“Você pode ter certeza de que comentar detalhes dos filmes mais recentes de super-heróis é a melhor maneira de publicar coisas que interessarão aos leitores.”* Essa declaração reflete quão excitantes têm sido os últimos anos para os aficionados desse estilo cinematográfico em todo o mundo. Hollywood tem investido bilhões de dólares em roteiros que promovem super-heróis que combatem os males existentes e os novos que surgem no Universo. Embora os super-heróis sempre despertaram o interesse das multidões de fãs, por que somente agora surgiu essa nova onda?
Como um gerente que conhece o cofre de seu banco, Deus sabe o que há em nosso interior. Uma vez que a Bíblia diz que tudo está “escrito” em nosso coração, sabemos que há um chamado divino para que aceitemos o poder que vem de Deus.
Paulo nos lembra em Efésios 6:12 que nossa luta não é “contra pessoas, mas contra os poderes e autoridades, contra os dominadores deste mundo de trevas, contra as forças espirituais do mal nas regiões celestiais”. O mal quer nos aprisionar e destruir. Ele nos cerca por todos os lados. No entanto, Deus transpõe o espaço e o tempo para ajudar Suas criaturas que precisam Dele. “E, depois disso, derramarei do Meu Espírito sobre todos os povos. Os seus filhos e as suas filhas profetizarão, os velhos terão sonhos, os jovens terão visões” (Jl 2:28).
Durante várias gerações Deus enviou Seus profetas para iluminar este mundo escuro. Porém, quando os discípulos de Cristo receberam o poder do Espírito Santo no Pentecostes, eles se tornaram capazes de combater o mal por meio do poder divino neles.
Não buscamos inspiração em super-heróis. Nossa inspiração vem pelo estudo da Palavra de Deus e pela comunhão diária com Ele por meio da oração. Porém, esses super-heróis apenas nos lembram do propósito de lutar contra o mal enquanto estivermos neste mundo.
* https://www.vox.com/2016/8/18/12507336/suicide-squad-box-office-trailer
Juan-Jose D. Garza › Washington, D.C., EUA
1. Leia Atos 2:1-3. Quais elementos sobrenaturais acompanharam o derramamento do Espírito? Assinale a alternativa correta:
A.( ) O céu foi aberto e a multidão viu os anjos cantando hinos de vitória.
B.( ) Surgiu um som como de vento impetuoso e línguas de fogo.
A cena foi intensa. Primeiramente, houve um estrondo vindo do céu como de um vento impetuoso que encheu todo o lugar e, em seguida, surgiram o que parecia ser chamas de fogo, que pousaram sobre os que estavam ali.
Nas Escrituras, vento e fogo são frequentemente associados a uma “teofania” ou manifestação divina (por exemplo, Êx 3:2, 19:18 e Dt 4:15). Além disso, vento e fogo também podem ser usados para representar o Espírito de Deus (Jo 3:8; Mt 3:11). No caso do Pentecostes, seja qual for o significado preciso desses fenômenos, eles eram sinais que inauguravam um momento único na história da salvação: o prometido derramamento do Espírito.
O Pentecostes, também conhecido como a “Festa das Semanas” (Lv 23:15-17), era uma das seis festas anuais celebradas pelo povo judeu (Lv 23). A palavra Pentecostes é derivada de um adjetivo grego que significa “quinquagésimo”, o que faz referência ao fato de que o Pentecostes ocorria 50 dias após a cerimônia do oferecimento do primeiro feixe de cereal colhido (Lv 23:15, 16).
As festas religiosas anuais foram instituídas por duas importantes razões: 1) ajudar os israelitas a se lembrarem do cuidado de Deus para com eles no passado; e 2) reavivar em sua mente as promessas divinas para o futuro. Por exemplo, a festa da Páscoa (Lv 23:5) não somente comemorava seu livramento do cativeiro egípcio, mas também apontava para a promessa de salvação por meio do Messias que viria, Jesus, o “Cordeiro de Deus” que seria morto para “[tirar] o pecado do mundo” (Jo 1:29).
Da mesma forma, o Pentecostes tinha um duplo propósito. Lembrava as abundantes bênçãos de Deus durante o período da colheita, e também apontava para aquele grandioso dia registrado em Atos 2, quando a primeira grande colheita de pessoas foi adicionada ao corpo de Cristo.
Após o derramamento do Espírito Santo, Pedro pregou à multidão reunida e quase três mil pessoas foram batizadas (At 2:41). Ao estudarmos Atos 2, podemos aguardar, com grande esperança, a abundante colheita que ocorrerá durante o tempo da chuva serôdia. Como Stephen Haskell disse: “Essa grande colheita de pessoas na Festa da Colheita antitípica foi apenas o início da colheita maior que ocorrerá antes do fim do mundo.”* O Espírito Santo é tanto o cumprimento da promessa quanto nossa garantia de que Deus terminará a obra que Ele começou (Ef 1:13, 14).
