Lição 4
18 a 24 de abril
A Bíblia – a fonte autoritativa de nossa teologia
Sábado à tarde
Ano Bíblico: 1Rs 17-19
Verso para memorizar: “À Lei e ao testemunho! Se eles não falarem desta maneira, jamais verão a alva” (Is 8:20).
Leituras da semana: Mc 7:1-13; Rm 2:4; 1Jo 2:15-17; 2Co 10:5, 6; Jo 5:46, 47; 7:38

Não há igreja cristã que não use as Escrituras para sustentar suas crenças. No entanto, a função e a autoridade das Escrituras na teologia não são as mesmas em todas as igrejas. Na verdade, a função das Escrituras pode variar muito de igreja para igreja. Exploraremos esse assunto importante, porém complexo, por meio do estudo de cinco diferentes fontes que influenciam nossa interpretação das Escrituras: a tradição, a experiência, a cultura, a razão e a própria Bíblia.

Essas fontes desempenham uma função significativa em todas as teologias e igrejas. Todos fazemos parte de diversas tradições e culturas que nos influenciam. Todos temos experiências que moldam nosso pensamento e influenciam nossa compreensão. Todos temos uma mente para pensar e avaliar as coisas. Todos lemos a Bíblia e a usamos para entender Deus e Sua vontade.

Qual dessas fontes, ou combinações delas, tem autoridade final sobre a nossa maneira de interpretar a Bíblia? Como são usadas em relação umas às outras? A prioridade dada a alguma fonte ou fontes leva a ênfases e resultados muito diferentes e determina, por fim, a direção de toda a nossa teologia.



Domingo, 19 de abril
Ano Bíblico: 1Rs 20, 21
Tradição

tradição não é ruim. Ela dá às ações recorrentes na vida certa rotina e estrutura. Ela nos ajuda a permanecer conectados com nossas raízes. Por isso, não é surpresa que essa herança tenha uma função importante na religião. Porém, também existem perigos relacionados à tradição.

1. Leia Marcos 7:1-13. Como Jesus reagiu a algumas tradições humanas em Seus dias? O que isso nos ensina? Assinale a alternativa correta:

A. (  ) Colocou-as acima dos mandamentos de Deus e da Palavra do Senhor.
B. (  ) Exaltou a Lei de Deus como fonte de autoridade acima das tradições.

A tradição que Jesus confrontou era cuidadosamente transmitida na comunidade judaica de mestre para discípulo. Nos dias de Jesus, ela havia assumido um lugar ao lado das Escrituras. Contudo, a tradição tem uma tendência de se desenvolver durante longos períodos de tempo, acumulando assim mais e mais detalhes e aspectos que originalmente não faziam parte da Palavra de Deus nem de Seu plano. Embora as tradições fossem promovidas por “anciãos” (Mc 7:3, 5), isto é, pelos líderes religiosos da comunidade judaica, não são iguais aos mandamentos de Deus (Mc 7:8, 9). Eram tradições de homens e, finalmente, levaram a um ponto em que tornaram inválida “a Palavra de Deus” (Mc 7:13).

2. Leia 1 Coríntios 11:2 e 2 Tessalonicenses 3:6. Como distinguimos entre a Palavra de Deus e a tradição humana? É importante fazer essa distinção?

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A Palavra viva de Deus faz surgir em nós uma atitude reverente e fiel para com ela. Essa fidelidade gera certa tradição. Contudo, nossa fidelidade precisa sempre ser dedicada ao Deus vivo, que revelou Sua vontade na Palavra escrita. Portanto, a Bíblia possui uma função singular que suplanta todas as tradições humanas. Ela está acima de todas as tradições, mesmo das boas. Tradições que se desenvolvem a partir de nossa experiência com Deus e Sua Palavra constantemente precisam ser testadas pela medida das Sagradas Escrituras.

O que fazemos como igreja que pode ser rotulado como “tradição”? Por que é importante distinguir tradição de ensinamento bíblico? Comente com a classe.

Não apenas leia a Bíblia, estude-a!

Segunda-feira, 20 de abril
Ano Bíblico: 1Rs 22; 2Rs 1
Experiência

3. Leia Romanos 2:4 e Tito 3:4, 5. Como experimentamos a bondade, a paciência, o perdão, a benevolência e o amor de Deus? Por que é importante que a fé não seja apenas conhecimento abstrato, mas algo vivenciado? As experiências podem entrar em conflito com a Bíblia e até mesmo nos enganar na fé?

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A experiência faz parte da existência humana. Ela influencia nossos sentimentos e pensamentos de uma forma poderosa. Deus nos projetou de tal maneira que nosso relacionamento com a criação, e até mesmo com o próprio Deus, é significativamente conectado com nossa experiência e moldado por ela.

É o desejo de Deus que experimentemos a beleza dos relacionamentos, da arte, da música e das maravilhas da criação, bem como a alegria de Sua salvação e o poder das promessas de Sua Palavra. Nossa religião e fé são mais do que apenas doutrina e decisões racionais. O que experimentamos molda significativamente nossa visão de Deus e até mesmo nossa compreensão da Sua Palavra. Mas precisamos também ver claramente as limitações e insuficiências de nossas experiências quando se trata de conhecer a vontade de Deus.

