As parábolas de Jesus ilustram os métodos divinos para salvar. Nem a ovelha perdida (Lc 15:3-7) nem a moeda perdida (Lc 15:8-10) podiam achar o caminho, mas foram resgatadas pelos seus donos. O jovem rico se retirou triste. Ele representa aqueles que permitem que a fama, as riquezas e a fortuna lhes absorva a mente de tal maneira que não conseguem passar pelo “fundo de uma agulha” por causa de sua “bagagem”. Muitos não querem abrir mão de suas posses, desfazer-se das riquezas, dos títulos e da fama que conquistaram para seguir a Cristo.
A boa notícia é que a justiça de Cristo é suficiente para cobrir todos os que aceitam Sua salvação. Ele nos salva, justifica e santifica. “No evangelho é revelada a justiça de Deus, uma justiça que do princípio ao fim é pela fé, como está escrito: ‘O justo viverá pela fé’” (Rm 1:17). Precisamos aceitar pela fé a graça que nos é concedida. Devemos aceitar a salvação em Cristo e nos apegarmos aos seus princípios. Somente eles podem nos livrar da escravidão do pecado que facilmente nos envolve e nos induz a fazer o que é contrário à vontade de Deus.
Assim como o apóstolo Paulo e outros personagens bíblicos, aqueles que buscaram a verdade, como Martinho Lutero, João Huss, Jerônimo, Calvino e outros, compreenderam que somos salvos somente pelos méritos de Cristo. Precisamos entender que nossa salvação é pela fé na graça dAquele que morreu para que pudéssemos receber a vida eterna. Após compreendermos essa salvação, nosso dever é levar o “evangelho eterno”, a mensagem especial de Apocalipse 14:6-12, a todos os que se encontram em nossa esfera de influência. Nossa missão é preparar um povo para a segunda vinda de Cristo.
Cremos que a Bíblia é o fundamento da nossa fé e a revelação inspirada de Deus para a humanidade perdida. A salvação em Cristo é somente pela graça, por meio do Seu sangue derramado na cruz.
Ao estudarmos a lição desta semana, contemplemos o Cristo da cruz. Aquele que nos cobre com Sua justiça e nos torna perfeitos diante de Deus. Somos perdoados dos nossos pecados e recebemos a certeza da salvação. Somos salvos da morte e sustentados por Sua destra vitoriosa.
Mark Henry | Phillipsburgh, New Jersey, EUA
1. Leia Romanos 7:1-6. Qual ilustração Paulo usou para mostrar aos seus leitores a relação deles com a lei? O que ele defendeu com essa ilustração? Assinale “V” para verdadeiro ou “F” para falso:
A.( ) A lei conjugal. A lei moral não tem mais validade hoje.
B.( ) A lei cerimonial. Ainda estamos sujeitos à lei cerimonial.
2. De acordo com Romanos 7:4, 5, como Paulo aplicou a ilustração da lei do casamento ao sistema do judaísmo?
Assim como a morte do marido livra a mulher da lei de seu marido, também a morte da velha vida na carne, por meio de Jesus Cristo, libertou os judeus da lei que eles deviam guardar até que o Messias cumprisse seus tipos.
Os judeus então estavam livres para “se casar novamente”. Eles foram convidados a se “casar” com o Messias ressuscitado e, assim, dar frutos para Deus. Essa ilustração foi mais um instrumento usado por Paulo para convencer os judeus de que eles agora estavam livres para abandonar o antigo sistema.
Uma história conta que um escorpião desejava atravessar um rio, mas não sabia nadar. O escorpião viu uma tartaruga e pediu uma carona nas costas dela.
“Ah, não!”, disse a tartaruga. “Eu sei que sua picada é mortal, e não confio em você.”
“Por favor, tartaruga! Prometo que não vou machucá-la. Só peço que me leve em seu casco duro. Não vou picá-la.”
Depois de muitos pedidos e de fiéis promessas do escorpião, a tartaruga consentiu, e levou o escorpião. Quando eles chegaram à margem, do outro lado, o escorpião picou o pescoço da tartaruga.
“Você prometeu que não me machucaria”, lamentou a tartaruga.
“Desculpe”, respondeu o escorpião. “Não pude evitar; é minha natureza.”
