Satanás está sempre procurando destruir e neutralizar a obra da graça. Onde quer que conflitos doutrinários ou interpessoais ameacem a unidade nas igrejas, instituições ou famílias, podemos ter certeza de que o inimigo está em ação. Seu alvo é dividir e destruir os membros do corpo de Cristo.
A igreja primitiva também foi atacada em sua unidade. Após o Pentecostes, os crentes estavam unidos em seu amor a Cristo e ao evangelho. Diariamente, novos conversos eram acrescentados à igreja. O Espírito Santo estava atuando e a igreja florescendo.
No entanto, em Antioquia, um dos principais centros do cristianismo primitivo, o diabo introduziu a discórdia entre o povo de Deus. A Bíblia nos diz que “alguns homens desceram da Judeia para Antioquia e passaram a ensinar aos irmãos: ‘Se vocês não forem circuncidados conforme o costume ensinado por Moisés, não poderão ser salvos’” (At 15:1). Essa falsa doutrina causou controvérsia entre os crentes e trouxe à tona sentimentos reprimidos de orgulho e fanatismo. A controvérsia sobre a circuncisão acabou tomando grandes proporções e uma crise se instalou na igreja. Isso forçou Paulo e Barnabé a viajar para Jerusalém a fim de resolver o problema.
Sob a direção do Espírito Santo os líderes da igreja se reuniram em concílio e resolveram o problema.
O Concílio de Jerusalém, como ficou conhecido, ocorreu no ano 50 d.C.
Conflitos, controvérsias teológicas e outras questões têm provocado desunião na igreja e levado alguns a se afastarem de Cristo. Satanás está sempre procurando dividir e desanimar os filhos de Deus, e não somos a exceção. Se, como igreja, queremos vencer nos pontos em que fracassaram os que vieram antes de nós, precisamos aprender com o exemplo daqueles que conseguiram vencer as astúcias do inimigo.
Na lição desta semana, estudaremos os exemplos desses fiéis líderes da igreja primitiva para que possamos obter sabedoria ao lidar com nossas necessidades presentes.
Seth D. Roberts › Walla Walla, Washington, EUA
1. De acordo com Atos 15:1-5, que problema a igreja estava enfrentando? Assinale a alternativa correta:
A.( ) Os judeus de Jerusalém queriam impor a circuncisão aos gentios.
B.( ) A apostasia estava grande e muitos estavam desertando da fé.
Tradicionalmente chamados de “judaizantes”, esses indivíduos da Judeia possivelmente fossem os mesmos identificados no versículo 5 como fariseus cristãos. A presença dos fariseus na igreja não deve nos surpreender, pois o próprio Paulo havia sido fariseu antes de sua conversão (Fp 3:5). A maioria dos judeus cristãos de Jerusalém, inclusive os apóstolos, não estava muito à vontade com a presença de gentios incircuncisos na igreja
(Gl 2:11-13).
O argumento deles era bastante simples: a menos que os gentios fossem circuncidados e guardassem as leis cerimoniais judaicas, eles não poderiam ser salvos (Gn 17:9-14; Êx 12:48). Em suma, os gentios só poderiam ser salvos se eles se tornassem prosélitos judeus.
Embora a igreja cristã primitiva fosse cheia do poder do Espírito Santo, ela não deixou de enfrentar desafios internos. Um dos mais graves foi o da necessidade ou não dos crentes gentios se circuncidarem. Líderes e membros debateram acaloradamente quanto a circuncisão ser ou não um requisito para a salvação (At 15:1, 2). Ambos os lados afirmavam estar certos. Finalmente, em 50 d.C., a igreja primitiva organizou o Concílio de Jerusalém para resolver, com oração, essa controvérsia.1
Há quem não aceite a organização da igreja. Receiam que tal fato resulte em decisões humanas acima da Bíblia. Mas o Concílio de Jerusalém demonstra que, quando a igreja se reúne para buscar a vontade de Deus, com humildade e oração, o Espírito Santo a dirige. Quando os líderes se humilham diante de Deus e dos outros, e examinam a Bíblia com oração, Deus os abençoa com sabedoria e discernimento para que encontrem o rumo a seguir. Precisamos nos guardar contra dois erros: o primeiro é o de rejeitar a organização da igreja e as decisões de seus líderes, e o segundo, o de aceitar tudo sem examinar e as Escrituras.