4. Que advertência se encontra em 2 Coríntios 11:1-3? O que isso revela sobre os limites da confiança nas nossas experiências?

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As experiências podem ser muito enganadoras. Biblicamente, a experiência precisa ter sua esfera apropriada. Deve ser influenciada, moldada e interpretada pelas Escrituras. Às vezes desejamos experimentar algo que não está em harmonia com a Palavra e a vontade de Deus. Nessas ocasiões, precisamos confiar na Bíblia acima de nossa experiência e de nossos desejos. Devemos estar atentos para assegurar que as experiências estejam em harmonia com as Escrituras e não contradigam o claro ensino da Bíblia.

Na fé em que o amor a Deus e aos outros (Mc 12:28-31) são os mandamentos principais, a experiência é importante. Todavia, por que é crucial provar a experiência pela Palavra?


Terça-feira, 21 de abril
Ano Bíblico: 2Rs 2, 3
Cultura

Todos nós pertencemos a culturas específicas. Também somos influenciados e moldados pela cultura. Nenhum de nós escapa dela. Basta analisarmos o quanto do Antigo Testamento é a história do antigo Israel sendo corrompido pelas culturas ao seu redor. O que nos faz pensar que hoje as coisas ocorram de modo diferente?

A Palavra de Deus também foi dada em uma cultura específica, embora não seja limitada a essa única cultura. Mesmo que os fatores culturais influenciem inevitavelmente nossa compreensão da Bíblia, não devemos perder de vista o fato de que a Palavra também transcende às estabelecidas categorias culturais de etnia, império e status social. Essa é uma razão pela qual a Bíblia ultrapassa qualquer cultura humana e é até capaz de transformar e corrigir os elementos pecaminosos que encontramos em todas as culturas.

5. Leia 1 João 2:15-17. O que João quis dizer ao declarar que não devemos amar as coisas do mundo? Como podemos viver no mundo e ainda assim não ter uma mentalidade mundana?

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A cultura, como qualquer outra faceta da criação de Deus, é afetada pelo pecado. Consequentemente, ela também está sob o juízo de Deus. Evidentemente, alguns aspectos da nossa cultura podem se alinhar muito bem com nossa fé, mas devemos sempre ter o cuidado de distinguir entre as duas. O ideal é que, se necessário, a fé bíblica se oponha à cultura existente e crie uma contracultura que seja fiel à Palavra de Deus. A menos que tenhamos algo ancorado em nós que venha de cima, logo nos entregaremos ao que está ao nosso redor.

Ellen G. White apresentou a seguinte ideia:

“Os seguidores de Cristo devem se separar do mundo em princípios e em interesses; não devem, porém, se isolar do mundo. O Salvador Se misturava constantemente com os homens, não para os animar em qualquer coisa que não estivesse em harmonia com a vontade de Deus, mas para os elevar e enobrecer” (Conselhos aos Pais, Professores e
Estudantes
, p. 323).

Quais aspectos da sua cultura estão em completa oposição à fé bíblica? Como podemos nos manter firmes contra esses aspectos que tendem a corromper nossa fé?


Quarta-feira, 22 de abril
Ano Bíblico: 2Rs 4, 5
Razão

6. Leia 2 Coríntios 10:5, 6; Provérbios 1:7; 9:10. Por que a obediência a Cristo em nossos pensamentos é tão importante? Por que o temor do Senhor é o princípio da sabedoria? Assinale a alternativa correta:

A.( ) Porque pensamentos submissos levam à prática da obediência.

B.( ) Porque devemos obedecer apenas na teoria, não na prática.

Deus nos deu a capacidade de pensar e raciocinar. Toda atividade humana e todo argumento teológico supõem nossa capacidade de pensar e tirar conclusões. Não apoiamos uma fé irracional. Entretanto, como consequência do Iluminismo do século 18, a razão assumiu uma função nova e dominante, especialmente no mundo ocidental, que vai muito além de nossa capacidade de pensar e chegar a conclusões corretas.

Em contraste com a ideia de que a base do nosso conhecimento é a experiência sensorial, outra visão considera a razão a principal fonte de conhecimento. Essa visão, chamada racionalismo, é a ideia de que a verdade não é sensorial, mas intelectual e deriva da razão. Ou seja, certas verdades existem, e somente a razão pode compreendê-las diretamente. Isso faz da razão o teste e a norma da verdade. A razão se tornou a nova autoridade diante da qual tudo mais tinha que se curvar, inclusive a autoridade da igreja e, mais dramaticamente, até mesmo a autoridade da Bíblia como a Palavra de Deus. Tudo o que não era evidente para a razão foi descartado e teve sua legitimidade questionada. Essa atitude afetou muitas partes das Escrituras. Todos os milagres e as ações sobrenaturais de Deus, como a ressurreição de Jesus, o nascimento virginal ou a criação em seis dias, para citar apenas alguns, não foram mais considerados verdadeiros e confiáveis.

