Lição 1
30 de junho a 07 de julho
Testemunhas de Cristo
“Mas receberão poder quando o Espírito Santo descer sobre vocês, e serão Minhas testemunhas em Jerusalém, em toda a Judeia e Samaria, e até os confins da Terra” (At 1:8).
Prévia da semana: A ordem do Jesus ressuscitado a Seus seguidores é que eles deem testemunho de Sua mensagem salvífica. Ele também nos capacita a cumprir essa ordem. “Recebereis poder, ao descer sobre vós o Espírito Santo” (At 1:8). Como você recebeu essa ordem? Você tem sido dominado por esse poder?
Leitura adicional: Ellen G. White, Atos dos Apóstolos, capítulo 2, “O Preparo dos Doze”; capítulo 3, “A Grande Comissão”
Domingo, 01 de julho
Pratique o que você fala

As lições deste trimestre se concentram no livro de Atos. Ele relata acontecimentos que tiveram lugar na vida dos apóstolos de Jesus após Sua ressurreição e ascensão ao Céu. A palavra “atos”, um substantivo plural, descreve ações. Portanto, os relatos desse livro descrevem as ações e realizações desses servos fiéis mais do que suas palavras.

Há um ditado popular que diz: “Falar é fácil, praticar é que são elas.” Em outras palavras, antes de pregar aos outros, coloque em prática o que você diz. Ninguém gosta de hipocrisia. As pessoas querem ver se o que dizemos está em harmonia com o que fazemos. Os apóstolos praticavam o que pregavam. Muitos deles foram martirizados por ensinar, pregar e curar em nome de Jesus. Eles realmente viveram sua fé.

Quando alguém age de maneira estranha ou faz algo errado, minha esposa me pergunta: “Por que você acha que tal pessoa fez aquilo?” Geralmente, respondo: “O motivo não importa, talvez jamais saberemos. O que importa é o que a pessoa fez.” Nossos atos falam mais alto do que nossas palavras. Quando tratamos bem ou mal uma pessoa, o que importa é o que fizemos ou como procedemos. Portanto, a melhor demonstração de que estamos imitando o caráter de Cristo será percebida quando ajudamos alguém caído a se levantar, socorremos alguém ferido durante um acidente de trânsito, confortamos os desconsolados e abatidos, socorremos uma família em necessidade ou que perdeu um ente querido.

Ao estudar o livro de Atos dos Apóstolos durante este trimestre, vamos procurar analisar e avaliar nosso comportamento como discípulos modernos de Cristo. Embora a salvação não seja pelas obras, aquilo que fazemos é fundamental para nosso testemunho.

Todos somos apóstolos de Cristo, chamados para seguir Suas pegadas. Imitar Jesus é viver como Ele viveu e agir como Ele agiu. Ele demonstrava aceitação e perdão, e agia em favor das pessoas mesmo que para isso tivesse que ir contra as normas da sociedade. Oremos para que possamos aprender a praticar o que falamos.

Renard Doneskey › Cleburne, Texas, EUA

Mãos à Bíblia

Existem dois tipos de profecias messiânicas no Antigo Testamento: o primeiro prevê um Messias soberano que governaria para sempre (Sl 89:3, 4, 35-37; Is 9:6, 7; Ez 37:25; Dn 2:44; 7:13, 14); o outro prediz que o Messias morreria pelos pecados do povo (Is 52:13-53:12; Dn 9:26). Essas profecias não se contradizem. Elas apenas apontam para duas fases consecutivas do ministério do Messias: primeiramente Ele sofreria, e depois Se tornaria Rei (Lc 17:24, 25; 24:25, 26).

1. Leia Atos 1:6 e 7. O que os discípulos ainda não compreendiam? Como Jesus lhes respondeu? Assinale a alternativa correta:

A.(  ) Cristo primeiramente viria para morrer/Não lhes competia saber os tempos e épocas.
B.(  ) Cristo estabeleceria o reino de Israel em Sua primeira vinda/Jesus lhes deu a data em que isso ocorreria.

Se a morte de Jesus representou um golpe fatal à esperança dos discípulos, Sua ressurreição a reacendeu, aumentando suas expectativas políticas, possivelmente a um nível sem precedentes. Parecia natural conceber a ressurreição como um forte indicador de que o reino messiânico seria finalmente estabelecido.

Contudo, Jesus não deu nenhuma resposta direta aos discípulos. Ele não rejeitou a premissa por trás da pergunta deles a respeito de um reino iminente, mas também não a aceitou. Ele não solucionou a questão, lembrando-lhes de que o tempo das ações de Deus pertence ao próprio Deus e, portanto, é inacessível ao ser humano.