O Concílio de Jerusalém começou com “muita discussão” (At 15:7), mas terminou com os irmãos tendo chegado “a pleno acordo” (At 15:25, ARA). A palavra grega usada em Atos 15:25 sugere que a decisão foi unânime.2
1. Henry H. Halley, Halley’s Bible Handbook (Grand Rapids: Zondervan Publishing House, 1965), p. 573
2. Comentário Bíblico Adventista do Sétimo Dia, v. 6, p. 326.
Tanner Martin › Berrien Springs, Michigan, EUA
2. Leia Êxodo 12:43-49. Além dos filhos de Israel, quem deveria ser circuncidado?
As bênçãos da aliança não estavam restritas aos filhos de Israel, mas eram estendidas a qualquer escravo ou estrangeiro que desejasse experimentá-las, desde que fosse circuncidado. Após a circuncisão, o estrangeiro teria o mesmo status diante de Deus de um israelita nato: ele seria “como o natural da terra” (Êx 12:48).
3. Leia Romanos 3:30; 1 Coríntios 7:18; Gálatas 3:28 e 5:6. Como Paulo compreendia a circuncisão?
Ser membro da comunidade da aliança de Deus não garantia a salvação (Jr 4:4; 9:25). Além disso, o próprio Abraão foi salvo (justificado) pela fé, o que ocorreu antes da circuncisão, e não por causa dela (Rm 4:9-13). A salvação sempre foi pela fé, enquanto a aliança foi uma provisão graciosa por meio da qual Deus Se revelaria ao mundo inteiro, bem como Seu plano salvífico. Israel havia sido escolhido para esse propósito (Gn 12:1-3).
A questão (At 15:1-5). Vieram alguns da Judeia e começaram a causar discórdia. Não sabemos exatamente por que eles decidiram descer para Antioquia, mas é provável que tenham feito isso para mostrar oposição ao relato de Paulo e Barnabé, em Atos 14:27, de que, por ordem divina, tinham pregado aos gentios. É possível que estivessem entre os mencionados em Atos 11:2 e 3, que criticaram Pedro quando ele visitou Cornélio, um gentio. Deus havia revelado que o evangelho também devia ser levado aos gentios, mas nem todos ficaram felizes com isso.
A circuncisão (Êx 12:43-49; Rm 3:30; 1Co 7:18; Gl 3:28; 5:6). A circuncisão foi originalmente estabelecida como sinal da aliança de Deus com Abraão (Gn 17). É importante notar que ela foi firmada logo após Abraão ter tido um filho com Hagar, sua serva, ao tentar ajudar no cumprimento da promessa de Deus. Ao tornar a circuncisão o sinal da aliança, Deus estava, na verdade, dizendo a Abraão que Ele era perfeitamente capaz de cumprir Suas promessas sem que Abraão precisasse ajudar diante de uma aparente impossibilidade. O que Deus desejava era que Abraão tivesse fé e confiança Nele.
Em 1 Coríntios 7:18 e 19, Paulo deixou claro que o assunto em questão não era ser ou não circuncidado, mas obedecer aos mandamentos de Deus. Para os judeus, parecia haver uma virtude inerente na circuncisão. Paulo contestou essa noção. Como guardamos os mandamentos? Logicamente, por meio da fé que atua pelo amor (Gl 5:6).