Lembremo-nos de que mesmo o poder de raciocínio foi afetado pelo pecado e precisa ser colocado sob Cristo. O ser humano foi obscurecido em sua compreensão e alienado de Deus (Ef 4:18). Precisamos ser iluminados pela Palavra. Além disso, o fato de que Deus é o Criador indica que nossa razão não foi criada como algo que funciona de modo independente. Em vez disso, “o temor do SENHOR é o princípio da sabedoria” (Pv 9:10; Pv 1:7). Somente quando aceitamos a revelação de Deus, corporificada em Sua Palavra escrita, como suprema em nossa vida, e estamos dispostos a seguir o que está escrito na Bíblia, podemos raciocinar corretamente.

O presidente americano Thomas Jefferson (1743-1826) fez sua própria versão do Novo Testamento excluindo o que, em sua opinião, fosse contrário à razão. Quase todos os milagres de Jesus foram excluídos, incluindo a Sua ressurreição. O que isso nos ensina sobre os limites da razão para a compreensão da verdade?


Quinta-feira, 23 de abril
Ano Bíblico: 2Rs 6-8
A Bíblia

O Espírito Santo, que revelou e inspirou o conteúdo da Bíblia, nunca nos conduzirá contrariamente à Palavra de Deus nem para longe dela. Para os Adventistas do Sétimo Dia, a Bíblia tem uma autoridade superior à tradição, à experiência, à razão ou às culturas humanas. Somente a Bíblia é a norma pela qual todo o restante precisa ser provado.

7. Leia João 5:46, 47; 7:38. Para Jesus Cristo, qual era a melhor fonte para entender questões espirituais? Como a Bíblia confirma que Jesus é o verdadeiro Messias?

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Algumas pessoas alegam ter recebido “revelações” e instruções especiais do Espírito Santo, mas essas instruções vão contra a clara mensagem da Bíblia. Para essas pessoas, um suposto “Espírito Santo” alcançou autoridade maior que as Escrituras. Quem anula a Palavra escrita e inspirada e se esquiva de sua mensagem clara está andando em terreno perigoso e não está seguindo a direção do Espírito de Deus. A Bíblia é nossa única salvaguarda espiritual. Somente ela é a norma confiável para toda matéria de fé e prática.

“Por meio das Escrituras, o Espírito Santo fala à mente e grava a verdade no coração. Assim expõe o erro, expulsando-o do coração. É pelo Espírito da verdade, agindo pela Palavra de Deus, que Cristo submete a Si Seu povo escolhido” (Ellen G. White, O Desejado de Todas as Nações, p. 671).

O Espírito Santo nunca deve ser interpretado como substituto da Palavra de Deus. Em vez disso, Ele trabalha em harmonia com a Bíblia e por meio dela para nos atrair a Cristo, tornando as Escrituras a única norma para a verdadeira espiritualidade bíblica. A Bíblia apresenta a sã doutrina (1Tm 4:6) e, sendo a Palavra de Deus, é confiável e merece plena aceitação. Não é nossa tarefa julgar as Escrituras. Em vez disso, a Palavra de Deus tem o direito e a autoridade para julgar nossa vida e nossos pensamentos. Afinal, é a Palavra escrita do próprio Deus.

Por que a Bíblia é um guia mais seguro em questões espirituais do que impressões subjetivas? Quais são as consequências de não aceitar a Bíblia como o padrão pelo qual provamos todos os ensinamentos e até mesmo nossa experiência espiritual? Se a revelação particular fosse a palavra final nas questões espirituais, por que isso não levaria a nada além do caos e do erro?

Ter comunhão com Deus em oração é contar coisas da sua vida a Ele.

Sexta-feira, 24 de abril
Ano Bíblico: 2Rs 9-11
Estudo adicional

Texto de Ellen G. White: O Grande Conflito, p. 593-602 (“Nossa Única Salvaguarda”).

A tradição, a experiência, a cultura, a razão e a Bíblia estão presentes em nossa reflexão sobre a Palavra de Deus. A pergunta decisiva é: qual dessas fontes tem a palavra final e a autoridade suprema em nossa teologia? Uma coisa é confirmar a Bíblia, mas algo completamente diferente é permitir que ela, mediante o ministério do Espírito Santo, influencie e mude a vida.

“Em Sua Palavra, Deus conferiu aos homens o conhecimento necessário para a salvação. As Santas Escrituras devem ser aceitas como autoritativa e infalível revelação de Sua vontade. Elas são a norma do caráter, o revelador das doutrinas, a pedra de toque da experiência religiosa” (Ellen G. White, O Grande Conflito, p. 9).

Perguntas para consideração

1. Por que é mais fácil defender os detalhes de algumas tradições humanas do que viver o espírito da Lei de Deus: amar o Senhor, nosso Deus, de todo o nosso coração e entendimento, e amar o próximo como a nós mesmos? (veja Mt 22:37-40).

2. Comente sua resposta à pergunta final de domingo. Que função a tradição deve ter em nossa igreja? Quais bênçãos e desafios você observa nas tradições religiosas?

3. Como podemos garantir que a tradição, não importando quanto ela seja boa, não substitua a Palavra escrita de Deus como nossa norma e autoridade final?

