Lição 3
11 a 17 de julho
O poder do discipulado: oração
Prévia da semana: On-off texto-chave de todo este trimestre é o da Grande Comissão, que se encontra em Mateus 28:16-20. Nas semanas anteriores já estudamos sobre como fazer discípulos. Mas antes da ordem “façam discípulos”, Jesus disse: “Foi-Me dada toda a autoridade nos céus e na Terra” (Mt 28:18). A palavra traduzida como “autoridade” é o termo grego exousia, que indica poder para agir, jurisdição, liberdade, direito e domínio. Ao longo dos quatro evangelhos, Jesus usou Sua autoridade para expulsar demônios (Mt 10:1; Mc 3:15), curar enfermos (Mt 9:8; Lc 5:24) e ensinar (Mt 7:29; Mc 1:27). Foi essa mesma autoridade que Seus inimigos questionaram (Mt 21:23-27; Mc 11:27-33; Lc 20:1-8). Essa exousia é o mesmo poder que Cristo concede às pessoas para se tornarem filhos de Deus (Jo 1:12). Em outras palavras, a razão pela qual podemos fazer discípulos é que Jesus recebeu autoridade para usar Seu poder para nos ajudar. O poder do discipulado não provém de programas, estratégias, nem mesmo de líderes e mentores espirituais. Ele provém de Cristo, que continua a expulsar o mal de nossa vida, curar nossas enfermidades (sejam físicas ou espirituais) e nos ensinar a viver como Ele. Embora as pessoas sejam chamadas a fazer discípulos, o poder do discipulado vem de Deus. Nas próximas três semanas, examinaremos os meios pelos quais o poder divino se manifesta no discipulado: a oração, o estudo da Bíblia e o testemunho.
Leitura adicional: Lucas 11:1-13
Domingo, 12 de julho

Copie Lucas 11:1-13 na versão bíblica de sua preferência. Se estiver com pouco tempo, copie somente Lucas 11:9 e 10. Você também pode reescrever as passagens com suas próprias palavras ou fazer um esboço do texto.

 

Mãos à Bíblia

1. Compare Apocalipse 12:7-9, Efésios 6:12 e 2 Coríntios 10:4. Como essas passagens influenciam nossa compreensão da oração intercessória? Assinale a alternativa correta:

A. ( ) Na oração, lutamos apenas contra as tentações da carne.
B. ( ) Batalhamos em oração contra as forças espirituais do mal, os principados e as potestades. Nossa luta não é contra carne nem sangue.

Nesse conflito cósmico, Deus respeita a liberdade humana. Ele jamais manipulará a vontade nem coagirá a consciência. Ele envia Seu Espírito Santo para convencer homens e mulheres da verdade divina (Jo 16:7, 8). Anjos celestiais entram na batalha para influenciar as pessoas para a eternidade (Hb 1:14). Deus também organiza acontecimentos providenciais na vida dessas pessoas para levá-las até Ele.

Segunda-feira, 13 de julho
Aprendendo a não ter vergonha

Não se sabe há quanto tempo os doze discípulos estavam seguindo Jesus e sendo treinados por Ele quando Lhe pediram para que os ensinasse a orar (Lc 11:1-13). O relato de Lucas sugere que Cristo estava orando em determinado lugar (v. 1). O local exato e o tempo dessa comunhão com o Pai não são mencionados por Lucas. A ênfase está na reação dos discípulos e no desejo deles de aprender a orar como Seu Mestre.

Isso revela alguns fatos. Primeiramente, a oração não é um talento, um dom ou uma habilidade natural. Alguns podem considerar o hábito de orar uma habilidade especial a qual apenas algumas pessoas possuem. Outros podem pensar que Deus ouve as orações de alguns, mas não de outros. No entanto, a oração é um diálogo entre o ser humano e Deus, uma habilidade que pode ser desenvolvida. E quem melhor para ensinar a atravessar o abismo que existe entre o Céu e a Terra do que o próprio Cristo? Ele é a ponte entre Deus e a humanidade. Você já perguntou a Jesus como orar? Ironicamente, isso por si só já é uma oração!

Em segundo lugar, havia algo incomum e sobrenatural na oração de Cristo que levou Seus discípulos a pedir que o Mestre os ensinasse. Eles fizeram questão de Lhe perguntar diretamente sobre como orar. Eles devem ter visto muitas outras pessoas orando: sacerdotes, levitas, líderes judeus e até mesmo os discípulos de João Batista. Mas perceberam que a oração de Cristo era diferente de todas as demais.

