Lição 1
30 de dezembro a 06 de janeiro
A influência do materialismo
Sábado à tarde
Ano Bíblico: Repassar o Novo Testamento
Verso para memorizar: “Não vos conformeis com este século, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus” (Rm 12:2).
Leituras da semana: 1Jo 2:16, 17; Lc 14:26-33; 12:15-21; Dt 8:10-14; 1Tm 6:10; Jo 15:5; Gl 2:20

A Palavra de Deus manda que Seu povo não se conforme “com este século” (Rm 12:2), mas a sedução do materialismo, o desejo excessivo por riqueza e pelo que pensamos que a riqueza pode trazer são poderosos. Pouquíssimas pessoas, ricas ou pobres, estão fora do alcance do materialismo, inclusive os cristãos.

Não há nada de errado em ser rico, nem mesmo em trabalhar com empenho para prosperar a fim de prover sustento e conforto para si e para a família. Mas quando o dinheiro ou sua busca passam a abranger todas as coisas, caímos na armadilha do diabo e nos conformamos “com este século”.

O mundo transmite a ideia de que a vida boa e abundante só pode ser encontrada no dinheiro. Mas o dinheiro é uma máscara por trás da qual Satanás se esconde para garantir nossa lealdade. O materialismo é uma das armas preferidas do inimigo contra os cristãos. Afinal, quem não gosta de dinheiro e do que ele pode nos proporcionar aqui e agora? Sua maior façanha é a gratificação instantânea, mas, no fim das contas, ele não pode satisfazer nossas necessidades mais profundas.


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Domingo, 31 de dezembro
Ano Bíblico: Vista geral de toda a Bíblia
O Deus deste mundo

O dinheiro se tornou o deus deste mundo, e o materialismo é sua religião. O materialismo é um sistema sofisticado e traiçoeiro que oferece estabilidade temporária, mas não segurança suprema.

O materialismo, como o definimos aqui, ocorre quando o desejo por riquezas e posses se torna mais importante e valioso do que as realidades espirituais. Bens podem ser valiosos, mas seu valor não deve nos possuir: “Quem ama o dinheiro jamais dele se farta; e quem ama a abundância nunca se farta da renda” (Ec 5:10). Esse é o problema de desejar as coisas deste mundo: não importa quanto obtenhamos, nunca será suficiente; esforçamo-nos cada vez mais para obter cada vez mais algo que nunca consegue nos satisfazer. Essa é uma grande armadilha!

1. De acordo com 1 João 2:16, 17, o que realmente importa? Assinale “V” para verdadeiro ou “F” para falso:

A.( ) Lutar para viver da maneira mais confortável que pudermos.

B.( ) Fazer a vontade de Deus.

2. Leia Lucas 14:26-33. De acordo com Jesus, o que é de suprema importância para o cristão?

Talvez poderíamos dizer o seguinte: aqueles para quem o dinheiro, ou o desejo pelo dinheiro, torna-se uma realidade que consome todas as suas energias devem, na verdade, calcular o custo. “Que aproveita ao homem ganhar o mundo inteiro e perder a sua alma?” (Mc 8:36).

“Quando Cristo veio à Terra, a humanidade parecia estar rapidamente atingindo seu ponto mais degradante. Os próprios fundamentos da sociedade estavam minados. A vida havia se tornado falsa e artificial. Pelo mundo todo, todos os sistemas de religião estavam perdendo seu poder sobre a mente. Desgostosos com as fábulas e falsidades, e procurando abafar o pensamento, os homens volviam à incredulidade e ao materialismo. Deixando de contar com a eternidade, viviam para o presente” (Ellen G. White, Educação, p. 74, 75).

Pessoas voltavam-se à incredulidade, ao materialismo, e viviam apenas para o presente. Isso parece familiar? Quem não gosta de possuir coisas? As coisas também nos possuem? Quem é o único que deve nos possuir? Temos certeza de que Ele o faz?

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Segunda-feira, 01 de janeiro
Ano Bíblico: Gn 1-3
Enchendo os celeiros

3. Leia Lucas 12:15-21. Qual é a mensagem desse texto? Como esse princípio se aplica a alguém que não seja necessariamente rico?

Quer sejamos ricos quer pobres, o desejo de possuir as coisas pode desviar a mente do que realmente importa e fazer com que nos concentremos, em vez disso, no que é apenas temporal, fugaz e que resultará em morte eterna.

Provavelmente jamais nos curvemos diante de uma estátua de ouro ou prata nem a adoremos. No entanto, ainda podemos estar em perigo de adorar o ouro e a prata em outras formas.

Essa realidade é aplicável em muitas partes do mundo, onde a vida é dedicada quase que exclusivamente à aquisição de bens. Em uma escala global, os varejistas tornaram a venda de seus produtos uma forma de arte. Toda a sua estratégia de marketing é desenvolvida para nos fazer pensar que não podemos ser felizes nem satisfeitos até que tenhamos o que eles estão vendendo. Uma empresa muito bem-sucedida criou um produto, fez-nos pensar que precisávamos dele, e depois o vendeu para nós. E a verdade é que funcionou! Mesmo os cristãos, cuja esperança não está no mundo, não estão a salvo desse engano.