4. Imagine que alguém afirme ter recebido um sonho em que o Senhor lhe teria dito que o domingo é o verdadeiro dia de descanso e adoração nos tempos do Novo Testamento. Como você responderia a essa pessoa? O que uma história semelhante a essa nos ensina sobre como a experiência deve sempre ser provada pela Palavra de Deus?

5. Fale sobre a cultura em que sua igreja está imersa. Como essa cultura influencia sua fé? Quais exemplos encontramos na História em que a
cultura tenha influenciado grandemente as ações dos membros da igreja de uma forma que hoje vemos como negativa? Que lições podemos extrair desse fato para não cometer erros semelhantes?

Respostas e atividades da semana:  1. B. 2. Pela imutável Palavra de Deus provamos as transitórias tradições humanas. 3. Experimentamos essas coisas pela bondade de Deus, pois Ele faz surgir em nós todas as virtudes. Nossa fé deve ser experimental e não apenas cognitiva, pois a fé que transforma é fruto da experiência e não apenas do intelecto. É preciso, no entanto, provar as experiências à luz da Palavra, pois elas podem nos levar para longe da verdade.  4. Devemos cuidar para que as experiências não nos enganem. Elas são manchadas pelo pecado. 5. Que nosso coração não deve



Resumo da Lição 4
A Bíblia – a fonte autoritativa de nossa teologia

Textos-chave: Is 8:20; Mc 7:1-13; 1Co 11:2; 2Ts 3:6; Rm 2:4; Tt 3:4, 5; 1Jo 2:15-17; 2Co 10:5, 6; Pv 1:7; 9:10; Jo 5:46-48; 7:38

ESBOÇO

Muitas vezes não temos consciência da influência de outras fontes em nosso pensamento e em nossa teologia. Mesmo que queiramos viver dirigidos somente pelas Escrituras, nosso entendimento delas é significativamente moldado e influenciado por vários fatores: as tradições a que estamos acostumados e com as quais crescemos, a maneira pela qual somos treinados para pensar e nosso modo de usar a razão para explicar as coisas, nossa experiência com certas pessoas e ideias e a cultura formativa que nos rodeia. A prioridade dada a qualquer fonte ou combinação de fontes tem influência relevante em nossa teologia; em última análise, essas coisas determinarão a direção de todo o raciocínio teológico. Nas igrejas católicas e ortodoxas, a tradição costuma desempenhar um papel importante e decisivo. Nas igrejas carismáticas e pentecostais, a experiência geralmente é creditada como autoridade final. Na teologia liberal, a razão humana com frequência assume a última palavra para decidir o que é aceitável ou não. Além disso, toda igreja é impactada em algum nível pela cultura local, e nenhuma igreja existe sem a Bíblia. Não queremos uma fé desprovida de experiência e reflexão – uma fé que não seja razoável e que não seja abençoada por tradições positivas. É importante estar ciente de todas essas influências e entender a contribuição positiva que cada fonte tem em nossa fé, mas também é essencial ver claramente as limitações delas. Eis a pergunta decisiva: a que fonte concedemos autoridade suprema e final em matéria de fé e prática?

Comentário

Tradição

A tradição geralmente tem má reputação, uma vez que está associada à estreiteza mental que se apega de maneira servil à rígida repetição e execução de certos rituais e práticas, porém ela não é de todo ruim. Pensemos em alguns de seus pontos positivos: mantém atos recorrentes de estrutura e estabilidade; conecta-nos com o passado e talvez até com nossas origens; transmite valores e conceitos essenciais; ajuda a manter viva a memória de acontecimentos e fatos importantes.

O problema surge quando essas tradições ganham vida própria e acabam se tornando mais significativas do que as coisas originais que tentam preservar. As tradições também tendem a crescer ao longo do tempo e a acrescentar aspectos que vão muito além do que deu início à tradição.

Em Gálatas 1:9, Paulo aconselhou os crentes a não aceitar outro evangelho além daquele que haviam recebido. Assim, existe uma tradição que Deus iniciou, mas também existem tradições humanas que não fazem parte originalmente do plano divino ou da Palavra divina.

Experiência

Os seres humanos são criados com capacidade de experimentar amor. Somos capazes de experimentar beleza, harmonia, música e arte, e podemos nos relacionar com as coisas e outros relacionamentos de um modo que vai muito além do aspecto racional. A experiência faz parte da vida e também desempenha papel significativo na nossa espiritualidade.

Pense sobre dimensões de sua fé em que a experiência de alegria, perdão, consciência limpa e atos de bondade e amor impactaram positivamente seu relacionamento com Deus e com outros crentes.

A experiência de rejeição, preconceito, ódio, suspeita, dúvida, inveja e ciúme impactou negativamente seu relacionamento com Deus e compreensão Dele? O que isso nos ensina acerca da nossa responsabilidade de ser cartas vivas de Cristo (2Co 3:2, 3) que outras pessoas possam ler quando quiserem aprender algo sobre Deus?

Ilustração

A experiência humana é poderosa, mas também pode ser enganosa e desorientadora. Como você reagiria se um cristão carismático lhe dissesse que, em sua experiência, Deus lhe houvesse dito para adorar a Deus no domingo, enquanto a Bíblia afirma claramente que o sábado é o dia sagrado de descanso para Ele? O que devemos fazer se a experiência de um dom espiritual em particular se tornar a norma para o que significa ter uma vida cheia do Espírito?

