Lição 10
03 a 10 de março
A função da mordomia cristã
Sábado à tarde
Ano Bíblico: Dt 21-23
Verso para memorizar: “Deus não nos chamou para a impureza, e sim para a santificação” (1Ts 4:7).
Leituras da semana: Cl 1:16-18; Hb 4:14-16; 3Jo 3; Gn 6:13-18; Ap 14:6-12; 1Pe 1:15, 16

Devido à profundidade e amplitude do conceito de mordomia, é fácil se perder no quadro geral, ficar preso em assuntos periféricos e perplexo diante de sua imensidão. A mordomia é simples mas também complexa e, portanto, pode ser facilmente mal compreendida. Contudo, o cristão e a igreja não podem existir nem funcionar sem ela. Ser cristão é também ser um bom mordomo.

Mordomia “não é uma teoria nem uma filosofia, mas um programa de trabalho. É, em verdade, a lei da vida cristã […]. Ela é necessária para uma compreensão adequada da existência, e essencial para uma verdadeira e vital experiência religiosa. Não é simplesmente uma questão de aceitação mental, mas um ato da vontade, uma operação definitiva e decisiva que diz respeito a todos os aspectos da vida” (LeRoy E. Froom, Stewardship in Its Larger Aspects [Mordomia em seus aspectos mais amplos]. Mountain View, CA: Pacific Press, 1929, p. 5).

Quais são alguns princípios fundamentais do que significa ser um mordomo cristão? Nesta semana, examinaremos as funções que a mordomia desempenha na vida cristã. Vamos fazer isso, porém, por meio de uma analogia interessante: a roda de uma carruagem.


Hoje encerramos os Dez Dias de Oração com dez horas de jejum e o lançamento da Jornada #PrimeiroDeus. Ore para que você e sua família permaneçam firmes até a volta de Jesus.

Domingo, 04 de março
Ano Bíblico: Dt 24, 25
Cristo como centro

Jesus é a figura central em toda a Bíblia (Jo 5:39), e precisamos olhar para nós sempre em relação a Ele. Cristo pagou a penalidade do pecado, e é o “resgate por muitos” (Mc 10:45). Jesus tem toda autoridade no Céu e na Terra (Mt 28:18), e todas as coisas estão em Suas mãos (Jo 13:3). Não há nome mais exaltado que o Seu, e um dia todo joelho se dobrará diante Dele (Fp 2:9-11).

“Jesus é o centro vivo de todas as coisas” (Ellen G. White, Evangelismo, p. 186).

Cristo é o centro da nossa mordomia e a fonte do nosso poder. Por causa Dele temos uma vida que vale a pena ser vivida, demonstrando a todos que Ele é o foco central da nossa existência. Paulo passou por muitas provações, mas não importava onde ele estivesse nem o que lhe acontecesse, ele tinha uma prioridade. Ele disse: “Para mim, o viver é Cristo, e o morrer é lucro” (Fp 1:21).

1. Leia Colossenses 1:16-18, Romanos 8:21 e 2 Coríntios 5:17. O que esses textos nos revelam sobre o papel central de Jesus em nossa vida?

Não existe mordomia genuína se Cristo não for o nosso centro (Gl 2:20). Ele é a essência da “bendita esperança” (Tt 2:13), e “Ele é antes de todas as coisas. Nele, tudo subsiste” (Cl 1:17). Assim como o eixo é o centro da roda e, portanto, carrega o peso de uma carruagem, Cristo é o centro da vida do mordomo. Assim como um eixo sólido proporciona estabilidade, permitindo que as rodas girem, Jesus também é o centro fixo e estável da nossa existência cristã (Hb 13:8). Sua influência deve produzir efeito sobre tudo o que pensamos e fazemos. Todos os aspectos da mordomia giram em torno de Cristo e encontram seu centro Nele.

“Sem Mim nada podeis fazer” (Jo 15:5). O centro da mordomia não é um espaço vazio, mas a realidade do Cristo vivo, que trabalha para moldar nosso caráter agora e para a eternidade.

Uma coisa é dizer que Jesus é o centro da nossa vida, outra coisa é viver essa realidade. Como você pode ter certeza de que Jesus está, de fato, vivendo em você, conforme Ele prometeu fazer se O deixarmos entrar em nosso coração?

Hoje iniciamos uma jornada de 30 dias buscando #PrimeiroDeus, até o dia 2 de abril.

Segunda-feira, 05 de março
Ano Bíblico: Dt 26-28
A doutrina do santuário

Geralmente, as pessoas não pensam no santuário no contexto de mordomia. No entanto, a ligação existe porque o santuário é fundamental para nosso sistema de crenças, e a mordomia é parte desse sistema. “A compreensão correta do ministério do santuário celestial constitui o alicerce de nossa fé” (Ellen G. White, Evangelismo, p. 221). É indispensável que compreendamos a função da mordomia à luz desse conceito bíblico.

No livro de 1 Reis 7:33, há uma descrição da roda de uma carruagem. Vamos ilustrar a doutrina do santuário como o cubo dessa roda. O cubo se liga ao eixo e proporciona mais estabilidade para a roda quando ela gira. Tendo experimentado a morte e a ressurreição vitoriosa (2Tm 1:10), Cristo, mediante Sua morte, é o fundamento de Sua obra no santuário celestial (Hb 6:19, 20) e proporciona estabilidade para nossa fé. Além disso, Ele ministra no santuário em nosso benefício aqui na Terra (veja Hb 8:1, 2).

