Meu voo estava para aterrissar em Londres. Do meu assento junto à janela do avião eu apreciava a vista lá embaixo. O rio Tâmisa, como uma serpente prateada, percorria a metrópole. Pude ver o teto branco da Cúpula do Milênio (Millennium Dome) e contar as pontes sobre o rio. O Palácio de Buckingham era tão pequeno que eu podia colocá-lo em minha bolsa.
Seguimos rumo ao aeroporto Heathrow, passando pelo colorido Jardim Botânico Real (Kew Gardens) e pelos belos ângulos do Palácio da Corte de Hampton. Levantei o olhar e pude ver nuvens brancas cortadas por raios solares. Então o avião aterrissou.
Ao desfrutar aquela vista panorâmica, sentada na poltrona 27A do avião, tive um pequeno vislumbre da visão que Deus tem de mim. Aqui, em terra, sinto-me prisioneira da minha própria rotina. Posso ver somente o que está dentro da minha casa ou, no máximo, ao redor dela. Lá em cima, tudo o que eu possuo parece tão pequeno como uma conchinha numa praia banhada pelas ondas.
Às vezes, gosto de me sentar numa poltrona diferente, a poltrona que fica do lado de Deus. Procuro olhar para o mundo com a perspectiva Dele, que é bem mais ampla do que a vista que tive da janela do avião. Quando olho para as coisas através dos olhos de Deus, e encontro meu lugar no Universo, tudo o que possuo se torna insignificante. Vejo as necessidades dos outros, e não apenas meus desejos. Vejo Deus olhando para a frente, ansioso de pôr fim ao sofrimento que Ele contempla em toda parte.
Imagino que haja lágrimas em Seus olhos quando contempla o caos reinante em nosso mundo. Em Sua onisciência, Ele conhece o drama que cada pessoa vive: lutas, falta de esperança, solidão, temor e lágrimas.
“Karen”, diz Ele, “Eu posso vê-los, mas eles não podem Me ver. É sua responsabilidade usar tudo o que Eu lhe dei – dons, tempo, recursos, energia, amor, tudo, para compartilhar com todos os que você encontrar. Essa é a melhor maneira pela qual eles podem ver quanto os amo. Não se preocupe com nada. Quanto mais você compartilhar as boas-novas do evangelho, mais bênçãos receberá. Juntos podemos fazer a diferença. Confie em Mim.”
Karen Holford | Hemel Hempstead, Reino Unido
1. Leia Mateus 22:37, 38, Atos 17:28, Efésios 5:15-17 e Colossenses 3:23. Como podemos colocar Deus em primeiro lugar em nossa vida?
De todos os exemplos de pessoas que buscaram o Senhor em primeiro lugar, é evidente que nenhum é melhor do que Jesus. Cristo colocava Seu Pai em primeiro lugar em todas as coisas. Percebemos essa prioridade durante Sua visita a Jerusalém, por ocasião da Páscoa, quando Ele ainda era uma criança. Quando foi confrontado por Sua mãe, que O havia encontrado “no templo”, Jesus lhe disse: “Não sabíeis que Me cumpria estar na casa de Meu Pai?” (Lc 2:46, 49).
Ao longo de Sua vida, Jesus almejava comunhão com Seu Pai, como vemos em Sua vida habitual de oração. Os discípulos não entendiam plenamente esse hábito. Nenhum poder das trevas pôde separar Jesus do Pai, pois Ele tinha o hábito de Se manter totalmente conectado com Deus.
Observe seu currículo mais recente. O que você já fez? Tudo o que está nele foi realizado e conquistado para satisfazer seus desejos e ambições ou foi a trajetória de um mordomo que deseja servir a Deus e ao próximo?
Peter Block oferece uma trilogia sucinta: “Mordomia é honrar aquilo que lhe é dado, usar o poder com bondade e servir a propósitos maiores do que a si mesmo.”1 Tudo neste mundo nos foi dado de presente no dia em que nascemos. É nosso privilégio honrar esse legado como retribuição ao Doador. A economia celestial reconhece que somos apenas arrendatários das coisas que pertencem a Deus.