4. Leia Deuteronômio 8:10-14. De que maneira os membros da igreja estão em perigo de cair no pecado descrito nessa passagem?

 

Será que o acúmulo de riqueza e posses materiais faz crescer a espiritualidade, o amor a Deus e o desejo pelas coisas celestiais e espirituais? Você pode encontrar exemplos disso na Bíblia ou no mundo de hoje? Compartilhe sua resposta com a classe.

Incentive sua igreja a adquirir a meditação matinal deste ano, o livro Conselhos Sobre o Regime Alimentar e a assinatura da Revista Adventista.

Terça-feira, 02 de janeiro
Ano Bíblico: Gn 4-7
A fascinação do materialismo

O mundo publicitário é poderoso. As empresas gastam bilhões para expor imagens de seus produtos diante de nós. Elas quase sempre usam pessoas bonitas e atraentes para promover o que estão vendendo. Olhamos para o anúncio e nos vemos, não apenas com o produto, mas realmente como as pessoas daquele anúncio publicitário.

O materialismo não seria tão eficaz se não fosse pela sensualidade sutil (e às vezes não tão sutil) embutida na propaganda. A sensualidade é a técnica publicitária mais poderosa, mas ela age como veneno para a maioria dos cristãos que estão lutando contra os perigos do materialismo.

5. Leia Mateus 6:22-24. O que os olhos representam, de acordo com o pensamento e ação cristãos? Assinale a alternativa correta e reflita sobre como devemos reagir às imagens sutis que nos tentam a consumir aquilo de que realmente não precisamos.

A.( ) A lâmpada do corpo.

B.( ) O poder de decisão.

A propaganda que associa sensualidade aos produtos pode se tornar uma ferramenta poderosa. Os varejistas vendem suas mercadorias criando entusiasmo na mente dos consumidores. A experiência é pura fantasia, mas funciona. Pode ser quase mística, levando as pessoas, ainda que brevemente, ao que parece ser outro domínio da existência. Ela se torna uma falsa religião que não oferece nenhum conhecimento nem verdade espiritual, porém é tão atraente e sedutora que muitas pessoas não resistem a ela. Desejamos ter essa experiência e sentimos que a merecemos, então por que não a obter? Somente Deus sabe as enormes quantias que foram e ainda serão gastas em coisas que os anunciantes nos convenceram de que precisamos.

6. “Digo, porém: andai no Espírito e jamais satisfareis à concupiscência da carne” (Gl 5:16). Embora tendamos a pensar na “concupiscência da carne” apenas em termos sexuais, em que outros aspectos estamos em perigo de satisfazer essa concupiscência?



Quarta-feira, 03 de janeiro
Ano Bíblico: Gn 8-11
Amor próprio

Pela graça que me foi dada, digo a cada um dentre vós que não pense de si mesmo além do que convém; antes, pense com moderação, segundo a medida da fé que Deus repartiu a cada um” (Rm 12:3).

Deus disse: “Elevou-se o teu coração por causa da tua formosura, corrompeste a tua sabedoria por causa do teu resplendor” (Ez 28:17). Lúcifer enganou a si mesmo, julgando-se superior ao que ele realmente era. Quando disse em seu coração: “Serei semelhante ao Altíssimo” (Is 14:14), ele revelou ambição própria, reivindicando direitos que não possuía. Cobiça e engano próprios eram dois traços do coração caído de Lúcifer.

Esses textos sobre a queda de Lúcifer nos revelam, em muitos aspectos, que o narcisismo é o pecado original, definido pelo dicionário como “fascínio exagerado para consigo mesmo; amor próprio, vaidade”. Além desses, quais traços, em cada ser humano caído, são evidências maiores do autoengano?

Esses traços são mais comuns do que imaginamos. De modo arrogante, Nabucodonosor se julgou superior ao que ele realmente era (Dn 4:30). Os fariseus também aprenderam a acreditar nessa fantasia sedutora (veja Lc 18:11, 12). Se não tivermos cuidado, a riqueza também poderá nos levar a esse mesmo engano.

7. Leia 1 Timóteo 6:10. Qual é o perigo sobre o qual Paulo advertiu? Assinale a alternativa correta:

A.( ) O amor ao dinheiro.

B.( ) O adultério.

Paulo instruiu Timóteo a se acautelar de muitos tipos de pessoas ruins (2Tm 3:1-5), incluindo “os avarentos”. O amor ao dinheiro promove o excesso de confiança e uma postura de egocentrismo e presunção. Isso ocorre porque o materialismo incute nas pessoas que têm grandes posses um elevado senso de importância. Quando se tem muito dinheiro, é fácil estimar a si mesmo mais do que se deveria. Afinal, quase todo mundo quer ser rico, mas apenas um número muito pequeno de pessoas consegue. Por isso, é fácil para os ricos se tornarem egocêntricos, orgulhosos e jactanciosos.

Leia Filipenses 2:3. Por que o materialismo e as atitudes que ele promove são tão contrários ao ideal cristão?