“Apoiado no princípio da Sola Scriptura (somente a Escritura), o adventismo bíblico estabelece seu sistema doutrinário a partir da perspectiva geral da doutrina do santuário” (Fernando Canale, Secular Adventism? Exploring the Link Between Lifestyle and Salvation [Adventismo secular? Examinando a relação entre estilo de vida e salvação]. Lima: Peru, Universidad Peruana Unión, 2013, p. 104, 105).

2. O que os seguintes textos revelam sobre o ministério de Jesus no santuário? (1Jo 2:1; Hb 4:14-16; Ap 14:7). Assinale “V” para verdadeiro ou “F” para falso:

A.( ) Jesus nos acusa dos nossos pecados no santuário celestial.

B.( ) Cristo é o nosso Sumo Sacerdote, Advogado e Juiz no santuário.

A doutrina do santuário ajuda a revelar a maravilhosa verdade da salvação e redenção, que está no cerne de toda a teologia cristã. No santuário, não vemos apenas a morte de Cristo por nós, mas também Seu ministério no santuário celestial. Podemos ver também, no lugar santíssimo, a importância da lei de Deus e a realidade do juízo final. A promessa de redenção, disponível a nós pelo sangue derramado por Jesus, está no centro de tudo isso.

A função da mordomia reflete uma vida ancorada na grande verdade da salvação, conforme revelada na doutrina do santuário. Quanto mais profundamente entendemos o que Cristo fez por nós e o que Ele está realizando em nós hoje, mais nos aproximamos Dele, de Seu ministério, Sua missão, Seu ensino e de Seu propósito para aqueles que vivem os princípios da mordomia.

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Terça-feira, 06 de março
Ano Bíblico: Dt 29-31
Doutrinas cristocêntricas

O santuário é fundamental porque nele a maravilhosa verdade da salvação é expressa poderosamente e o significado da cruz é revelado. Todas as nossas doutrinas, de uma ou de outra maneira, devem estar ligadas à promessa do evangelho e à salvação. Como os raios de uma roda, outras doutrinas surgem da grande verdade da salvação pela fé em Jesus.

“O sacrifício de Cristo como expiação pelo pecado é a grande verdade em torno da qual se agrupam todas as outras […]. Os que estudam o maravilhoso sacrifício do Redentor crescem em graça e conhecimento” (Comentários de Ellen G. White, Comentário Bíblico Adventista do Sétimo Dia, v. 5, p. 1271).

3. O que Jesus quis dizer ao Se referir a Si mesmo como “a verdade” em João 14:6? Compare com João 17:17. De acordo com 3 João 3, o que devemos fazer com a verdade?

Nossas crenças fundamentais influenciam a nossa identidade e a direção em que estamos indo. Doutrinas não são apenas ideias teológicas abstratas. Toda verdadeira doutrina está ancorada em Cristo, e todas devem, de diversas maneiras, impactar nossa maneira de viver. Na verdade, poderíamos justificadamente dizer que nossa identidade como adventistas do sétimo dia está fundamentada em nossas crenças mais do que em qualquer outra coisa. Portanto, nossas crenças, derivadas da Bíblia, são o que nos torna quem somos como adventistas do sétimo dia.

A função da mordomia é nos levar a viver a verdade doutrinária como ela é em Jesus, de maneira que influencie positivamente nossa qualidade de vida. “De fato, vocês ouviram falar Dele, e Nele foram ensinados de acordo com a verdade que está em Jesus. Quanto à antiga maneira de viver, vocês foram ensinados a despir-­se do velho homem, que se corrompe por desejos enganosos, a serem renovados no modo de pensar e a revestir-se do novo homem, criado para ser semelhante a Deus em justiça e em santidade provenientes da verdade” (Ef 4:21-24, NVI).

Nesse texto, encontramos o que significa não apenas conhecer a verdade, mas vivê-la. Ser um mordomo não é apenas acreditar em doutrinas, por mais verdadeiras que elas sejam, mas significa também viver essas verdades em nossa vida e em nossos relacionamentos.

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Quarta-feira, 07 de março
Ano Bíblico: Dt 32-34
As três mensagens angélicas

Apenas duas vezes Deus advertiu o mundo da futura catástrofe: uma vez a Noé (Gn 6:13-18; Mt 24:37) e outra por meio das três mensagens angélicas (Ap 14:6-12). Essas mensagens revelam uma perspectiva singular sobre futuros eventos mundiais. Nossa compreensão dessas mensagens tem amadurecido ao longo do tempo, mas nossa mensagem e missão ainda é a justificação pela fé em Cristo, que é “verdadeiramente a mensagem do terceiro anjo” (Ellen G. White, Evangelismo, p. 190). Em outras palavras, no centro de nossa mensagem da verdade presente, a mensagem que fomos chamados a proclamar ao mundo, está Jesus e Seu grande sacrifício por nós.

4. Leia Apocalipse 14:6-12. Qual é a essência dessas mensagens? O que elas declaram ao mundo? Que responsabilidade recai sobre nós em relação a elas? De que maneira a mordomia se encaixa nessas mensagens?

