Lição 5
27 de outubro a 02 de novembro
A experiência de unidade na igreja primitiva
Sábado à tarde
Ano Bíblico: Lc 21, 22
Verso para memorizar: “E perseveravam na doutrina dos apóstolos e na comunhão, no partir do pão e nas orações” (At 2:42).
Leituras da semana: At 1:12-14; 2:5-13; 2:42-47; 4:32-37; 5:1-11; Ap 14:12; 2Co 9:8-15

unidade da igreja é o resultado de uma experiência espiritual compartilhada em Jesus, que é a verdade. “Eu Sou o caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai senão por Mim” (Jo 14:6). Os sólidos laços da comunhão são formados em uma jornada e experiência espirituais coletivas. Os primeiros adventistas tiveram essa experiência no movimento milerita. Sua experiência coletiva, em 1844, uniu seu coração enquanto buscavam uma explicação para seu desapontamento. Essa experiência deu à luz a Igreja Adventista do Sétimo Dia e a verdade sobre o juízo investigativo, e tudo o que ele envolve.

A experiência dos discípulos de Jesus, após Sua ascensão ao Céu, é um testemunho do poder da Palavra de Deus, da oração e da comunhão na criação da unidade e harmonia entre cristãos de origens muito diferentes. Essa mesma experiência ainda é possível hoje.

“Insisto em que a comunhão é um elemento especialmente importante na adoração coletiva [...]. Para o cristão nada pode substituir a compreensão do vínculo espiritual que o une com outros fiéis e com o Senhor Jesus Cristo [...]. Primeiramente Cristo atrai a pessoa para Si, mas Ele sempre une essa pessoa a outros cristãos em Seu corpo, a igreja” (Robert G. Rayburn, O Come, Let Us Worship. Grand Rapids, MI: Baker Book House, 1980, p. 91).



Domingo, 28 de outubro
Ano Bíblico: Lc 23, 24
Dias de preparação

Nas últimas horas que passou com os discípulos antes de Sua morte, Jesus prometeu que não os deixaria sós. Outro Consolador, o Espírito Santo, seria enviado para acompanhá-los em seu ministério. O Espírito os lembraria de muitas coisas que Cristo havia dito e feito (Jo 14:26), e os guiaria na descoberta de outras verdades (Jo 16:13). No dia de Sua ascensão, Jesus renovou essa promessa. “Vós sereis batizados com o Espírito Santo, não muito depois destes dias [...]. Recebereis poder, ao descer sobre vós o Espírito Santo” (At 1:5, 8). O poder do Espírito Santo seria concedido a fim de habilitar os discípulos a testemunhar em Jerusalém, Judeia, Samaria e até aos confins da Terra (At 1:8).

1. Leia Atos 1:12-14. O que os discípulos fizeram durante esse período de dez dias?

Podemos imaginar esses dez dias como um período de intensa preparação espiritual, uma espécie de “retiro” durante o qual esses discípulos compartilharam suas lembranças de Jesus, Suas obras, Seus ensinamentos e Seus milagres. Eles “perseveravam unânimes em oração” (At 1:14).

“Enquanto os discípulos esperavam o cumprimento da promessa, humilharam o coração em verdadeiro arrependimento e confessaram sua incredulidade. Ao trazerem à lembrança as palavras que Cristo lhes havia dito antes da morte, entenderam mais amplamente seu significado. Verdades que lhes tinham escapado à lembrança lhes voltavam à mente, e eles as repetiam uns aos outros. Reprovavam-se por não haverem compreendido o Salvador. Como numa sequência, cena após cena de Sua maravilhosa vida passou diante deles. Meditando sobre Sua vida pura, santa, sentiram que nenhum trabalho seria árduo demais, nenhum sacrifício demasiadamente grande, contanto que pudessem testemunhar, na própria vida, da amabilidade do caráter de Cristo. Oh! se pudessem viver de novo os passados três anos, pensavam, quão diferentemente agiriam! Se pudessem somente ver o Mestre outra vez, com que ardor procurariam mostrar quão profundamente O amavam, e quanto se haviam entristecido por terem-No ferido com uma palavra ou um ato de incredulidade! Mas estavam confortados com o pensamento de que haviam sido perdoados. E determinaram que, tanto quanto possível, expiariam sua incredulidade, confessando-O corajosamente perante o mundo [...]. Pondo de parte todas as divergências, todo desejo de supremacia, uniram-se em íntima comunhão cristã” (Ellen G. White, Atos dos Apóstolos, p. 36, 37).

Quanto à sua fé, o que você desejaria refazer, se lhe fosse possível? As lições do seu arrependimento pelos erros do passado podem ajudá-lo a construir um futuro melhor?


Segunda-feira, 29 de outubro
Ano Bíblico: Jo 1–3
De Babel ao Pentecostes

Os dias de preparação espiritual, após a ascensão de Jesus, culminaram nos eventos do Pentecostes. O primeiro versículo do capítulo 2 afirma que, naquele dia, antes do derramamento do Espírito Santo sobre os discípulos, eles estavam todos juntos, “unânimes” [New King James Version], “reunidos no mesmo lugar” (At 2:1).