Quinta-feira, 04 de janeiro
Ano Bíblico: Gn 12-15
A total futilidade do materialismo

Há muitas pessoas que amam a Deus. Sua identidade é unida à Dele de uma forma que os bens materiais não podem separar.

8. De acordo com Deuteronômio 7:6; 1 Pedro 2:9, João 15:5 e Gálatas 2:20, o que significa ser propriedade exclusiva de Deus? Onde encontramos nossa verdadeira identidade?

Jesus disse: “Eu Sou a videira, vós, os ramos (…); sem Mim nada podeis fazer” (Jo 15:5). A ligação é direta e firme. “Toda verdadeira obediência vem do coração. Desse procedia também a de Cristo. E se consentirmos, Ele de tal forma Se identificará com nossos pensamentos e ideais, dirigirá nosso coração e espírito em tanta conformidade com Seu querer, que, obedecendo-Lhe, não estaremos senão seguindo nossos próprios impulsos” (Ellen G. White, O Desejado de Todas as Nações, p. 668).

Por outro lado, o materialismo nos oferece uma identidade semelhante às nossas posses. Em outras palavras, nós nos definimos com base no que possuímos e nos bens deste mundo que podemos comprar. Tiago nos advertiu contra isso: “O ouro e a prata de vocês enferrujaram, e a ferrugem deles testemunhará contra vocês e como fogo lhes devorará a carne. Vocês acumularam bens nestes últimos dias” (Tg 5:3, NVI). “Acumular” significa juntar e armazenar muitos tesouros; e ainda mais importante, nesses tesouros, muitos encontram sua identidade (Lc 12:19-21).

O materialismo é uma forma de desordem de identidade. Isso significa que, para muitos de nós, nossa identidade se funde com nossos bens. Nossas posses se tornam nosso Deus (Mt 6:19-21). Alguém disse: “Eu não sou nada sem as minhas coisas.” Como é triste que possamos encontrar nossa identidade apenas por meio de bens terrestres! Que maneira superficial, efêmera e, finalmente, fútil de viver, especialmente para alguém que afirma ser cristão! Identificamo-nos com Deus ou com nossas posses? No fim, será com um ou outro.

Quanto de sua identidade está relacionada às coisas que você possui?


Sexta-feira, 05 de janeiro
Ano Bíblico: Gn 16-19
Estudo adicional

Hoje o inimigo compra indivíduos a preço bem baixo. ‘Por nada fostes vendidos’ (Is 52:3) é a linguagem das Escrituras. Um se vende pelos aplausos do mundo, outro por dinheiro; um para satisfazer a paixões baixas, outro por diversões mundanas. Essas transações são efetuadas diariamente. Satanás faz ofertas por aqueles que são aquisição do sangue de Cristo, e compra-os a baixo preço, apesar do preço infinito pago por seu resgate” (Ellen G. White, Testemunhos Para a Igreja, v. 5, p. 133).

Comprar pessoas por meio do materialismo é o objetivo de Satanás, e suas armadilhas superficiais atraem todo coração. O materialismo não pode falar, mas conhece todas as línguas. Sabe como proporcionar prazer e gratificação aos ricos e aos pobres e fazê-los dizer: “Tenho tudo de que preciso aqui; por que me preocupar com qualquer outra coisa?” Assim o materialismo corrompe a mente e faz com que as pessoas confiem no que possuem, em vez de confiar em Deus. No entanto, o antídoto é “não por força nem por poder, mas pelo Meu Espírito” (Zc 4:6). O materialismo não pode resistir ao domínio do Espírito Santo quando nos entregamos a Deus e decidimos, por Sua graça, não deixar que o amor ao dinheiro governe nossa vida.

Perguntas para discussão

1. Os pobres também podem ser assolados pelos perigos que estudamos nesta semana? Como isso pode ocorrer?

2. Alguns dizem: “Não me importo com dinheiro. A riqueza não significa nada para mim.” Às vezes, os que dizem isso têm muito dinheiro. Por que, na maioria dos casos, isso não é verdade? As finanças são importantes e têm uma função em nossa vida. Como entender o dinheiro e nossa necessidade dele na perspectiva bíblica correta?

3. Leia atentamente as palavras de Jesus em Mateus 6:19-21. Essas palavras são uma maneira poderosa de nos proteger dos perigos do materialismo?

Respostas e atividades da semana: 1. F; V. 2. Dê um papel em branco para cada aluno. Peça a eles que coloquem, de 1 a 4, quais têm sido suas verdadeiras prioridades e não quais eles gostariam que fossem. Esse é um exercício de conscientização; portanto, encoraje-os a ser sinceros. Discuta com os alunos o que eles podem fazer para ordenar essas prioridades de acordo com a vontade de Deus. 3. Peça aos alunos que deem exemplos práticos de como idolatrar o dinheiro e as posses. Apele a eles que decidam todos os dias ajuntar riquezas para o reino de Deus. 4. Peça a opinião dos alunos. Incentive a classe a firmar um pacto mensal de ofertas em gratidão pelos recursos que Deus lhes deu para administrar. 5. A. 6. Divida a classe em duplas. Peça aos alunos que compartilhem suas ideias a respeito de como as pessoas satisfazem a concupiscência da carne nos dias de hoje. 7. A. 8. Escolha um aluno para responder essa questão. Peça que ele compartilhe sua resposta.