O ser humano tem, em sua natureza, propensão para pecar. Ele deseja fazer o bem, porém, faz o mal. Embora convertido, o cristão também enfrenta esse problema (Rm 7:15-23). Sua natureza carnal está constantemente em conflito com sua natureza espiritual. “O que faço não é o bem que desejo, mas o mal que não quero fazer, esse eu continuo fazendo. Ora, se faço o que não quero, já não sou eu quem o faz, mas o pecado que habita em mim”
(v. 19, 20).
Quem é o “homem” de Romanos 7? Todos nós! Essa é uma radiografia espiritual do dilema da humanidade. Se não faço as coisas que agradam a Deus, então sou escravo da minha natureza. No entanto, ao encerrar sua descrição da condição do pecador, o apóstolo Paulo fez uma pergunta: “Miserável homem que eu sou! Quem me libertará do corpo sujeito a esta morte?” (v. 24). E ele mesmo respondeu: “Graças a Deus por Jesus Cristo, nosso Senhor!” (v. 25).
Estamos irremediavelmente perdidos em nossa condição pecaminosa, a menos que sejamos resgatados por Aquele que tem poder sobre o pecado e a morte.
Robert Wright | Mandeville, Jamaica
Se Paulo estava falando sobre todo o sistema legal do Sinai, o que dizer de Romanos 7:7, no qual ele mencionou especificamente um dos dez mandamentos? Isso não refuta a posição tomada ontem, de que Paulo não estava falando sobre a abolição dos dez mandamentos? A resposta é não.
3. Leia Romanos 7:8-11. O que Paulo disse sobre a relação entre a lei e o pecado? Assinale a alternativa correta:
A.( ) Sem lei, não há pecado, pois a lei mostra o pecado.
B.( ) O pecado e a lei não possuem nenhuma relação.
Deus Se revelou aos judeus, mostrando-lhes detalhadamente o que era certo e errado em questões morais, civis, cerimoniais e de saúde. Ele também explicou as penalidades para a violação das várias leis. A transgressão da vontade revelada de Deus é definida como pecado.
Portanto, conforme explicou Paulo, ele não saberia que cobiçar é pecado se a “lei” não o tivesse informado desse fato. O pecado é a violação da vontade revelada de Deus e quando Sua vontade é desconhecida, não há nenhuma consciência do pecado. Mas quando essa vontade revelada é anunciada a uma pessoa, ela passa a reconhecer que é pecadora e está sob condenação e morte. Nesse sentido, a pessoa morre.
Em Romanos 6–8, Paulo abordou a questão da natureza humana e da função da lei no plano da salvação. No capítulo 6, ele apresentou duas ilustrações, a do batismo e a da escravidão, e no capítulo 7 mais duas, a do casamento e a do dilema humano para fazer o que é certo. Nesses capítulos, Paulo desejou mostrar que a salvação não está fundamentada no cumprimento das exigências da lei, mas nos méritos da justiça de Cristo e de Sua morte vicária.
O ensino rabínico (Rm 6:4, 8-11, 23; 7:25; 8:1, 2). Uma das questões abordadas por Paulo foi a dos ensinos rabínicos (Mishnah) a respeito da função da lei. Os rabis ensinavam que Deus criou os seres humanos com propensão para o mal, chamada de yetzer hara. Eles afirmavam que Deus havia dito: “Criei dentro de vocês o yetzer hara (impulso para o mal), mas lhes dei a lei como remédio. Enquanto vocês se ocuparem da lei, o yetzer (impulso) não terá domínio sobre vocês. Mas se vocês não se ocuparem com a Torah, serão entregues ao poder do yetzer, e toda a atividade dele será contra vocês.”*
De acordo com esse ensino, a lei foi dada como um antídoto para o yetzer, a fim de controlar essa tendência inata para o mal. Isso atribui à lei uma função salvadora que Paulo negou categoricamente ao afirmar que a salvação é encontrada somente em Cristo (Rm 6:4, 8-11, 23; 7:25; 8:1, 2).