Por que a circuncisão foi uma questão tão controvertida? Uma das razões foi que somente os que haviam sido circuncidados podiam participar da Páscoa (Êx 12:48). Mas, de acordo com 1 Coríntios 5:7, Jesus é o Cordeiro pascal, portanto, não se devia exigir que os gentios celebrassem a cerimônia da Páscoa, uma vez que ela já havia sido extinta com a morte de Jesus (Cl 2:16, 17).
Paulo e Barnabé levaram a questão para os apóstolos decidirem no concílio em Jerusalém. Assim, a decisão final seria da Igreja e a discórdia cessaria.
O debate (At 15:7-11, 13-21). A resposta de Pedro durante o Concílio de Jerusalém foi tremendamente reveladora. Ele não se prendeu ao assunto da circuncisão em si, em vez disso, mostrou como Deus estava atuando na vida dos gentios “incircuncisos”. Deus já havia aceitado o arrependimento deles e purificado sua vida pela fé que demonstraram ao aceitar o sacrifício de Cristo. Assim, o ato da circuncisão não era mais uma exigência com a qual eles devessem se preocupar. Na verdade, ser circuncidado depois de Cristo já ter morrido seria uma tentativa de acrescentar mérito por meio de um ato pessoal, uma ideia que a própria circuncisão foi estabelecida para corrigir.
Os apóstolos não resolveram a questão com base em suposições próprias. Tiago, que presidiu o concílio, usou como argumento a exposição feita por Pedro e a palavra dos profetas (Am 9:11, 12) para justificar a posição tomada (At 15:13-18). Assim, vemos a importância de também fundamentar as questões pertinentes à nossa fé no que Deus nos comunica por intermédio da Sua Palavra.
A decisão (At 15:28, 29). A decisão do concílio foi unânime e agradou a todos (At 15:25). Decidiram ainda enviar Judas e Silas, entre os líderes, para acompanhar Paulo e Barnabé para o caso de alguém duvidar da decisão tomada (v. 22). A decisão proibiu várias práticas que poderiam ser prejudiciais à unidade, ao testemunho e à fé dos novos conversos gentios.
A carta enviada (At 15:22-33). Tanto quanto saibamos, os gentios receberam positivamente a decisão tomada no concílio. Certamente, a circuncisão seria uma coisa difícil para eles. Podemos imaginar como ficaram felizes quando souberam que ela não era um requisito para sua salvação. Até mesmo Pedro havia se referido a ela negativamente, como um jugo insuportável (At 15:10).
Paulo, Barnabé e Silas permaneceram ainda algum tempo ali, ensinando, pregando e discipulando os novos conversos (At 15:32-35).
Eric Louw › Dallas, Texas, EUA
2. Leia Êxodo 12:43-49. Além dos filhos de Israel, quem deveria ser circuncidado?
As bênçãos da aliança não estavam restritas aos filhos de Israel, mas eram estendidas a qualquer escravo ou estrangeiro que desejasse experimentá-las, desde que fosse circuncidado. Após a circuncisão, o estrangeiro teria o mesmo status diante de Deus de um israelita nato: ele seria “como o natural da terra” (Êx 12:48).
3. Leia Romanos 3:30; 1 Coríntios 7:18; Gálatas 3:28 e 5:6. Como Paulo compreendia a circuncisão?
Ser membro da comunidade da aliança de Deus não garantia a salvação (Jr 4:4; 9:25). Além disso, o próprio Abraão foi salvo (justificado) pela fé, o que ocorreu antes da circuncisão, e não por causa dela (Rm 4:9-13). A salvação sempre foi pela fé, enquanto a aliança foi uma provisão graciosa por meio da qual Deus Se revelaria ao mundo inteiro, bem como Seu plano salvífico. Israel havia sido escolhido para esse propósito (Gn 12:1-3).