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Resumo da Lição 1
A influência do materialismo

TEXTO-CHAVE: Romanos 12:1, 2

O ALUNO DEVERÁ

Saber: A diferença entre apreciação adequada do mundo material e dos bens e, por outro lado, os perigos do materialismo.

Sentir: A transformação espiritual que o inspira a adorar o Doador de todas as boas dádivas, em lugar de adorar as dádivas.

Fazer: Decidir fazer todo o possível para garantir que seus bens sejam usados para glorificar a Deus e não a si mesmo.

ESBOÇO

I. Saber: O propósito dos bens materiais

A. Como podemos nos proteger da tentação de amar nossos bens, em vez de amar Aquele que nos concede as bênçãos materiais?

B. O que a parábola sobre o trigo e o joio (Mt 13:24-30) revela a um mundo tomado pelo consumismo e interesses comerciais?

C. De que maneira nossa atitude em relação às posses influencia nossa própria identidade?

II. Sentir: Experimentando a libertação do materialismo

A. De que maneira a vitória sobre o egoísmo promove a vitória sobre o materialismo?

B. Como a libertação do materialismo pode estimular nosso crescimento espiritual?

III. Fazer: Usando os bens para a glória de Deus

A. Como nossos bens podem ser usados para glorificar a Deus e melhorar nosso mundo?

B. Quais escolhas práticas podemos fazer para nos proteger da tentação de acumular coisas, em vez de permitir que Deus nos use como canais de distribuição?

RESUMO: Deus concedeu bênçãos materiais para nossa alegria e também para o desenvolvimento do nosso caráter. Quando as usamos para honrá-Lo e ajudar aqueles que Ele criou, somos abençoados. Quando nos tornamos materialistas, perdemos essa bênção.

Ciclo do aprendizado

Motivação

Focalizando as Escrituras: Romanos 12:1, 2

Conceito-chave para o crescimento espiritual: A conformidade com o mundo mediante o egoísmo e materialismo interfere no propósito de Deus de nos transformar pela renovação da nossa mente.

Para o professor: Esta lição introduz nosso estudo sobre mordomia. Ela examina o principal obstáculo do cristão para o serviço fiel: o materialismo. Para fins de nosso estudo, materialismo é definido como a preocupação com as coisas materiais ou a ênfase nessas coisas, em lugar dos aspectos intelectuais e espirituais. Primariamente o materialismo não diz respeito a quanto uma pessoa tem, mas trata-se da atitude dessa pessoa em relação a tudo o que ela possui.

Jó era um homem extremamente rico e com muitas posses. No entanto, ele oferecia voluntariamente sacrifícios a Deus e compartilhava suas riquezas com órfãos, viúvas e pobres, honrando e louvando seu Pai celestial pelas dádivas que havia recebido. Compare essa atitude com a de outro personagem do Antigo Testamento cujo nome é Acã (Js 7). Seu materialismo estava centrado em uma vestimenta, um pouco de prata e uma barra de ouro: objetos de valor insignificantes comparados às posses de Jó. Sua cobiça, no entanto, custou-lhe a vida. Pobres e ricos são suscetíveis ao materialismo. Enfatize que os servos que receberam apenas um talento e os servos que receberam cinco talentos são igualmente chamados por Deus para serem fiéis mordomos cristãos.

Atividade inicial: Incentive os alunos a imaginar que eles voltaram a ter cinco anos de idade. Peça-lhes que concentrem sua atenção em um ou, no máximo, dois brinquedos favoritos que tinham naquela época de sua vida. Pergunte-lhes se eles ainda têm esses bens. Quantos deles perderam o sono na noite anterior por não possuírem mais esses itens? Peça a eles que compartilhem por que esses “tesouros” de infância já não têm mais a mesma importância que tiveram no passado. Seria, possivelmente, porque pensamentos e desejos mais recentes substituíram seu interesse por aqueles objetos de valor da infância? Seria porque eles amadureceram e agora concentram sua atenção em coisas mais importantes? Paulo escreveu que uma renovação divina da nossa mente supera a conformidade com o mundo. Essa maturidade espiritual faz com que os bens materiais pareçam infantis e sem nenhuma importância.

Compreensão

Para o professor: A mordomia e o materialismo abrangem não só os aspectos emocionais e espirituais do caráter. Eles também englobam uma dimensão mental. Salomão afirmou: “Como [o homem] imagina em sua alma, assim ele é” (Pv 23:7). A transformação espiritual planejada por Deus é produzida por meio do nosso pensamento e dos nossos processos mentais. Essa reorientação da mente nos permite concentrar nossa atenção nas coisas de cima, não nas coisas da Terra. Assim, embora apreciemos as realidades materiais do mundo, somos livres para adorar a realidade espiritual – o Deus do Céu – que nos concedeu todas essas coisas.

Comentário bíblico

I. A mente renovada nos protege do materialismo

(Recapitule com a classe Rm 12:1, 2.)