Ilustrando o dilema humano (Rm 7). Depois de ter usado o exemplo do matrimônio para ilustrar o fim do antigo sistema estabelecido no Sinai (Rm 7:1-6), e de descrever a natureza da lei (com referência específica ao decálogo) e sua relação para com o pecado (v. 7-14), Paulo usou o dilema humano da luta contra o pecado como ilustração da futilidade de se tentar obter a salvação pelos próprios esforços (v. 14-25). É importante ter em mente que o apóstolo estava falando sobre a lei e que o dilema humano descrito ali era meramente uma ilustração.
A descrição da luta pessoal de Paulo suscita um grande debate quanto à condição dos seres humanos pecadores. Alguns teólogos debatem se isso foi antes ou depois de sua conversão. Porém, isso não é relevante para se compreender o contexto aqui. Uma coisa fica clara: viver “debaixo da lei” significa escravidão ao pecado. As pessoas que vivem assim são escravas do pecado, que é um senhor cruel, e, sem Cristo, elas são impotentes para vencê-lo. Porém, em Cristo, a vitória é possível.
A intenção de Paulo foi mostrar aos judeus a sua necessidade do Messias como Salvador. Depois de falar que a vitória sobre o pecado só é possível quando se está debaixo da graça (Rm 6:14), ele novamente enfatizou isso com o uso dessa ilustração.
Caráter, propósito e função da lei (Rm 7:12, 14). Paulo exaltou a lei de Deus declarando que ela é “santa, e o mandamento é santo, justo e bom” (Rm 7:12), e que “a lei é espiritual” (v. 14). Sua preocupação não era com o conteúdo e a validade da lei, mas com o mau uso dela. Paulo disse que a lei é eficaz naquilo que é a sua função, mas ela não pode fazer o que nunca foi seu propósito, ou seja, salvar-nos do pecado. Para isso, precisamos de Jesus, porque a lei, ou seja, todo o sistema judaico ou o decálogo em particular, não pode nos dar a salvação. Paulo mostrou que a lei é necessária, mas sua função é limitada. Certamente, ela não era um remédio supostamente receitado por Deus para um yetzer mau que mantinha os seres humanos escravizados pelo pecado. Ele argumentou que a lei tem o objetivo de mostrar a necessidade de salvação, e não de ser o meio para obtê-la.
Salvação somente em Cristo (Rm 8:3). Paulo afirmou que o poder sobre o pecado e a dádiva da salvação só podem ser encontrados em Jesus (Rm 7:24, 25; 8:1, 2). Foi Ele quem pagou a penalidade do pecado em nosso lugar, oferecendo-nos a salvação. A lei nunca teve o objetivo de nos santificar (algo contrário ao ensino rabínico) e não pode fazer isso. No entanto, “aquilo que a lei fora incapaz de fazer” (Rm 8:3), Deus fez por meio de Seu Filho. Paulo afirmou que agora servimos “conforme o novo modo do Espírito, e não segundo a velha forma da lei escrita” (Rm 7:6), e que “por meio de Cristo Jesus a lei do Espírito de vida [nos] libertou da lei do pecado e da morte” (Rm 8:2).
Isso significa que a obediência à lei divina não deve partir da própria pessoa ou de um código escrito que exige essa obediência. Deve ser um princípio interno, infundido pelo Espírito, que leve a uma obediência também dirigida pelo Espírito.
* C. K. Barrett, ed., The New Testament Background: Selected Documents (New York, NY: Harper and Row, 1961), p. 153.
Orlando Moncrieffe | Bergenfield, New Jersey, EUA
4. Leia Romanos 7:12. Como entendemos esse verso no contexto do que Paulo estava discutindo? Assinale a alternativa correta:
A.( ) A lei é santa, justa e boa, pois revela o caráter de Deus e nossa necessidade de Jesus.
B.( ) A lei é transitória. No Céu não haverá lei.
Visto que os judeus reverenciavam a lei, Paulo a exaltou de todas as maneiras possíveis. A lei é boa pelo que ela faz, mas não pode realizar aquilo que nunca foi seu propósito: salvar-nos do pecado. Somente Cristo e Sua justiça, que recebemos pela fé, podem salvar.
5. De acordo com Romanos 7:13, o que Paulo culpou por sua condição de “morte” e o que ele isentou? Por que essa distinção é importante? Assinale “V” para verdadeiro ou “F” para falso:
A.( ) A lei foi culpada e o pecado foi isento.