Como adventistas do sétimo dia, nossa missão é apresentar a verdade das três mensagens angélicas em preparação para a segunda vinda de Cristo. As pessoas precisam ser capazes de tomar uma decisão em relação à eternidade. A função da mordomia é atuar em parceria com Deus na missão (2Co 5:20; 6:1-4).

“Em sentido especial os adventistas do sétimo dia foram postos no mundo como vigias e portadores de luz. A eles foi confiada a última mensagem de advertência a um mundo a perecer. Sobre eles incidiu a maravilhosa luz da Palavra de Deus. Foram incumbidos de uma obra da mais solene importância: a proclamação da primeira, segunda e terceira mensagens angélicas. Nenhuma obra há de tão grande importância. Eles não devem permitir que nenhuma outra coisa lhes absorva a atenção” (Ellen G. White, Testemunhos Para a Igreja, v. 9, p. 19).

O aro da roda está próximo do ponto de contato com o chão e representa a missão das três mensagens angélicas. A missão delas é nos proteger do “desvio teológico” e identificar nossa responsabilidade nos acontecimentos dos últimos dias. Devemos ser mordomos dessa mensagem, proclamando-a ao mundo.

Quando pensamos nos eventos finais, é muito fácil nos prendermos aos gráficos e datas. Eles têm sua função, mas como podemos assegurar que Jesus e Seu sacrifício sejam o centro da nossa atenção?


Quinta-feira, 08 de março
Ano Bíblico: Js 1-4
Mordomia

Cristo quer que vivamos em santidade. Sua vida ilustra a santidade e como deve ser a mordomia suprema (Hb 9:14). Devemos administrar nossa vida de maneira agradável a Deus, inclusive o que nos tem sido confiado. A mordomia é uma expressão dessa santidade.

5. Compare 1 Pedro 1:15, 16 com Hebreus 12:14. O que significa “ser santo” e “santificação”? Como isso se relaciona com a nossa mordomia? Assinale a alternativa correta:

A.( ) É ser separado para fins santos; a santificação é um processo diário, que se completará na volta de Jesus, com a extinção do pecado. Desenvolvemos a mordomia no processo diário da santificação.

B.( ) Ser santo é não ter nenhum pecado; a santificação já foi completada. Nossa mordomia jamais será um reflexo da nossa santificação.

Os romanos descobriram que a roda de uma carruagem durava mais se um filete de ferro fosse colocado ao redor do aro. O artesão aquecia o metal a fim de expandi-lo apenas o suficiente para que ele deslizasse sobre o aro. A água fria o encolhia de modo que o encaixe ficava firme. O filete de ferro então tocava o chão à medida que a roda girava.

O filete de ferro no aro representa o conceito de mordomia. Esse é o momento da verdade em que nossa vida espiritual desliza sobre nossa vida prática. É o momento em que nossa fé enfrenta os altos e baixos da vida mediante os sucessos e fracassos. É quando nossas crenças se tornam reais nas lutas turbulentas do cotidiano. A mordomia é a embalagem externa do que somos e do que fazemos. É uma testemunha da nossa conduta e de uma vida bem administrada. Nossas ações diárias que revelam Cristo são como o ferro na roda que toca o chão.

As ações são poderosas e devem ser governadas pelo nosso compromisso com Cristo. Devemos viver com esta garantia e promessa: “Tudo posso Naquele que me fortalece” (Fp 4:13).

“A santificação do ser pela operação do Espírito Santo é a implantação da natureza de Cristo na humanidade. A religião do evangelho é Cristo na vida — um princípio vivo e atuante. É a graça de Cristo revelada no caráter e expressa em boas obras. Os princípios do evangelho não podem estar desligados de nenhum setor da vida diária. Todo ramo de trabalho e experiência cristãos deve ser uma representação da vida de Cristo” (Ellen G. White, Parábolas de Jesus, p. 384).

Considere sua vida cotidiana. Ela revela a realidade de Cristo em você, a atuação Dele em sua vida, fazendo de você um novo ser? Quais escolhas conscientes você precisa fazer para que a santidade Dele seja revelada em sua vida?


Sexta-feira, 09 de março
Ano Bíblico: Js 5-8
Estudo adicional

Às vezes, o filete de ferro tinha que ser reacomodado às rodas da carruagem devido ao estiramento causado pelo toque do metal no chão. Esse conserto demandava duras marteladas no próprio filete de ferro. A reacomodação do filete de ferro representa a mordomia como santificação prática. É ter a mente de Cristo ao reagir a cada aspecto da vida, mesmo quando o processo é difícil e doloroso. Como esse processo diz respeito ao uso do nosso dinheiro, às nossas relações familiares ou emprego, devemos reagir a todos eles segundo a vontade de Cristo. Às vezes, como todos sabemos muito bem, só aprendemos essa lição mediante algumas duras pancadas.

Não é fácil consertar o ferro. Também não é fácil consertar o caráter humano. Pense na experiência de Pedro. Ele havia estado em todos os lugares com Jesus, mas não esperava estas palavras dos lábios de Cristo: “Eu, porém, roguei por ti, para que a tua fé não desfaleça; tu, pois, quando te converteres, fortalece os teus irmãos” (Lc 22:32). Não muito depois disso, após negar Jesus, Pedro vivenciou uma mudança em sua vida, mas somente depois de uma experiência muito dolorosa e difícil. Em certo sentido, sua mordomia foi restaurada. Pedro foi convertido novamente, e sua vida passou a seguir uma nova direção, mas só depois de algumas verdadeiras “pancadas”.