No contexto desta lição, o materialismo é definido como conformidade com o mundo. Vale ressaltar que a proteção contra a conformidade com o mundo é ilustrada como o sacrifício de uma realidade material: o corpo.

Esse sacrifício é descrito em Romanos como “culto racional” (Rm 12:1, NVI, ARC, ACF). Muitas traduções mais modernas optaram pela tradução “adoração espiritual”, que também é bem atestada. Outra versão traduz como “adoração pela mente e pelo coração”. Essas traduções usam uma linguagem que enfatiza o papel do intelecto.

Deus não pede um culto razoável ou aceitável, mas um culto racional ou inteligente. A palavra grega para “racional” é logik?n, da qual deriva a palavra portuguesa “lógico”. Portanto, o sacrifício das coisas materiais é lógico, racional, uma função de adoração da mente.

De maneira prática, essa proteção contra a conformidade com o mundo ocorre quando nossa mente é renovada espiritualmente pela assimilação de pensamentos espirituais, que substituem nossos pensamentos mundanos. Paulo advertiu os cristãos colossenses: “Pensai nas coisas lá do alto, não nas que são aqui da Terra” (Cl 3:2). Cristo nos chama a buscar primeiro Seu reino (veja Mt 6:19-21, 33), com a promessa de que as coisas necessárias (necessidades

materiais, como alimento e roupas) serão acrescentadas posteriormente. Confiar no Doador de todas as coisas boas, e não nas próprias coisas, é a proteção mais segura contra os males do materialismo.

Pense nisto: Quanto tempo e energia investimos nas coisas deste mundo, em comparação com o tempo que passamos meditando sobre as realidades celestiais? De que maneira o ato de apresentar nosso corpo a Deus como um “culto racional” nos protege da conformidade com o mundo?

II. A sedução do desejo humano

(Recapitule com a classe 1Jo 2:15-17.)

O mesmo autor que nos disse que Deus amou o mundo a ponto de dar Seu Filho em sacrifício (Jo 3:16), ordenou-nos a não amar o mundo. “Devemos ter cuidado para entender o que João quis dizer com a palavra ‘mundo’, o kosmos. O cristão não odiava o mundo literalmente, pois o mundo era criação de Deus [...]. Mas kosmos adquiriu um sentido moral. Começou a significar o mundo à parte de Deus. C. H. Dodd define esse significado de kosmos: ‘Nosso autor [João] quis dizer que o mundo é a sociedade humana, na medida em que é organizado em princípios errados, e caracterizado por desejos baixos, valores falsos e egoísmo’” (William ­Barclay, The Daily Study Bible: The Letters of John and Jude [Estudo Bíblico Diário: As Cartas de João e ­Judas]. Edimburgo: St. Andrews Press, 1976, p. 56). Obviamente, em João 3:16, o apóstolo usou a palavra “mundo” para significar pessoas. Mas aqui, em 1 João 2:15-17, ele usou o “mundo” como uma figura para designar o mundanismo – as preocupações e tentações materialistas diárias que militam contra a vida espiritual.

De acordo com João, este mundo apresenta três tentações. A primeira é a “concupiscência da carne” (1Jo 2:16). Infelizmente, essa tradução sugere nuances de significado não pretendidas no grego original, que simplesmente significa desejos físicos imoderados, incluindo luxúria, glutonaria e outros desejos pecaminosos. Ou seja, não é apenas algo sexual, porém mais amplo que isso.

De modo semelhante, “a concupiscência dos olhos” (1Jo 2:16) não se refere ao voyeurismo lascivo (busca de prazer pela observação da nudez ou intimidade das pessoas sem que estas saibam), mas aos desejos dos olhos por tudo o que se vê (cobiça).

Em nenhum dos casos as coisas desejadas são necessariamente más. João simplesmente estava dizendo que é errado desejar qualquer coisa do mundo material acima das coisas espirituais, mesmo que sejam coisas boas.

A “soberba da vida” (1Jo 2:16) ou a “ostentação dos bens” (NVI) completa a tríade dos desafios que o mundo apresenta ao nosso bem-estar espiritual. “Aqui, João usou uma palavra grega mais vívida, alazoneia. Para os antigos moralistas, o alazon era o homem que reivindicava bens e realizações que não lhe pertenciam, a fim de exaltar a si mesmo. O alazon é o fanfarrão; e C. H. Dodd chama alazoneia de egoísmo pretensioso” (Barclay, p. 58). Foi essa orgulhosa exaltação própria e ostentação excessiva, juntamente com uma deficiente apreciação do domínio espiritual, que João condenou.

Pense nisto: Qual é a definição de “mundo” em 1 João 2:15-17? O que significa a ordem para odiar o mundo? Defina o que João quis dizer com a concupiscência dos olhos, a concupiscência da carne e a soberba da vida. Por que ele nos mandou fugir ­dessas coisas?

Aplicação

Para o professor: É relativamente fácil falar sobre os males do materialismo, mas é difícil eliminar sua influência generalizada em nossa vida. Uma sociedade excessivamente comercializada nos envolve com tentações. Na prática, como os cristãos podem permanecer com os olhos voltados para o Céu enquanto utilizam as bênçãos materiais que Deus lhes confiou?