Os mordomos do Senhor têm consciência da sua responsabilidade pelo meio ambiente. Devem ser pacificadores em meio aos conflitos e tensões que afetam a humanidade. Nosso papel é administrar com sabedoria todas as coisas que nos foram confiadas. O que Jesus faria? Nosso desafio é desenvolver habilidades e consciência espiritual de tal maneira que possamos glorificar o nome de Deus.
Uma pressuposição comum na economia popular é que trabalhamos melhor quando buscamos nossos próprios interesses. Uma teoria diz que somos motivados pela ganância e pela avareza, e que o crescimento econômico produzido pela competição de mercado diminui a pobreza.
Embora seja verdade que as pessoas são receptivas a recompensas, o cristão se identifica com propósitos maiores do que o interesse próprio. John F. Kennedy, um dos mais famosos presidentes dos Estados Unidos, disse: “Não pergunte o que seu país pode fazer por você; pergunte o que você pode fazer por seu país.”2 Em outras palavras, não devemos esperar somente pelo que Deus pode fazer por nós, mas buscar a direção do Seu Espírito para fazer o que Ele espera que façamos por este mundo.
1. Peter Block, Stewardship: Choosing Service Over Self-interest (Portland, Ore.: ReadHowYouWant Publishers, 2014), p. 22.
2. Http://voicesofdemocracy.umd.edu/kennedy-inaugural-address-speech-text/.
Victor Pilmoor | Watford, Reino Unido
2. Leia Lucas 12:35-48. Como devemos nos relacionar com a questão da segunda vinda de Jesus? Assinale a alternativa correta:
A.( ) Devemos fazer o que bem entendemos, pois Ele demorará para voltar.
B.( ) Devemos buscá-Lo e aguardá-Lo com vigilância e oração.
A mordomia deve ser praticada habitualmente à luz do retorno de Jesus. O caráter dos mordomos infiéis que agem como fiéis será finalmente revelado por suas ações, pois mordomos verdadeiros e fiéis desempenham suas responsabilidades, vigiando e trabalhando como se o mestre estivesse presente. Eles vivem para o futuro e trabalham fielmente dia a dia. “Pois a nossa pátria está nos Céus, de onde também aguardamos o Salvador, o Senhor Jesus Cristo” (Fp 3:20).
Abraão aguardava uma cidade eterna (Hb 11:10), e Paulo, o retorno de Cristo (Hb 10:25). Eles pensavam no futuro; esperavam, planejavam e estavam prontos para encontrar Jesus. Devemos também desenvolver esse hábito de contemplar fixamente o futuro, aguardando o ponto culminante do evangelho (Tt 2:13).
Buscar a Deus em primeiro lugar (Jr 29:13). Pesquisas recentes revelam que leva cerca de 66 dias para que um novo hábito se torne automático. A mordomia cristã tem a ver com o desenvolvimento de hábitos que finalmente se tornam parte integrante do estilo de vida. Buscar a Deus em primeiro lugar deve ser um desses hábitos.
John Wesley disse: “Temos necessidade de nos afastar do mundo, pelo menos de manhã e à noite, para conversar com Deus, para comungar mais livremente com nosso Pai que está em secreto.”1 Deus deve ocupar o centro da nossa vida e a submissão à Sua vontade deve ser nossa principal preocupação. Não é suficiente simplesmente ler a Bíblia. É preciso estudar a Palavra de Deus com oração para enxergar nossos erros e pecados. Somente assim seremos transformados.
Aguardar a volta de Jesus (Hb 11:10). O texto de Hebreus 11 tem sido chamado de “a galeria dos heróis da fé”. Nesse capítulo encontramos uma lista de personagens bíblicos que acreditaram que o impossível era possível por meio do poder divino. A fé revelada por Abraão o capacitou a crer que teria um filho em idade avançada. Além disso, ele também “esperava a cidade que Deus planejou e construiu, a cidade que tem alicerces que não podem ser destruídos” (Hb 11:10, NTLH).
O inimigo usa todas as suas artimanhas para nos convencer de que não precisamos tomar decisões nem mudar nossos hábitos para melhor servir a Deus. No entanto, como mordomos do Senhor, sabemos que um dia prestaremos contas a Ele. Portanto, diariamente necessitamos tomar decisões ao lado da verdade para que sejamos encontrados como mordomos fiéis quando o Salvador regressar.