Perguntas para discussão

1. O que a santificação prática tem a ver com a instrução de Jesus de que devemos negar-nos a nós mesmos, dia a dia tomarmos a nossa cruz e segui-Lo”? (Lc 9:23). O que deve ser crucificado? (Gl 6:14). Como isso ilustra o processo de santificação? De que maneira a santificação prática nos ajuda a pensar como Deus? (1Co 2:16).

2. As provações podem ensinar lições poderosas sobre a vida cristã e a experiência de seguir Jesus. Qual tem sido sua experiência com relação a isso? Permita que os que se sentem confortáveis falem sobre essas experiências e o que eles aprenderam. O que podemos aprender com as experiências uns dos outros?

3. Pense em outras crenças que nós, adventistas do sétimo dia, temos, como o sábado, o estado dos mortos, a criação, a segunda vinda de Jesus, etc. De que maneira essas crenças devem influenciar nossa conduta?

Respostas e atividades da semana: 1. Solicite que três alunos leiam os textos. Discuta com a classe as respostas. Incentive os alunos a fazer uma autoavaliação: Jesus tem sido o centro da sua vida? Se não, o que os tem impedido de colocá-Lo como centro? 2. F; V. 3. Peça que três voluntários leiam os textos bíblicos. Pergunte aos alunos: existe divergência entre a verdade expressa pela Pessoa de Jesus e a verdade escrita na Bíblia? O que significa seguir toda a verdade de Jesus? 4. Divida a classe em três grupos. Cada grupo deve ficar responsável por apresentar o significado de uma das três mensagens angélicas. No final, pergunte aos alunos: Qual deve ser a sua participação pessoal na proclamação das mensagens angélicas? 5. A.



Resumo da Lição 10
A função da mordomia cristã

TEXTO-CHAVE: 1 Pedro 1:15, 16

O ALUNO DEVERÁ

Conhecer: O propósito da mordomia e sua função como mordomo de Deus.

Sentir: A amplitude do conceito de mordomia e a ligação que existe entre ela e as grandes verdades das Escrituras.

Fazer: Permitir, pela graça de Deus, que o conceito e a prática da mordomia reformem seu caráter à imagem de Cristo.

ESBOÇO

I. Conhecer: As grandes verdades bíblicas e a mordomia

A. Manter Cristo como o tema central da mordomia nos ajuda a evitar os excessos do legalismo?

B. Como o sistema do santuário se relaciona com o conceito de mordomia?

C. Por que é importante que todas as doutrinas estejam ancoradas em Cristo?

D. Quais funções os cristãos que vivem nos últimos dias desempenham como mordomos da mensagem final de Deus para o mundo?

II. Sentir: A parceria divina

A. Como podemos sentir mais urgência em relação às nossas funções como mordomos da mensagem do evangelho?

B. Como podemos compreender mais plenamente a amplitude do chamado de Deus para sermos mordomos fiéis?

III. Fazer: Religião em ação

A. Quais obstáculos devemos permitir que Deus remova a fim de que nos tornemos mordomos fiéis?

B. Qual é a relação entre a doutrina bíblica e a nossa santificação?

RESUMO: Muito frequentemente os cristãos são culpados da tendência de separar as doutrinas bíblicas do cristianismo prático ou, pelo menos, da tendência de negligenciar a relação entre eles. A mordomia nos desafia a repensar essa dicotomia à medida que nos tornamos mordomos ou administradores de todo o conselho de Deus.

Ciclo do aprendizado

Motivação

Focalizando as Escrituras: 1 Pedro 1:15, 16

Conceito-chave para o crescimento espiritual: A mordomia é um conceito amplo que nos leva a colocar todas as coisas sob o senhorio de Jesus Cristo. Como cristãos, devemos nos tornar mordomos do perfeito conselho de Deus para o mundo.

Para o professor: Ajude seus alunos a entender o que significa ser mordomos não apenas dos bens materiais e posições, mas da verdade.

Atividade inicial: Descreva a estrutura do santuário, seus compartimentos e os móveis em cada aposento. Contemple o significado espiritual de cada item e a obra do sumo sacerdote
em cada fase ou compartimento. Dependendo da disponibilidade dos recursos, traga para a classe um desenho ou modelo do santuário como auxílio visual para facilitar a discussão.

Discussão: O que a doutrina do santuário revela sobre a centralidade de Cristo em nossa fé? O que a doutrina do santuário ensina sobre a obra de intercessão de Cristo em nosso favor? Como os princípios de mordomia surgem no ensino do santuário?

Compreensão

Para o professor: Enfatize que o centro de toda doutrina cristã é Cristo. Os temas da expiação – desde a queda de Adão até o juízo e a restauração final de todas as coisas, conforme exemplificados em todo o antigo sistema do santuário – encontram-se em estreita proximidade. Para os Adventistas do Sétimo Dia, a expressão final dessas doutrinas cristãs está unida nas três mensagens angélicas de Apocalipse 14. Nossa função como mordomos do evangelho é apresentar essa mensagem ao mundo, preparando-o para o retorno de Cristo.