"A organização da igreja em Jerusalém deveria servir de modelo para a organização de igrejas em todos os outros lugares em que mensageiros da verdade conquistassem conversos ao evangelho.”1
“A organização e a ordem da igreja são apresentadas no Novo Testamento, e o Senhor prescreveu essas coisas para a unidade e a perfeição da igreja. A pessoa que ocupa cargo de liderança deve ser líder, consultora, conselheira e alguém que ajude a carregar os fardos do trabalho. Deve ser exemplo em oferecer ações de graças a Deus. Mas não foi designada para dar ordens aos obreiros do Senhor e comandá-los. É o Senhor que preside Sua herança. Ele guiará Seu povo […]. Estudem os capítulos 12 e 13 de 1 Coríntios, e o capítulo 15 de Atos.”2
O modelo de Atos 15 serviu para mostrar como manter a unidade em momentos difíceis. Essa assembleia mostrou para as gerações posteriores como lidar com os desafios que podem atrapalhar a unidade da igreja.
“Não foram convocados todos os crentes para votar sobre a questão. Os ‘apóstolos e […] anciãos’ (At 15:23, ARC), homens de influência e bom senso, redigiram e expediram o decreto, que foi logo aceito pelas igrejas cristãs. Nem todos, entretanto, ficaram contentes com a decisão. Havia uma facção de irmãos ambiciosos e possuídos de presunção que a desaprovaram. Esses homens pretensiosamente tomaram a decisão de se empenhar na obra sob a própria responsabilidade. Entregaram-se à murmuração e crítica, propondo novos planos e procurando deitar abaixo a obra dos homens a quem Deus haviam ordenado que ensinassem a mensagem do evangelho. Desde o início a igreja teve tais obstáculos a enfrentar, e há de tê-los até a consumação do tempo.”3
“Os vários pontos envolvidos na regulamentação da principal questão em jogo, parecia apresentar diante do concílio dificuldades insuperáveis. Mas o Espírito Santo já havia, em realidade, solucionado essa questão, de cuja decisão parecia depender a prosperidade, senão a existência mesmo, da igreja cristã.”4
1. Ellen G. White, Atos dos Apóstolos, p. 91.
2. ________ , Loma Linda Messages, p. 494.
3. ________ , Atos dos Apóstolos, p. 196, 197.
4. Ibid., p. 192.
Joe Reeves › Berrien Springs, Michigan, EUA
6. Leia Atos 15:28, 29. Quais são as quatro proibições que o concílio decidiu impor aos gentios conversos?
O principal problema pelo qual o concílio havia sido convocado foi resolvido satisfatoriamente. Visto que a salvação é pela graça, os cristãos gentios seriam isentos da circuncisão quando se unissem à igreja. No entanto, deviam se abster de quatro coisas: (1) carne oferecida em sacrifício aos ídolos em rituais pagãos e depois servida em uma festa do templo ou vendida no mercado; (2) consumo de sangue; (3) carne de animais estrangulados, ou seja, a carne cujo sangue não tivesse sido drenado; e (4) imoralidade sexual nas suas várias formas.
O chamado “decreto apostólico”, porém, não era nem temporário nem um novo código de ética cristão que excluísse tudo o mais em relação ao Antigo Testamento. Na verdade, sob a direção do Espírito Santo (At 15:28), os apóstolos e anciãos da igreja apenas reproduziram os regulamentos de Levítico 17 e 18 no que diz respeito aos estrangeiros residentes em Israel.
Um dos pontos mais importantes no relacionamento com as pessoas é a habilidade para administrar conflitos. Ficamos impressionados quando lemos a respeito da união e do amor que existiram entre os membros da igreja primitiva. Logicamente, isso foi resultado da sua consagração e submissão ao poder do Espírito Santo. Milhares se converteram, doentes foram curados e até mortos foram ressuscitados. No entanto, uma leitura mais atenta do livro de Atos revela que os cristãos primitivos também enfrentaram conflitos. O que podemos aprender com a igreja primitiva ao administrar diferenças e solucionar problemas?
