Copie Atos 7:20-36 na versão bíblica de sua preferência. Se estiver com pouco tempo, copie somente Atos 7:35 e 36. Você também pode reescrever as passagens com suas palavras ou fazer um esboço do capítulo.
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1. Leia Marcos 7:1-13. Como Jesus reagiu a algumas tradições humanas em Seus dias? O que isso nos ensina? Assinale a alternativa correta:
A. ( ) Colocou-as acima dos mandamentos de Deus e da Palavra do Senhor.
B. ( ) Exaltou a Lei de Deus como fonte de autoridade acima das tradições.
Embora a tradição não seja ruim e dê às ações recorrentes em nossa vida uma certa rotina e estrutura; nos ajude a permanecer conectados com nossas raízes; existem perigos relacionados à tradição. Nos dias de Jesus, havia muitas tradições que invalidavam o mandamento de Deus (Mc 7:3, 5).
2. Leia 1 Coríntios 11:2 e 2 Tessalonicenses 3:6. Como distinguimos entre a Palavra de Deus e a tradição humana? É importante fazer essa distinção?
A Bíblia está acima de todas as tradições, mesmo das boas. Tradições que se desenvolvem a partir de nossa experiência com Deus e Sua Palavra constantemente precisam ser testadas pela medida das Sagradas Escrituras.
O Faraó do Egito estava enfurecido pela multiplicação do povo judeu que era cativo em suas terras. Por isso, ordenou que matasse toda criança do sexo masculino que nascesse de uma mulher judia. Anrão e Joquebede desobedeceram a ordem e conseguiram salvar a vida de seu filho recém-nascido. Eles sabiam que os 400 anos da aflição de Israel estava chegando ao fim, e esperavam que Deus logo suscitasse um libertador. Quem sabe essa não seria a missão de seu bebê? Motivados por essa esperança e possibilidade, esses pais judeus desafiaram as circunstâncias e venceram o medo das consequências a fim de salvar a vida de seu filho (Hb 11:23).
Quando não mais puderam mantê-lo em casa com segurança, Joquebede fez um cestinho, colocou Moisés nele e o deixou junto à margem do rio Nilo. Pela providência divina a filha de Faraó viu o bebê. Miriã, a irmã de Moisés, estava por perto, vigiando. Ela foi até a princesa que acabou contratando a própria mãe de Moisés para cuidar dele até que ele completasse 12 anos. Fico imaginando as orações de Joquebede quando deixou seu filho nas águas do Nilo! A resposta divina foi incrível. A vida de seu filho foi poupada e ela teve o privilégio de educá-lo no temor do Senhor!
Certamente ela não desperdiçou nenhum minuto durante aqueles 12 anos. Afinal, era todo o tempo que ela possuía para educar e preparar seu filho. Se estivéssemos mais conscientes da realidade do nosso amanhã quão mais diligentes seríamos em fazer o melhor uso de nosso tempo, hoje?
A principal preocupação de Moisés, aos 12 anos, não era se tornar um craque no videogame e entretenimentos da época, mas permanecer fiel à sua identidade como integrante do povo escolhido de Deus apesar das tentações que o rodeavam no palácio do Faraó.
Durante os primeiros 12 anos da vida de Moisés, Joquebede conseguiu implantar nele uma identificação tão grande com o povo de Deus, que ele, “quando cresceu, recusou ser tratado como neto do rei, e escolheu partilhar os maus-tratos do povo de Deus, em vez de desfrutar os prazeres passageiros do pecado” (Hb 11:24, 25, A Bíblia Viva). Moisés se tornou tão consciente de sua identidade que o luxo do palácio não conseguiu induzi-lo a se desviar de sua missão.
A perspectiva de sofrimento não o fez desistir de cumprir o propósito divino.
Entre os elementos que contribuem para a formação da identidade de uma pessoa, três são principais:
O histórico de vida. O registro histórico dos laços familiares forma o alicerce da nossa identidade. No nível biológico, todos estamos ligados aos nossos antepassados. Conhecer esse registro da vida deles ajuda a compreender o presente. Podemos descobrir uma inclinação natural que existe em nossa família ou entender melhor a natureza de um conflito existente entre nossos familiares e outras pessoas. O registro histórico também pode oferecer respostas aos porquês relacionados à nossa identidade, preparando-nos, assim, para aceitar as coisas que não podemos mudar e dando coragem para questionar as que precisam ser mudadas.
