Copie Daniel 5 na versão bíblica de sua preferência. Se estiver com pouco tempo, copie somente Daniel 5:18-28. Você também pode reescrever as passagens com suas palavras ou fazer um esboço do capítulo.
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1. Leia Daniel 4:1-33. O que aconteceu com o rei? Por quê?
Deus concedeu a Nabucodonosor um segundo sonho. Dessa vez, o rei não se esqueceu do sonho. No sonho, o rei tinha visto uma grande árvore que alcançava o Céu e um ser celestial ordenando que ela fosse cortada. As árvores são comumente usadas na Bíblia como símbolos de reis, nações e impérios (Ez 17; 31; Os 14; Zc 11:1, 2; Lc 23:31). Portanto, a grande árvore era uma representação apropriada de um rei arrogante. Reconhecendo a gravidade do sonho, o profeta, fiel à mensagem transmitida no sonho, disse que a mensagem dizia respeito ao próprio rei.
2. De acordo com Daniel 4:30, qual declaração do rei revela que ele ainda não compreendia a advertência que o Senhor lhe havia comunicado?
A cidade de Babilônia foi cercada pelo exército de Ciro, rei da Medo-Pérsia. Ela era considerada uma fortaleza impenetrável. Em seus armazéns e depósitos havia alimento estocado suficiente para vários anos.
Belsazar, rei da Babilônia, estava oferecendo uma grande festa, regada a muita bebida. Em meio a toda aquela orgia, ele ordenou que fossem trazidos os vasos sagrados que Nabucodonosor, seu avô, havia saqueado do templo de Salomão quando invadiu e destruiu Jerusalém. O rei e seus súditos começaram a beber neles. Eles profanaram esses utensílios que tinham sido consagrados ao Senhor e exaltaram seus deuses.
De repente, de maneira sobrenatural, apareceu a mão escrevendo uma mensagem na parede do salão de festas do palácio. A música cessou. Num momento de sobriedade instantânea, os joelhos do rei começaram a bater um no outro. Mandaram chamar Daniel para interpretar a escrita na parede.
Daniel entrou, e começou a recapitular a história de como o Deus dos Céus havia feito Nabucodonosor se humilhar e viver como um animal selvagem durante sete anos. Depois, deu uma aula teológica sobre prestação de contas a Deus, dizendo: “Mas tu, Belsazar, seu sucessor, não te humilhaste, embora soubesses de tudo isso. Pelo contrário, tu te exaltaste acima do Senhor dos Céus” (Dn 5:22, 23). E, finalmente, Daniel deu a interpretação da escrita na parede, que predizia a queda de Babilônia. Naquela mesma noite, Babilônia caiu diante dos medos e dos persas.
As palavras de Daniel para Belsazar, “embora soubesses de tudo isso”, soam como advertência para os que hoje estão vivendo longe dos caminhos do Senhor. A questão não é quanto você sabe, mas o que faz com o que sabe. Belsazar teve oportunidade de conhecer a respeito do Deus de Daniel. Ele sabia da história da humilhação e conversão de seu avô, Nabucodonosor.
Mesmo assim, Belsazar viveu como se não conhecesse o Senhor. Ele não se importou com o fato de que um dia teria que prestar contas diante do Rei do Universo.
A lição que podemos extrair da história da morte de Belsazar e da destruição do poderoso império babilônico é uma lição sobre prestação de contas a Deus. “O exemplo de Belsazar brilha como um farol de advertência para nos admoestar sobre o que nunca deveríamos fazer: ignorar ou menosprezar as verdades que recebemos da Palavra de Deus” (Leslie Hardinge, Jesus Is My Judge, p. 74).
Nos dias finais da história terrestre, a luz da revelação divina brilhará sobre os seres humanos como nunca antes. Apocalipse 18 revela que toda a Terra será iluminada com a glória de Deus. Todos terão a chance de tomar uma decisão inteligente. Deus irá revelar ao mundo a luz e a verdade de maneira inédita. Mas “a quem muito foi dado, muito será exigido; e a quem muito foi confiado, muito mais será pedido”
(Lc 12:48). Muita luz é acompanhada de muita responsabilidade. O exemplo de Belsazar é uma advertência aos que desperdiçam e desafiam abertamente os privilégios da luz a eles concedida.
3. Leia Daniel 4:27. Além da advertência sobre o que ocorreria, o que Daniel pediu que o rei fizesse? Por quê? (Ver Provérbios 14:31). Assinale a alternativa correta:
A. ( ) Que ele abandonasse os pecados e fosse misericordioso para com os pobres, pois assim seus dias seriam prolongados.