Comentário bíblico

I. A doutrina do santuário e os princípios de mordomia

(Recapitule com a classe Hb 4:14-16; 6:19, 20; 8:1, 2.)

A doutrina do santuário contém as verdades mais solenes e transformadoras para estes últimos dias. Ensinada corretamente, essa doutrina amplia nossa compreensão do plano da salvação e dos princípios de mordomia. Mas antes que possamos compreender a ligação entre a salvação e os princípios de mordomia ensinados pelo santuário, precisamos primeiramente entender o significado da própria doutrina do santuário, incluindo sua importância para nossa fé.

A fim de compreender a importância da verdade do santuário para nossa fé, é essencial reconhecer que Deus fez de Seu povo guardião das verdades dos últimos dias, para as quais o santuário aponta. A custódia dessas verdades transformadoras confere a nós a mais sagrada responsabilidade de transmiti-las a um mundo espiritualmente necessitado. Pois “todos os que receberam luz sobre esses assuntos devem dar testemunho das grandes verdades que Deus lhes confiou. O santuário no Céu é o próprio centro da obra de Cristo em favor dos homens. Diz respeito a toda pessoa que vive sobre a Terra. Revela-nos o plano da redenção, ­transportando-nos até mesmo ao fim do tempo, e revelando o desfecho triunfante do conflito entre a justiça e o pecado. É da máxima importância que todos investiguem acuradamente esses assuntos, e possam dar resposta a qualquer que lhes peça a razão da esperança que neles há” (Ellen G. ­White, O Grande Conflito, p. 488, 489).

Com essas palavras, Ellen White apresentou a razão da centralidade da doutrina do santuário para nossa fé: a obra intercessora de Jesus como nosso fiel Sumo Sacerdote. Ellen G. White continuou, a fim de estabelecer a importância da obra intercessora de Cristo para nossa redenção: “A intercessão de Cristo no santuário celestial, em favor do homem, é tão essencial ao plano da redenção como foi Sua morte sobre a cruz [...]. Jesus abriu o caminho para o trono do Pai, e por Sua mediação pode ser apresentado a Deus o desejo sincero de todos os que a Ele se achegam pela fé” (ibid., p. 489).

Mas Cristo não é apenas nosso Mediador. Ele é o nosso Juiz. E Sua obra como nosso Advogado, bem como Sua obra investigativa como nosso Juiz estão intimamente ligadas. Mediante Sua intercessão no santuário, vemos que Aquele que nos julga é também Aquele que luta pela nossa vida. A doutrina do santuário destaca como o ministério de Cristo reconcilia a obra distinta dessas funções aparentemente opostas.

A obra do juízo livrará os justos da culpa e, em última instância, removerá o pecado do santuário. Mas antes que qualquer um desses dois objetivos seja cumprido, “deve haver um exame dos livros de registro para determinar quem, pelo arrependimento dos pecados e fé em Cristo, tem direito aos benefícios de Sua expiação. A purificação do santuário, portanto, envolve uma investigação – um julgamento. Isso deve efetuar-se antes da vinda de Cristo para resgatar Seu povo, pois quando Ele vier, Sua recompensa estará com Ele para dar a cada um segundo as suas obras” (Ap 22:12; ibid., p. 422).

A vinda de Cristo, referida no Apocalipse, é simbolizada em outra parte da Bíblia pelo casamento. E o símbolo de uma ceia ou festa de casamento, antes do casamento em si, é usado nas Escrituras para descrever o juízo investigativo que ocorrerá antes da segunda vinda de Jesus. “A vinda de Cristo ao lugar santíssimo como nosso Sumo Sacerdote, para a purificação do santuário, a que se faz referência em Daniel 8:14 [...] é também representada pela vinda do esposo ao casamento, descrita por Cristo na parábola das dez virgens, de Mateus 25” (ibid., p. 426).

“A mesma figura do casamento é apresentada na parábola do capítulo 22 de Mateus, onde claramente se representa o juízo de investigação como ocorrendo antes das bodas. Previamente às bodas vem o rei para ver os convidados (Mt 22:11), a fim de verificar se todos têm trajes nupciais, vestes imaculadas do caráter lavadas e embranquecidas no sangue do Cordeiro
(Ap 7:14). O que é encontrado em falta é lançado fora, mas todos os que, sendo examinados, são verificados como tendo vestes nupciais, são aceitos por Deus e considerados dignos de participar de Seu reino e assentar-se em Seu trono. Essa obra de exame do caráter, para determinar quem está preparado para o reino de Deus, é a do juízo de investigação, obra final do santuário do Céu” (ibid., p. 428).

Portanto, observamos que a obra do juízo é investigar o caráter do povo de Deus, simbolizado pela veste nupcial. O fato de que o juízo é retratado como uma festa de casamento (ou ceia) antes do próprio casamento (ou segunda vinda de Jesus) comunica a ideia de que o juízo investigativo é “a favor dos santos”, como está em Daniel 7:22 (NVI). No entanto, como esse juízo investigativo do caráter do povo de Deus com seu veredito favorável se relaciona especificamente com a mordomia, tema do nosso estudo?