Segunda-feira, 02 de julho
Em posição. Preparar. Esperar!

Expectativa e desapontamento (Gn 3:15; Lc 24:19-21). Desde a promessa feita no Jardim do Éden (Gn 3:15), o povo de Deus esperou pelo Redentor. Eles registraram cuida­dosamente cada nascimento e traçaram a linha genealógica de todo recém-nascido e a tribo à qual pertencia. Toda mulher esperava ansiosamente dar à luz um menino, porque havia a possibilidade de que ele fosse o Messias. 

Contudo, à medida que o tempo foi passando, as nações aumentando e o povo de Deus sendo cada vez mais oprimido, os judeus perderam de vista a promessa original e passaram a esperar alguém que lhes restaurasse o reino terrestre. Esse era o cenário na época em que Jesus nasceu. Os judeus estavam esperando alguém que os libertasse de seus opressores políticos, e não para libertá-los dos seus pecados.

Mesmo depois de Jesus pregar e ensinar durante três anos e meio, Seus discípulos ainda pensavam na restauração de seu reino terrestre (Lc 24:19-21). Após Sua ressurreição, dois deles estavam indo em direção a Emaús e conversando sobre os últimos acontecimentos em Jerusalém, quando, de repente, um Viajante Se aproximou e foi caminhando com eles. Contaram-Lhe a respeito dos milagres e ensinamentos do Mestre da galileia, também sobre Sua crucifixão, e do grande desapontamento que experimentaram.

Insensatos! (Lc 24:25, A Bíblia Viva). Em vez de confortá-los, Jesus os chamou de insensatos. Parece um pouco ríspido Jesus censurar alguém por não compreender algo. No entanto, Jesus não disse que eles tinham dificuldade para entender, mas para crer. Isso se tornou claro quando o Salvador perguntou: “Não devia o Cristo sofrer estas coisas?” (Lc 24:26). Sim, é claro! Mas eles não responderam nada.

Jesus, então, recapitulou algumas das principais profecias sobre o Messias, destacando que elas prediziam Sua perseguição e morte. Era impossível não entender seu cumprimento profético. Mas o que os tornava insensatos era o fato de que eles se apegavam às suas próprias concepções em vez de crer nas palavras proféticas.

Testemunhas (Lc 24:30-31, 34). Foi somente quando chegaram ao seu destino, e Jesus partiu o pão diante deles, que seus olhos abriram e, finalmente, entenderam o que estava acontecendo (Lc 24:30, 31). Naquele momento, compreenderam, creram e, entusiasmados, foram contar aos outros: “É verdade! O Senhor ressuscitou!” (Lc 24:34).

Jesus apareceu aos outros discípulos e mais uma vez lhes explicou as profecias sobre o Messias. Então lhes disse que eles precisavam ser Suas testemunhas e contar, não somente aos judeus, mas a todos, o que haviam visto e compreendido.

Restauração (At 1:6, 7; Lc 24:48, 49). No entanto, Cristo ordenou que eles deveriam esperar pela descida do Espírito Santo antes de sair. Eles ainda não estavam prontos para contar as boas-novas ao mundo, por isso receberam a ordem: “Eu lhes envio a promessa de Meu Pai; mas fiquem na cidade até serem revestidos do poder do alto” (Lc 24:48, 49).

Ali estavam eles, no monte das Oliveiras, aguardando a ascensão de Jesus. Durante mais de três anos haviam estado aos Seus pés, presenciado Seus milagres e ouvido Suas palavras. Finalmente, haviam entendido as profecias. Estavam prontos para anunciar a libertação dos pecados a todos, não da rebelião política, a qual imaginavam que o Messias viria promover. E justamente quando eles estavam prontos para iniciar a corrida, Jesus lhes ordenou: “Em posição. Preparar. Esperar!”

Os discípulos tinham uma mensagem maravilhosa para levar ao mundo, a verdade sobre a missão do Messias e a restauração espiritual de Israel, mas Jesus lhes disse que eles iriam precisar de um poder especial a fim de cumprir sua tarefa. A força humana não seria suficiente para aquela missão especial. Antes de sair, eles precisavam receber poder do Alto mediante o derramamento do Espírito Santo.