No Antigo Testamento, o Pentecostes era a segunda das três festas mais importantes das quais todos os homens israelitas eram obrigados a participar. Ela acontecia cinquenta dias (em grego, pentekoste, quinquagésimo dia) após a Páscoa. Durante essa festa, os hebreus apresentavam a Deus os primeiros frutos da colheita de verão como oferta de ação de graças.

É provável que, no tempo de Jesus, a festa de Pentecostes também incluísse a celebração da promulgação da lei no monte Sinai (Êx 19:1). Portanto, vemos aqui a importância contínua da lei de Deus como parte da mensagem cristã em relação a Cristo, cuja morte oferece perdão a todos os que se arrependem de transgredir a lei de Deus. Não é de admirar que um dos textos cruciais sobre os últimos dias trate tanto da lei como do evangelho (Ap 14:12).

Além disso, assim como no monte Sinai, quando Moisés recebeu os Dez Mandamentos (Êx 19:16-25; Hb 12:18), também ocorreram muitos fenômenos extraordinários no Pentecostes. “De repente, veio do céu um som, como de um vento impetuoso, e encheu toda a casa onde estavam assentados. E apareceram, distribuídas entre eles, línguas, como de fogo, e pousou uma sobre cada um deles. Todos ficaram cheios do Espírito Santo e passaram a falar em outras línguas, segundo o Espírito lhes concedia que falassem” (At 2:2-4).

2. Leia Atos 2:5-13. Qual é o significado desse evento maravilhoso?

O Pentecostes devia ser uma festa alegre, de ação de graças ao Senhor por Suas dádivas. Talvez esse seja o motivo da falsa acusação de embriaguez sofrida pelos discípulos (At 2:13-15). O poder de Deus é visto de maneira especial no milagre de falar e entender diversos idiomas. Os judeus de todo o Império Romano que tinham vindo a Jerusalém para essa festa ouviram a mensagem de Jesus, o Messias, em seus próprios idiomas.

De maneira singular, a dispersão da família humana original e a formação de grupos étnicos, iniciadas intensamente na Torre de Babel, foram desfeitas no Pentecostes. O milagre da graça começou a reunificar a família humana. A unidade da igreja de Deus em escala global testifica da natureza de Seu reino ao restaurar o que se perdeu em Babel.



Terça-feira, 30 de outubro
Ano Bíblico: Jo 4–6
Unidade de comunhão

Em resposta ao sermão de Pedro e ao apelo ao arrependimento e à salvação, cerca de 3 mil pessoas tomaram a decisão de aceitar Jesus como o Messias e cumprimento das promessas do Antigo Testamento a Israel. Deus estava trabalhando no coração daquelas pessoas. Muitas já tinham ouvido falar de Jesus de terras longínquas e podem ter viajado para Jerusalém com a esperança de vê-Lo. Alguns tinham visto Jesus e ouvido Suas mensagens sobre a salvação, mas não se comprometeram a se tornar Seus seguidores. No Pentecostes, Deus interveio miraculosamente na vida dos discípulos e os usou como testemunhas da ressurreição de Jesus. Então eles souberam que, em nome de Jesus, as pessoas podiam receber o perdão dos pecados (At 2:38).

3. Leia Atos 2:42-47. Quais atividades os primeiros seguidores de Jesus fizeram como uma comunidade? O que criou essa incrível unidade de comunhão?

É notável que a primeria atividade da comunidade de novos cristãos foi aprender o ensino dos apóstolos. A instrução bíblica é uma forma importante de facilitar o crescimento espiritual dos conversos. Jesus havia comissionado os apóstolos a ensinar os discípulos “a guardar todas as coisas que” Ele tinha “ordenado” (Mt 28:20). Essa nova comunidade passava tempo com os apóstolos aprendendo sobre Jesus. Provavelmente ouviram falar sobre a vida e o ministério de Cristo, Seus ensinamentos, parábolas, sermões e milagres, todos explicados como o cumprimento das Escrituras hebraicas.

Eles também passavam tempo em oração e partindo o pão. Não está claro se o “partir do pão” é uma alusão à Ceia do Senhor ou simplesmente uma referência às refeições que compartilhavam uns com os outros, como Atos 2:46 parece sugerir. A menção à comunhão certamente pressupõe que os membros dessa nova comunidade passavam tempo juntos, com frequência e regularmente, tanto no templo em Jerusalém, que ainda servia como centro de devoção e adoração, quanto em suas casas. Comiam e oravam juntos. A oração é vital em uma comunidade de fé, e é essencial ao crescimento espiritual. Eles passavam tempo em adoração. Essas atividades foram realizadas com perseverança.

Essa comunhão perseverante gerou bons relacionamentos com outras pessoas em Jerusalém. Os novos cristãos contavam “com a simpatia de todo o povo” (At 2:47). Evidentemente a obra do Espírito Santo na vida deles causou uma impressão poderosa nos que os rodeavam e serviu como um poderoso testemunho da verdade de Jesus como o Messias.

O que a igreja deve aprender com esse exemplo de unidade, comunhão e testemunho?


Quarta-feira, 31 de outubro
Ano Bíblico: Jo 7–9
Generosidade e ganância

Lucas declarou que uma das consequências naturais da comunhão vivida pelos seguidores de Jesus logo após o Pentecostes foi o apoio mútuo entre eles. “Todos os que creram estavam juntos e tinham tudo em comum. Vendiam as suas propriedades e bens, distribuindo o produto entre todos, à medida que alguém tinha necessidade” (At 2:44, 45).