Depois de pronunciar o Pai Nosso como modelo, Jesus apresentou uma parábola sobre a oração (Lc 11:5-8). Certamente, muitas outras observações podem ser destacadas, mas o clímax está no versículo 8, onde Ele disse: “Embora ele não se levante para dar-lhe o pão por ser seu amigo, por causa da importunação se levantará e lhe dará tudo o que precisar.” A palavra grega traduzida como amigo é philo, que indica um amigo íntimo, não um mero conhecido. O que levou o homem a sair da cama à meia-noite e correr o risco de acordar os filhos ou até mesmo ser assaltado por algum bandido? Foi a “importunação”, anaideia no original grego. No Novo testamento, essa palavra somente aparece nessa passagem. Ela significa persistência descarada, falta de vergonha, ousadia desembaraçada. Esse tipo de persistência vai além de uma simples amizade. Faz parte de um relacionamento completamente desimpedido, autêntico, sem nenhum constrangimento ou insegurança.

Mãos à Bíblia

2. Leia Lucas 3:21; 5:16; 9:18. O que esses textos revelam sobre a relação entre a vida de oração de Jesus e Sua efetividade no ministério?

3. Leia Lucas 22:31-34 e Hebreus 7:25. Que garantia Jesus deu a Pedro a fim de prepará-lo para as tentações que ele enfrentaria no futuro breve? Que certeza Ele dá a cada um de nós quando enfrentamos tentações? Os que ganham pecadores para Cristo são pessoas de oração. Jesus orou nominalmente por Pedro. Ele assegurou ao apóstolo que, no momento de sua maior tentação, Ele estaria orando por ele.

Pense Nisto
Por que nossas orações não são mais desimpedidas, ousadas, autênticas e reais?
Mãos à obra
- Volte ao texto que você copiou (Lc 11:1-13) e estude a passagem. - Faça um círculo em torno das palavras/frases/ideias repetidas. - Sublinhe palavras/frases que você achou importantes. - Desenhe setas ligando palavras/frases a outras palavras/frases que estão associadas ou relacionadas. - Escolha um verso favorito do texto-chave desta semana. Escreva-o para ajudar na memorização.
Terça-feira, 14 de julho
Quanto mais!

A  palavra anaideia, em Lucas 11:8, é bastante expressiva. As versões bíblicas em português costumam traduzi-la como “importunação” (ARA, NVI), “incômodo” (Almeida Século 21, NAA) ou “insistência” (BJ, NTLH, NVT). É essa persistência que está no contexto da conhecida promessa de Jesus: “Peçam, e lhes será dado; busquem, e encontrarão; batam, e a porta lhes será aberta. Pois todo o que pede, recebe; o que busca, encontra; e àquele que bate, a porta será aberta” (Lc 11:9, 10). Em nossas orações, ao pedir, buscar e bater, devemos ter atitude persistente e determinada.

Mas, por favor, não entenda mal o contexto da passagem. A persistência está fundamentada no relacionamento. Cristo destacou esses dois elementos na vida de oração. Algumas religiões exigem apenas persistência e determinação para alcançar uma resposta divina. Pense, por exemplo, nos contextos pagãos em que ofertas e rituais automáticos são realizados buscando-se o favor dos deuses. Mas a verdade é que não existe efeito simplesmente na persistência do devoto.

Por outro lado, alguns cristãos limitam o relacionamento com Deus à mera crença em Sua existência. ­Tiago diz: “Você crê que existe um só Deus? Muito bem! Até mesmo os demônios creem e tremem!” (Tg 2:19). Ter relacionamento com Deus, um relacionamento verdadeiro, intenso, fervoroso e apaixonado, resulta naturalmente em persistência, porque passamos a conhecer melhor Sua Pessoa e desenvolvemos intimidade e confiança. Essa intensidade foi destacada na afirmação de Cristo: “Se vocês, apesar de serem maus, sabem dar boas coisas aos seus filhos, quanto mais o Pai que está nos Céus dará o Espírito Santo a quem O pedir!” (Lc 11:13). Em outras palavras, se nós, pecadores egoístas, somos capazes de fazer boas coisas para nossos filhos e amigos, quanto mais um Ser infinitamente perfeito pode fazer coisas boas para Seus filhos persistentes?

Essa combinação de persistência (hábitos) e relacionamento (amizade) é observada na vida de Martinho Lutero (1483-1546). “Do local secreto de oração veio o poder que abalou o mundo na grande Reforma. Ali, com santa calma, os servos do Senhor colocaram os pés sobre a rocha de Suas promessas. Durante a luta em Augsburgo [Alemanha], Lutero ‘não passou um dia sem dedicar pelo menos três horas à oração, e eram horas escolhidas dentre as mais favoráveis ao estudo’. Na intimidade de seu quarto, ele era ouvido derramando a alma perante Deus em palavras ‘cheias de adoração, temor e esperança, como quando alguém conversa com um amigo’” (Ellen G. White, O Grande Conflito, p. 210, citando J. H. Merle d’Aubigné, History of the Reformation of the Sixteenth Century, livro 14, capítulo 6).