Cultura

A palavra cultura deriva do latim cultura, que provém, por sua vez, de colere, que significa cultivar. A cultura abrange, entre outras coisas, o conjunto de costumes, valores, comportamento social e normas encontradas nas sociedades humanas. Deus nos deu a capacidade de moldar a cultura, mas ao mesmo tempo todos nós somos influenciados pelas respectivas culturas em que vivemos.

A Bíblia surgiu em uma cultura específica, e familiarizar-nos com essa cultura nos ajuda a entender algumas de suas declarações. O contexto cultural em que as Escrituras foram escritas não as limita a essa cultura. Afinal, elas são a Palavra de Deus revelada. Como tal, a Bíblia pode ter um impacto positivo na cultura humana e elevar qualquer sociedade.

Liste exemplos em que o pensamento bíblico mudou a sociedade e sua cultura para melhor ou onde poderia ter um impacto positivo em nossa sociedade e cultura. Pense com os membros da sua classe de Escola Sabatina sobre estratégias para introduzir a Bíblia e as ideias bíblicas de maneira que sejam bem recebidas, criando uma contracultura bíblica positiva em nossa sociedade.

Nenhuma cultura é perfeita, e toda cultura é afetada pelo pecado; portanto, nem tudo nela é positivo. Algumas questões culturais podem ter impacto negativo em nossa fé ou podem ter origem demoníaca. Como podemos distinguir entre aspectos positivos e negativos de nossa cultura? Como evitar simplesmente copiar nossa cultura em nossa adoração? Por que precisamos ser culturalmente relevantes para alcançar outras pessoas? Como a Bíblia pode ser a norma final nessa busca?

Raciocínio

Deus nos criou com a capacidade de pensar. Grande parte da Bíblia nos chama a refletir sobre o que está escrito nas Escrituras e estimula nossos pensamentos e reflexão. A pergunta frequente “Que vos parece?” (Mt 17:25; 18:12; 21:28; 22:17; 22:42; 26:66, etc.) ou “Não lestes?” (Mt 12:3, 5; 19:4; 21:16; 21:42; 22:31; etc.) implica que Deus quer que usemos nosso raciocínio para entender a Ele e a Sua Palavra. Embora possamos entender Deus de forma correta e verdadeira, temos que reconhecer que nunca compreenderemos completamente tudo sobre Ele. Afinal, somos seres criados. Nós não somos Deus! Além disso, nosso pensamento é obscurecido e afetado pelo pecado. Portanto, precisamos levar “cativo todo pensamento à obediência de Cristo" (2Co 10:5). Se não estivermos dispostos a submeter nosso pensamento à autoridade superior das Escrituras, começaremos rapidamente a julgar cada vez mais partes das Escrituras de acordo com o que pensamos ser razoável e verdadeiro, tornando nossa razão a norma para o que podemos aceitar ou não. Essa mentalidade eliminará os milagres da Bíblia e afetará suas verdades, como a doutrina de Deus e Sua natureza triúna, a divindade de Cristo, a personalidade do Espírito Santo, a ressurreição corporal ou a relação entre o livre-arbítrio humano e a soberania divina, para citar apenas alguns ensinamentos. Por fim, “um método crítico possivelmente falhará, porque apresenta uma impossibilidade inerente. Pois o aspecto correspondente ou o contraponto à revelação não é a crítica, mas a obediência; não é correção [...] mas é um deixe-me-ser-corrigido” (Gerhard Maier, O Fim do Método Histórico-Crítico. St. Louis: Concordia, 1977, p. 23).

A Bíblia

A Bíblia é nossa autoridade superior e definitiva em todos os assuntos de fé e prática, pois cremos que o Espírito Santo inspirou seus escritores a escrever de maneira confiável e fidedigna o que Deus desejou comunicar por meio deles. Jesus e os apóstolos trataram as Escrituras com essa compreensão. Para Jesus, a Palavra de Deus é a verdade (Jo 17:17). No que diz respeito ao Senhor, se não cremos em Moisés, não acreditamos em Suas palavras (Jo 5:46, 47). Para Ele, as Escrituras são a norma para a nossa fé: “Quem crer em Mim, como diz a Escritura” (Jo 7:38). De igual modo, os apóstolos se referiam repetidamente às Escrituras como a norma de seus ensinamentos (At 17:11; Rm 10:11, etc.) e criam nelas: “pois tudo quanto, outrora, foi escrito para o nosso ensino foi escrito, a fim de que, pela paciência e pela consolação das Escrituras, tenhamos esperança” (Rm 15:4). Não podemos ser mais apostólicos em nosso tratamento das Escrituras do que os próprios apóstolos foram, e não podemos ser mais cristãos do que o próprio Cristo. Ele é o nosso exemplo. Fazemos bem em seguir Seus passos na maneira pela qual Ele usou e constantemente Se referiu às Escrituras como norma decisiva para Sua fé.