Usar o tempo sabiamente (Ef 5:16). Em Efésios 5:16, o apóstolo Paulo nos encoraja a aproveitar “ao máximo cada oportunidade”. O mordomo diligente sabe que o tempo é um dos mais preciosos presentes divinos dados aos seres humanos. Ele administra seu tempo aproveitando cada minuto.
Em nossos dias, há muito desperdício de tempo. Muitas horas são gastas com os “deuses da tecnologia”. Precisamos administrar esse valioso presente, um dom da graça divina. O salmista Davi comparou o tempo a um “sopro” (Sl 39:5), o patriarca Jó o descreveu como “uma sombra” (Jó 8:9), e o apóstolo Tiago disse que o tempo é “uma neblina” (Tg 4:14).
“E digo isto a vós outros que conheceis o tempo: já é hora de vos despertardes do sono; porque a nossa salvação está, agora, mais perto do que quando no princípio cremos. Vai alta a noite, e vem chegando o dia. Deixemos, pois, as obras das trevas e revistamo-nos das armas da luz” (Rm 13:11, 12).
Manter a mente e o corpo saudáveis (1Ts 5:23). O fiel mordomo mantém e promove hábitos saudáveis. Eles incluem não somente a saúde física, mas também a mental e a espiritual. Manter boa forma física, o bem-estar emocional e a vitalidade, gera atitudes positivas e resiliência diante dos desafios da vida cotidiana.
Porém, é preciso também manter ligação ininterrupta com nosso Pai celestial, porque “alguns dias, embora não consigamos orar, a oração sairá espontaneamente […] e embora estejamos sem fé, a verdade entrará em nosso coração.”2
Para manter corpo e mente saudáveis o mordomo do Senhor precisa controlar sua alimentação, fazer exercícios físicos (caminhar, nadar, correr, frequentar academia, etc.), e se beneficiar da luz solar nos horários permitidos. Quando você se hidrata com água, não somente beneficia o corpo, mas também revigora a mente. É indispensável dormir em horários regulares, tendo um sono tranquilo e reparador. Mas, acima de tudo, manter a confiança em Deus é o mais importante. Portanto, que espírito, alma e corpo sejam conservados saudáveis e sem mancha na vinda de nosso Senhor Jesus Cristo (1Ts 5:23)!
Autodisciplina (1Tm 4:8). “O exercício corporal é bom, porém o exercício espiritual é muito mais importante, e é um revigorante para tudo o que você faz. Portanto, exercite-se espiritualmente e empenhe-se em ser um cristão cada vez melhor, porque isso o ajudará, não só agora, nesta vida, mas também na vida futura” (1Tm 4:8, Bíblia Viva). O rei Salomão foi o homem mais sábio que já viveu. Quando era jovem, levou uma vida ordenada e moderada, mas com o tempo perdeu o domínio próprio e “seu coração já não era totalmente dedicado ao Senhor, o seu Deus” (1Rs 11:4).
Um bom mordomo do Senhor entende o valor do domínio próprio, escolhendo a integridade em lugar da autossatisfação, e não permite que seus anseios e desejos terrestres atrapalhem sua meta de alcançar o Céu.
1. John Wesley, The Works of the Reverend John Wesley, v. 1 (New York, NY: The Methodist Book Concern, 1831), p. 212.
2. Carol Ann Duffy, Selected Poems (New York, NY: Penguin Global, 2009), p. 91.
Catherine Anthony Boldeau | Hertfordshire, Reino Unido
3. O que os seguintes textos ensinam sobre o nosso tempo na Terra? Tg 4:14; Sl 39:4, 5; 90:10, 12; Ec 3:6-8. Qual é o valor do nosso tempo? Assinale “V” para verdadeiro ou “F” para falso:
A.( ) Temos pouco tempo; devemos desfrutar os prazeres terrestres.
B.( ) Somos como a neblina passageira; nossos dias na Terra são muito curtos. Precisamos usar com sabedoria o tempo que temos aqui.
Visto que o tempo é tão limitado e não volta atrás, é importante que os cristãos o administrem bem.