Mãos à Bíblia

4. Leia Efésios 1:15-21. Quais os diferentes pedidos que Paulo fez a Deus em favor dos efésios?

5. Leia Filipenses 1:3-11. Se você recebesse uma carta como essa, como você se sentiria e por quê? Quais promessas e advertências encontramos em suas palavras?

Essas palavras são algumas das mais inspiradoras e encorajadoras da Bíblia. Elas estão repletas de promessas, bem como de apelos para que sejamos preenchidos com o amor, o conhecimento e o discernimento que vêm do conhecimento de Jesus, a fim de que possamos ser tudo o que Deus deseja que sejamos Nele.

Pense Nisto
- Observando o texto bíblico que você copiou e marcou, que ideia principal você destacaria? - Quais perguntas surgem em sua mente? - Você é mais focado no relacionamento (amizade) ou na persistência (hábitos) com Cristo? Como a vida de oração pode envolver mais de ambos os elementos?
Quarta-feira, 15 de julho

Descubra a relação das passagens abaixo com o texto-chave (Lc 11:1-13) da lição desta semana:

  • 1 João 5:13-15
  • Efésios 6:10-18
  • Lucas 18:1-8

Quais outras passagens lhe vêm à mente em conexão com os ensinos de Jesus a respeito da oração?

Mãos à Bíblia

6. Leia Daniel 10:10-14. Quando as orações de Daniel foram ouvidas e o que temporariamente retardou a resposta divina? Assinale a alternativa correta:

A. (   ) Depois de vinte e um dias. O príncipe da Pérsia atrasou a intervenção do anjo.
B. (   ) Depois de três meses. A resposta foi retardada por causa do príncipe grego.

Quinta-feira, 16 de julho
Asfixia espiritual

Na vida cristã, o “novo homem” nasce em Cristo, e o “velho homem” deve ser sepultado diariamente (veja Rm 6:6; Ef 4:22-24). A exemplo do corpo físico, na vida espiritual há três coisas essenciais que não podem faltar. A primeira delas será abordada nesta lição, as outras duas serão analisadas nas próximas semanas.

A vida espiritual necessita de oração tanto quanto o corpo físico de ar. Sem ar, o corpo é privado de oxigênio. O resultado inevitável será mal-estar, fraqueza e fadiga. Na agitação da vida, a maioria dos cristãos simplesmente não ora o suficiente. As orações muitas vezes se limitam à hora das refeições, aos cultos da igreja e aos momentos de extrema necessidade. Na vida espiritual é preciso orar constantemente.
O ­apóstolo Paulo disse: “Orem sem cessar” (1Ts 5:17, NAA). O ar fresco fornece energia, disposição e vitalidade ao corpo. A falta de oração resulta em fraqueza na fé, desânimo na caminhada com Cristo e pode nos levar à morte espiritual. A asfixia é um dos métodos mais rápidos de morrer física e espiritualmente.

Primeiramente, o hábito da oração deve ser desenvolvido por meio de disciplina. Embora esta palavra provoque aversão em muitas pessoas, a disciplina é essencial para o discípulo de Cristo. É da vontade de Deus que desenvolvamos o hábito da oração regular (veja 1Ts 5:16-18). A salvação é efetuada por meio do sangue de Jesus e não inclui nossos méritos, mas devemos desenvolver práticas que nos mantenham na salvação concedida por Cristo. Sem o poder da oração, os discípulos se desligam de Deus e muitos acabam abandonando o rebanho de Cristo de maneira gradual e quase imperceptível.

Em segundo lugar, por meio da oração reconhecemos o fato de que estamos em meio a uma batalha espiritual. Os oponentes do mal querem destruir a fé dos seguidores de Cristo. A oração é uma arma de defesa e ataque contra as forças das trevas. Satanás não ataca diretamente, ele procura nos manter afastados do poder divino que é obtido por meio da oração. Seja pela monotonia da vida devocional ou pelo vazio das orações, ele nos tenta a encarar a oração como um hábito banal e tedioso.

Por último, a convicção da presença do Espírito Santo em nossa vida é o que faz com que oremos de forma relacional e persistente. Não se trata de ­fórmulas, mecanismos e estruturas de oração, mas da conexão entre duas pessoas que estão unidas por meio de um relacionamento vivo. É o tempo que passamos juntos, apesar das pressões do cotidiano; é o encontro de pensamentos, emoções e a troca que há entre eles; é o fluxo sobrenatural de poderosas bênçãos enviadas do Céu para a Terra, do divino para o humano, de Deus para nós. É respirar o ar celestial exatamente como Jesus fazia.

Mãos à Bíblia

7. Leia 1 Samuel 12:22-24 e Jó 16:21. O que essas duas passagens têm em comum e o que elas revelam sobre a oração intercessória? Assinale a alternativa correta:

A. (   ) A grande necessidade da oração intercessória e súplica em favor do homem.
B. (   ) Vemos que a oração intercessória é dispensável.