Aplicação para a vida

Quando amamos alguém, vários dos fatores que discutimos nesta semana entram em cena. No amor, experimentamos alguns sentimentos fortes. No entanto, o amor é mais do que apenas sentimento. Quando amamos outra pessoa, normalmente temos algumas boas razões para fundamentar a realidade desse sentimento e o motivo para a outra pessoa nos amar. Contudo, não é prudente fundamentar o amor apenas na razão.

Quando começamos um relacionamento amoroso, tendemos a desenvolver algumas práticas ou tradições comuns que nos lembram momentos significativos juntos. Mas quando essas tradições se tornam mais importantes que o próprio relacionamento, elas se afastam do caminho correto e perdemos algo essencial. Quando mostramos nosso amor por outra pessoa, normalmente o fazemos de maneiras que se assemelham aos costumes e normas comuns de nossa cultura e os refletem. Porém, quando permitimos que apenas a cultura defina como o amor deve ser praticado, podemos rapidamente ser levados a fazer coisas que são explicitamente proibidas nas Escrituras. Por esse motivo, precisamos de uma fonte que não seja apenas de origem humana para nos guiar e orientar no amor e na vida. Precisamos de uma fonte confiável, que seja mais profunda do que aquilo que sentimos, mais elevada do que pensamos e mais relevante do que qualquer tradição ou cultura humana. Agradeça a Deus pela Palavra duradoura e confiável que encontramos na Bíblia.


DOIS FILHOS INESPERADOS

Halina Pastuszko decidiu que não queria mais filhos após dar à luz a terceira filha na Polônia. Mas ela soube, aos 42 anos, o mesmo ano em que sua primeira neta nasceu, que estava gravida de cinco meses. A gravidez assustou o médico, e ela foi alertada de que a criança poderia nascer com algum tipo de deficiência por causa da idade. Na época, a Polônia carecia de instalações para criar crianças deficientes. O médico sugeriu um aborto e deu a Halina o telefone de um médico que poderia realizar o procedimento.

Ao chegar em casa, ela tentou marcar uma consulta, mas não conseguiu resposta. Ela desistiu e voltou ao seu emprego de contadora no departamento de moradia da cidade em Rumia. Enquanto isso, seu marido, Wladyslaw, soube por uma filha que sua esposa havia tentado ligar para o médico do aborto e ele correu para o local de trabalho.

“Essa decisão é minha”, Halina disse. “Quero fazer um aborto.” Ajoelhado, Wladyslaw suplicou: “por favor, não faça isso!” Halina perguntou se ele a deixaria se ela fizesse o aborto. “Não!”, ele respondeu. “Não importa o que aconteça, eu nunca vou deixar você.” O coração de Halina se compadeceu. “Tudo bem, vamos ter este filho”, disse ela. Adam, um bebê saudável, nasceu três meses e meio depois. Pela primeira vez, Halina percebeu que as pessoas estavam erradas, por mais fortes que sejam suas opiniões. Se Deus quer realizar alguma coisa, Ele cumprirá Seus planos.

Halina começou a questionar o motivo pelo qual o marido frequentava a igreja adventista. Ela não pensava muito sobre Deus na era comunista da Polônia. Mas agora sentia gratidão pelo filho saudável e queria fazer algo por Deus. Decidiu, então, tornarse adventista. Sem o conhecimento do marido, ela estudou a Bíblia com um pastor adventista, e o surpreendeu, ao ser batizada em um acampamento.

Vários anos se passaram, e Halina se matriculou no seminário adventista na Polônia para seguir o ensino superior. Durante uma aula, ficou emocionada ao ouvir um homem com Síndrome de Down falar das dificuldades das pessoas com deficiência. Ela decidiu escrever sua tese sobre como cuidar de crianças com deficiência. Naquela época, ela conheceu um fisioterapeuta que a apresentou a um garoto de dez anos, em um orfanato. Imediatamente Halina amou David. Ele fora abandonado quando era bebê e o orfanato tentou sem sucesso encontrar uma família adotiva.

Halina se inscreveu em um programa do governo que permitia que as famílias levassem os órfãos para casa por um final de semana. Ela e o esposo levaram David em uma tarde de sexta e devolveram ao orfanato na noite de domingo. Porém, o garoto não queria voltar, agarrou-se à cadeira e chorava alto. Halina também chorou e decidiu reunir a família para anunciar a decisão de adotar David. Todos se opuseram à ideia, exceto o mais novo, Adam, que tinha 12 anos. Após a reunião de família, ele escreveu aos pais uma carta na qual disse: “Não me preocupo com as ações de David. Quero que ele fique em nossa família para sempre.”

Halina decidiu se aposentar cedo para poder dedicar todo o seu tempo a David. Mesmo com 50 e poucos anos, um juiz rapidamente aprovou a adoção. Em 2 de julho de 2009, David chegou à casa. Após alguns meses no novo lar, ele fez uma primeira cirurgia nas pernas. Os resultados decepcionaram o médico que advertiu sobre a impossibilidade de o menino andar. Ele estava errado, por mais forte que fosse sua opinião. Se Deus quisesse realizar algo, ele cumpriria Seus planos. David fez mais quatro cirurgias e consegue andar.

Hoje, ele tem 17 anos e é uma testemunha viva de Deus. Quando a família sai, as pessoas ficam maravilhadas com David e fazem muitas perguntas. A família responde compartilhando o evangelho. Assim, no ano passado, eles distribuíram 200 exemplares de O Grande Conflito.