Esse ato de compartilhar os bens não era uma exigência da comunidade, mas o resultado voluntário do amor. Era também uma expressão concreta da unidade. Esse apoio mútuo continuou por algum tempo, e obtemos mais detalhes a esse respeito em Atos 4 e 5. Encontramos esse tema também em outras partes do Novo Testamento, como veremos a seguir.

Barnabé foi apresentado pela primeira vez nesse contexto. Ele era rico e possuía terras. Tendo vendido sua propriedade em benefício da comunidade, levou o dinheiro aos apóstolos (At 4:36, 37). Barnabé é retratado como um exemplo a ser seguido.

4. Leia Atos 4:32-37 e 5:1-11. Compare a atitude de Barnabé com o ato de Ananias e Safira. Qual foi o erro desse casal?

Além de mentir descaradamente ao Espírito Santo, esse casal também apresentou ganância e cobiça. Talvez nenhum outro pecado destrua a comunhão e o amor fraternal mais rapidamente do que o egoísmo e a ganância. Se Barnabé serve como exemplo positivo do espírito de comunhão da igreja primitiva, Ananias e Safira são o oposto. Lucas foi honesto ao compartilhar essa história sobre pessoas menos virtuosas na comunidade.

O último mandamento, “não cobiçarás”, é diferente dos outros nove (Êx 20:1-17). Enquanto os outros mandamentos falam de ações que transgridem visivelmente a vontade de Deus para a humanidade, o último é sobre o que está oculto no coração. O pecado da cobiça não é uma ação; antes, é um processo de pensamento. A cobiça e seu companheiro, o egoísmo, não são pecados visíveis, mas uma condição da natureza humana pecaminosa. Eles só se tornam visíveis quando se manifestam em ações egoístas, como vimos aqui com Ananias e Safira. Em certo sentido, a cobiça, proibida pelo último mandamento, é a raiz do mal manifestado nas ações condenadas por todos os outros nove mandamentos. A cobiça desse casal os deixou suscetíveis à influência de Satanás, o que os levou a mentir para Deus. A cobiça de Judas o levou a fazer o mesmo.

Como exterminar a cobiça da vida? Por que o louvor e a ação de graças pelo que temos é um poderoso antídoto contra esse mal?


Quinta-feira, 01 de novembro
Ano Bíblico: Jo 10, 11
Assistência aos pobres

Compartilhar recursos era, muitas vezes, uma expressão tangível da unidade na igreja primitiva. A generosidade descrita nos primeiros capítulos do livro de Atos continuou posteriormente com o convite de Paulo às igrejas que ele havia estabelecido na Macedônia e na Acaia para que contribuíssem com os pobres de Jerusalém (veja At 11:27-30; Gl 2:10; Rm 15:26; 1Co 16:1-4). Essa dádiva se tornou uma expressão palpável do fato de que as igrejas, constituídas principalmente de cristãos gentios, amavam seus irmãos e irmãs de herança judaica em Jerusalém, e se importavam com eles. Apesar das diferenças culturais e étnicas, eles formavam um só corpo em Cristo e prezavam o mesmo evangelho. Esse ato de compartilhar seus recursos com os necessitados não apenas revelou a unidade que já existia na igreja, mas também fortaleceu essa unidade.

5. Leia 2 Coríntios 9:8-15. Quais foram os resultados da generosidade revelada pela igreja de Corinto?

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A experiência de unidade na igreja primitiva mostra o que ainda pode ser feito hoje. Contudo, essa unidade não foi possível sem o compromisso intencional por parte de todos os cristãos. Os líderes da comunidade primitiva compreendiam que seu ministério era promover a unidade em Cristo. Assim como o amor entre o marido, a mulher e os filhos é um compromisso que deve ser nutrido intencionalmente todos os dias, também é assim a unidade entre os cristãos. A unidade que temos em Cristo é incentivada e tornada visível de várias maneiras.

Os elementos que promoveram a unidade na igreja primitiva foram a oração, a adoração, a comunhão, uma visão em comum e o estudo da Palavra de Deus. Os cristãos não apenas compreenderam sua missão de pregar o evangelho a todas as nações, mas também perceberam que tinham a responsabilidade de amar e cuidar uns dos outros. A unidade deles se manifestava em sua generosidade e apoio mútuo na comunidade local e, mais amplamente, entre as comunidades da igreja, mesmo que fossem separadas por longas distâncias.

“Sua beneficência testificava que não haviam recebido a graça de Deus em vão. O que teria produzido tal liberalidade senão a santificação do Espírito? Aos olhos de crentes e incrédulos foi um milagre da graça” (Ellen G. White, Atos dos Apóstolos, p. 344).

Você e sua igreja têm experimentado os benefícios da generosidade em relação aos outros? Ou seja, quais são as bênçãos concedidas aos que doam a outras pessoas?