Quando ouviram isso, os discípulos perguntaram a Jesus: “Senhor, é neste tempo que vais restaurar o reino a Israel?” (At 1:6). Dessa vez, ao contrário da primeira vez em que perguntaram sobre a restauração, Jesus não os repreendeu. Ele sabia que não estavam perguntando porque não entendiam Sua missão, nem por falta de fé. Ele sabia que estavam ansiosos para ver o cumprimento de Suas promessas. Portanto, em vez de censurá-los, Ele respondeu que não lhes competia saber os tempos nem as datas. Sua tarefa era simplesmente pregar o evangelho e fazer discípulos em todo o mundo (Mt 28:18, 19).

Mãos à Bíblia

2. Leia Atos 1:8. Em lugar de se envolver com especulações proféticas, o que os discípulos deveriam fazer? Complete as lacunas:

“Sereis Minhas _____________________ tanto em ______________________ como em toda a Judeia e Samaria e até aos confins da ________________________” (At 1:8).

Existem quatro elementos importantes nessa passagem a respeito da missão dos discípulos:
(1) O dom do Espírito.
(2) A função do testemunho.
(3) O plano da missão.
(4) A orientação da missão.

3. Leia Lucas 24:44-48. Qual era a mensagem central que os discípulos deveriam pregar?

Nos quarenta dias em que passou com os discípulos após a ressurreição (At 1:3), Jesus deve ter explicado a eles muitas verdades sobre o reino de Deus, embora houvesse muitas coisas que eles ainda não compreendiam, conforme revela a pergunta deles em Atos 1:6. Eles estavam familiarizados com as profecias, mas finalmente podiam vê-las sob uma nova luz, a luz que emanava da cruz e do túmulo vazio (veja At 3:17-19).

Terça-feira, 03 de julho
A missão dos discípulos

“Antes de ascender ao Céu, Cristo deu aos discípulos uma comissão. Disse-lhes que eles deviam ser os executores do testamento em que Ele legava ao mundo os tesouros da vida eterna,” a mensagem de misericórdia que deveria ser dada “primeiro a Israel, e então a todas as nações, línguas e povos.”1

“Depois do derramamento do Espírito Santo, os discípulos, vestidos da armadura divina, saíram como testemunhas, para contar a maravilhosa história da manjedoura e da cruz. Eram homens humildes, mas saíram com a verdade. Após a morte de seu Senhor formavam um grupo indefeso, desapontado e desanimado, como ovelhas sem pastor; mas então saíram como testemunhas da verdade, sem outra arma senão a Palavra e o Espírito de Deus para triunfar sobre toda a oposição.”2

“A comissão evangélica é a Carta Magna missionária do reino de Cristo. Os discípulos deviam trabalhar fervorosamente pelas pessoas. […] Eles deviam eles ir ao povo com Sua mensagem. Cada uma de suas palavras e cada ato devia atrair a atenção sobre Seu nome como possuindo esse poder vital pelo qual os pecadores podem ser salvos. […] O nome de Cristo devia ser a senha, a insígnia, o laço de união, a autoridade para sua norma de prosseguimento e a fonte de seu sucesso.”3

“‘Sereis Minhas testemunhas’ (At 1:8). Essas palavras de Jesus não perderam nada de sua força. Nosso Salvador pede fiéis testemunhas nestes dias de formalismo religioso; mas quão poucos mesmo entre os professos embaixadores de Cristo, se acham prontos a dar um fiel testemunho pessoal em favor de seu Mestre! Muitos podem dizer o que têm feito os grandes e bons homens das gerações passadas, o que ousaram, o que sofreram e sentiram. […] Mas, embora sejam tão fervorosos em apresentar outros cristãos como testemunhas de Jesus, eles próprios não parecem ter uma experiência nova, atual, para relatar.”4

1. Ellen G. White, Atos dos Apóstolos, p. 27, 28.

2. ________, Testemunhos Para Ministros e Obreiros Evangélicos, p. 66, 67.

3. Ellen G. White, Atos dos Apóstolos, p. 28.

4. ________, Obreiros Evangélicos, p. 273.

Benjamin Ermshar › Keene, Texas, EUA

Mãos à Bíblia

4. Leia Atos 1:9-11. Como é descrita a ascensão de Jesus? Dois anjos falaram com os discípulos. O que isso significa? (veja Dt 19:15.)

O relato de Lucas sobre a ascensão de Cristo é muito breve. A ascensão de Jesus foi um ato sobrenatural de Deus, um dos muitos ao longo da Bíblia. Lucas relata, apenas no livro de Atos, o episódio das duas figuras vestidas de branco que estavam ao lado dos discípulos, após Cristo ter sido encoberto por uma nuvem. A descrição coincide com a de anjos em suas vestes brilhantes (At 10:30; Jo 20:12). Eles vieram assegurar aos discípulos que Jesus voltaria da mesma forma pela qual havia subido. Além disso, apenas o livro de Atos nos informa que Cristo subiu “à vista deles” (At 1:9).