David ama a Bíblia e decorou vários trechos. O seu favorito é Salmo 23. Ele é o resumo da sua vida. “O Senhor é meu pastor, nada me faltará”, diz. Aproveitamos para agradecer pela oferta do décimo terceiro sábado de 2017 que ajudou a construir um estúdio de televisão para o Hope Channel na Polônia, transmitindo o evangelho ao mundo de língua polonesa.

Dicas da História

• Assista ao vídeo sobre David no YouTube: bit.ly/Dawid-Briszke.
• Faça o download das fotos no Facebook (bit.ly/fb-mq) ou banco de dados ADAMS (bit.ly/two-unexpected-sons).
• Faça o download das fotos dos projetos do trimestre no site: bit.ly/ted-13thprojects.


 

Comentário da Lição da Escola Sabatina – 1º Trimestre de 2020
Tema Geral: Como interpretar as Escrituras
Lição 4 – 18 a 25 de abril

A Bíblia: fonte autoritativa de nossa teologia

Autor: Isaac Malheiros
Editor: André Oliveira Santos
Revisora: Josiéli Nóbrega

A fonte de autoridade da teologia adventista não é a tradição, razão e experiência humanas, ciência ou outras fontes, mas se fundamenta nas Escrituras Sagradas. Nesta semana, veremos por que a Bíblia deve ser a única fonte de autoridade da nossa teologia.

1. A autoridade da Bíblia vem de Deus

De a cordo com a própria Bíblia, ela é a Palavra de Deus, e não apenas contém a Palavra de Deus (2Rs 21:10; 2Cr 36:15, 16; Mt 4:4; 1Ts 2:13; Hb 1:5-13). Ela tem autoridade porque é divinamente inspirada (2Tm 3:16, 17). Até Jesus recorreu à autoridade das Escrituras para subscrever o que ensinava: “Quem crer em Mim, como diz a Escritura, do seu interior fluirão rios de água viva” (Jo 7:38).

Paulo reconheceu que o evangelho não era invenção dele, mas que ele havia recebido a mensagem, e que essa mensagem era “segundo as Escrituras” (1Co 15:1-5). Ou seja, o evangelho não é uma opinião, nem um sentimento ou um consenso humano após um debate de ideias, mas uma mensagem sobre o que Deus “havia prometido pelos seus profetas nas Santas Escrituras, acerca de seu Filho” (Rm 1:1-3, ARC).

2. A Bíblia tem autoridade exclusiva

Duvidar do que Deus disse, ou relativizar a palavra divina, é um problema desde o Éden, com a serpente: “É assim que Deus disse [...]?” (Gn 3:1). Ao questionar o que Deus disse, a serpente pode ser considerada o primeiro exemplo de teologia liberal da história. Hoje, esse problema se manifesta de duas formas diferentes:

1) A rejeição total da autoridade da Bíblia, como fazem os críticos e os incrédulos. Para eles, a Bíblia não tem nada de especial, é apenas um livro como qualquer outro, uma produção humana cheia de erros e contradições.

2) O rebaixamento da autoridade da Bíblia, igualando-a, ou submetendo-a, à razão, à ciência, à tradição ou a qualquer outra autoridade. Nesse caso, a Bíblia divide o palco com outras fontes de autoridade. Muitos supostos cristãos adotam essa postura.

O resultado dessas duas posturas é o mesmo: a inaceitável alteração da autoridade da Bíblia. Por isso, é importante manter a crença na autoridade exclusiva da Bíblia em matéria de fé e prática. As teologias contextuais em geral (feminista, negra, queer, etc), esvaziam a autoridade bíblica, exaltando a razão, a cultura e a opinião humana. No final das contas, fazem eco ao questionamento da serpente (“foi isso mesmo o que Deus disse?”), e, em vez de ouvir a voz de Deus, ouvem suas próprias vozes nas páginas da Bíblia.

O livro Questões sobre Doutrina afirma que os adventistas reconhecem a Bíblia como “última e definitiva autoridade sobre o que é verdade”, e “sustentam a posição protestante de que a Bíblia e somente a Bíblia é a única regra de fé e prática para os cristãos”. Em 1974, a igreja publicou que “intérpretes adventistas da Bíblia geralmente tem aceitado esse princípio [sola Scriptura] e mantido que a Bíblia somente é nossa infalível regra de fé, doutrina, reforma, e prática”. A mesma publicação revela que, na visão adventista, sola Scriptura aponta para a suprema e exclusiva autoridade da Bíblia em matéria de doutrina e salvação.

Nenhum outro livro sagrado, tradição antiga, pronunciamento eclesiástico ou afirmação de credo tem autoridade igual à da Bíblia. A história revela que, a menos que a Bíblia seja a única autoridade, ela se torna uma autoridade menor à razão humana. Precisamos reconhecer a “autoridade única das Escrituras” em matéria de fé e prática cristã. Existem outras autoridades tais como a experiência religiosa, a razão humana e a tradição, mas elas são regidas pelas Escrituras (são normas dirigidas, norma normata). As Escrituras são a norma predominante (norma normans), não submissa a nenhuma autoridade. Essas outras autoridades podem ser úteis em outras circunstâncias, mas não têm a mesma função da Bíblia – nesse ponto, a Bíblia é autoridade exclusiva.