Portanto, devemos desenvolver o hábito de usar o tempo com sabedoria, concentrando-nos naquilo que é importante nesta vida e na vida futura. Devemos administrar o tempo com base no que a Palavra de Deus revela como sendo importante, pois uma vez que o tempo acaba, ele não pode ser renovado. Se perdemos dinheiro, podemos recuperá-lo, e talvez obter até mais do que o montante perdido. Não é assim com o tempo. Um minuto perdido está perdido para sempre. É mais fácil colocar um ovo quebrado de volta em sua casca do que voltar um momento no passado. O tempo é um dos bens mais preciosos que Deus nos deu. Então, é importante desenvolver o hábito de aproveitar ao máximo cada momento.
O tempo é precioso. Não devemos desperdiçá-lo, pois prestaremos contas dele a Deus. Ele deve ser usado em tudo para a glorificar o Criador.
“Jesus Cristo é nossa pedra de toque espiritual. Ele revela o Pai. Coisa alguma deve ser dada como alimento ao cérebro que traga à mente alguma névoa ou nuvem em relação à Palavra de Deus. Nenhuma desatenção negligente deve ser mostrada em relação ao cultivo do solo do coração.”1
“Do justo emprego do tempo depende nosso êxito no conhecimento e cultura mental. A cultura do intelecto não precisa ser tolhida por pobreza, origem humilde ou circunstâncias desfavoráveis, contanto que se aproveitem os momentos. Alguns momentos aqui e outros ali, que poderiam ser dissipados em conversas inúteis; as horas matutinas tantas vezes desperdiçadas no leito; o tempo gasto em viagens de bonde ou trem; ou em espera na estação; os minutos de espera pelas refeições, de espera pelos que são impontuais – caso houvesse um livro à mão, e esses retalhos de tempo fossem empregados estudando, lendo ou meditando, o que não poderia ser conseguido! O propósito resoluto, a aplicação persistente e cautelosa economia de tempo habilitarão os homens para adquirirem conhecimento e disciplina mental que os qualificarão para quase qualquer posição de influência e utilidade.
“É o dever de todo cristão adotar hábitos de ordem, perfeição e presteza. […] Decidam quanto tempo requer certo trabalho, e então se esforcem para executá-lo no dado tempo. O exercício da força de vontade tornará as mãos mais ágeis.”2
“Se cada momento fosse devidamente avaliado e empregado do modo adequado, teríamos tempo para tudo que necessitamos fazer para nós mesmos ou para o mundo. No emprego do dinheiro, no uso do tempo, das energias e das oportunidades devemos nos voltar para Deus em busca de direção.”3
1. Ellen G. White, Mente, Caráter e Personalidade, v. 1, p. 92.
2.___________ , Parábolas de Jesus, p. 343, 344.
3. ___________ , A Ciência do Bom Viver, p. 208.
Bernie Holford | Hemel Hempstead, Reino Unido
4. Leia Atos 3:21 e Apocalipse 21:1-5. Que esperança encontramos nessas passagens? Como devemos viver enquanto esperamos essa restauração final?
Quando esteve na Terra, Cristo trabalhou incansavelmente em favor da elevação espiritual, mental e física da humanidade. Tudo isso foi um precursor da restauração final que Ele realizará no fim dos tempos. O ministério de cura de Jesus prova que Deus deseja que tenhamos tanta saúde quanto possível até que venha o fim. Portanto, os mordomos devem desenvolver hábitos que promovam um estilo de vida saudável para a mente e o corpo.
Tornar-se um mordomo de Deus não é algo que ocorre por acidente. A mordomia cristã é um estilo de vida que precisa ser desenvolvido, não acontece do dia para a noite. Peça a Deus que o conduza na formação dos cinco hábitos abaixo:
Hábito 1: Colocar Deus em primeiro lugar. Comece e termine seu dia com Deus. Coloque Deus antes do Facebook, dos estudos, do trabalho, do esporte, do celular e de qualquer outra coisa que atrapalhe Sua prioridade. Cristo disse: “Ame o Senhor, o seu Deus de todo o seu coração, de toda a sua alma e de todo o seu entendimento. Este é o primeiro e maior mandamento” (Mt 22:37, 38). Ordenar as prioridades é algo fundamental para a santificação. Mas você ficará surpreso com
as bênçãos que receberá.
