Copie Daniel 9:1-19 na versão bíblica de sua preferência. Se estiver com pouco tempo, copie somente Daniel 9:1-7. Você também pode reescrever as passagens com suas palavras ou fazer um esboço do capítulo.
___________________________________________
1. Leia Daniel 6:1-5; Gênesis 37:11 e 1 Samuel 18:6-9. Qual foi a função da inveja em todas essas histórias? Assinale a alternativa correta:
A. ( ) A inveja colocou homens de Deus no poder.
B. ( ) A inveja trouxe destruição e inimizade entre pessoas e líderes.
As habilidades administrativas de Daniel impressionaram o rei, mas provocaram inveja em outros oficiais. Portanto, eles conspiraram para se livrarem de Daniel, acusando-o de corrupção. Mas, por mais que tivessem procurado não encontraram falhas na administração de Daniel. “Os presidentes e os sátrapas procuravam ocasião para acusar a Daniel a respeito do reino; mas não puderam achá-la, nem culpa alguma; porque ele era fiel, e não se achava nele nenhum erro nem culpa” (Dn 6:4). A palavra aramaica traduzida como “fiel” também pode ser traduzida como “digno de confiança”.
A igreja estava passando por uma crise. Por causa de sua infidelidade a Deus, o povo de Israel foi submetido ao cativeiro babilônico. Jeremias havia profetizado que essa escravidão duraria 70 anos. Estudando o livro de Jeremias, Daniel entendeu que esse período estava se esgotando e o povo se encontrava na mais profunda apostasia. Ele começou a orar intensamente para que o Senhor, por meio de Seu Espírito, transformasse a condição espiritual de seus irmãos de fé. No capítulo 8 encontramos a descrição da visão que o Senhor deu a Daniel. Deus respondeu à oração de Daniel com uma profecia muito mais ampla, a dos 2.300 anos (Dn 8:14). O capítulo 9 registra a oração de Daniel e a explicação da profecia.
A mais longa oração do livro de Daniel foi em favor de sua igreja. Essa oração é um exemplo de como devemos reagir diante de uma igreja que está em crise.
Daniel reagiu orando por sua igreja. “Orei ao Senhor, ao meu Deus” (Dn 9:4). Daniel não difamou a igreja nem em conversas particulares nem em discursos públicos; intercedeu perante Deus em favor de sua querida igreja.
A atitude de Daniel na oração não foi a de usar o “eu”, mas o “nós”. “Nós temos pecado e somos culpados. Temos sido ímpios e rebeldes, e nos afastamos dos Teus mandamentos e das Tuas leis” (Dn 9:5, ênfase acrescentada). Daniel se identificou com o povo de Deus. Não se desvinculou da igreja. Embora fosse um homem justo, se identificou com os pecados da igreja. Não assumiu uma posição de superioridade em relação ao seu povo, mas incluiu-se nele.
Daniel reafirmou a necessidade de dar ouvidos às mensagens divinas. “Não demos ouvido aos Teus servos, os profetas, que falaram em Teu nome” (Dn 9:6).
A oração de Daniel mostrou que a solução para o drama que seu povo estava vivendo era voltar a seguir a Palavra do Senhor dada por intermédio dos profetas. Ele reconheceu que a condição de apostasia de seus irmãos era resultado da rejeição às mensagens dos profetas enviados por Deus.
Daniel reagiu com renúncia própria. “Por isso me voltei para o Senhor Deus com orações e súplicas, em jejum, em pano de saco e coberto de cinza” (Dn 9:3). Daniel colocou toda a sua energia na oração intercessora pela igreja, a ponto de se humilhar com jejum e cinzas. Ele sentiu tanta compaixão de seu povo pela condição espiritual em que se encontrava, que isso o levou à exaustão física e mental.