Afirmar que as Escrituras são a fonte exclusiva para doutrinas e para sua própria interpretação é mais do que defender a primazia das Escrituras. O conceito de mera primazia, que torna a Bíblia apenas a mais importante dentre outras, “é afirmado até mesmo pela Igreja Católica Romana”, e não cabe na nossa herança protestante radical (sola Scriptura). Defendemos a exclusividade, não apenas a primazia da autoridade bíblica em matéria doutrinária.

3. A autoridade da Bíblia e Ellen White

Algumas pessoas tentam harmonizar a manutenção do lema sola Scriptura com a valorização das obras de Ellen White, e transformam os escritos de Ellen White em outra fonte de autoridade ao lado da Bíblia. No entanto, o adventismo, e a própria Ellen White, limitam a base de sua fé e prática radicalmente às Escrituras.

O Tratado de Teologia Adventista afirma que “a nenhum outro livro sagrado, sejam histórias sacras, tradições antigas, declarações eclesiásticas ou credos, pode-se atribuir autoridade igual à da Bíblia”. O livro Compreendendo as Escrituras descreve a autoridade da Bíblia como “única”, “exclusiva” e “suprema”.

Um documento divulgado pelo White Estate, depositário oficial do patrimônio literário de Ellen G. White, reafirma a inspiração dos escritos dela, mas nega que eles funcionam como “base e autoridade final da fé cristã como são as Escrituras” e que seus escritos possam ser usados como “base de doutrina”.

Ellen G. White descreve o lema protestante como o princípio da “autoridade infalível das Escrituras Sagradas como regra de fé e prática”. Ao descrever as ações de Lutero, ela afirmou que o princípio vital da Reforma era o ensino de que “os cristãos não deveriam receber outras doutrinas senão as que se apoiam na autoridade das Sagradas Escrituras”. Para Ellen G. White, a Bíblia é “a única infalível autoridade em religião”, a “única regra de fé e doutrina”.

O respeito à autoridade dos escritos de Ellen White leva inevitavelmente ao respeito à autoridade suprema das Escrituras. Ela deixou clara a diferença de função entre seus escritos inspirados e as Escrituras. Ellen G. White não tem o propósito de estabelecer verdades doutrinárias, e sua autoridade não pode ser utilizada nesse sentido. A Bíblia é a única fonte de verdades doutrinárias. Como afirma a lição desta semana: “Somente a Bíblia é a norma pela qual todo o restante precisa ser provado. [...] A Bíblia é nossa única salvaguarda espiritual. Somente ela é a norma confiável para toda matéria de fé e prática.”

Conheça o autor dos comentários para este trimestre: Isaac Malheiros é pastor, casado com a professora Vanessa Meira, e pai da pequena Nina Meira, de 8 anos. Tem atuado por 16 anos como pastor na área educacional, como capelão e professor, e ama ensinar a ler e interpretar a Bíblia. Atualmente, é pastor dos universitários e professor do Instituto Adventista Paranaense (IAP). É doutor em teologia (Novo Testamento), mestre em teologia (Estudos de texto e contexto bíblicos) e especialista em Ensino Religioso e Teologia Comparada.

 

1 George R. Knight (ed.). Questões Sobre Doutrina. Tatuí: Casa Publicadora Brasileira, 2008. p. 53, 54.

2 Gordon M. Hyde (ed.). A Simposyum on Biblical Hermeneutics. Washington: Biblical Research Committee, 1974. p. 167.

3 Raoul Dederen (ed.). Tratado de Teologia Adventista do Sétimo Dia. Tatuí: Casa Publicadora Brasileira, 2011. p. 49.

4 Norman R. Gulley. Systematic Theology: Prolegomena. Berrien Springs: Andrews University Press, 2003. p. 373.

5 George W. Reid (ed.). Compreendendo as Escrituras. Engenheiro Coelho: Unaspress, 2007. p. 36.

6 George W. Reid (ed.). Compreendendo as Escrituras. Engenheiro Coelho: Unaspress, 2007, p. 36.

7 George W. Reid (ed.). Compreendendo as Escrituras. Engenheiro Coelho: Unaspress, 2007, p. 43.

8 Raoul Dederen (ed.). Tratado de Teologia Adventista do Sétimo Dia. Tatuí: Casa Publicadora Brasileira, 2011. p. 49.

9 George W. Reid (ed.). Compreendendo as Escrituras: uma abordagem adventista. Engenheiro Coelho: Unaspress, 2007. p. 36, 43, 79, 80.

10 A inspiração e autoridade dos escritos de Ellen G. White. Disponível em <https://bit.ly/33A3i3i>. Acesso em 21 março 2020.

11 Ellen G. White. O Grande Conflito. Tatuí: Casa Publicadora Brasileira, 2004. p. 126, 238, 249.

12 Ellen G. White. Fundamentos da Educação Cristã. Tatuí: Casa Publicadora Brasileira, 2007. p. 126.