B. ( ) Que o rei libertasse os hebreus cativos em Babilônia, pois isso estava sendo uma maldição em sua vida.
Daniel não apenas interpretou o sonho, mas também indicou a Nabucodonosor uma solução: “Aceita o meu conselho e põe termo, pela justiça, em teus pecados […] usando de misericórdia para com os pobres; e talvez se prolongue a tua tranquilidade” (Dn 4:27).
Ao cuidar dos aflitos, reconhecemos que Deus é o Proprietário de todas as coisas, nós não somos os donos, mas meros mordomos da propriedade divina.
Veja abaixo os paralelos entre a antiga Babilônia, apresentada em Daniel, e a Babilônia do tempo do fim, descrita no Apocalipse.
- Ambas deixam seus súditos embriagados
(Dn 5:1; Ap 17:2).
- Ambas oferecem vinho em taças de ouro
(Dn 5:3; Ap 17:4).
- Ambas misturam o que é sagrado com o profano
(Dn 5:1-4; Ap 18:1-3).
- Ambas são derrotadas por reis que vêm do oriente
(Is 45:1-5; Ap 16:12).
- Ambas estão construídas sobre o rio Eufrates
(Is 44:27, 28; Ap 16:12; 17:6, 15).
- Ambas caem quando o rio Eufrates se seca
(Is 45:1-5; Ap 16:12, 19)
A queda da antiga Babilônia revela características de como irá cair a Babilônia mística do livro do Apocalipse. A queda da antiga Babilônia ocorreu por causa da rejeição da luz e da verdade. A queda da Babilônia do tempo do fim ocorrerá pelo mesmo motivo.
Perante Deus, a responsabilidade de todas as pessoas é a mesma? “O teste de Deus para os pagãos, que não possuem a luz, e para os que moram onde o conhecimento da verdade e a luz têm sido abundantes, é totalmente diferente. Ele aceita, da parte dos que vivem em culturas pagãs, um tipo de justiça que não O satisfaz quando é oferecido pelos que vivem em sociedades cristãs. Ele não exige muito das pessoas a quem não foi concedido muito” (Ellen G. White, Comentário Bíblico Adventista do Sétimo Dia, v. 5, p. 1252).
Tiago 4:17 declara: “Quem sabe que deve fazer o bem e não o faz, comete pecado”. O princípio que emerge é que a responsabilidade é diretamente proporcional à quantidade de luz concedida. Menos luz significa menos responsabilidade; mais luz significa mais responsabilidade.
4. Leia 2 Reis 20:2-5; Jonas 3:10 e Jeremias 18:7, 8. Com base nesses textos, o rei teve a chance de evitar o castigo? Assinale a alternativa correta:
A. ( ) O castigo poderia ter sido evitado; porém, Nabucodonosor permaneceu irredutível em seu orgulho.
B. ( ) O castigo não poderia ter sido evitado, pois o rei estava predestinado a sofrer essa humilhação.
Nabucodonosor precisou aprender da maneira mais difícil. A disciplina aplicada a Nabucodonosor também deveria ser uma lição a todos nós.
Descubra a relação das passagens abaixo com o texto bíblico-chave (Daniel 5) da lição desta semana:
João 9:41; 12:35; 13:17
2 Pedro 2:21
Apocalipse 16:12; 18:1-10
Isaías 45:1
Quais outras passagens lhe vêm à mente em conexão com Daniel 5?
5. De acordo com Daniel 4:34-37, como e por que as coisas mudaram para o rei?
Deus permitiu que Nabucodonosor fosse acometido por uma doença estranha, mas no fim Ele prontamente o restaurou a um estado mental sadio. Curiosamente, tudo mudou quando o rei enfermo levantou os olhos para o Céu (Dn 4:34). Certamente, grandes mudanças podem acontecer quando levantamos nossos olhos para o Céu.
Deus nos ama e deseja revelar-Se a nós. Ele faz isso através da natureza, de Sua Palavra e, especialmente, por meio do Seu Filho, Jesus Cristo. O conhecimento de Deus traz consigo grandes bênçãos, mas também a responsabilidade da prestação de contas.
Prestação de contas é uma expressão que parece estar ligada a qualquer coisa, menos a um relacionamento. Geralmente, quando falamos em prestação de contas, pensamos em uma autoridade ou instituição. Mas, em sentido relacional, nós também precisamos prestar contas à nossa família, filhos, cônjuge, ou seja, devemos satisfações a eles. Não pode existir relacionamento genuíno sem prestação de contas.