Sexta-feira, 02 de novembro
Ano Bíblico: Jo 12, 13
Estudo adicional

Leia, de Ellen G. White, “O Pentecostes”, p. 35-46, em Atos dos Apóstolos. Essa liberalidade da parte dos crentes foi o resultado do derramamento do Espírito Santo (At 2:44, 45; 4:32-35). ‘Era um o coração e a alma’ (At 4:32) dos conversos ao evangelho. Um interesse comum os guiava – o êxito da missão a eles confiada; e a avareza não tinha lugar em sua vida. Seu amor aos irmãos e à causa que haviam abraçado era maior do que o amor ao dinheiro e às posses. Suas obras testificavam que eles tinham a salvação dos homens em maior apreço que as riquezas terrestres.

“Assim será sempre, quando o Espírito de Deus tomar posse da vida. Aqueles cujo coração transbordar do amor de Cristo seguirão o exemplo Daquele que, por amor de nós, tornou-Se pobre, para que por Sua pobreza enriquecêssemos. Dinheiro, tempo, influência, todos os dons que receberem das mãos de Deus, serão apreciados por eles apenas como meio de fazer avançar a obra do evangelho. Assim foi na igreja primitiva; e quando na igreja de hoje for visto que, pelo poder do Espírito, os membros retiraram suas afeições das coisas do mundo e se dispõem a fazer sacrifícios a fim de que seus semelhantes possam ouvir o evangelho, as verdades proclamadas terão poderosa influência sobre os ouvintes” (Ellen G. White, Atos dos Apóstolos, p. 70, 71).

Perguntas para discussão

1. A ação das igrejas do Novo Testamento, ao doar de modo generoso para ajudar os pobres em Jerusalém, deve ser imitada? Como aliviar a pobreza e suprir outras necessidades básicas?

2. Quais lições aprendemos com a história de Ananias e Safira? Qual é a importância do “grande temor” que sobreveio à igreja em relação a essas duas mortes (At 5:5, 11)?

Resumo: A igreja primitiva experimentou um rápido crescimento porque os discípulos se prepararam intencionalmente para o prometido derramamento do Espírito. Sua comunhão e fé foram os meios usados pelo Espírito Santo para preparar o coração deles para o Pentecostes. Depois, Deus continuou transformando a comunidade, como vemos na generosidade de uns para com os outros e no rápido crescimento da igreja.

Respostas e atividades da semana: 1. Comente com a classe. 2. O Espírito Santo capacitou os discípulos a falar nas línguas de diversas nações para reunificar em Cristo a humanidade que havia sido dispersada desde a Torre de Babel. 3. Seguiam a doutrina dos apóstolos, oravam e partiam o pão juntos. Compartilhavam os bens com os necessitados. 4. Comente com a classe. 5. Os frutos da justiça foram multiplicados; graças foram tributadas a Deus; a oração de uns pelos outros foi intensificada, os pobres receberam ajuda e houve mais união e amor entre as igrejas. Pergunte: Como podemos demonstrar generosidade para com as pessoas de nossa igreja e da comunidade?



Resumo da Lição 5
A experiência de unidade na igreja primitiva

TEXTO-CHAVE: Atos 2:42-47

O ALUNO DEVERÁ

Saber: Que a unidade é alcançada por meio de uma jornada espiritual compartilhada, motivada pelo Espírito Santo.
Sentir: A ligação entre devoção a Deus e amor pelos demais.
Fazer: Comprometer-se a aumentar o companheirismo entre os membros de sua igreja.

ESBOÇO

I. Saber: A experiência espiritual compartilhada sustenta a unidade

A. Quais crenças, práticas e valores os cristãos da igreja primitiva consideravam importantes no relato de Atos 2?
B. Por que era importante que os crentes se reunissem tanto nos templos quanto em seus lares?
C. Que papel específico o Espírito Santo desempenhou na nova comunidade?

II. Sentir: Nossa devoção a Deus impacta outros

A. Quando se observa as atividades descritas em Atos 2:42-47, alguma delas parece ser mais importante que outra? Por quê?
B. Como a devoção a Deus pode levar à mudança de atitude em relação aos demais?
C. Como você tem experimentado essa mudança de atitude na sua vida?

III. Fazer: Fortalecer o companheirismo

A. Como a amizade cristã é diferente do simples envolvimento social com os amigos?
B. Que obstáculos impedem a igreja contemporânea de desfrutar todos os benefícios do companheirismo?
C. Que passos você pode dar para melhorar o companheirismo na sua classe de Escola Sabatina e na igreja como um todo?

RESUMO: Pelo poder do Espírito Santo, a igreja primitiva testemunhou a unidade e sua expressão de amor e generosidade à medida que as pessoas passavam tempo juntas, compartilhando seu amor e sua devoção a Deus.

CICLO DO APRENDIZADO

Motivação

Focalizando as Escrituras: Atos 2:42-47

Conceito-chave para o crescimento espiritual: Quando compartilhamos a devoção e o companheirismo, o Espírito Santo opera dentro de nós para transformar nossas atitudes em amor de uns para com os outros, e essa mudança glorifica a Deus.

Para o professor: Atos 2 descreve os benefícios do companheirismo. O fator mais importante destacado nesse relato é que trabalhar juntos, com um propósito comum, ajuda-nos a esquecer aquilo que nos divide, transformando, desse modo, nossa maneira de ver uns aos outros.