Perguntas para reflexão e aplicação

1. O que posso fazer para desenvolver uma perspectiva equilibrada em relação aos bens materiais, em um planeta que me bombardeia constantemente com o consumismo?

2. O trabalho em favor das pessoas mais pobres, tanto no próprio país como no exterior, pode refrear a tendência humana para o egoísmo?

3. Quais são os benefícios da abnegação?

4. A vida em comunhão com outros cristãos pode ajudar as pessoas a desenvolver equilíbrio prático, utilizando as bênçãos materiais sem sucumbir ao materialismo?

5. A oração e o estudo da Bíblia protegem os cristãos contra os extremos?

Criatividade e atividades práticas

Para o professor: A maneira pela qual usamos o dinheiro fala muito sobre nossos verdadeiros valores e preferências. As pessoas podem falar de valores espirituais, mas quando abrimos o extrato do cartão de crédito a verdade é revelada. Proponha para os alunos as seguintes atividades para verificar a realidade.

Atividades

1. Acompanhe as despesas da casa durante um mês inteiro. No final do mês, categorize seus gastos. Quanto foi gasto com coisas materiais, incluindo comida, roupas, moradia e, talvez, transporte? Quanto foi gasto em coisas não essenciais, como entretenimento? Quanto foi investido no alívio do sofrimento humano? Quanto foi investido no reino de Deus? Quanto foi gasto no crescimento espiritual pessoal (por exemplo, leitura espiritual, como a Bíblia ou outra literatura cristã, música cristã, etc.)? O seu histórico sugere que você é materialista ou espiritual?

2. Discuta com amigos íntimos ou colegas de classe sobre a seguinte questão: de que maneira podemos juntar nossas finanças para investir em uma aventura espiritual em conjunto? Pode ser uma atividade como alimentar os sem-teto, cuidar dos idosos, ajudar crianças abandonadas, etc. Planejem os horários e locais específicos em que vocês possam realizar essa atividade. Posteriormente, reflitam sobre como essa atividade afetou sua perspectiva sobre os bens materiais e como fez com que vocês cultivassem relacionamentos com as pessoas a quem vocês ajudaram e com seus amigos.

Planejando atividades: O que sua classe pode fazer na próxima semana como resposta ao estudo da lição?

 


A igreja sem paredes

Todos os sábados, às 5 horas da manhã, um grupo de irmãos se reunia em um parque de Porto Rico, para orar, ler a Bíblia e desfrutar um saudável desjejum. Mal sabiam eles que seriam confundidos com moradores de rua, seriam expulsos e forçados a se encontrarem na praça central da cidade.

Entretanto, essa mudança inesperada transformou as reuniões para sempre. Os encontros mensais passaram a ser semanais, e o desjejum também passou a ser oferecido aos moradores de rua. Na última Páscoa, o pastor dirigiu a cerimônia de Santa Ceia com suco de uva, pão e lava-pés.

“Nós chamamos esse projeto de Igreja sem Paredes”, diz Raquel Marrero Torres, professora universitária de matemática e organizadora das refeições.

A Igreja sem Paredes é uma das maneiras pelas quais a Igreja Adventista demonstra o amor de Jesus nas comunidades de Porto Rico, um território norte-americano com extensão de 160 x 55 quilômetros no Mar do Caribe. Algumas igrejas organizam refeições nas próprias dependências. Outras disponibilizam pessoas para limpar e reformar casas durante a semana.

Alimento espiritual

A equipe de Raquel costumava se reunir uma vez por mês num parque em Mayaguez, cidade localizada na costa oeste de Porto Rico, onde fica a Universidade Adventista das Antilhas. Mas, em 2012, um evento municipal a obrigou a mudar para outro parque da cidade. Enquanto comiam, um irmão notou vários moradores de rua e os convidou para participar da refeição.

“A partir desse dia, ele decidiu alimentar aquelas pessoas todos os sábados”, Raquel diz.

Durante vários meses, todos os sábados, um empresário de aproximadamente 50 anos levou cereal, sanduíches e sucos para a praça central. Até que confessou a Raquel: “Gostaria que você me acompanhasse. Não quero simplesmente alimentá-los fisicamente. Quero que eles ouçam sobre Deus.” Raquel, líder ativa em sua congregação, aceitou o convite.

No sábado seguinte, ela abriu a Bíblia e a leu para 35 pessoas. Desde então, ela participa regularmente das reuniões e, em 2017, assumiu a tarefa de organizar as refeições.

Atualmente, entre 65 e 70 pessoas aparecem às 7h, todos os sábados, para ouvir a Palavra de Deus e participar do desjejum. Os convidados se sentam em cadeiras trazidas pelos voluntários, enquanto cantam e ouvem uma breve mensagem. Recentemente, o pastor liderou um estudo bíblico. Quarenta pessoas completaram o curso e foram levados até uma igreja próxima para a cerimônia de formatura.

Raquel se surpreende com o fato de que a maioria dos participantes chega às 7 horas, embora saibam que o desjejum começa 45 minutos depois.