* Stephen Haskell, The Cross and its Shadow, p. 119.
Cheryl Cathlin › Newport News, Virgínia, EUA
2. Leia Atos 2:5-12. Qual é a evidência de que, no Pentecostes, os apóstolos falaram em idiomas estrangeiros existentes?
Estima-se que no primeiro século houvesse entre oito a dez milhões de judeus no mundo, e que até 60% deles viviam fora da Judeia. Não há dúvida de que, em sua maioria, os conversos no Pentecostes eram judeus de várias nações que então podiam ouvir o evangelho em seu próprio idioma nativo. Que os apóstolos falaram em idiomas estrangeiros existentes, e não em línguas extáticas e desconhecidas, é evidenciado pelo termo dialektos, que significa idioma de uma nação ou região (At 2:6, 8; compare com At 21:40; 22:2; 26:14). É evidente, portanto, que eles estavam falando nesses idiomas diferentes.
O Espírito Santo em plena atuação (At 1:4-8). Quando estudamos o livro de Atos, notamos o entusiasmo dos discípulos avançando e pregando ousadamente o evangelho, e como um exército, “virando o mundo de cabeça para baixo”. Muitos leitores se referem ao livro de Atos como um movimento resultante da atuação da igreja primitiva, mas, se prestarmos atenção ao texto, vemos que foi um movimento resultante da atuação do Espírito Santo. A introdução desse livro diz claramente quem estava liderando a igreja (At 1:4-8). Depois do derramamento do Espírito Santo no dia do Pentecostes os discípulos saíram cheios de poder para cumprir sua missão.
O poder é dado àqueles que testemunham. O Espírito Santo é prometido a todos que aceitam Cristo como seu Salvador com o propósito de pregar o evangelho e salvar os perdidos. No decorrer do livro, notamos também que as ações do Espírito se manifestavam em cada igreja que se reunia e na vida das pessoas que aceitavam Jesus. Isso promoveu o crescimento do evangelho, primeiro em Jerusalém, depois em toda a Judeia e Samaria, e até os confins da Terra.
O papel do Espírito Santo (Gn 1:2; At 28:25-27). O primeiro vislumbre que temos da atuação do Espírito Santo aparece na criação deste mundo (Gn 1:2). O Espírito Santo estava presente ali, e continua atuando em nossos dias para convencer do pecado, da justiça e do juízo aqueles que têm uma vida “sem forma e vazia”. Sua obra consiste em sensibilizar os pecadores e transformar corações. O Espírito atuou no processo da criação, e o mesmo Espírito encheu de poder a igreja primitiva.
O Espírito Santo atuou naqueles dias em que os discípulos e apóstolos receberam poder para levar a mensagem do Salvador ressurreto. A Bíblia chama o Espírito Santo de Conselheiro (NVI) e Consolador (ARA). Como Consolador, Ele assumiu o lugar de Jesus, e como Conselheiro, orienta e dirige cada pessoa. Paulo admoestou os judeus para que não fossem como seus ancestrais que não deram ouvidos à voz do Espírito Santo. Ele citou as palavras de Isaías dizendo que Deus não pôde curá-los porque eles não quiseram ouvir a voz do Espírito Santo.
O crescimento da igreja primitiva (At 8:1-8). Há muitos exemplos da atuação e do crescimento da igreja durante o primeiro século da era cristã. Por toda parte para onde os cristãos eram dispersos, eles pregavam a mensagem de Jesus. Filipe anunciou e pregou sobre a vinda do Messias em uma cidade samaritana. Quando as pessoas ouviram o que ele tinha a dizer e viram os milagres, que eram sinais claros da atuação divina, acreditaram em suas palavras. Muitos enfermos foram curados.
O evangelho era pregado, doentes eram curados, demônios eram expulsos e a igreja, mesmo sendo perseguida, crescia cada vez mais. As pessoas aceitavam a mensagem de salvação e esperança. Os apóstolos pregavam o evangelho e viam o fruto do seu trabalho.
Nesse capítulo do livro de Atos, encontramos a fantástica história da conversão de um eunuco etíope, administrador financeiro de sua rainha. Ele tinha ido a Jerusalém para adorar a Deus. Enquanto viajava de volta para casa, sentado em sua carruagem, ia lendo o livro do profeta Isaías. Em meio ao caminho, o Espírito Santo impulsionou Filipe a se aproximar dele. Começaram a conversar. Filipe lhe explicou as Escrituras revelando Jesus Cristo. Logo depois, o eunuco avistou um lugar em que havia água, então, pediu a Filipe que o batizasse em Cristo (At 8:26-40).