Discussão inicial: Durante a primeira metade do século 19 no continente norte-americano, as igrejas cristãs experimentaram um reavivamento religioso chamado em geral de “O Segundo Grande Despertamento”. Embora com frequência seja relembrado pelos seus níveis excessivos de emocionalismo, esse reavivamento teve outros efeitos importantes. Os cristãos, convencidos não apenas de seus próprios pecados, como também do mal ao seu redor, se mobilizaram para realizar uma reforma na sociedade. Milhares de cristãos se uniram a sociedades voluntárias que tinham objetivos singulares, como reduzir o consumo de álcool e a pobreza. Muitas dessas sociedades tiveram certo êxito em alcançar seus objetivos, contudo houve um efeito colateral inesperado. Cristãos de diferentes origens denominacionais, que normalmente discutiam a respeito de doutrinas ou simplesmente ignoravam uns aos outros, perceberam que trabalhar juntos num projeto com objetivos comuns poderia levá-los a desfrutar a companhia uns dos outros e a desejar adorarem juntos. Assim como a igreja em Atos, os cristãos envolvidos em sociedades voluntárias descobriram que passar tempo em estreito relacionamento com outros que compartilhavam de motivação comum gerava harmonia entre eles.

Perguntas para discussão

Pense em outros exemplos em que trabalhar juntos, com um objetivo ou uma motivação em comum trouxe inesperadamente a harmonia. Qual era a motivação central que unia a igreja primitiva? Com que frequência você recorda a motivação que o une a outros cristãos?

Compreensão

Para o professor: Debates sobre Atos 2:42-46 com frequência focalizam a lista de comportamentos que a igreja primitiva tinha. Ao estudar esses versículos, tente mudar o foco para as atitudes, valores e relacionamentos. Considere o que motivou os comportamentos.

COMENTÁRIO BÍBLICO

Atos 2 apresenta um vislumbre da vida da primeira comunidade cristã. Era uma comunidade que experimentava o poder do Espírito Santo e era convicta da importância da mensagem do evangelho. Ela também demonstrava o amor de Deus na prática por meio de uma profunda unidade no Espírito ressaltada repetidas vezes nos capítulos iniciais de Atos. Tal unidade não se dá por acaso.

I. Definindo devoção

(Recapitule com a classe At 2.)

O relato bíblico diz que os primeiros seguidores de Jesus eram continuamente devotados aos ensinos dos apóstolos e ao companheirismo. Devotar-se a algo envolve ser fiel a isso. A fidelidade requer dedicação absoluta, o que significa que devoção não acontece sem um nível significativo de compromisso e disciplina. Portanto, a devoção não pode ser exigida nem imposta, visto que é uma resposta do coração, e a verdadeira devoção flui das atitudes e prioridades.

Pense nisto: Como você descreveria devoção? Que formas a devoção assume no século 21? Todas essas formas são saudáveis? Por quê?

II. Devoção a Deus

(Recapitule com a classe At 1:12-14; 2:42-47.)

O primeiro alvo de devoção da igreja primitiva era Deus, fato demonstrado pela fidelidade aos ensinos dos apóstolos, à oração e ao louvor. O comprometimento preparou o caminho para o derramamento do Espírito Santo no Pentecostes (At 1:12-14) e continuou após esse evento. Portanto, a devoção a Deus precede qualquer mudança nas interações cristãs com outras pessoas. À medida que os crentes aceitavam Cristo e se devotavam a Ele, colocavam-se numa posição em que o Espírito Santo podia operar a transformação da vida. Lucas foi cuidadoso ao enfatizar que não era apenas um ou dois crentes sozinhos que tinham dedicação absoluta a Cristo. Todos os que haviam experimentado o poder de Deus estavam juntos e compartilhavam da mesma devoção. Mas não podemos nos esquecer de que as interações amistosas com outros tanto dentro como fora da comunidade deles também eram atos de devoção a Deus. Quando reagimos à graça divina de forma tangível, O honramos.

Pense nisto: Qual era a motivação inerente da devoção a Deus por parte dos cristãos primitivos? Como deve ser a total devoção a Deus no século 21? É possível igualar-se à igreja primitiva?

III. Devoção à comunhão cristã

(Recapitule com a classe At 2:42-44.)

A palavra “comunhão” é traduzida da palavra grega koin?nia, derivada da raiz grega koinos, que significa “comum”, “compartilhado” ou “mútuo”. Portanto, refere-se a algo mantido em comum entre as pessoas. A palavra koin?nia era usada com frequência na literatura grega para descrever a proximidade, o compromisso, os laços mútuos do matrimônio. Inclui os conceitos de associação estreita em que há um compartilhamento mútuo, bem como o conceito de boa vontade manifesto quando compartilhamos. Em Atos 2, a comunhão é retratada como tempo, atividade, missão e posses compartilhados. Porém, isso só acontecia por causa do fundamento que tinham em comum: o relacionamento com Cristo. Embora seja fácil listar as atividades da igreja primitiva que eram manifestação de comunhão, a comunhão no Novo Testamento tem a ver essencialmente com relacionamento, não com atividade. Os crentes se relacionavam uns com os outros e compartilhavam uma vida em comum precisamente porque tinham um relacionamento com Cristo. A natureza dos relacionamentos entre os crentes era estreita. Essa intimidade era testemunhada na igreja primitiva por meio do ato incomum de compartilhar refeições, a despeito da posição socioeconômica ou da origem étnica.