“Começamos o projeto oferecendo alimento aos desabrigados, mas agora temos pessoas que vêm porque querem ouvir a Palavra de Deus”, diz. “Elas se acomodam, abrem as Bíblias e participam do louvor. É incrível!"

A reunião semanal se tornou um encontro de família.

“Temos sorrido e chorado”, Raquel diz. “Alguns amigos faleceram e choramos por eles. Somos como uma família.”

Muitos participantes têm o número do celular de Raquel e sempre telefonam para ela quando adoecem ou surgem outras necessidades durante a semana. Alguns participantes já não são sem-teto, pois receberam apartamentos do município. Os membros da igreja os ajudaram a se mudar para as novas casas e mobiliá-las.

O projeto do desjejum é financiado por doações de membros da igreja e outras pessoas. A mãe de um estudante voluntário trabalha em uma grande multinacional, e essa empresa doou mochilas contendo xampu, sabonete, creme dental e toalhas para presentear as mulheres, no Dia das Mães, e os homens, no Dia dos Pais.

Primeira Ceia

Na Páscoa, foi organizada a primeira cerimônia de Santa Ceia na praça da cidade. Os utensílios e os alimentos da cerimônia foram trazidos da igreja, e o pastor explicou o ritual. Muitas pessoas choraram quando lavaram os pés umas das outras.

“Para elas, lavar os pés representa a lavagem dos seus pecados”, disse Raquel. “Foi a primeira vez que eles tiveram essa experiência. Foi muito bonito!”

Raquel não tem conhecimento de alguém que tenha sido batizado por meio do programa, mas crê que o Espírito Santo trabalha no coração das pessoas.

“Sabemos que as sementes germinarão”, ela diz. “Sabemos que eles amam a Deus”.

Entre os voluntários do programa estão os estudantes da Universidade Adventista das Antilhas, que receberá parte da oferta deste trimestre. Elas ajudarão a abrir um Centro de Influência e Evangelismo na universidade. Agradecemos pelas ofertas.

*Assista a um pequeno vídeo no YouTube com Raquel no link: bit.ly/raquel-torres

Resumo missionário

  • Em 1493, Cristóvão Colombo descobriu Porto Rico, um ano depois de ter descoberto a América. Ele nomeou o local como San Juan Bautista, em homenagem a São João Batista.
  • A culinária de Porto Rico é apimentada e tem influência das culturas espanhola, americana, inglesa e africana.
  • Embora Porto Rico seja território americano, o país compete separadamente nas Olimpíadas e já ganhou nove medalhas. Seis no boxe; uma no atletismo; uma no tênis e uma em luta livre.
  • A Constituição porto-riquenha garante a seus cidadãos liberdade religiosa. Os católicos compõem 70% da população, e 25% são protestantes.
  • A União Porto-Riquenha tem 310 igrejas e 32.875 membros. Com uma população de 3.415.000 de habitantes, há um adventista para cada grupo de 104 habitantes.

Comentário da Lição da Escola Sabatina – 1º trimestre de 2018
Tema geral: Mordomia cristã: motivos do coração
Lição 1: 30 de dezembro a 6 de janeiro
A influência do materialismo

 

Autor: Heber Toth Armí

Editor: André Oliveira Santos: andre.oliveira@cpb.com.br

Revisora: Josiéli Nóbrega

 

A influência do materialismo

A conversão a Cristo muda a mente e a forma de encarar a vida, o mundo e os bens materiais. Antes éramos egoístas e possessivos; depois, tornamo-nos altruístas. Antes vivíamos para a própria glória; depois passamos a render glórias a Deus. Antes, focalizávamos aspectos carnais da existência; depois, começamos a trilhar o caminho da santificação (1Pe 2:9). Assim, como cristãos, representamos Deus no mundo ao administrar tudo o que Ele coloca em nossas mãos. Craig Cabaniss escreveu: “Agora que somos pessoas diferentes, devemos viver uma vida diferente” (C. J. Mahaney, ed. Mundanismo, p. 39).

Por isso, a mordomia cristã não é apêndice na agenda do converso. Toda a agenda é montada com base em seus princípios, focalizando seus objetivos. Numa sociedade ávida por riquezas, o cristianismo opõe-se ao materialismo desenfreado (Lc 14:26-33). O apóstolo Paulo apresentou este imperativo: “Não vos conformeis com este século, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus” (Rm 12:2).

A filosofia materialista não se harmoniza com os princípios da mordomia cristã. Sua essência é a valorização do material em detrimento do espiritual. Porém, essa não é uma tendência recente; nas primeiras páginas da história do pecado isso já era evidente.

Caim e seus descendentes substituíram Deus pelas coisas materiais. Seus traços não eram espirituais. Aliás, nenhuma piedade é percebida neles. Após ter saído da presença divina, Caim e sua família passaram a viver para si (Gn 4:16). Por isso, em vez de edificar o reino de Deus, edificaram uma cidade (Gn 4:17); Lameque, pautado pelo hedonismo, tornou-se o primeiro polígamo (Gn 4:19). E, buscando satisfação pessoal, movidos por ambição, almejando segurança e estabilidade, os que rejeitaram a Deus inventaram instrumentos musicais, formaram as primeiras fazendas e criaram tecnologia, literatura e poesia (Gn 4:20-24).