Ellen White esclarece a função da mordomia no juízo investigativo. “No juízo será examinado o uso feito de cada talento. Como empregamos nós o capital que nos foi oferecido pelo Céu? Receberá o Senhor à Sua vinda aquilo que é Seu, com juros? Empregamos nós as faculdades que nos foram confiadas, nas mãos, no coração e no cérebro, para a glória de Deus e bênção do mundo? Como usamos nosso tempo, nossa caneta, nossa voz, nosso dinheiro, nossa influência? Que fizemos por Cristo, na pessoa dos pobres, aflitos, órfãos ou viúvas? Deus nos fez depositários de Sua Santa Palavra; que fizemos com a luz e verdade que nos foram dadas para tornar os homens sábios para a salvação? Nenhum valor existe na mera profissão de fé em Cristo; unicamente o amor que se revela pelas obras é considerado genuíno. Contudo, é unicamente o amor que, à vista do Céu, torna de valor qualquer ato. Tudo que for feito por amor, embora seja pequenino na apreciação dos homens, é aceito e recompensado por Deus” (ibid., p. 487).

Pense nisto: Na citação final, a autora faz um exame de consciência, trazendo uma série de seis perguntas. Suponha que seu nome esteja passando em revista neste momento no juízo. Quais seriam as respostas a essas perguntas?

Aplicação

Para o professor: Jesus declarou que Seu evangelho será pregado como testemunho a todos os povos, e então virá o fim (Mt 24:14). A declaração é inequívoca. Ela não diz: “Se você pregar o evangelho, então o fim virá.” É profética e incondicional. Jesus disse que o evangelho será pregado e que o fim virá. A única pergunta que resta para os cristãos é: participaremos ou não dessa grande obra?

Perguntas para aplicação

1. Como os mordomos fiéis maximizarão o tempo para desenvolver sua vocação espiritual primária?

2. Por que é importante apresentar a verdade com convicção e clareza?

3. Como podemos nos proteger das tendências que nos afastam da mensagem central e nos mantêm ocupados com problemas secundários?

Criatividade e atividades práticas

Para o professor: Os agricultores sabem que a plantação precede a colheita. Os cristãos esperam uma grande colheita no fim do tempo. O que essa expectativa sugere sobre o plantio espiritual?

Atividades

1. Planeje atividades de plantio espiritual que possam ser realizadas com amigos.

2. Defina a santificação em relação à mordomia.

Planejando atividades: O que sua classe pode fazer na próxima semana como resposta ao estudo da lição?

 


O CACHORRO SCRUFFY

Durante o verão, dezenas de estudantes da Universidade do Sul do Caribe, em Trinidad e Tobago, trabalham de casa em casa vendendo livros para custear as mensalidades escolares. Muitos deles trabalham no Caribe, mas Shanelle, uma moça de 22 anos, juntou-se a um grupo de dez alunos que foram para o Canadá. Ela chegou em Ponoka, cidade da província de Alberta, e fez dupla com um estudante da Romênia que falava pouco inglês. Cada um trabalhou em um lado da rua. Em uma sexta-feira chuvosa, depois de algumas horas, Shanelle percebeu o olhar de frustação em seu colega.

“Você precisa de ajuda?”, Shanelle perguntou, enquanto se dirigiam à última rua daquele dia de trabalho.

Ele balançou afirmativamente a cabeça. Oraram e foram terminar a rua. Na primeira casa, um homem bateu a porta diante do estudante romeno. Por algum motivo, Shanelle achou engraçado e riu. Porém, notando que ele ficou muito triste, desculpou-se e disse: “Vamos fazer uma oferta juntos.” Ao chegar a uma casa, ela bateu à porta e recebeu uma resposta imediata: o latido forte de um cachorrinho. Os donos de cães não gostam quando os animais de estimação latem alto e geralmente se recusam a comprar livros. Com certeza, a mulher que abriu a porta não pareceu feliz por vê-los. O cão agressivo aos seus pés também não parecia feliz, e continuou a latir.

Visita abençoada

Shanelle tentou não prestar atenção no cachorro e ofereceu um livro de saúde chamado Plants That Heal [Plantas que Curam]. Enquanto falava, pareceu que a mulher estava prestes a rejeitar a oferta porque o cachorro não ficava quieto. Então, Shanelle disse ao cachorro: “Scruffy, o que há de errado? Por que você está fazendo tanto barulho? É porque sou uma estranha?”

A mulher perguntou imediatamente: “Você já esteve na minha casa?”

A pergunta foi muito estranha. “Não”, Shanelle disse. “Nunca estive nesta casa.”

“Então como você conhece o Scruffy?”, perguntou.

Shanelle disse que não conhecia o cachorro.

A mulher os convidou para entrar. “Scruffy foi o nome que eu dei ao meu cachorro anterior”, disse ela. “Ele morreu no local em que você estava em pé.”

Suas palavras a surpreenderam e Shanelle expressou empatia por aquela perda. A mulher perguntou o que estavam fazendo na chuva. Shanelle sorriu, tirou da bolsa o livro Paz na Tempestade, uma versão do livro Caminho a Cristo, de Ellen White, e fez a oferta do livro.

No momento em que a mulher perguntou o preço do livro, o marido chegou. A colportora estudante se virou para ele e disse: “Senhor, como você está hoje? Sou Shanelle. Qual é o seu nome?”