Pense nisto: Quais palavras-chave você encontra em Atos 2:42-46 que revelam mais sobre a natureza da comunhão compartilhada pelos cristãos primitivos? Por que Lucas enfatizou a ideia de alegria e gratidão nessa passagem?

IV. Os resultados da devoção

(Recapitule com a classe At 2:45-47; 4:32-37.)

Quando se devotavam a Deus e à comunhão, os crentes não só reconheciam seu laço comum em Cristo, mas também se conscientizavam mais das necessidades das pessoas ao redor, e respondiam ajudando como podiam, incluindo a ação de vender suas propriedades e repartir os recursos para ajudar os necessitados. A construção grega dos versículos 44 e 45, com o uso repetido do tempo imperfeito, sugere que esse não era um evento ocasional, mas uma prática regular contínua na comunidade. Era uma reação nascida do amor a Deus e ao próximo. No entanto, essa percepção das necessidades dos que estavam ao redor não era o único resultado da devoção dos primeiros crentes. Lucas também enfatizou a alegria, expressa na gratidão e no louvor a Deus, e o fato de que outros eram atraídos para essa comunidade cristã saudável e vibrante.

Pense nisto: Quais outros resultados positivos podemos esperar de uma comunidade totalmente devotada a Deus? Se as doações eram atos voluntários dos membros da comunidade da igreja, por que Ananias e Safira morreram?

Aplicação

Para o professor: Esta seção ajuda a desvendar as motivações para o atual comportamento e devoção, e então encorajar a reflexão sobre como podemos preparar o caminho para que Espírito Santo transforme essas atitudes.

Perguntas para reflexão

1. Quais coisas ou pessoas clamam por sua dedicação? Qual é a base de seu comprometimento para com elas? Alguma delas auxilia na missão da igreja? Você precisa repensar o foco de sua devoção?

2. De que forma você expressa sua alegria e gratidão pela graça que experimenta em Cristo?

Perguntas para aplicação

1. De que forma tangível você pode passar mais tempo crescendo junto com outros cristãos na adoração e no companheirismo?

2. Quais obstáculos o impedem de compartilhar intimamente sua jornada com Cristo? Como você poderia remover esses obstáculos?

Criatividade e atividades práticas

Para o professor: As atividades seguintes foram projetadas para auxiliar os membros a responder de forma positiva nas áreas em que o Espírito Santo os tem desafiado a renovar sua comunhão e sua devoção a Deus. Elas apresentam passos práticos para aprimorar a comunhão entre os cristãos.

Atividade individual

Escreva uma carta a Deus confessando os objetos e a pessoas que têm sido o centro de sua devoção, e então peça-Lhe que o ajude a ter sua devoção centralizada Nele.

Atividades em grupo

1. Desenvolva um plano para sua classe de Escola Sabatina para aprofundar a comunhão entre os alunos em outros dias da semana.

2. Planeje uma atividade em comum com o objetivo de ajudar outros ou de promover a missão da igreja. Então convide os membros a se juntarem a você, incluindo aqueles com quem você tiver pouco relacionamento.

Planejando atividades: O que sua classe pode fazer na próxima semana como resposta ao estudo da lição?


Voando com Deus

Dwayne Harris nunca imaginou que deixaria o exército americano para se tornar um piloto missionário nas Filipinas, até perder tudo em um incêndio. Tendo crescido em uma família adventista no estado norte-americano de Montana, quando era criança, ele gostava muito de aviões e desejava ser piloto missionário. Depois de ter concluído o Ensino Médio, Dwayne se matriculou em uma escola de aviação na Universidade Adventista de Walla Walla, no vizinho estado de Washington.

No entanto, após um ano, voltou para Montana, onde obteve uma licença de mecânica de aeronaves e completou o curso, e assim obtive a licença de piloto. Então, Dwayne comprou um avião danificado, reconstruiu-o e se juntou à Guarda Nacional do Exército, que o enviou para a escola de vôo para helicópteros.

Vivendo uma experiência espiritual não muito significativa, certo dia, por intermédio de um parente, Dwayne entrou em contato com um piloto missionário que visitava os Estados Unidos. Ele voou até Kentucky para uma reunião com o piloto, a fim de conversarem sobre um possível ministério de helicópteros nas Filipinas. Porém, na noite anterior à reunião, a irmã dele telefonou informando que a casa de seus pais se incendiara. Ninguém foi ferido, mas Dwayne perdeu tudo o que tinha, incluindo objetos caros, como equipamentos de mergulho e snowboards.

No dia seguinte, enquanto ouvia a conversa do piloto missionário, Dwayne pensava: “Deus removeu todas as minhas distrações materiais mundanas.” Então, dirigindo-se ao piloto, prometeu: “Se eu puder rescindir meu contrato com a Guarda, começarei algo nas Filipinas. "

Novas prioridades

Dwayne não tinha ideia de como conseguiria dispensa daquele contrato, pois ainda tinha quatro anos de compromisso com a Guarda Nacional do Exército. Então, começou a orar sobre o assunto.