O crescimento da igreja primitiva é tema recorrente no livro de Atos devido às atuações do Espírito Santo.
A pregação e o reino de Deus (Mt 28:18-20; At 1:8). O livro de Atos é a demonstração viva da ordem de Cristo: “Vão e façam discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo, ensinando-os a obedecer a tudo o que Eu lhes ordenei” (Mt 28:19).
Como cristãos, foi-nos dada a ordem de levar o evangelho, não só pregando, mas sendo dirigidos pelo Espírito Santo. Atos 1:8 declara que, enquanto estivermos em íntima comunhão com Deus e fortalecidos em nossa fé, o Espírito Santo nos guiará na proclamação do evangelho.
Paul Graham › Bowie, Maryland, EUA
3. Compare Atos 2:17 com Joel 2:28. Como Pedro entendeu o tempo do cumprimento da profecia de Joel?
A profecia de Joel tratava da futura era da salvação (Jl 2:32), que seria caracterizada por vários sinais no mundo natural e um abundante derramamento do Espírito Santo (Jl 2:28-31). Ao interpretar o evento do Pentecostes à luz dessa profecia, Pedro pretendia enfatizar a relevância histórica do momento.
4. Leia Atos 2:22-32. Qual foi o ponto principal na apresentação de Pedro sobre o evangelho? Assinale “V” para verdadeiro ou “F” para falso:
A. ( ) A profecia das 2.300 tardes e manhãs.
B. ( ) A ressurreição de Cristo.
Após destacar o significado profético do Pentecostes, Pedro se voltou para os últimos acontecimentos da vida, morte e ressurreição de Jesus. A ressurreição, no entanto, recebeu maior ênfase, pois representava o fator decisivo na história do evangelho. Para Pedro, a ressurreição era a vindicação suprema de Jesus (At 2:22, 27), e ele citou as Escrituras para provar seu argumento quanto ao significado da ressurreição.
Ellen White disse que o livro de Atos deve receber cuidadoso estudo.1 Esse livro mostra os sinais e as maravilhas que acompanharam a pregação e o ensino dos apóstolos. É um livro cuja história foi “escrita sob a inspiração do Espírito Santo.”2 Essa inspiração transformou os apóstolos em conhecedores profundos da Palavra de Deus e ousados para pregar o evangelho.
A chave do sucesso deles não estava em “seu próprio poder […], mas no poder do Deus vivo. […] A irresolução, a indecisão, a fraqueza de propósitos, não encontravam lugar em seus esforços. Estavam prontos para gastar e se deixarem gastar.”3
Como os apóstolos, “devemos trabalhar como homens e mulheres que têm uma ligação viva com Deus. Devemos aprender a ir ao encontro das pessoas onde elas estão. Todos, individualmente, têm uma responsabilidade perante Deus”.4
Outra lição que podemos extrair desse livro inspirado é o poder da unidade em Cristo. “A mensagem da verdade presente deve preparar um povo para a vinda do Senhor. Entendamos isso, e que aqueles que estão colocados em posições de responsabilidade cheguem a uma unidade tal que a obra avance solidamente.”5
“A consciência da responsabilidade que repousava sobre eles, enriquecia-lhes a vida cristã; e a graça celeste revelava-se nas conquistas que faziam para Cristo. Com a força da onipotência, Deus operava por meio deles para tornar o evangelho triunfante.”6
Podemos fazer o que eles fizeram se estivermos dispostos a agir como eles agiram. Confie em Deus. Ore por sabedoria e entendimento. Com o poder do Espírito Santo seja ousado, e vá ao encontro das pessoas que precisam ouvir o evangelho.
1. Ellen G. White, Comentário Bíblico Adventista do Sétimo Dia, v. 6, p. 1167.
2. Ellen G. White, Atos dos Apóstolos, p. 593.
3. Ibid., p. 595.
4. Ellen G. White, Review and Herald, 1o de julho de 1909.
5. Ibid., 21 de outubro de 1909.
6. Ellen G. White, Atos dos Apóstolos, p. 595.
Paul S. Anderson › Bowie, Maryland, EUA
O mundo está se tornando cada vez mais avesso à religião organizada. Frequentemente ouvimos falar de igrejas que estão perdendo seus membros. Provavelmente, você conheça um amigo ou familiar que pertencia a alguma denominação e a deixou. Uma das frequentes reclamações daqueles que abandonaram sua igreja é a “hipocrisia” dos membros.
No entanto, não podemos nos esquecer de que há pecadores sedentos do amor de Cristo, e nossa tarefa é manifestar-lhes esse amor em nossa vida diária. Pequenos atos de bondade podem ser percebidos e eles desejarão saber mais a respeito daquilo que cremos.