Portanto, a ascensão visível se tornou a garantia do retorno visível, que também ocorrerá em uma nuvem, embora com “poder e grande glória” (Lc 21:27). Não mais será um evento reservado, pois “todo olho O verá” (Ap 1:7), e Ele não estará sozinho (Lc 9:26; 2Ts 1:7). A glória da segunda vinda de Jesus excederá em muito a da ascensão.

Pense Nisto
Que aspecto da missão dos discípulos pode ser aplicado à maneira como testemunhamos de Jesus? Você tem aproveitado as oportunidades para testemunhar e ter sempre uma “experiência nova” para compartilhar em sua igreja?
Quarta-feira, 04 de julho
Juntos somos mais fortes

O livro de Atos é significativo porque relata o início da missão dos discípulos e os efeitos surpreendentes do evangelho sobre aqueles que o aceitaram. No primeiro capítulo, os discípulos estavam se preparando para continuar a obra de Jesus, mas Ele lhes disse que deviam permanecer juntos e aguardar o derramamento do Espírito Santo.

Aquele foi um momento muito importante para a igreja e para o mundo, pois o impacto do cristianismo não permaneceria apenas no âmbito local. Os apóstolos iriam enfrentar obstáculos e perseguições, mas deveriam ousadamente pregar o evangelho até os confins da Terra. O trabalho conjunto e a unidade entre eles foram seu fator de sucesso.

Após o Pentecostes as coisas se tornaram turbulentas para os cristãos recém-convertidos. Eles foram falsamente acusados de crimes, desordem e rebeldia e ainda, por fim, Nero colocou sobre eles a culpa pelo grande incêndio de Roma.

O Pentecostes é apresentado com detalhes no segundo capítulo de Atos, mas o primeiro capítulo relata o que ocorreu antes do derramamento miraculoso do Espírito Santo. Jesus ordenou a Seus seguidores que permanecessem em Jerusalém, e a seguir disse: “Pois João batizou com água, mas dentro de poucos dias vocês serão batizados com o Espírito Santo. […] E serão Minhas testemunhas em Jerusalém […] e até os confins da Terra” (At 1:5, 8).

Cristo desejava reuni-los num só lugar até que viesse o Pentecostes. Seu objetivo era que eles se tornassem unidos, fortes e organizados para cumprir a missão.

Loisbet Castro › Keene, Texas, EUA

Mãos à Bíblia

5. Leia Atos 1:12-14. Quem mais estava no cenáculo, e como eles se prepararam para a vinda do Espírito Santo? Assinale “V” para verdadeiro ou “F” para falso:

A.(  ) Moisés, Enoque e Abraão. Eles estavam conversando.
B.(  ) Pedro, João, Tiago, André, Filipe, Tomé, Bartolomeu, Mateus, Tiago, filho de Alfeu, Simão, o Zelote, e Judas, filho de Tiago. Eles perseveravam em oração.

Tendo retornado do Monte das Oliveiras, os discípulos se reuniram num quarto de hóspedes do pavimento superior (em Latim, cenaculum) de uma casa particular em Jerusalém. Algumas seguidoras de Jesus (Lc 8:1-3; 23:49; 24:1-12), bem como Sua mãe e Seus irmãos, estavam ali com os discípulos.

Todos eles certamente estavam envolvidos na confissão, arrependimento e abandono do pecado. Sua atitude espiritual estava em plena harmonia com o que estava para acontecer, pois o Espírito Santo veio em resposta à oração.

Quinta-feira, 05 de julho
Testemunhando

Quando Jesus ascendeu aos céus, deixou com Seus discípulos a nobre missão de levar as boas-­novas da salvação a todo o mundo. 

Nós temos esse mesmo dever. Talvez não sejamos capazes de realizar milagres, mas todos nós recebemos dons e talentos do Espírito Santo que devem ser usados para levar as pessoas Àquele que nos concede esse poder.

Como podemos alcançar essas pessoas:

Pelo testemunho pessoal. Às vezes, a única maneira de as pessoas reconhecerem o poder e a bondade de Deus é observando as bênçãos divinas em nossa vida. Você pode dar seu testemunho contando o que o Senhor tem feito em sua vida. Sua experiência pode tocar alguém que sofreu algo semelhante, e pode ser usada para falar de Jesus e transmitir esperança. Hoje, podemos testemunhar e nos comunicar muito mais facilmente do que os discípulos e os cristãos primitivos. Faça bom uso do seu celular e da internet!