“Quando a casa foi queimada, comecei a pensar nas minhas prioridades”, Dwayne conta. “Isso me fez perceber que as coisas materiais que colecionamos na Terra nada são, quando comparadas com a eternidade. A única coisa importante é nossa salvação e dos nossos semelhantes.” Pela primeira vez, ele começou a ler a Bíblia e orar diariamente. “Enquanto fazia isso, Deus começou a me transformar”, ele disse.

Depois de orar por vários meses, Dwayne foi convencido de que precisava parar de trabalhar no sábado. Todos os meses, ele era obrigado a participar de um programa de perfuração que durava três dias, de sexta a domingo; portanto, havia transgredido o sábado nos últimos quatro anos. Então, pediu ao comandante da companhia permissão para voar nas sextas-feiras e nos domingos, transferindo o trabalho do sábado para outro dia da semana. O comandante não concordou. Mesmo assim, ao saber que trabalharia na sexta-feira seguinte, avisou que faltaria no sábado e retornaria no domingo.

“Não posso desculpar sua ausência”, falou severamente o comandante. “Você faz o que tem a fazer, e eu farei o que tenho que fazer”, Dwayne respondeu, respeitosamente. O comandante não tinha certeza do que fazer.

Até então, Dwayne tinha um registro militar impecável. Por vários meses, ele trabalhou somente às sextas e aos domingos, enquanto continuava orando: “Senhor, coloque-me onde o Senhor quiser. Se for continuar aqui, tudo bem. Se quiser que me mude para as Filipinas, irei.”

Resposta à oração

Finalmente, o comandante o chamou. “Falei com o comandante do batalhão, e decidimos não perder tempo nem recursos com ações negativas contra você”, disse ele. “Nós lhe daremos uma dispensa honrosa.” Dwayne ficou paralisado. Agradecido a Deus, ele imediatamente organizou uma viagem às Filipinas para avaliar a situação local. Depois disso, tudo se encaixou. Em poucos meses, alguém o ajudou a financiar um pequeno helicóptero. Ele usou as economias que tinha e surgiram contribuições de fontes inesperadas, para outras necessidades como taxas de envio e taxas para o helicóptero.

“Deus tinha tudo planejado”, disse Dwayne. “Eu não tinha feito nenhuma poupança.”

Hoje, Dwayne, 39 anos, e sua esposa, Wendy, enfermeira missionária que conheceu nas Filipinas, são diretores do Serviços de Aviação Médica Adventista das Filipinas (PAMAS*), um ministério da igreja que usa a aviação e assistência médica para divulgar o evangelho.

“Estou aqui há dez anos. Deus foi fiel ao suprir nossas necessidades”, disse Dwayne. “Estamos conseguindo expandir o trabalho continuamente.” Da dispensa militar honrosa ao ministério desenvolvido atualmente, Dwayne vê se cumprir o que Romanos 8:28 diz: “Sabemos que Deus age em todas as coisas para o bem daqueles que o amam, dos que foram chamados de acordo com o seu propósito.” “Deus tem tudo em Suas mãos e sabe como resolver as coisas”, diz Dwayne. “Só precisamos ter fé em Suas promessas.”

*Philippine Adventist Medical Aviation Services

Dicas

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Comentário da Lição da Escola Sabatina – 4º Trimestre de 2018

Tema Geral: Unidade em Cristo

“A experiência de unidade na igreja primitiva”

Lição 5: 27 de outubro a 3 de novembro

Autor: Fernando Beier
Editor: André Oliveira Santos: andre.oliveira@cpb.com.br
Revisora: Josiéli Nóbrega

Sábado

A experiência dos discípulos antes da ascensão de Jesus nos ensina algo acerca da unidade que os cristãos modernos precisam experimentar. Aquela foi uma unidade formada em meio a uma forte crise, pois antes de Cristo aparecer ressurreto os discípulos viveram a dor da morte do seu Mestre. Depois disso, contudo, a unidade se fortaleceu quando tiveram a certeza de que um novo tempo havia iniciado, e o evangelho seria pregado ao mundo inteiro.

Por vezes, temos a ideia equivocada de que nunca poderemos repetir tal união estabelecida na igreja primitiva. Acreditar nisso é diminuir o poder do Espírito Santo, que está tão disposto a nos abençoar hoje como fez com os discípulos no passado. A parte que nos cabe é buscar comunhão com Cristo e com os demais crentes. Quando nossa preocupação maior for empenhar-se na missão da igreja, todo o restante virá como fruto desse esforço.

Domingo, 28 de outubro

As coisas mais importantes na vida do cristão serão precedidas pela oração. Pode-se planejar e sonhar (o que é algo muito necessário), mas a vitória tem início com os joelhos no chão, na busca do poder e da orientação de Deus.

“A oração é uma expressão de quem somos [...] Somos uma incompletude vivente. Somos um vão, um vazio pedindo preenchimento”, afirmou Thomas Merton. Os discípulos sabiam muito bem de sua insuficiência diante de Deus. Contudo, sabiam também da promessa de Jesus, dada a eles em amor. Sabiam que a oração os levaria à submissão mais profunda, onde a graça encontraria terreno mais propício, e dali sairiam para abalar o mundo com a mensagem do evangelho.