Dialogar de maneira respeitosa. Atos 15 relata que Paulo e Barnabé tiveram uma grande discussão com os cristãos judeus que acreditavam que a circuncisão fosse necessária para a salvação (v. 2, 7). Às vezes, é necessário debater o assunto a fim de se chegar a uma conclusão correta. A humildade deve ser a chave para solucionar conflitos na igreja.
Analisar os pontos de vista divergentes. Quando discordamos a respeito de alguma coisa não devemos nos esquecer de que nosso irmão de fé não é nosso inimigo! Nossa luta é contra “os poderes e autoridades, contra os dominadores deste mundo de trevas” (Ef 6:12). Paulo e Barnabé não saíram dizendo: “Toque aqui! Ganhamos essa! Bem feito para eles!” Eles continuaram ensinando e pregando Cristo, e não perderam tempo falando mal dos que discordavam deles.
Buscar auxílio na Palavra de Deus. Pedro e Tiago argumentaram a partir das Escrituras. Ela é nossa regra de fé e autoridade. Qualquer que seja a questão devemos primeiramente buscar ajuda na Palavra de Deus e seguir seu conselho inspirado.
Ranela Kaligithi › Clovis, Califórnia, EUA
7. Leia Atos 15:22-29. Quais medidas adicionais foram tomadas pela igreja de Jerusalém sobre a decisão do concílio?
A primeira medida foi escrever uma carta aos cristãos gentios para informá-los sobre o que havia sido decidido. A carta escrita em nome dos apóstolos e anciãos de Jerusalém, era um documento oficial que refletia a autoridade da igreja de Jerusalém.
8. Leia Atos 15:30-33. Como a igreja em Antioquia reagiu à carta?
Quando a carta foi lida, a igreja transbordou de alegria por causa da mensagem encorajadora. A circuncisão não deveria ser exigida dos gentios conversos. Ao final do concílio, o evangelho de Paulo foi plenamente reconhecido pelos líderes da igreja em Jerusalém, que estenderam a ele e a Barnabé a mão direita como sinal de comunhão, aceitação e confiança (Gl 2:9).
A igreja é um corpo de crentes em que cada membro é diferente do outro, mas, unidos, formam um só corpo. Os membros da igreja primitiva tiveram suas diferenças. Os cristãos judeus permitiram que questões secundárias ocupassem o centro das atenções.
Esses judaizantes, obrigaram Paulo e Barnabé a viajar para Jerusalém a fim de consultar os líderes da igreja a respeito do assunto. Em vez de reclamar ou falar de coisas negativas, Paulo e Barnabé contaram à igreja em Jerusalém sobre “todos os sinais e maravilhas que, por meio deles, Deus fizera entre os gentios” (At 15:12). Procedendo dessa maneira, eles resgataram a prioridade da missão central da igreja, a salvação dos perdidos.
À medida que diferenças de opinião e divergências teológicas começaram a penetrar na igreja, os cristãos se distanciaram de seu propósito. O conflito com os judaizantes foi uma estratégia do inimigo para reprimir o espírito missionário da igreja. Henry Martyn declarou: “O espírito de Cristo é o espírito das missões. Quanto mais nos aproximamos Dele, mais missionários nos tornamos.”*
Diante do que Paulo e Barnabé contaram, os líderes e membros presentes no concílio reagiram com renovada compreensão de sua existência como igreja estabelecida. Eles concordaram que o propósito de Cristo é o de que todas as pessoas, “e também todos os gentios” (Atos 15:17, ARA), conheçam o evangelho e sejam salvas. Hoje, Deus está nos chamando para levar as boas-novas da salvação. Não deixemos que divergências dentro da igreja venham nos distrair ou fazer com que percamos o alvo principal de nossa missão evangélica.
* Leon van Rooyen, Capture the Heart of God for the Nations: A 31-day Devotional Study (Tampa, FL: Global Ministries and Relief, 2010), p. 23
Esther Collier › Maitland, New South Wales, Austrália