8. Leia 1 João 5:14-16. O que acontece quando intercedemos pelos outros? Assinale “V” para verdadeiro ou “F” para falso:

A. (   ) Deus salva a vida das pessoas por quem oramos.
B. (   ) Deus força o coração das pessoas por quem oramos.

Pense Nisto
- O que Lucas 11:1-13 revela sobre Jesus? - O que Jesus está dizendo a você por meio desse texto? - Você passou a ver Jesus sob nova perspectiva depois desta lição? - Como você reage ao ver Cristo dessa forma?
Sexta-feira, 17 de julho
O poder da oração

A oração é a respiração da alma. É o segredo do poder espiritual. Nenhum outro recurso da graça pode substituí-la e, ao mesmo tempo, a saúde da alma ser conservada. A oração coloca a pessoa em contato imediato com a Fonte da vida, e fortalece os nervos e músculos da experiência religiosa. Se a prática da oração for negligenciada, ou se ela for feita de vez em quando, quando parecer conveniente, você perderá a firmeza em Deus. As aptidões espirituais perdem a vitalidade; a experiência religiosa não tem saúde e vigor” (Ellen G. White, Só Para Jovens, p. 99, 100).

“A oração é ordenada pelo Céu como meio de alcançar êxito no conflito com o pecado e no desenvolvimento do caráter cristão. As influências divinas que vêm em resposta à oração da fé produzirão no coração do suplicante tudo o que ele pleiteia. Podemos pedir o perdão do pecado, o Espírito Santo, a natureza cristã, sabedoria e força para Sua obra, todos os dons, enfim, que Ele prometeu, e a promessa é: ‘Você receberá’” (Mt 21:22; Ellen G. White, Atos dos Apóstolos, p. 564).

“Satanás apresenta aos jovens muitas tentações. Ele está jogando o jogo da vida, buscando ganhar a alma deles, e não deixa de usar meio algum para os seduzir e arruinar. Mas Deus não os deixa lutando sozinhos contra o tentador. Eles têm um Ajudador todo-poderoso. Muito mais forte que seu inimigo é Aquele que neste mundo, e em natureza humana, enfrentou e venceu Satanás, resistindo a todas as tentações que hoje assediam os jovens. Ele é seu Irmão mais velho. Sente por eles profundo e terno interesse. Vigia-os em constante cuidado, e alegra-Se quando buscam agradar-Lhe. Quando oram, Ele mistura com essas orações o incenso da Sua justiça e as oferece a Deus como um sacrifício de aroma agradável. Em Seu poder, os jovens podem suportar as dificuldades como bons soldados da cruz. Fortalecidos com o Seu poder, são habilitados a alcançar os altos ideais que estão diante deles. O sacrifício realizado no Calvário é a garantia de sua vitória” (Ellen G. White, Mensagens aos Jovens, p. 95, 96).

“Jacó prevaleceu porque foi perseverante e resoluto. Sua experiência testifica do poder da oração insistente. É agora que devemos aprender essa lição de oração que prevalece, de uma fé que não desiste. As maiores vitórias da igreja de Cristo, ou do cristão em particular, não são as que são ganhas pelo talento ou educação, pela riqueza ou favor dos homens. São as vitórias obtidas na sala de audiência de Deus, quando uma fé cheia de ardor e agonia se apega ao forte braço do Onipotente” (Ellen G. White, Patriarcas e Profetas, p. 203).

“Já não oramos muito; mas agradecemos menos ainda! Caso a amorável bondade de Deus suscitasse mais ações de graças e louvores, teríamos incomparavelmente mais poder na oração. Teríamos mais e mais abundância do amor de Deus, e mais e mais motivos pelos quais louvá-Lo. Você, que se queixa de que Deus não lhe atende as orações, mude a presente ordem de coisas, e misture louvores às suas petições. Quando considerar Sua bondade e misericórdias, poderá verificar que Ele supre suas necessidades” (Ellen G. White, Testemunhos Para a Igreja, v. 5, p. 317).

 

DISCUSSÃO

Compartilhe com sua classe o que você extraiu desta lição. Por exemplo: descobertas, observações, dúvidas e pontos principais.

Perguntas sugestivas para ser discutidas:
- Com que frequência você ora?
- A oração do Pai Nosso se tornou mais real para você nesta semana?
- Como a oração pode se tornar perigosa quando é apenas persistente, e não relacional?
- Que tipo de ideias equivocadas a respeito da oração podem torná-la sem valor?
- Quantas de suas orações já foram respondidas? De quantas delas você se lembra?

Pense Nisto
- Depois do estudo de Lucas 11:1-13, nesta semana, quais aplicações você pode fazer em sua vida? - Quais práticas você pretende adotar em sua vida devocional e de oração?