Para nós hoje, a oração deveria ser uma realidade diária como foi para os primeiros cristãos. Somente assim estaremos prontos para cumprir o propósito de Deus: levar esperança aos corações quebrantados pelo pecado.

Segunda-feira, 29 de outubro

Para que entendêssemos o nível de união que os cristãos devem ter, Paulo aprofundou sua ilustração (acerca do corpo de Cristo) lembrando que, quando um membro do corpo está sofrendo, todos sofrem com ele. De igual modo, quando um deles é honrado, “com ele todos se regozijam” (1Co 12:26). É notável o esforço do apóstolo para que entendamos que a força da mensagem libertadora do evangelho depende das mãos unidas dos crentes. Quando um fortalece o outro, encontramos energia para levar libertação ao mundo. Os primeiros cristãos não eram muitos, mas ao testemunharem como pessoas salvas, abalaram o mundo à sua volta. Martin Luther King tinha razão quando disse: “A esperança do mundo ainda está em minorias devotadas”.

Podemos hoje nos unir como igreja, esquecendo nossas diferenças e pensando na salvação dos outros. Jesus espera isso de nós.

Terça-feira, 30 de outubro

"Vocês são a luz do mundo”, afirmou Jesus. “Não se pode esconder uma cidade construída sobre um monte” (Mt 5:14, NVI). Para este mundo imerso na escuridão tirânica de Satanás, a luz da liberdade deve chegar como um sol em plena força. Cada filho de Deus é chamado para iluminar o espaço em volta de si. Trata-se da luz da verdade que ilumina o caminho e que traz na sequência a tão sonhada liberdade.

Não raro, os cristãos têm falhado em sua missão. Nossos defeitos e negligências estão patentes. Mas não podemos desistir. Nossa decisão diária deve envolver fé no poder de Cristo e empenho na união da igreja. O mundo aguarda a mensagem de um Salvador ressurreto e prester a vir. As palavras de Jesus ainda são válidas: “Quem perder a vida por Minha causa, este a salvará” (Lc 9:24, NVI).

Quarta-feira, 31 de outubro

O evangelista Billy Graham escreveu: “Nossas atitudes estão sendo contaminadas pelo espírito de nosso tempo. Corremos o risco de nos rendermos a padrões errados. Embora não devamos ser legalistas, precisamos ser separados do mundo. Mundanismo não é uma lista de coisas, [...] mas um espírito que está invadindo nossos lares e nossa vida”.

A igreja de Deus nos dias atuais pode cair no laço do mundanismo a que se referiu Graham. Cobiça e idolatria podem fazer um estrago muito grande na união da igreja quando alguns de seus membros se envolvem com esses pecados. Mais do que nunca cumpre ao cristão lutar com a ajuda de Deus para subjugar a natureza errante. Cada crente deve lembrar que está em jogo muito mais do que apenas a satisfação de um prazer equivocado. A igreja precisa ser poupada dos erros que abrem brechas para Satanás.

Estamos dispostos a fazer as mudanças necessárias?

Quinta-feira, 1º de novembro

Quando um intérprete da lei abordou Jesus perguntando qual era o grande mandamento, o Mestre disse: “Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o coração, de toda a tua alma e de todo o teu entendimento” e “Amarás o teu próximo como a ti mesmo” (Mt 22:37, 38). Em que outro lugar encontraremos força e motivação para começar a cumprir o propósito de Deus, amando a Deus e ao próximo, a não ser na comunidade da fé, a igreja?

Se existe uma diferença clara entre a igreja e o restante do mundo, ela se encontra no ideal dos seus membros de viverem mais para Deus e menos para si mesmos. Esse objetivo pode ser representado pela imagem de cada um carregando a sua cruz, como o próprio Jesus ensinou. Para alguns, esse ideal parece absurdo demais. Contudo, nenhum cristão deveria se esquecer de que Cristo, em nenhum momento, pediu alguma coisa sem apresentar a contrapartida de Seu auxílio e poder. Primeiro, Jesus roga que entremos em um relacionamento com Ele, e depois nos ajuda em nossa peregrinação. A jornada de cada cristão envolve inevitavelmente a vida em comunidade, onde podemos servir uns aos outros.

Sexta-feira, 2 de novembro

A maneira pela qual a igreja primitiva vivenciava sua fé pode nos ensinar algumas lições preciosas:

• Não precisamos esperar tempos de paz ou segurança para levar o evangelho adiante. Às vezes, os tempos de crise oferecem as melhores oportunidades para alcançar corações despedaçados pela vida.

• Todo resultado eficaz na evangelização é precedido de muita oração e união da igreja.

• A pergunta mais importante que todo cristão pode fazer hoje quando pensa em união da igreja é: O que posso fazer para servir mais e melhor?

O derramamento do Espírito Santo há de se repetir na igreja nos últimos dias. E a união da igreja será o fator definitivo para o cumprimento dessa promessa. Avancemos com o ideal de união em nossas orações.

Conheça o autor dos comentários deste trimestre: Fernando Beier é Mestre em Teologia, escritor e conferencista. Autor dos livros Crise Espiritual e Experimente um Recomeço, ambos da CPB. É pastor na Associação Paulista Sudoeste.