anticristo e sua atuação no fim dos tempos implicam em um chamado para que descansemos em Jesus Cristo. Se descansarmos em Jesus podemos ter esperança de que Ele nos salvará e desfrutaremos da parte final da profecia de Daniel – o estabelecimento do reino eterno de Deus. No fim da história deste planeta a questão irá girar em torno da escolha entre fazer parte do exército de Cristo ou passar para as fileiras do anticristo.
6. Leia Daniel 9:24-27. Mesmo em meio à grande esperança e à promessa do Messias, lemos sobre violência, guerra, desolação. Como isso nos dá a certeza de que, em meio às calamidades da vida, ainda existe esperança?
As setenta semanas (490 anos), tendo como ponto de partida 457 a.C. se dividem em três seções: sete semanas, sessenta e duas semanas e a septuagésima semana. As sete semanas (49 anos) se referiam ao tempo da reconstrução de Jerusalém. Depois haveria sessenta e duas semanas (434 anos) até ao “Ungido, ao Príncipe” (Dn 9:25).
Durante a septuagésima semana, outros eventos cruciais aconteceriam: (1) seria “morto o Ungido” (Dn 9:26), o que se refere à morte de Cristo; (2) o Messias faria “firme aliança com muitos, por uma semana” (Dn 9:27), de 27 a 34 d.C.; porém, “na metade da semana”, faria “cessar
o sacrifício e a oferta de manjares” (Dn 9:27). A última semana da profecia das 70 semanas terminou em 34 d.C., quando Estêvão foi martirizado e a mensagem do evangelho começou a alcançar não apenas os judeus, mas também os gentios.
"Atualmente o catolicismo é olhado pelos protestantes com muito mais aceitação do que anos atrás. Nos países em que a religião católica não predomina e os romanistas adotam uma política conciliatória para ganhar influência, há
uma crescente indiferença com relação às doutrinas que separam as igrejas reformadas da hierarquia papal. Ganha terreno a opinião de que, no fim das contas, as divergências em assuntos vitais não são tão grandes como se pensava, e de que pequenas concessões por parte dos protestantes levarão a um melhor entendimento com Roma. Houve um tempo em que os protestantes davam grande valor à liberdade de consciência, adquirida à custa de tantos sacrifícios. Ensinavam os filhos a abominar o papado e diziam que buscar harmonia com Roma seria deslealdade para com Deus. Porém, como são diferentes as opiniões expressas agora!
“Os defensores do papado afirmam que a igreja foi caluniada, e o mundo protestante inclina-se a aceitar essa declaração. Muitos afirmam que é injusto julgar a igreja de hoje pelas abominações e absurdos que marcaram seu domínio durante os séculos de ignorância e trevas. Justificam a horrível crueldade da igreja romana como sendo o resultado da barbárie da época e alegam que a influência da civilização moderna mudou sua atitude.
“Será que essas pessoas esqueceram a reivindicação de infalibilidade sustentada durante 800 anos por esse altivo poder? Longe de ser abandonada, essa reivindicação foi reafirmada no século 19 [época da autora] de modo mais claro do que nunca antes. Considerando que Roma afirma que a igreja ‘nunca errou nem, segundo as Escrituras, jamais errará’ (John L. von Mosheim, Institutes of Ecclesiastical History, livro 3, século 11, parte 2, cap. 2, seç. 9, nota 17), como poderá ela renunciar aos princípios que nortearam sua conduta no passado?
“A igreja papal nunca abandonará sua pretensão à infalibilidade. Em tudo o que tem feito ao perseguir os que rejeitam seus dogmas, ela alega estar correta. Então, como essa igreja não repetiria os mesmos atos se tivesse oportunidade? Removam-se as restrições atualmente impostas pelos governos seculares, devolva-se a Roma seu poder anterior e, de imediato, ressurgirá a tirania e a perseguição” (Ellen G. White, O Grande Conflito, p. 563, 564).
DISCUSSÃO
Compartilhe com sua classe o que você extraiu desta lição, por exemplo: descobertas, observações, dúvidas e pontos principais. Perguntas sugestivas para ser discutidas:
- Qual é o conceito atual do mundo sobre o papado?
- Como podemos amar os que estão sob o domínio do sistema papal e continuar fiéis ao que a Bíblia diz sobre esse sistema?
- O cenário do grande conflito entre Cristo e Satanás traz luz sobre seu conhecimento a respeito do chifre pequeno?
- Quais seriam algumas orientações práticas sobre a maneira em que devemos e não devemos compartilhar a mensagem de Daniel 7?
- Excetuando a revelação do futuro poder perseguidor mundial, qual é a mensagem mais relevante de Daniel 7 e Apocalipse 13?