Sempre atribua o crédito a Deus. Ele é a razão suprema de tudo o que somos. Foi promovido no trabalho? Agradeça ao seu supervisor, é claro, mas não se esqueça também de seu Supervisor celestial. Perdeu peso e passou a ter boa saúde? Os Vigilantes do Peso podem tê-lo ajudado a computar os pontos, mas foi Deus quem lhe deu força de vontade para perseverar. Atribuir a Deus nossas conquistas e vitórias trará maiores bênçãos, e os que estão ao nosso redor notarão essa atitude.
Seja compreensivo. Somos rápidos para tirar conclusões quando ouvimos uma criança aos gritos no avião, quando um motorista rude nos dá uma fechada no trânsito ou quando a pessoa no caixa nem se importa em nos cumprimentar. Um sorriso espontâneo, um “Bom-dia”, um simples “Tudo bem?” podem fazer grande diferença para alguém que está passando por provações.
Mude a maneira de orar. Podemos orar para que o Espírito Santo continue tocando o coração de alguém ou para que Ele traga paz ao Oriente Médio. Mas nem sempre sabemos exatamente qual é o desejo de Deus para nós. Portanto, peçamos que Ele nos mostre. O Senhor deseja que todos recebam a salvação. Podemos desempenhar um papel especial nisso se permitirmos que Seu Espírito atue por meio de nós.
Érica Harmon › Miami, Flórida, EUA
6. Leia Atos 2:38. Quais são os dois requisitos básicos para receber o perdão? Complete as lacunas:
“Pedro respondeu: _________________, e cada um de vocês seja _____________________ em nome de Jesus Cristo para ____________________ dos seus pecados, e vocês receberão o dom do Espírito Santo” (At 2:38, NAA)
Arrependimento significa mudança radical de direção na vida, afastamento do pecado (At 3:19; 26:20), em vez de simples sentimento de tristeza ou remorso. Juntamente com a fé, o verdadeiro arrependimento é um dom de Deus, mas, como todos os dons, pode ser rejeitado (At 5:31-33; 26:19-21; Rm 2:4).
7. Leia Atos 2:38, 39. Que promessa especial é dada aos que se arrependem e são batizados?
No Pentecostes, as pessoas receberam não apenas o perdão dos pecados, mas também a plenitude do Espírito para o crescimento pessoal, para o serviço na igreja e especialmente para a missão.
Você se lembra de quando era criança e abria presentes em seu aniversário ou no Natal? A emoção de rasgar o papel colorido e desatar laços de fita valia a espera, não importava quantos dias ansiosamente tinham que ser esperados até chegar o momento tão aguardado. Ainda posso sentir a emoção das festividades natalinas da minha infância, quando, repentinamente, surgiam as decorações e as alegres melodias enchiam o ar.
Será que os discípulos experimentaram sentimento semelhante enquanto esperavam a chegada do Espírito Santo? À medida que as horas e os dias iam passando, os discípulos se reuniam para orar, consagrar-se e esperar o cumprimento da promessa. Eles devem ter ficado ansiosos para receber o Consolador prometido, um presente que não tinha número de rastreamento do correio.
Quando o Espírito Santo chegou, homens e mulheres que estavam ali ficaram cheios Dele. Não tiveram dúvida de que o Consolador, longamente aguardado, estava entre eles e dentro deles. Já não eram somente seguidores de Jesus, mas eram também cristãos cheios de poder para curar os doentes e até ressuscitar mortos, como havia feito seu Mestre. Nenhum outro presente, exceto o nascimento de Jesus, causou impacto tão grande no mundo.
O Espírito Santo não foi sentido somente naquele salão do andar superior, mas o som de Sua chegada fez com que multidões de pessoas “de todas as nações do mundo” (At 2:5) se reunissem, espantadas por ouvirem, cada uma, seu próprio idioma sendo falado pelos apóstolos. Que Presente! A descida do Espírito Santo no Pentecostes trouxe consigo o som de um vento impetuoso, línguas de fogo e idiomas diversos! Um Presente comprado não com dinheiro, mas com sangue, lágrimas e sacrifício, um nítido contraste com as compras, a contagem do dinheiro e o bip das máquinas de cartão de crédito que caracterizam o Natal.
Amo receber presentes. Porém, de todos os presentes maravilhosos que já recebi, nenhum se compara ao da presença do Espírito Santo em minha vida. Sou grata porque aquele pequeno grupo de homens e mulheres esperou para poder receber esse precioso Presente, e hoje Ele também está à nossa disposição.
Quantrilla “Quanny” Ard › Hanover, Maryland, EUA