B.( ) O pecado foi culpado e a lei foi isenta.
6. De acordo com Romanos 7:14, 15, por que o pecado teve tanto êxito em mostrar que Paulo era um terrível pecador?
Carnal significa “relacionado à carne”. Portanto, Paulo precisava de Jesus Cristo. Somente Ele poderia retirar a condenação (Rm 8:1), e livrá-lo da escravidão do pecado.
"Creu Abraão em Deus, e isso lhe foi imputado como justiça. Ora àquele que faz qualquer obra não lhe é imputado o galardão segundo a graça, mas segundo a dívida. Mas àquele que não pratica, mas crê nAquele que justifica o ímpio, a sua fé lhe é imputada como justiça’ (Rm 4:3-5, ARC). Justiça é obediência à lei. A lei requer justiça, e esta o pecador deve à lei; mas ele é incapaz de a apresentar. A única maneira de alcançar a justiça é pela fé. Mediante a fé ele pode apresentar a Deus os méritos de Cristo, e o Senhor lança a obediência de Seu Filho a crédito do pecador. A justiça de Cristo é aceita em lugar do fracasso do ser humano, e Deus recebe, perdoa, justifica a pessoa arrependida, trata-a como se fosse justa, e a ama tal qual ama Seu Filho. Assim é que a fé é imputada como justiça.”1
“Quando por meio de arrependimento e fé aceitamos a Cristo como nosso Salvador, o Senhor perdoa nossos pecados e suspende a punição prescrita para a transgressão da lei. Então, o pecador se encontra diante de Deus como uma pessoa justa; desfruta o favor do Céu, e, por meio do Espírito, tem comunhão com o Pai e o Filho. Então há ainda outra obra a ser realizada, e esta é de natureza progressiva. A pessoa deve ser santificada pela verdade. E isso também é realizado pela fé. Pois é somente pela graça de Cristo, a qual recebemos pela fé, que o caráter pode ser transformado.”2
“Ao nos sujeitarmos a Cristo, nosso coração se une ao dEle, nossa vontade imerge em Sua vontade, nosso espírito se torna um com Seu espírito, nossos pensamentos serão levados cativos a Ele; vivemos Sua vida. Isso é o que significa estar trajado com as vestes de Sua justiça.”3
“Nosso único motivo de esperança está na justiça de Cristo a nós imputada, e na atuação do Seu Espírito em nós e por meio de nós.”4
“A justiça pela qual somos justificados nos é imputada; aquela pela qual somos santificados é comunicada. A primeira é nosso título para o Céu, a segunda, nossa adaptação para ele.”5
1. Ellen G. White, Fé e Obras, p. 101.
2. ___________ , Mensagens Escolhidas, v. 3, p. 191.
3. ___________ , Parábolas de Jesus, p. 312.
4. ___________ , Caminho a Cristo, p. 63.
5. ___________ , Mensagens aos Jovens, p. 35
Carl Henry | Snellville, Geórgia, EUA
7. Leia Romanos 7:16, 17. Qual luta é apresentada nesse texto?
Usando a lei como um espelho, o Espírito Santo convence a pessoa de que ela está desagradando a Deus por não cumprir os requisitos da lei. Mediante os esforços para satisfazer essas exigências, o pecador mostra que aceita o fato de que a lei é boa.
8. Quais argumentos Paulo repetiu a fim de enfatizá-los? Rm 7:18-20
Conheço uma mulher que sofreu terrivelmente nas mãos do primeiro marido, um alcoólatra que cometia abusos físicos contra ela. Porém, após a morte dele, ela se casou com outro homem que também se demonstrou alcoólatra e abusador. Não é irônico? Seria presumível que, se ela se casasse novamente, desejaria um marido amoroso, que a apoiasse e fosse abstêmio.
Parece que ela sofria da doença que Paulo descreveu de maneira tão intrigante em Romanos 7:15-20. O que ela não queria fazer foi exatamente o que fez, e o que ela devia ter feito, não conseguiu fazer. Refletir sobre sua situação me fez compreender que, muitas vezes, não somos diferentes dela, pois nossa vida também é cheia dessas contradições. Queremos fazer o bem mas acabamos fazendo coisas ruins, transgredimos a lei de Deus e sentimos tristeza e culpa pelos nossos atos maus.