2. Leia Daniel 6:6-9. Qual era o pensamento por trás do decreto? Como ele explorava a vaidade do rei?
Dario foi tolo ao promulgar um decreto que ele logo desejou revogar. Ele caiu na armadilha dos oficiais, que foram espertos o suficiente para jogar com as circunstâncias políticas do reino recém-estabelecido. Dario havia descentralizado o governo e estabelecido cento e vinte sátrapas para tornar a administração mais eficiente. Porém, essa ação acarretava riscos em longo prazo. Um governador influente poderia facilmente promover uma rebelião e dividir o reino. Portanto, uma lei forçando todos a fazer petições apenas ao rei durante trinta dias parecia uma boa estratégia para promover a lealdade ao monarca.
Por que é preciso orar pela igreja se Deus já tem interesse e cuidado especial por ela? Deus não interfere no livre-arbítrio do ser humano, nem atua nele sem sua permissão. A oração intercessora, em favor de outros, concede permissão para que o Senhor possa agir acima e além do que Ele normalmente faria. Nossas orações dão autorização para que Deus atue. No capítulo 9, vemos que Deus respondeu à oração de Daniel dando-lhe uma revelação profética que se aplicava não só à igreja daquela época, mas à igreja até o fim do tempo.
Que papel o jejum desempenha na experiência cristã? É importante lembrar que o jejum não soma “pontos” para garantir nossa entrada no Céu. O objetivo do jejum não é impressionar o Senhor, nem obter Sua aprovação em razão dos nossos méritos. Algumas pessoas não podem jejuar por razões médicas, mas o jejum traz grandes benefícios. Um importante aspecto a ser notado no Sermão do Monte é que o jejum foi comparado à solidariedade e à oração sincera. Cristo usou as mesmas palavras ao falar sobre esses assuntos: “Mas quando você der esmola” (Mt 6:3); “E quando vocês orarem” (Mt 6:5); “Quando jejuarem” (Mt 6:16). Note que Jesus não disse “se”, mas “quando” vocês jejuarem.
O jejum ajuda a colocar a natureza física em harmonia com nossa dimensão espiritual, relacionando a necessidade do alimento físico com a dependência que temos de Cristo em nossa vida. Quando alguém pratica o jejum, ele se coloca em posição de humidade e necessidade de sustentação diante do Senhor.
Há diferentes tipos de jejum. Até mesmo a ingestão de alimentos simples, em seu estado natural, ou somente sucos, pode ser considerado jejum, e não somente a abstenção total de alimentos. Ellen White declarou: “O verdadeiro jejum, que deve ser recomendado a todos, é a abstinência de qualquer espécie estimulante de alimento, e o uso apropriado de alimento saudável e simples, que Deus proveu em abundância.
“Agora e daqui por diante até ao fim do tempo, o povo de Deus deve ser mais fervoroso, mais desperto, não confiando em sua sabedoria, mas na sabedoria de seu Líder. Deve pôr de parte dias de jejum e oração. Pode não ser requerida a completa abstinência de alimento, mas deve comer moderadamente, do alimento mais simples” (Ellen G. White, Conselhos Sobre o Regime Alimentar, p. 188, 189).
3. Leia Daniel 6:10. Por que Daniel simplesmente não orou de uma forma que ninguém o visse? Assinale a alternativa correta:
A. ( ) Porque queria se exibir para os oficiais.
B. ( ) Embora fosse discreto, ele não podia negar sua fé e sua confiança em Deus.
“Tu, porém, quando orares, entra no teu quarto e, fechada a porta, orarás a teu Pai, que está em secreto; e teu Pai, que vê em secreto, te recompensará” (Mt 6:6).
Daniel era um estadista experiente, mas, acima de tudo, ele era servo de Deus.
Portanto, ele não mudou seus hábitos devocionais, mas continuou sua costumeira prática de orar três vezes por dia em direção a Jerusalém. Mediante sua aberta vida de oração, ele demonstrou que a lealdade que devia a Deus vinha antes de sua lealdade ao rei.
Descubra a relação das passagens abaixo com o texto bíblico-chave (Daniel 9:1-19) da lição desta semana:
Zacarias 1:12-17
Zacarias 7:5
Jeremias 25:1-10
Jeremias 29:10
2 Crônicas 36:20-21
Mateus 13:24-30
Apocalipse 12:13-17
Quais outras passagens lhe vêm à mente em conexão com Daniel 9:1-19?