“John”, ele disse.

“Não acredito!”, Shanelle respondeu.

“Por quê?”, a mulher perguntou.

“Esse é o nome do meu pai!”, Shanelle respondeu.

“Você é um anjo?”

A mulher a abraçou e perguntou de onde ela era. Quando Shanelle contou que nascera na ilha de Santa Lucia, a senhora se desmanchou em lágrimas e pediu que Shanelle lhe contasse sobre a ilha enquanto procurava sua bolsa. “Não costumo falar com os vendedores na minha porta, mas você deve ser meu anjo”, disse ela. “Você chamou o meu cão pelo nome, é da ilha para onde planejo viajar e o nome do seu pai é o mesmo que o do meu marido. E você tem um sorriso agradável. Você tem certeza de que não é um anjo?”

Ela sorriu, e disse que tinha certeza de que era apenas Shanelle.

A mulher comprou os dois livros e pediu que Shanelle os autografasse. A colportora adicionou uma promessa da Bíblia ao lado do seu nome no livro Paz na Tempestade. A mulher segurou o livro firmemente contra o peito. Quando saíram da casa, o colega romeno ficou impressionado e perguntou: “Shanelle, como você fez isso? Ela estava prestes a rejeitar a oferta, mas em vez disso, você vendeu dois livros!”

Ela entregou o dinheiro e disse: “Graças a Deus!”

Enquanto desciam a rua, a mulher, ainda em frente da própria casa, gritou: “Ainda acho que você é um anjo! Obrigada por estes maravilhosos livros. Compartilharei com minha filha!”

Shanelle ficou muito feliz por ter feito aquela visita. Seu alvo foi alcançado naquele dia, pois resgatou uma vida para Jesus. Parte da oferta da Escola Sabatina deste trimestre ajudará a Universidade Adventista do Sul do Caribe a construir seu primeiro edifício da igreja. Ficamos agradecidos por nos apoiarem nessa missão!

Resumo missionário

Três das cinco pimentas mais picantes do mundo são produzidas em Trinidad: Trinidad Moruga Scorpion, Douglah e Trinidad Scorpion “Butch T.”

O maior pedaço de coral-cérebro do mundo pode ser encontrado em Speyside, Tobago, e mede 3 x 5 metros, ou seja, o tamanho de um caminhão. Em 2006, Trinidad e Tobago foi o menor país a se classificar para a Copa do Mundo de futebol.

Joseph Lennox Pawan, médico de Trinidad e Tobago, descobriu a transmissão da raiva por morcegos hematófagos aos humanos em 1933, levando ao desenvolvimento de uma vacina para o vírus.

Trinidad e Tobago é o único país cuja capital tem o nome de outro país: Porto de Espanha.


Comentário da Lição da Escola Sabatina – 1º trimestre de 2018

Tema geral: Mordomia cristã: motivos do coração

Lição 10: 3 a 10 de março

A função da mordomia cristã 

Autor: Heber Toth Armí

Editor: André Oliveira Santos: andre.oliveira@cpb.com.br

Revisora: Josiéli Nóbrega

Se cremos que mordomia cristã se resume apenas a dízimos e ofertas, nossa compreensão do tema é raso e bem limitado. Quando examinamos profundamente, notamos que se trata de uma doutrina ampla.

A doutrina do advento de Cristo está intimamente ligada à doutrina do juízo, as quais nos levam a meditar na importância de viver como bons e fiéis mordomos de Deus na Terra, preparando-nos para viver com Ele no Céu. Observe estes textos:

  • “Pois o que aproveitará o homem se ganhar o mundo inteiro e perder a sua alma?” (Mt 16:26).
  • “Muito bem, servo bom e fiel; foste fiel no pouco, sobre o muito te colocarei; entra no gozo do teu Senhor” (Mt 25:23)
  • “E o servo inútil, lançai-o para fora, nas trevas. Ali haverá choro e ranger de dentes” (Mt 25:30).

Ellen G. White tem um parágrafo que mostra o valor da mordomia no tempo do juízo. A primeira frase é uma declaração contundente: “No juízo será examinado o uso feito de cada talento.” E a conclusão do parágrafo é impactante: “Nenhum valor existe na mera profissão de fé em Cristo; unicamente o amor que se revela pelas obras é considerado genuíno. Contudo, é unicamente o amor que, à vista do Céu, torna de valor qualquer ato. Tudo o que for feito por amor, seja embora pequenino na apreciação humana, é aceito e recompensado por Deus” (O Grande Conflito, p. 487).

Entre a frase inicial e a parte final do parágrafo, há seis questões que visam levar o mordomo a um entendimento que o fará reavaliar seu estilo de vida, harmonizando-o com as funções da mordomia cristã. A seguir, cada ponto será iniciado com uma indagação baseada no parágrafo citado:

1. Como empregamos o capital que nos foi oferecido pelo Céu? Deus deu o Seu melhor para quem merecia o pior. Recebemos gratuitamente Seu Filho amado, O qual viveu a justiça neste mundo injusto, morreu sem merecer a fim de salvar o culpado e condenado. Ao ressuscitar, Jesus venceu o pecado, a morte e o diabo. Logo após foi recebido triunfalmente no Céu e entrou no santuário não feito por mãos humanas para interceder junto ao Pai pelos pecadores que apelam por Sua graça, os quais se tornam Seus mordomos (Hb 8:1-2; Mt 28:18). Cristo, o Sumo Sacerdote, representa o mordomo diante do Pai, enquanto o mordomo é Seu representante diante da humanidade (Hb 4:14-16; 1Pe 1:15-16). Para que sejamos mordomos do mais precioso capital oferecido pelo Céu precisamos ter Jesus como o primeiro, o centro e, o último em tudo. Se almejamos ser achados mordomos fiéis no dia do juízo, nossos recursos devem ser usados para proclamá-Lo.