Em outras palavras, a prestação de contas implica o envolvimento de seres morais livres e inteligentes. Relacionamento, amor e intimidade somente podem existir onde há agentes morais livres. O livre-arbítrio vem acompanhado da prestação de contas, uma coisa não pode existir sem a outra.
Em nosso relacionamento com o Senhor, precisamos sempre nos lembrar de que temos que prestar contas a um Ser que é o Modelo supremo de justiça e amor. Nunca haverá um mal-entendido, porque Ele é onisciente. Nunca haverá injustiça, porque Ele é justiça. Sempre haverá misericórdia, porque Ele é misericórdia. Portanto, seja grato em todas as circunstâncias do seu caminhar com Cristo, pois Aquele que nos avalia é fiel!
6. O rei arrependido declarou: “Todos os moradores da Terra são por Ele reputados em nada” (Dn 4:35). Dado o contexto, que ponto importante ele estava apresentando?
Como sabemos que Nabucodonosor aceitou o Deus verdadeiro? Encontramos uma grande evidência no fato de que o próprio rei é o autor do capítulo 4 de Daniel. O rei passou a ter um conjunto diferente de valores e reconheceu as limitações do poder humano. Em uma profunda oração de ação de graças, ele exaltou o poder do Deus de Daniel e admitiu que “todos os moradores da Terra são por Ele reputados em nada” (Dn 4:35).
7. Leia Filipenses 2:1-11. O que encontramos nesse texto que deveria erradicar o orgulho em nossa vida?
"Diante dessa aterrorizada aglomeração, Daniel, sem se abalar com as promessas do rei, permanecia na tranquila dignidade de um servo do Altíssimo, não para pronunciar palavras de adulação, mas para interpretar uma mensagem de condenação. ‘Os teus presentes fiquem contigo’, ele disse, ‘e dá os teus prêmios a outrem; todavia, lerei ao rei a escritura e lhe farei saber a interpretação’ (Dn 5:17, ARA).
“O profeta primeiro lembrou a Belsazar assuntos que lhe eram familiares, mas que não lhe haviam ensinado a lição de humildade que poderia tê-lo salvo. Ele falou do pecado e da queda de Nabucodonosor, e de como o Senhor lidou com ele – o domínio e a glória que lhe foram concedidos, o juízo divino por seu orgulho e o subsequente reconhecimento do poder e da misericórdia do Deus de Israel; e então, com palavras ousadas e enfáticas, ele repreendeu Belsazar por sua grande impiedade. Daniel expôs o pecado do rei diante dele, mostrando-lhe as lições que ele poderia ter aprendido mas não aprendeu. […] A oportunidade de conhecer e obedecer ao verdadeiro Deus lhe havia sido dada, mas não foi levada ao coração, e ele estava prestes a colher as consequências de sua rebelião.
“Tornando à mensagem do Céu escrita na parede, o profeta leu: ‘Mene, Mene, Tequel e Parsim’ (Dn 5:25, ARA). […] Nessa última noite de louca orgia, Belsazar e seus nobres tinham enchido a medida de sua culpa e da culpa do reino caldeu. A mão de Deus não mais desviaria o mal iminente. […] Por causa da estranha perversidade do coração humano, Deus achou ser necessário por fim pronunciar a irrevogável sentença. Belsazar devia cair, e seu reino passar a outras mãos” (Ellen G. White, Profetas e Reis, p. 529-531).
DISCUSSÃO
Compartilhe com sua classe o que você extraiu desta lição, por exemplo: descobertas, observações, dúvidas e pontos principais. Perguntas sugestivas para ser discutidas:
- Você conhece pessoas que têm recebido “mais luz” em seu relacionamento com Deus?
- O que ocorre se eu tenho a oportunidade de conhecer a verdade, mas a rejeito? Deus vai pedir contas disso?
- Como você reage diante da necessidade de uma prestação de contas?
- A prestação de contas tem funcionado em seu relacionamento com seus pais? Com seu (sua) namorado(a) ou esposo(a)? Em sua instituição de ensino? Em seu trabalho?
- Que tipo de mundo teríamos se ninguém tivesse que prestar contas nem dar satisfações de suas atitudes, ações, etc.?
- Como a imagem que você tem de Deus afeta seu conceito de prestação de contas?