Singularidade. Na maioria das vezes pensamos sobre nossa identidade no contexto da singularidade, ou seja: O que me torna diferente de todos os demais? Identificadores como as digitais pessoais confirmam que somos diferentes das outras pessoas. A individualidade das três Pessoas da Divindade nos mostra que, criados à imagem de Deus, como indivíduos, todos somos também singulares (ver Gn 1:26, 27).
Afiliação. Podemos ainda desenvolver o senso de identidade a partir dos grupos sociais aos quais pertencemos (família, igreja, comunidade, nacionalidade). Nesses grupos, as ideias sobre significado e propósito são refinadas, desafiadas e, às vezes, até criadas. Mais uma vez, o exemplo da unidade entre as Pessoas da Divindade indica que os seres humanos não foram criados para viver isolados. Todos fomos intencionalmente criados como uma comunidade formada pelo homem e a mulher – seres distintos, mas intimamente ligados.
No entanto, acima de tudo isso está a revelação da Palavra de Deus. É a Bíblia que nos ajuda a compreender nossa história, a razão de nossa existência e o senso de pertencimento. Todas as áreas de nossa vida estão envolvidas nos aspectos de nossa identidade: o micro (individual), o meso (familiar), o macro (comunitário) e o global.
Todos nós pertencemos a uma cultura ou culturas específicas, e fazemos parte delas. Também somos influenciados e moldados pela cultura. Nenhum de nós escapa dela. Pense em quanto do Antigo Testamento é a história do antigo Israel sendo corrompido pelas culturas ao seu redor. O que nos faz pensar que hoje somos diferentes ou melhores?
5. Leia 1 João 2:15-17. O que João quis dizer ao declarar que não devemos amar as coisas do mundo? Como podemos viver no mundo e ainda assim não ter uma mentalidade mundana?
A cultura, como qualquer outra faceta da criação de Deus, é afetada pelo pecado. Consequentemente, ela também está sob o juízo de Deus. Ellen G. White apresentou a seguinte ideia: “Os seguidores de Cristo devem se separar do mundo em princípios e em interesses; não devem, porém, se isolar do mundo.
Descubra a relação das passagens abaixo com o texto bíblico-chave da lição desta semana:
- Êxodo 2:11-14
- Êxodo 3:9–4:14
- Hebreus 11:23-27
Quais outras passagens lhe vêm à mente em conexão com Atos 7:20-36?
6. Leia 2 Coríntios 10:5, 6; Provérbios 1:7; 9:10. Por que a obediência a Cristo em nossos pensamentos é tão importante? Por que o temor do Senhor é o princípio da sabedoria?
Antes de Jesus iniciar Sua missão, Deus confirmou Sua identidade. “Assim que saiu da água, Jesus viu os céus se abrindo, e o Espírito descendo como pomba sobre Ele. Então veio dos céus uma voz: ‘Tu és o Meu Filho amado; em Ti Me agrado’” (Mc 1:10, 11). Depois de ser batizado, o Salvador Se retirou para o deserto. Ali, Ele permaneceu durante 40 dias em jejum e oração. No fim desse período o inimigo veio para tentar Jesus. Ele deferiu seu ataque contra a identidade do Messias: “Se você é o Filho de Deus […]” (Mt 4:6).
As investidas de Satanás contra a identidade de Cristo não terminaram no deserto. Por meio de agentes humanos o inimigo continuou Seu massacre atacando a pessoa do Salvador. Ele tentou insultá-Lo com a falsa acusação de que Ele era um filho ilegítimo (ver Mc 6:3; Jo 8:41). Além disso, Jesus experimentou o estigma social como parte dos que nasceram fora do modelo familiar tradicional.
No entanto, todos esses ataques à Sua identidade não conseguiram fazer com que Jesus Se desviasse de Seu propósito. Em Lucas 12:13 e14, Ele respondeu à solicitação para que mediasse uma disputa entre irmãos com uma pergunta: “Homem, quem Me designou juiz ou árbitro entre vocês?” A missão do Salvador não era pautada pelas circunstâncias que O cercavam. Em última análise, Ele rejeitou as tentativas da sociedade em destruir Sua identidade.