2. Receberá o Senhor na Sua vinda aquilo que é Seu, com juros? O mordomo precisa depender constantemente da intercessão de Cristo e da atuação do Espírito Santo no coração para conseguir exercer correta e habilmente a mordomia cristã no mundo. Na parábola dos talentos (Mt 25:14-30; Lc 19:12-27), J. C. Ryle destaca que: a) Todos os cristãos recebem algo da parte de Deus; b) Muitos fazem mau uso dos privilégios e misericórdias recebidos de Deus; c) Todos os que professam ser cristãos um dia haverão de prestar contas a Deus; d) Os verdadeiros crentes receberão uma abundante recompensa no grande dia de prestação de contas; e) todos os membros infrutíferos da igreja de Cristo serão condenados e lançados fora no dia do juízo (J. C. Ryle, Meditações no Evangelho de Mateus, p. 217-219). O mordomo que nada faz acabará se perdendo, pois recebe os talentos e os enterra, e não apresenta nem os juros sobre os talentos que Deus lhe confiou.

3. Empregamos as faculdades que nos foram confiadas, nas mãos, no coração e no cérebro, para a glória de Deus e bênção do mundo? Deus não requer apenas um décimo de nossas rendas ou nossas ofertas. Ele deseja que nos entreguemos inteiramente a Ele; inclusive nossas habilidades, obras, sentimentos e decisões para a santificação (1Ts 4:7). Após uma entrega assim, viveremos e usaremos tudo o que temos e somos para honrar e glorificar Seu nome e abençoar o mundo com bênçãos recebidas Dele.

4. Como usamos nosso tempo, o que escrevemos, nossa voz, nosso dinheiro e nossa influência? Uma vida morta para o pecado, mas viva para Deus proclamará as doutrinas de Cristo nos atos e nas palavras. Produzirá o fruto do Espírito em qualquer estação. Em todo o tempo, cada frase proferida ou escrita e cada negociação revelarão que Cristo é seu Senhor. Um mordomo assim não precisa temer o dia do juízo.

5. O que fizemos por Cristo na pessoa dos pobres, aflitos, órfãos ou viúvas? Não são somente dízimos e ofertas propriedades exclusivas de Deus; tudo Lhe pertence. Não é com dízimos e ofertas que atenderemos aos pobres, aflitos, órfãos e viúvas, mas com os recursos financeiros que Deus nos entregou para esse fim. Agindo assim, desejaremos o dia em que Cristo dirá a Seus mordomos fiéis: “Vinde, benditos de Meu Pai”.

6. Deus nos fez depositários de Sua Santa Palavra; o que fizemos com a luz e a verdade que recebemos para tornar os homens sábios para a salvação? As inúmeras denominações evangélicas têm dezenas de doutrinas bíblicas; contudo, Deus confiou aos adventistas do sétimo dia responsabilidades exclusivas: anunciar verdades distintivas, pautando-se pelas três mensagens angélicas (Ap 14:6-12). Proclamá-las ao mundo secular e religioso é parte da função da mordomia cristã de cada servo fiel.

“Que revelação se fará no dia do juízo! Será verificado que muitos dos que se dizem cristãos não têm sido servos de Deus mas servos de si mesmos. Seu centro tem sido o eu; servir a si mesmos tem sido a função de sua vida. Vivendo para agradar a si mesmos e ganhar tudo o que podem, têm deformado e amesquinhado as capacidades e forças que Deus lhes confiou. Não têm tratado honestamente com Deus. Sua vida tem sido um longo sistema de roubo [...]. Mas sua infidelidade se revelará naquele dia em que o Senhor julgar o caso de todos. Ele voltará, e ‘então vereis outra vez a diferença entre o justo e o ímpio; entre o que serve a Deus, e o que não O serve’ [Ml 3:8]” (Ellen G. White; Conselhos Sobre Mordomia, p. 128).

A função da mordomia visa a administrar tudo o que Deus nos confiou para promover Seu reino no mundo. Isso prepara o cristão para o Céu e oferece à humanidade a oportunidade de salvação.

A mordomia cristã é um estilo de vida em que Jesus Se torna Senhor absoluto do convertido. Para que isso seja possível é necessário ter doutrinas corretas. Assim como a roda divina, completa e bem ajustada, que gira firmemente para oferecer graça onde houver desgraça provocada pelo ao pecado.

Conheça o autor dos comentários deste trimestre: O Pastor Heber Toth Armí graduou-se em Teologia pelo UNASP-EC, em 2005. Concluiu Mestrado em Teologia pelo UNASP-EC, em 2016. Atua como distrital em Fraiburgo, SC. É casado com Ketlin Mara Hasse Armí.