Que mal há nos instrumentos musicais, músicas, fazendas, tecnologia ou literatura? Nenhum! O problema está em enfatizar essas coisas a ponto de excluir Deus da nossa agenda, tentando preencher o vazio provocado pela ausência Dele com coisas que não nos completam e buscando satisfação pessoal nas pervertidas ambições de um coração corrompido pela avareza (Lc 12:15-21).

Para entender melhor a influência do materialismo, observe estas correntes filosóficas:

1. Humanismo: Esse movimento teve sua ênfase na Europa há cerca de 500 anos, induzindo indivíduos a pensar que, se Deus existe, não se pode saber; se existe, deveria Se revelar. Tal ênfase tirou Deus do centro e colocou o homem em Seu lugar. Assim, tudo passou a girar em torno do ser humano, promovendo orgulho, egoísmo, arrogância, competição, e ambição física e intelectual. Desse modo, Deus perdeu espaço na existência humana.

2. Racionalismo: O humanismo gerou o racionalismo. A inteligência, a intelectualidade, a lógica, a retórica, a literatura e a razão ocuparam a atenção da humanidade. A fé perdeu o sentido, foi considerada desprovida de lógica, e teria sido o resultado da ingenuidade dos antepassados “desprovidos” de cultura intelectual. A Bíblia foi atacada, perdendo sua autoridade, que foi transferida para a razão e a lógica humanas. A Palavra de Deus perdeu espaço na vida humana.

3. Secularismo: Com a fusão do humanismo com o racionalismo surgiu o secularismo. A vida deixou de ser orientada pela submissão à vontade divina, expressa nas palavras “se Deus quiser”, e passou a ser orientada pelos desejos humanos, expressos nas palavras “querer é poder”. Surgiu, então, a premissa de que economia, negócios, política, sociedade, estudos, família, sexo, ciências, artes, sociologia, psicologia, enfim, tudo devia estar desvinculado da fé. Assim, embora a religião possa ter um espaço na agenda humana, ela não deve interferir nos demais assuntos.

4. Materialismo e Hedonismo: Essas duas correntes surgiram devido à ausência de Deus na existência humana. Elas procuram solucionar a insatisfação causada pela ausência do verdadeiro Deus. Pregam que priorizar a comida, o vestuário, os bens materiais, e todos os tipos de prazeres que o mundo oferece satisfazem o coração humano. Mas, de que adianta ter todos os prazeres que o mundo oferece e perder a salvação? (Mc 8:36).

A avidez pelo materialismo, sucesso financeiro e status social não satisfazem plena e adequadamente ninguém. Augusto Cury nos dá o seguinte parecer:

O ateísmo, tão em moda na primeira metade do século 20, começou a implodir nas últimas décadas. No século 21, a sede de descobrir quem é o Autor da vida só irá aumentar. Um dos motivos que promovem essa procura é o vazio deixado pela ciência. Nunca a ciência avançou tanto e nunca pessoas estiveram tão expostas aos transtornos emocionais, tão vazias e sem motivação na vida (Augusto Cury. O Mestre da Vida, p. 131).

É fundamental atentar para o que Deus diz em Deuteronômio 8:10-14. Certamente, não podemos nos conformar com os bens deste mundo. O humanismo parece bom; o racionalismo parece lógico; o secularismo parece atraente; o materialismo pode representar algum status; e, o hedonismo oferece momentos prazerosos; entretanto, são artimanhas diabólicas para moldar-nos a este mundo corrompido e desviar-nos do caminho de Deus e do Seu ideal para o cristão, que é servir unicamente a Deus (Mt 6:22-24).

*O materialismo, devido ao poder da mídia, invadiu todos os continentes; será que chegou às igrejas e lares cristãos?

*O que sua vida revela sobre o impacto do materialismo? E sobre o impacto do cristianismo?

*Numa sociedade consumista e materialista, não deveríamos aprender a ver os bens materiais conforme Deus os vê?

*É fácil se iludir com interesses seculares. Por isso, é importante avaliar: Minhas prioridades são os bens materiais ou os temas espirituais?

A mordomia cristã não se opõe ao dinheiro; mas, ao amor a ele (1Tm 6:10). O problema não é ter dinheiro, mas ser regido por ele. Pecado não é ter riquezas, mas submeter-se a elas como fiel adorador das coisas materiais. O cristão não segue o dinheiro, que se tornou um deus no mundo, nem se deixa moldar pelo materialismo, que se tornou a forma de religião do dinheiro. Ele ajunta um tesouro no Céu (Mt 6:19-21).

Confiar em Deus plenamente (não nos bens que Ele dá) é o segredo para não se influenciar pelo materialismo (Jo 15:5; 1Jo 2:16-17). Pôr o reino de Deus e a Sua justiça em primeiro lugar é a filosofia de vida do pecador convertido (Mt 6:33). Nisso consiste a essência do verdadeiro mordomo cristão!