Jesus poderia ter tratado das questões de mudanças climáticas, do tráfico de pessoas, da desigualdade entre gêneros, da discriminação social e assim por diante. São causas importantes, e a Bíblia testifica que Deus Se importa com elas. Contudo, elas não faziam parte do escopo principal da missão de Cristo na Terra. Portanto, muito embora encontremos referências a elas em Seus ensinos, Ele concentrou Sua missão em buscar e salvar os perdidos.
7.
Leia João 5:46, 47; 7:38. Para Jesus Cristo, qual era a melhor fonte para entender questões espirituais? Como a Bíblia confirma que Jesus é o verdadeiro Messias?
Para os Adventistas do Sétimo Dia, a Bíblia tem uma autoridade superior à tradição, à experiência, à razão ou às culturas humanas. Somente a Bíblia é a norma pela qual todo o restante precisa ser provado.
“Por meio das Escrituras, o Espírito Santo fala à mente e grava a verdade no coração. Assim expõe o erro, expulsando-o do coração. É pelo Espírito da verdade, agindo pela Palavra de Deus, que Cristo submete a Si Seu povo escolhido” (Ellen G. White, O Desejado de Todas as Nações, p. 671).
"Joquebede era mulher e escrava. Sua vida era humilde, e suas obrigações eram pesadas. Mas, com exceção de Maria de Nazaré, por intermédio de nenhuma outra mulher o mundo recebeu maior bênção. Sabendo que seu filho logo deveria sair de sob seus cuidados, para passar aos daqueles que não conheciam a Deus, da maneira mais fervorosa ela se esforçou para unir sua vida ao Céu. Procurou implantar em seu coração amor e lealdade para com Deus. E fielmente cumpriu esse trabalho. Nenhuma influência posterior poderia induzir Moisés a renunciar àqueles princípios da verdade que eram a preocupação do ensino de sua mãe e a lição de sua vida.
“Nas escolas do Egito, Moisés recebeu o mais alto preparo civil e militar. De grande carisma, distinto na aparência e estatura, culto e com porte de príncipe, famoso como chefe militar, tornou-se o orgulho da nação. O rei do Egito também era membro do sacerdócio, e Moisés, apesar de se recusar a participar do culto pagão, teve que aprender tudo sobre a religião egípcia. Sendo o Egito, nessa época, a mais poderosa e civilizada das nações, Moisés, como seu provável soberano, era herdeiro das mais altas honras que este mundo podia oferecer. Porém, sua escolha foi mais nobre. […] Moisés renunciou as honras do Egito. Então, de maneira especial, Deus cuidou de sua educação” (Ellen G. White, Educação, p. 62).
“O que uma pessoa é exerce maior influência do que o que ela diz. A vida silenciosa, consistente e piedosa é uma carta viva, ‘conhecida e lida por todos os homens’ (2Co 3:2). A pessoa pode falar e escrever como um anjo, mas seus atos podem lembrar os dos anjos caídos. […] O caráter verdadeiro não é algo a ser esculpido pelo lado de fora, nem algo que se possa vestir, mas que irradia do interior. Se a verdadeira bondade, pureza, mansidão, humildade e justiça habitarem o coração, tudo isso será refletido no caráter, e ele será cheio de poder.
“Os oficiais que haviam sido enviados para prender o Salvador voltaram dizendo que jamais alguém havia falado como Ele. A razão para isso é que ninguém jamais havia vivido como Jesus. […] Suas palavras eram portadoras de um poder convincente, porque vinham de um coração puro, santo, cheio de amor, simpatia, compaixão, bondade e verdade. […] Há uma eloquência que vai além das palavras na vida silenciosa e consistente de um cristão puro e verdadeiro” (Ellen G. White, Conduta Sexual, p. 60).
DISCUSSÃO
Compartilhe com sua classe o que você extraiu desta lição, por exemplo: descobertas, observações, dúvidas e pontos principais.
Perguntas sugestivas para ser discutidas:
- O que você sonha realizar para Deus?
- Há alguma situação em sua vida que parece impossível de solucionar como aconteceu com a mãe de Moisés? O que você está fazendo a respeito?
- Você já se conscientizou da missão que Deus tem para sua vida?
- Como você se define?
- Até que ponto a família e a sociedade moldam nossa identidade?
- O que é mais difícil, destacar-se na multidão ou ser parte dela?