Hábito 2: Desenvolver a autodisciplina. Ninguém pode fazer isso por você. O Senhor usou Paulo e Pedro para mudar o mundo depois que eles aprenderam a se disciplinar sob o poder do Espírito Santo.
Hábito 3: Manter-se saudável. Não podemos servir inteiramente a Deus se não estamos bem. Nossa mensagem de saúde contém conselhos e orientações claras a respeito do estilo de vida saudável. Até mesmo pessoas não adventistas têm sido beneficiadas com sua prática.
Hábito 4: Administrar o tempo. No mundo agitado em que vivemos, a administração do tempo é de vital importância. Elaborar um bom planejamento do tempo é a melhor maneira de ter tempo para Deus, conseguir fazer as coisas, reduzir o estresse e ser bem-sucedido na vida.
Hábito 5: Imitar o exemplo de Cristo. “A infância de Jesus, passada na pobreza, não foi contaminada pelos hábitos artificiais de uma era corrupta. […] As horas de maior felicidade para Ele eram aquelas em que podia Se afastar do cenário de Seus labores e ir para o campo a meditar nos quietos vales, a entreter comunhão com Deus […]. O amanhecer O encontrava muitas vezes em algum lugar retirado, meditando, examinando as Escrituras, ou em oração. Com cânticos saudava a luz matinal. Com hinos de gratidão alegrava Suas horas de labor, e levava a alegria celestial ao cansado e ao abatido” (Ellen G. White, A Ciência do Bom Viver, p. 52).
Mike Lewis | Crieff, Escócia
5. Leia 1 Coríntios 9:24-27. Qual é a mensagem do texto? O que está em jogo quando a questão é a moderação?
“Multiplicam-se os ardis de Satanás para a destruição. Todos quantos querem aperfeiçoar a santidade no temor de Deus têm que aprender as lições da temperança e do domínio próprio. Essa autodisciplina é essencial àquela resistência mental e visão espiritual que nos habilitarão para compreender e praticar as sagradas verdades da Palavra de Deus” (Ellen G. White,
O Desejado de Todas as Nações, p. 101).
Minha passagem preferida da Bíblia é Gálatas 2:20: “Já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim”. Não é uma promessa de esperança, nem uma passagem de conforto, mas uma declaração de fé do seguidor de Cristo. A metáfora que gosto de usar é a ideia de que Cristo está gerenciando minha vida. E se Ele está no comando, já não sou eu quem a dirige, mas o Espírito Santo que habita em mim.
Tudo seria perfeito se não fossem as palavras da segunda parte da passagem: “E esse viver que, agora, tenho na carne…” (Gl 2:20). Isso revela uma luta constante contra a inclinação para o pecado. Embora Paulo tenha levantado o problema, ele apresentou também a solução. E a solução é viver “pela fé no Filho de Deus, que me amou e a Si mesmo Se entregou por mim” (Gl 2:20). O teólogo anglicano John Stott definiu graça como “o amor que se importa e desce de sua posição para poder salvar.”1
No futebol, o papel do técnico é fundamental. Houve uma época em que o time do Manchester United fez muito sucesso. Foi a capacidade de liderança do seu técnico, Alex Ferguson, que fez com que a equipe ganhasse taças e troféus em todas as temporadas!
Você consegue imaginar o que aconteceria à igreja se convidássemos o Senhor para ser nosso gerente e aceitássemos Sua liderança em tudo? Se deixássemos para trás slogans, clichês religiosos e estratégias humanas? Imagine uma igreja em que os problemas de liderança, apostasia, falta de comprometimento, dificuldades financeiras e divisão fossem lembranças do passado, pelo fato de Deus estar inteiramente no controle!
O hino de Frances R. Havergal resume a essência da mordomia cristã: “Toma, ó Deus, em Tua mão, como está, meu coração.”2 Espero que não apenas entendamos o significado dessas palavras, mas também as vivamos.
1. John Stott, “What Is Grace?” http://www.christianity.com/theology/what-is-grace.html, acessado em 17 de outubro de 2016.
2. Frances R. Havergal, “Toma, ó Deus, Meu Coração”, (Hinário Adventista, 298).
Dave Neal | St. Albans, Reino Unido