Incentivando outros a testemunhar. Uma só testemunha não é suficiente para condenar alguém de algum crime ou delito. Qualquer acusação precisa ser confirmada pelo depoimento de duas ou mais testemunhas (Dt 19:15). O poder de um testemunho isolado tem suas limitações, porém o relato de outros testemunhos somados ao seu potencializam as evidências da atuação divina.

Recordando as promessas divinas. A Bíblia contém o registro de inúmeras promessas do Senhor que foram cumpridas na vida do Seu povo. No entanto, não podemos nos esquecer de que as promessas divinas são condicionais. Elas dependem da nossa atitude e resposta à vontade de Deus.

Kylie Kurth › Indianola, Iowa, EUA

Mãos à Bíblia

6. Leia Atos 1:21, 22. Quais requisitos o sucessor de Judas deveria ter? Por que isso era tão importante?

Havia a necessidade de uma testemunha da ressurreição de Jesus (compare com At 4:33). Eles deveriam, no entanto, escolher alguém dentre os que haviam acompanhado os apóstolos em todo o ministério de Jesus. Paulo posteriormente insistiria que, apesar de não ter estado com o Jesus terrestre, ele tinha direito ao ofício apostólico porque seu encontro com Cristo na estrada de Damasco o qualificava a testemunhar de Sua ressurreição (1Co 9:1).

7. Leia Atos 1:23-26. Como Matias foi escolhido?

A escolha era entre dois candidatos previamente reconhecidos e de qualificações equivalentes, e não um passo rumo ao desconhecido.

Pense Nisto
Você já contou a um amigo sua experiência de conversão ou compartilhou uma resposta divina?
Sexta-feira, 06 de julho
Plano B

Nem tudo neste mundo sai conforme o planejado. Certamente, isso também ocorreu com os discípulos. Judas, o amigo deles, não era quem pensavam que fosse. Eles devem ter pensado: “Não era assim que as coisas deviam ter acontecido.”

Nessas situações, precisamos de um Plano B. Veja, por exemplo, o caso de Judas Iscariotes. Após sua traição e suicídio, os apóstolos se reuniram e com a iluminação do Espírito Santo escolheram outro discípulo em seu lugar (At 1:20-26). Esse é um fato pequeno e fácil de passar despercebido, mas acho que essa história é um bom exemplo de como podemos lidar com situações que exigem um plano B.

Ao longo da nossa existência, muitas pessoas entram em nossa vida e dela saem. Novos amigos chegam e antigos amigos se vão. Às vezes, essas experiências são dolorosas e inesperadas. Contudo, acredito que Deus olha com compaixão para essas ocasiões em que sofremos, e amorosamente coloca outras pessoas em nossa vida para substituir as que partiram. Ele não nos abandona.

Os discípulos não tentaram determinar quem era o melhor substituto para Judas. Havia mais de uma opção: tanto José como Matias foram escolhidos como homens que tinham estado com eles durante todo o tempo (At 1:21). Mas os discípulos não conheciam o coração desses homens nem eram capazes de saber qual deles poderia ser o melhor substituto para Judas. Assim, confiaram na providência divina.

Eles oraram: “Senhor, Tu conheces o coração de todos. Mostra-nos qual destes dois tens escolhido para assumir este ministério apostólico que Judas abandonou” (At 1:24, 25). A seguir lançaram sortes, deixando o caso com o Senhor, “e a sorte caiu sobre Matias” (At 1:26). Deus substituiu o discípulo que faltava, e foi fiel para com aqueles que haviam perdido um companheiro.

André Doneskey › Keene, Texas, EUA

Pense Nisto
Como podemos confiar na intervenção e manifestação divinas em situações assim? A substituição de um familiar ou de um amigo querido é um plano B, ou, às vezes, é algo que Deus sabia que seria melhor para nós desde o princípio?
Mãos à obra
Planeje ajudar outras pessoas por meio de estudos bíblicos ou simplesmente dispensando atenção a um interessado. Não se concentre tanto no “por que” de uma situação. Em vez disso, ore e procure avaliar e encontrar uma solução razoável. A arte da adaptação é algo que todos precisamos aprender. Como estudamos nesta lição, nossas ações são mais importantes do que nossas palavras. Se você prega algo, aquilo só fará sentido se for acompanhado de atos. Não diga uma coisa e faça outra, porque isso fará de você uma pessoa não confiável, como aconteceu com Judas.