O pecado reside em nós. Ele faz com que evitemos o que é correto e, em vez disso, façamos o que é errado, embora saibamos o que deveríamos fazer. Somos infelizes e estamos presos a esse corpo que nos leva para a morte (Rm 7:24, NTLH). Como romper com esse hábito e mudar nosso comportamento? Quem somente pode nos salvar? Não podemos fazer isso sozinhos. Só Jesus, por meio do Espírito Santo, pode nos dar a vitória.
Por meio da devoção diária, leitura da Bíblia, oração e direção do Espírito Santo podemos nos fortalecer para fazer o que é bom e evitar o mal. Tendo um relacionamento pessoal e íntimo com Jesus, podemos subjugar a natureza carnal que nos leva para a morte. E, então, podemos declarar como Paulo: “Graças a Deus, que me livra por meio de Jesus Cristo, nosso Senhor” (Rm 7:25, NLT, tradução livre).
Trescot Wilson | Sandys, Bermuda
9. Leia Romanos 7:21-23. Você tem experimentado essa mesma luta em sua vida?
10. De acordo com Romanos 7:24, 25, como podemos ser resgatados dessa situação difícil em que nos encontramos? Assinale a alternativa correta:
A.( ) Mediante nossas boas obras.
B.( ) Por meio de Jesus Cristo.
Alguns têm se perguntado por que, depois de alcançar o glorioso clímax na expressão “Graças a Deus por Jesus Cristo, nosso Senhor”, Paulo se referiu mais uma vez às lutas espirituais das quais, aparentemente, ele tinha sido libertado. Alguns entendem a expressão de ação de graças como uma exclamação entre parêntesis. Eles acreditam que essa exclamação segue naturalmente o clamor: “Quem me livrará”? Sustentam que, antes de prosseguir com uma discussão prolongada sobre a gloriosa libertação (Rm 8), Paulo resumiu o que ele havia dito nos versículos anteriores e reconheceu, mais uma vez, o conflito contra as forças do pecado.
Hebreus 11, o “capítulo da fé”, descreve a experiência de homens e mulheres que andaram pela fé e não por sua própria força. Esses heróis e heroínas de Deus compreenderam que somente pela fé poderiam vencer o mundo. Agora o que vemos é como uma imagem imperfeita num espelho embaçado (1Co 13:12, NTLH), mas a fé nos dá a oportunidade de ver face a face. O pecado causou grande estrago, e, às vezes, parece que não conseguimos compreender a maravilhosa obra de Cristo e a beleza da salvação pela fé em Jesus. Ele morreu na cruz para nos salvar dos nossos pecados. É somente por meio da fé em Seu sacrifício que podemos obter a salvação e ganhar a vida eterna (Rm 7:6; 8:3, 4).
Abraão foi chamado o pai da fé. Deus lhe prometeu uma descendência como a areia do mar. Abraão e sua mulher já estavam em idade avançada, e além do mais, Sara era estéril. Porém, ele creu, e pela fé, foi recompensado. Releia a história do livramento que Deus operou em favor dos filhos de Israel no Mar Vermelho (Êx 14).
Mencionado também entre os que demonstraram fé, Daniel não se preocupou em ser lançado na cova dos leões, e seus três amigos não temeram ser jogados na fornalha ardente. A fé desses homens tementes ao Senhor foi o alicerce de sua salvação. Enoque, Noé, Abel, Raabe e Davi também estão entre os que foram apresentados como pessoas que demonstraram fé. Todos esses e ainda outros aguardaram, pela fé, sua salvação (Hb 11). Uma vez que temos tantas testemunhas, cabe a nós manter os olhos fixos em Jesus, “o Autor e Consumador da nossa fé” (Hb 12:2). Deus é o arquiteto, e nós somos Seus colaboradores. Deus honra a nossa fé.
E se nossa salvação não fosse somente pela fé, mas dependesse parcialmente de obras? Como explicaríamos as muitas situações “impossíveis” que enfrentamos, nas quais Deus intervém constantemente e miraculosamente, dando-nos livramento? Portanto, essa fé é “a certeza daquilo que esperamos e a prova das coisas que não vemos” (Hb 11:1).
Beverly Henry | Mandeville, Jamaica