4. Leia Daniel 6:11-23. O que o rei disse a Daniel que revela que o profeta era uma poderosa e fiel testemunha de Deus?
Os conspiradores logo avistaram Daniel orando – isto é, fazendo exatamente o que o decreto proibia. Colocaram Daniel contra o rei dizendo que ele não demonstrava a devida consideração pelo decreto.
A oração de Daniel reflete o espírito do amor de Cristo por Sua igreja militante. Ele intercedeu em favor de seu povo assim como Cristo intercede em nosso favor diante do Pai. Ele rogou pela misericórdia divina assim como Jesus pleiteia misericórdia em nosso favor diante do Criador. Daniel se identificou com os pecados do povo de Deus assim como Jesus Se tornou pecado por nós e Se identifica conosco.
A igreja é retratada na Bíblia como a noiva de Cristo. Embora ela possua faltas e falhas é a menina dos olhos de Deus. Como escreveu Ellen White: “Fraca e defeituosa como possa parecer, a igreja é o único objeto sobre que Deus concede em sentido especial Sua suprema atenção. É o cenário de Sua graça, na qual Se deleita em revelar Seu poder de transformar corações” (Atos dos Apóstolos, p. 12).
Daniel demonstrou verdadeiro espírito de amor dando-nos um vislumbre do amor de Cristo pela igreja. Esse mesmo espírito, nós, que vivemos no tempo do fim, precisamos manter enquanto a igreja passa pela crise final.
5. Leia Daniel 6:24-28. Que testemunho o rei deu sobre Deus?
6. Leia Daniel 6:24. O que é um tanto problemático nesse verso? Por quê?
O relato se encaixa com o que sabemos sobre a lei persa.
A narrativa bíblica relata o evento, mas não endossa a ação do rei.
"Não tem Deus uma igreja viva? Ele tem uma igreja, mas esta é a igreja militante, e não a igreja triunfante. Entristecemo-nos de que haja membros defeituosos, de que haja joio no meio do trigo. […]
“Ao mesmo tempo que o Senhor traz para a igreja os verdadeiramente convertidos, Satanás traz para sua comunhão pessoas não convertidas. […] Duas influências oponentes estão continuamente atuando sobre os membros da igreja. Uma atua em favor da purificação da igreja, e a outra em favor da corrupção do povo de Deus. […]
“Embora existam males na igreja, e tenham que existir até o fim, a igreja destes últimos dias deve ser a luz neste mundo poluído e desmoralizado pelo pecado. […]
“No mundo existe apenas uma igreja que se acha na brecha, tapando o muro e restaurando os lugares assolados, e todo aquele que chamar a atenção do mundo e de outras igrejas para esta igreja, denunciando-a como Babilônia, está trabalhando de acordo com aquele que é o acusador dos irmãos. […] O mundo está cheio de ódio contra os que proclamam a obrigatoriedade da lei de Deus, e a igreja que for leal ao Senhor terá que enfrentar um conflito de proporções gigantescas. […] Os que tiverem alguma compreensão do que significa esse conflito, não voltarão suas armas contra a igreja militante, mas lutarão pelo povo de Deus com todas as suas forças contra a confederação do mal.
“Os que têm proclamado uma mensagem sob sua responsabilidade, e que, ao mesmo tempo, declaram ser guiados por Deus, estão realizando uma obra para derrubar o que Ele, durante anos, tem estado a erguer, e não estão cumprindo a vontade do Senhor. […] Não creiam neles” (Ellen G. White, A Fé Pela Qual Eu Vivo [MD 1959], 26 de outubro).
DISCUSSÃO
Compartilhe com sua classe o que você extraiu desta lição, por exemplo: descobertas, observações, dúvidas e pontos principais. Perguntas sugestivas para ser discutidas:
- Qual tem sido a atitude da sociedade em relação às faltas da igreja?
- Quando sua igreja local ou mundial enfrenta um período de crise espiritual, como você reage?
- Como Jesus Se sente em relação às faltas da igreja?
- Por que Daniel jejuou e intercedeu em favor de seu povo?
- Como você explica o amor de Daniel por um povo que estava completamente apostatado?